Será que sempre vivemos sem eles? Você se importa com eles?
PC e Wii são meio que exceções a regra. O primeiro pela facilidade que jogos indie tem para se lançar (até por ser sempre a plataforma mais acessível), e que acaba – muitas vezes até por apostarem na simplicidade, como VVVVVV, um jogo genial o qual você pode conferir a demo aqui – deixando de lado este aspecto.
Já o Wii acredito que a Nintendo não encontrou forma hábil de inserí-los em um contexto de seu firmware, e do seu sistema. Apesar de ter um foco claramente familiar, os já apelidados “casuais”, não creio que a Nintendo venha deixar uma característica que abrange as outras plataformas não figurar em seus futuros lançamentos. Mesmo sendo uma função mais “hardcore” digamos assim, ainda acho que a empresa se importa com esse segmento – até por estar se preocupando com seu hardware no Wii U – e vai tentar inserir um sistema semelhante dentro da plataforma.
Isso leva a um ponto interessante. O sistema atual não surgiu de uma hora pra hora, aliás ele é só uma integração do que já existia em jogos mais antigos, com a mesma filosofia, porém não de forma integrada como é hoje. Lembro de jogos como Tony Hawk que se baseavam exatamente em “achievements” nas pistas para liberar a próxima fase. “Faça 5000 pts”, “Descubra XYZ secreto”, isso é basicamente o que existe hoje, contudo mostrar o geral de um jogador (como tudo que ele já jogou junto de uma forma rápida) eu gosto muito. Seja com os levels no PS3 ou os Gamerpoints do 360, dá pra saber rapidamente se aquele jogador gosta de fazer o famoso “100%” ou não. Também avaliar se tal pessoa gostou muito de um jogo a ponto de buscar completá-lo até o fim.
Existem jogos que recebem um DLC, e tal passa a fazer parte do 100% do jogo, e acabam “tirando” o status do jogo zerado para o jogador, e o obriga a comprar tal para não perder esses status. O que vocês acham disto? Sei que tem muita gente que não se incomoda, mas eu por exemplo ficaria bem chateado se fizesse 100%, e o perdesse por causa de um conteúdo “extra”. Afinal, sendo algo a parte, além do jogo, não deveria ser tratado como tal? Apesar qu DLCs hoje em dia já vem muitas vezes em disco, o que faz transparecer a imagem que se gostaríamos de ter o jogo completo deveríamos comprá-los, mas essa conversa foge um pouco do tema principal.
O PS3 com o sistema de “Platina” concerta isso muito bem ao meu ver. O troféu é conferido às pessoas que conseguiram todos os outros
Outra questão é: até que ponto achievements devem ir na dificuldade? Existem jogos que ela já está embuída no jogo, como o próprio Dark Souls, ou Catherine, porém outros se utilizam de fatores como “faça um combo de 273642376 de golpes sem cair no chão em menos de 1 minuto”. Eu acho que os achievements tem de ser bem balanceados. No Xbox tem o sistema de pontos, e no PS3 de cor. Às vezes tem jogos que vejo um troféu de prata zilhões de vezes mais difícil que um de ouro (que é na maioria das vezes “termine o modo história”), isso me irrita um pouco sabe? O esforço não ser muito proporcional a “cor” ou a pontuação do troféu ou achievement.
Claro estas coisas que eu cito são para aquelas pessoas que curtem os benditos, pois sei que tem muita gente que ainda curte só terminar o jogo, pegar os colecionáveis até, mas só. Nada de fazer aquele combo maluco, ou situação específica para tal achievement.
E o futuro das conquistas? Bem a Namco já deu uma ideia bem legal para o seu maior uso, como o jogo da série Katamari para o Vita. As fases que virão por DLC poderão ser desbloqueadas por achievement! É uma forma bacana de premiar os jogador que realmente jogaram o jogo a fundo, uma recompensa por fazer os tais 100%. Mas ainda existe a opção, para os jogadores menos preocupados com isso, de comprar as fases pela store. Imaginem ganhar skins para multiplayer quando você atinge tal conquista? Algo in-game pra falar “ei, tá vendo aquele cara? Derrubou mais de 10 caras sem morrer!”. O Team Fortress até tem isso, mas não é algo tão exclusivo assim…
Os créditos da tirinha vão para o Lukali do DeviantART.