Ainda não engoli final mais “trouxa” do que “bruxo”!
Eu estava assistindo ao último filme de Harry Potter: Harry Potter e As Relíquias da Morte – Parte 2 e relembrando de algumas coisas do livro.
Antes de qualquer coisa, devo dizer que sou leitor de HP desde criança, tenho aqui em casa a primeira edição nacional do primeiro livro – que à época custava cerca de R$15! Para mim, marcou a vida, mas não daquela forma emo que citam por aí: me ajudou a gostar de ler, a procurar outros livros, não só infanto-juvenis, mas, grandes autores, grandes obras que trouxeram reflexão à humanidade de forma geral, enfim.
Sendo assim, esperava um final bem legal para a série. Assim como muitas pessoas também. E não me convenço de que aquele final foi realmente o melhor que ela poderia ter escrito! Não tem jeito. Não consigo ver Harry e todos os amigos dele, após passarem por tanta coisa, como pais de família comuns, com funções ordinárias, levando os filhos a escola.
Para mim, não sei… Um cargo elevado? De auror? Mega professor contra artes das trevas? Enfim, qualquer posição “mais bruxa do que trouxa”, envolvendo toda a experiência de vida dele, teria sido mais aceitável.
A autora declarou, após o livro ter sido lançado, etc., quais as funções dos personagens, o que realmente acontece com eles no futuro, após toda a história que conhecemos… Mas, essa declaração posterior à finalização de uma série de livros não conta. HP é maior do que a autora. É maior do que ela pode dizer. Mesmo sendo ela a escritora, ela não pode chegar e dizer, “por fora”, que o que acontece é isso ou aquilo. Teria de estar ali escrito, registrado. Você não ouve Tolkien falar sobre Frodo e os outros porque , bom, ele já morreu e em sua época não foi uma celebridade tão grande quando Rowling (digo em termos midiáticos, afinal não tinha internet e tudo o que você já sabe). Então, o que conta é o que está ali, no papel.
Assim, fico meio chateado com o final meio ao estilo novela da série, do tipo que passa o tempo em super velocidade e mostra a família, unida, bonitinha, como opção para a felicidade e realização. Para mim, a autora se perdeu com isso. Poderia ter passado o tempo e, não sei… Talvez já de dentro de Hogwarts, com HP e talvez Hermione, ensinando algo, conversando com alguma foto legal ou fantasma… Enfim, interagindo mais com o mundo bruxo do que com o mundo trouxa. Tomando uma cerveja do Beco…
Acho que é isso…
De qualquer forma, tem um povo louco no youtube e que, através de animações simples (e muito bem feitas, humoradas, dubladas etc.,) estão recontando os finais de filmes. E HP é um deles. Achei muito divertido e resolvi compartilhar com vocês. Não seria o meu final, claro! Porque se fosse do jeito que eles mostraram, nem teriam tantos livros! Mas, é legal de assistir…
Você mudaria algo em HP?