Conversa de Mangá: One Piece 644~649 (Lost Chapters)

Opinando os capítulos não opinados: 644 até 649!

Antes da estréia do novo blog, resolvi fazer greve do antigo. Precisava de tempo e energia para repaginar tudo e para isso tinha que começar um processo de abstinência das minhas responsabilidades no antigo Portallos. Alias passei por alguns dias de aflição e loucura. Aparentemente blogar já é um vício pra mim. Foi difícil largar.

Teve quem queria me colocar numa fogueira e me ver queimando. Especialmente porque com a greve pausei (pela milésima vez) os CdMs. Mas blog novo, tudo renovado e organizadinho. Hora de fazer um recap de tudo que não disse nestes últimos capítulos de One Piece. Alias foram só 6 capítulos. Sério que teve leitor ameaçando cometer suicídio por míseros 6 capítulos? Que coisa…

Alerta de SPOILERS: Se você não lê One Piece através do mangá japonês, não continue!

Nada de textos bíblicos ou profundas reflexões. Parada curta e rápida. Só para esquentarmos até a chegada do capítulo 649!

644 – To Zero / Ao Zero

Um capítulo de conteúdo, com um impacto forte no fim. Acho que é um capítulo que vale uma bela reflexão em torno de como as pessoas guardam ódio e rancor desde cedo e como isso as molda no futuro. Hody nunca abandonaria seu rancor? É complicado, Oda coloca elementos onde fica a certeza de que nada mudaria uma pessoa assim, mas não devemos sempre ter esperança? Claro que Hody encurralou todo mundo. Não tem como parar e dizer “Hody, vamos conversar”. Noah está indo em direção a ilha, Hody está em modo insano. Ruffy tinha mesmo que dar cabo do vilão, sem tempo para pensar em redenção. Mas acho sagaz o que Oda fez com Hody criança e justifica perfeitamente essa sensação de que temos de “vilão vazio”. É porque é isso que ele é. Alucinado desde criança para ser tornar isso. Fico pensando quantas crianças crescem assim hoje em dia, com ódio de pessoas que ostentam mais do que elas, do desprezo que as vezes as pessoas demonstram entre si. É um mundo feio e se os pais não percebem, esse rancor que existe na sociedade é marcada com ferro na próxima geração. Também adoro as palavras do Ruffy aqui. “Somos amigos, não? Deixe com a gente!”. Injeta esperança nas pessoas da ilha, com palavras simples e tranquilas. Adoro esse Ruffy.

645 – Death is Also Revenge / A morte também é uma vingança

Capítulo dedicado a derrota final de Hody. E um climinha de suspense do cai e não cai de Noah na ilha dos Homens Peixes. Todo mundo aqui está cansado de saber que nunca vi o barco como uma real ameaça, então, nada de surpreendente pra mim. Acho que o melhor foi o impacto do desenho do golpe do Ruffy no fim do 644. Depois disso, rola o Elephant Gun/Gatling e Noah começa quebrar aos poucos. E tinha que quebrar, né? Esse papo de não danificar a arca nunca colou comigo. Melhor mesmo foi o final, com o Chooper gigantão assustando todo mundo e no fim revelando que ele agora consegue controlar essa forma! Vai Chooper! Gosto também da parte onde a vidente diz as crianças: “olhem bem para o que está acontecendo aqui, com seus olhos inocentes”, é um belo contraste com a infância do Hody mostrada no capítulo anterior. E Oda deu alguns destaques muito merecidos ao Brooke. Note como ele aparece muito mais que a Nami nestes capítulos.

646 – Frog / Sapo

Um dos melhores capítulos desta saga. Estéticamente falando. Um capítulo muito diferente, onde o Oda conclui todas as lutas majoritárias da tripulação com uma página dupla para cada personagem. Sensacional idéia. Não há muito o que comentar sobre conteúdo entretanto. É apenas um show para os olhos e um pouco de adrenalina na veia ver tantos quadros gigantes de golpes após o treinamento da galera. Adoro a piadinha do Chooper gigante todo encabulado com o elogio do Usopp e, também, no momento em que o Franky dispara um raio laser e os olhos do Chopper e Usopp brilham no quadro ao lado, e Oda ainda faz questão de mostrar a Nami e a Robin olhando com cara de “méh, e daí?”. Rá, hilário! Só fiquei um pouco triste porque apesar de curtir esse Zoro overpower, mal deu pra ver ele lutando. Queria um pouco mais de luta de espadas.

647 – Stop Noah / Pare Noah

Este foi um daqueles capítulos em que você se levanta e fica gritando junto com a galera. Adoro estes momentos de torcida que a atmosfera de One Piece consegue criar. Todo mundo gritando “Mugiwara”, o relógio passando e você ainda sem saber ao certo o que vai acontecer, principalmente quando a Shirahoshi entra no meio do Gatling de Ruffy (maluca!). Não foi tão intenso quanto o momento da torre do relógio e a bomba lá na distante Arabasta (só de pensar no clima que Oda conseguiu naqueles micro-segundos me deixa arrepiado). E como eu suspeitava, Ruffy poderia parar a Arca de boa, só acabou ficando meio prejudicado porque levou a mordida do Hody e estava perdendo muito sangue (uma das peças centrais da saga por sinal). Agora de cabeça não me recorto, mas haviamos levantado a hipótese da princesa chamar os Reis dos Mares para segurar Noah, não? Me lembro que quando li o capítulo não fiquei assim tão surpreso. Era algo que na minha cabeça já era meio que esperado. Porém gostei muito de ver alguns monstros ali conhecidos de One Pice, como a vaca gigante que aparece quando Merry entra pela primeira vez em Calm Belt ou aquele que parece uma ave que aparecia numa antiga abertura do animê (que era baseado num quadro feito pelo Oda no mangá). Belo capítulo. Espero que no animê ele fique ainda mais massa!

648 – The Path Towards the Sun / O caminho que leva ao Sol

Ahhh tudo que eu queria ouvir: “Be my Nakama!”. Mas antes disso, foi um capítulo interessante dentro da mitologia de One Piece. Os Reis dos Mares falando sobre Gold Roger ouví-los, sobre Ruffy aparentar ter a mesma habilidade (algo que já suspeitava, dado indícios passados de como o personagem se dá bem com animais). A arca, a conversa do dia prometido, os metres dos mares sendo liderados por uma “rainha”; Tudo muito misterioso e interessante. Mais uma vez se menciona o poder de destruir o mundo, algo que os poneglyhs parecem esconder. Me admira o número de armas de destruição que parecem envoltos a um grande mistério dentro do universo da série.

Por último, retorna a grande questão do sangue com Ruffy passando por apuros dado a perda de sangue. Por um momento achei que alguém da família de Netuno fosse acabar sendo o doador, mas gostei da decisão do Oda de fazer com que Jinbei se voluntariasse. Assim como me anima muito a ideia de vê-lo como membro da tripulação. Nos capítulos de batalha, Jinbei acabou ganhando um destaque de página dupla, na qual já tinha reforçado ainda mais a minha suspeita de que ele poderia se juntar ao bando. Mas nem tudo é certeza no universo de One Piece.

E Caribou? Maldito! Será mesmo que Oda vai torná-lo algo tão importante assim como Buggy foi na primeira fase de One Piece? O palhaço quando apareceu pela primeira vez, não imaginávamos que teria tanta participação assim ao longo dos anos e deu no que deu. Caribou será o coringa desta fase no Novo Mundo?

649 – Dancing of Breams and Plaices /

Fim de saga (Basicamente)! E não dá para terminar uma típica saga de ilha One Piece sem a festança e um farto banquete. Vilões realmente maus presos, os que se deixaram levar pelos vilões vão pagar um castigo mais moderado, os piratas escravizados são libertados. Tudo dentro da cartilha do bom senso. Netuno não é um tirano afinal.

Fiquei meio chateado com a resposta do Jinbei, de ter que recusar entrar no bando do Ruffy agora, ficou aquela história de convite aberto. “Me chame mais um vez quando nos reencontrarmos”. Pow, que sacanagem! Considerando que este é um mangá que já tem mais de 10 anos, sabe-se lá quando é que o Oda fará esse novo encontro. Até porque os piratinhas vão entrar no Novo Mundo. Jinbei vai para onde? Ficou meio no ar este “negócios inacabados” do Jinbei.

Por último, um pouco mais sobre Poneglyhs, século perdido e mistérios da série com a conversa de Robin e Netuno. Intrigante tudo; que a arma de Poseidon que estava descrita em Skypiea (como foi parar lá?) tratava-se dos eventos relacionados a Noah e a rainha que podia controlar os Reis dos Mares. Fiquei curioso quanto a figura de Joyboy. Só falta o cara ser da linhagem “D.” e estar relacionado ao Roger e Ruffy, como um antepassado distante. Ainda não vejo porém correlação de Noah com o controle dos Reis dos Mares e da Shirohashi. Onde um barco gigante tem importância nessa história? Verdade seja dita, desde o começo eu reclamo de Noah. Bléh.

Fim de saga, hora de correr para o novo mundo! O fato da Shirohoshi ser a arma Poseidon não vai determinar nada neste momento. Talvez no futuro, onde eu acredito que teremos uma verdadeira guerra em One Piece, não contra a Marinha, mas contra o Governo Mundial! Sonho com isso desde Enies Lobby…

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