Como Grant Morrison e sua Action Comics me fizeram gostar do Superman como nunca! [New 52] [Opinião]

Superman. Lenda. Ícone. Eterno. Poucos supers representam tão bem a essência das HQs quando foram criadas. Sempre tive essa opinião, forte, pode voar, raios laser pelos olhos, raio-x, correto, íntegro, a justiça em pessoa. O principal problema de toda caracterização do personagem pra mim foi sempre o seu “tempo”, ele reflete a época onde foi criado. As HQs se reciclaram mas Clark Kent parecia ter parado em um tempo maniqueísta, onde só o bem e mal existiam.

As recentes HQs mostram (cito Watchmen como exemplo contundente disto) que há uma intersecção entra o certo e o errado. E pra mim Clark estave sempre muito certo, muito confiante, mesmo com todas as dicotomias a sua volta. Filmes e desenhos com essa faceta me afastaram das comics do heroi, então não posso comentar sobre elas.

Outra coisa que sempre me irritou um pouco era: como esse cara vai apanhar? Na minha cabeça sempre esteve a invencibilidade do homem de aço. Talvez uma única fraqueza que seria o seu bom mocismo. Mas Grant Morrison mudou esse pensamento da minha cabeça.

Peguei a #1 da Action Comics para ler, fui sem expectativa nenhuma, mas já no primeiro quadro, me surpreendi. Superman ameaçando políticos corruptos, e dando algumas demostrações de seus poderes. O design com calça jean tosco a primeira vista se mostrou bem eficaz para mostrar, e retratar que o heroi é literalmente um pé rapado que acha que deve fazer justiça.

A escolha do primeiro vilão digamos assim, foi muito boa, até para mostrar o super atacando não só os ladrões de bancos e super vilões, mas também os que agem por trás das cortinas. Algumas cenas também mostram a bem-vinda, na minha opinião, vulnerabilidade do herois netse primeiro momento. A história retrata Clark nos seus primeiros dias de Homem de Capa, seus poderes ainda não se manifestaram completamente, não há controle total sobre eles.

Superman não consegue voar por exemplo, só dar saltos gigantes à lá Hulk, salvas as devidas proporções, o causa estragos a propiedade alheia na hora de sua fuga da polícia, e gera consequências sobre a popularidade de seus atos mais a frente na revista. Outro episódio interessante a citar é o clássico salvamento de um trem desgovernado prestes a se espatifar na parede, e que culmina em eventos muito interessantes envolvendo Lex Luthor, e o governo, devido a quase morte de Clark no processo.

E com o caminhar da história, quando o passado do herois em seu planeta natal é explorado, as coisas dão uma esfriada, por que o bacana da revista é a atuação de rua do heroi, e sua interação com os personagens normais, e os icônicos. Recomendo a leitura, e falo que com certeza para mim é uma das revistas que mais me divertiu nesse reboot da DC. Além disso é uma bela revitalização de um heroi, que figura emntre os maiores ícones da cultura pop mundial.

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9 Comentários

      1. O Mauri deve saber melhor que eu, mas eu já vi que a Panini já começou a fazer uma propaganda para o lançamento de flashpoint aqui no Brasil, então acho que talvez ano que vem mesmo (flashpoint tem umas 5 edições) o New 52 começa a dar as caras por aqui!

        1. Aí nos USA essas revistas são semanais né? Aí quando vier pro Brasil vão fazer um volume mensal ou algo assim? Tô muito curioso pra ver esse SH mais “realista”.

          Há, e como é a história assim? Ele ainda é jornalista e tals?

          1. Não é que nem nos mangás, cara, é uma edição por mês. Se chegar no Brasil vai ser em “mix” mesmo (obviamente: Action Comics, Superman, Super Girl e Super Boy.)

          2. Isso mesmo que o Lukz falou. E sim ele ainda é jornalista (é bem pé rapado, de um jornal pequeno, que vive cutucando os ricões e corruptos com suas matérias.)

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