A ansiedade está atingindo níveis quase tóxicos por aqui. Pensei que tivesse compreendido a proposta de Skyward Sword até assistir os novos trailers. Aparentemente, estaremos diante de um sonho antigo: um Zelda que beira a perfeição de forma mais original e inovadora.
Já fiz a minha Pre-Order de The Legend of Zelda: Skyward Sword Bundle que inclui, fora uma cópia original do jogo, um CD com músicas de The Legend of Zelda 25th Anniversary Symphony e um Wii Remote™ Plus controller dourado. Ficou por £49,99, sem contar as taxas de envio que elevaram o preço para £54.94. Acho que valeu a pena. Ah! E o theme song está lindo!
A Nintendo cometeu as suas falhas apesar do evidente lucro que o Wii desencadeou mas tenho esperanças confirmadas de que essa geração do Wii fará sentido, para mim ao menos, após 18 de Novembro! Não continue lendo se for alérgico a spoilers. No sentido literal, tudo nesse jogo virá de um sonho – o Link acordando no seu quarto e uma ave (Loftwing) bicando a janela. E aí começa a história.
Cinco anos em produção, centenas de horas dedicadas ao novo The Legend of Zelda, envolvendo uma equipe enorme, uma das mais vastas segundo Myamoto – um dos maiores trabalhos de design, programação e história que Myamoto participou. Servirá de garantia digerirmos bem essas declarações?
Todos os games de The Legend of Zelda tiveram particularidades especiais para a geração tecnológica do momento. Os gamers conseguiam sentir o sentimento e a jogabilidade clássica nos jogos e encontrar representações avançadas para a época simultaneamente.
Não vou regressar muito no tempo, exemplifico com o próprio Ocarina of Time, considerado um dos jogos mais bem feitos do mundo, jogado 13 anos mais tarde, inclusive no 3DS – a Nintendo soube introduzir novos conceitos gráficos, incluindo a passagem clara do tempo, noite e dia, e uma storyline incrível e simples.
Quer dizer, Zelda sempre foi Zelda. Deve saber do que estou escrevendo. Se não souber, arrange um jogo clássico do Link e jogue. Quando se analisa o rastro da franquia através das gerações, todos os jogos cativaram uma legião de pessoas fiéis e com razões para assim serem. E é tão certo novas abordagens quanto manter traços tradicionais nos anos vindouros. Wind Waker – muito diferente mas maravilhoso. Twilight Princess terminei há poucos meses no Wii – excelente! E Majora’s Mask não fica esquecido!
Embora cada game de The Legend of Zelda tenha obedecido a tendência conservativa e ainda assim ousado, experimentado técnicas, personagens e roteiros distintos, acredito que Skyward Sword será um caso único. Lembra como Wind Waker foi considerado por alguns uma quebra do estilo habitual? Outra quebra, construtiva, ocorrerá se a minha avaliação estiver correta.
Sempre que simulo os controles reais da espada e do escudo, fico procurando visualizar a sensação que terei enquanto manejar o meu controle dourado como se fosse uma lâmina. E o trailer “Sword Tutorial” aumenta mais a curiosidade e a necessidade de receber o jogo e inserir o disco.
Por vezes, fico confiante de que o motion command funcionará leve e precisamente, comprovando a validade da jogabilidade. Outras vezes, temo que a sensibilidade dos controles ao movimento gere alguns conflitos de ação in-game, como aconteceu em Donkey Kong Country Returns – nesse exemplo, o dano não comprometeu toda a qualidade, claro. Mesmo que não seja exatamente igual aos controles de Twilight Princess (Wii Edition), tudo já naquele game dava a impressão certa, uma jogabilidade fluídica boa.
Penso que Skyward Sword recuperará a herança dos seus antecessores mas introduzirá conceitos revolucionários na franquia que abrirão fendas no solo já considerado seguro, formando essa mistura ainda desconhecida na área prática. Algo refrescante e renovador que não prevejo levantar grande “polêmica” (talvez a boa) ou resistência. Veremos. Por enquanto, temos esses novos trailers revelando a história, o “romance” e uma recapitulação final do próximo passo de Link.
O ambiente mudou um tanto. Antes, estávamos na Kokiri Forest e agora, o oposto, numa cidade flutuante, imersa em nuvens – Skyloft (um aparte, lembrei muito de BioShock Infinite ao escrever essa frase!). O cidadão de Skyloft precisa de um Loftwing para se transportar pelo céu, óbvio. E o Link não será exceção, inclusive o início do jogo leva-nos logo à uma Cerimônia…
Acredito que a grande alteração de cenário em Skyward Sword estabelece as suas fundações na história que sempre foi sobre uma princesa, Zelda. Agora, já não tão voltado para o lado da realeza, decidiram apostar numa narração mais inocente e com a qual muitos gamers podem se identificar, na verdade.
De quem acompanhou o Link, muitos jogavam durante a adolescência ou um pouco antes e nesse jogo seremos um pouco disso – um aluno, um jovem, conhecendo e explorando um mundo diferente e familiar por outro lado, apaixonados por uma menina, Zelda. E de tudo que vi nos trailers, os lugares, as cenas e os personagens parecem que foram extraídos de um sonho qualquer, uma imagem onírica viva e coletiva. Os gráficos ainda são estranhos para mim – uma mistura de Twilight Princess com Wind Waker? Umas horas e me adaptarei.
Felizmente, ainda teremos bugs para capturar (não pretendi o duplo sentido de bugs aqui), a busca pela Master Sword, o poder da espada a ser evocado do céu – o Skyward. Atirar as bombas também será por movimento, então os botões ficam num plano de suporte, secundários. Quero ver como ficará. Mario Sunshine te traz algum desejo ou lembrança? É que identifiquei no trailer um elemento do jogo incorporado, ou foi impressão minha? Parece que um cruzamento de contextos”gamístico” está na lista de planos! Que saudade de Mario Sunshine, foi um jogo ótimo. Enfim, jatos de água confirmados (em Skyward Sword).
Entre tantos elementos que passaram como um lapso de luz, fiquei mais empolgado e entusiasmado ao ver uma variedade de novas funções, ferramentas e novos espaços, novas decorações e aplicação da espada para gravar desenhos em paredes. Os carros nos trilhos, como Mine Carts de DKC em 3D, os vôos nas costas de Loftwings e os chefões gigantes (na verdade, em boas dimensões).
A atmosfera sempre foi leve e inocente, mas dessa vez sinto que será mais leve e mais inocente do que costume. Posso estar enganado! E Demon Lord Ghirahim é esquisito ao extremo. Na dificuldade, entretanto, prevejo um acréscimo. Tenho confiança de que os confrontos serão mais interessantes já que envolvem movimentos rápidos, combinações estratégicas exatas e equilíbrio.
Esperando Novembro, afinal The Legend of Zeda: Skyward Sword será um dos melhores jogos a sair até o fim do ano. E fechará os meus gastos totais com o Wii – à princípio, esse é o plano. Logo conheceremos melhor a relação entre Link e Zelda mostrada no trailer abaixo!