Fotos, fotos e mais fotos de Disney Jumbo!

500 PÁGINAS num único gibi! Caraaaaaaca! (+lista de histórias)

Depois de quase uma semana caçando a bendita nas bancas de Jacaroça City, finalmente encontrei a Disney Jumbo! E era a única edição na banca. Não sei o que aconteceu, mas a Editora Abril mandou pouquíssimas edições pra minha cidade. Foi tenso ficar estes dias todos rodando bancas de jornal atrás dela.

Mas enfim, aí está. Disney Jumbo, o mais novo gibi Disney nas bancas, com absurdas 500 páginas com várias republicações bacanas para qualquer um que sempre teve vontade de entrar no Universo Disney, mas nunca soube por onde começar. Nela você vai encontrar de tudo um pouco. Comédia, suspense e aventura. HQs de vários personagens da casa. Histórias produzidas nos EUA, Dinamarca, Brasil, Estados Unidos e Itália, de várias décadas diferentes de produção Disney pelo globo. É uma mistura sensacional. É o formato ideial para novos leitores ou para aqueles que ainda estão começando suas coleções. Mas se você for como euu, que coleciono desde criança, Disney Jumbo é mais um apanhado de repetecos. Só uma história, a que abre a edição, não tenho na coleção. Mas comprei mesmo assim. Queria mostrar a edição por aqui e é a número 1. Valeu a pena!

Depois do continue lendo mais fotos dos meus dedos com unhas roídas e também da Disney Jumbo, além da seleção de histórias da primeira edição, outros detalhes sobre o acabamento da revista e o comparativo com outras revistas da casa.

Disney Jumbo (500 págs) vs Tio Patinhas (80 págs)

Disney Jumbo (500 págs) vs Disney BIG (300 págs)

E as lombadas de Jumbo, BIG e Tio Patinhas acima. Infelizmente a Editora Abril continua sacaneando e não colocando a numeração da edição na lombada. Na minha opinião o motivo da ausência desse, digamos, “detalhe técnico” é medo de que com numeração escancarada, leitores novos não se sintam compelidos a comprar ao ver um baita “2” ou “10” logo de cara. Sem numeração visível fica aquela impressão de one-shot (volume único). Você compra e coloca na prateleira e ninguém percebe que está faltando volumes. Pensando desse forma, a ausência de numeração na lateral é uma boa ideia para quem não vai comprar todas as edições que sairem daqui pra frente. Sacanagem apenas com os colecionadores, que adoram coleções numeradas. Ao menos, ao contrário da Disney BIG que tem essa lombada vermelha (horrível) e que nunca muda, aparentemente a lombada de Jumbo será mais flexível, note como a arte gráfica com o Donald na capa invade a lombada. Se toda capa tiver esse efeito, a coleção vai ficar bonita na prateleria e será fácil distinguir os volumes. Disso eu gostei!


Um dos maiores feitos do aspecto físico do título é que a encadernação está suprema. Pode abrir sem medo de quebrar o miolo da revista (veja fotos acima, abri ela bem no meio… 250 páginas pra lá, 250 páginas pra cá), as páginas não estão enrrugadas (também não estrala) e os quadrinhos não estão espremidos pra dentro do miolo. Isso é importante, pois os quadros não encostam na lateral interna. Eles estão bem espaçados do miolo, permitindo uma leitura tranquila da revista. Só é difícil fotografar a danada com uma mão na câmera digital e usar a outra para segurar o miolo da revista. Deu trabalho acertar as duas fotos acima.



Assim como ocorre em Disney BIG a edição abre com a mesma arte de capa e logo, criando um efeito bacana. Gostei do logo na parte debaixo da página. Logo em seguida vem o sumário, que ficou visualmente bonito e tem uma forma criativa de apresentar as histórias da edição. Mas eu teria colocando mais um pouco de efeito no fundo. Dá sensação de vazio olhando assim. Podia ser como figurinhas num album. De qualquer forma ficou mais criativo do que em BIG. Também gostei da ideia de deixar o nome dos roteiristas e desenhistas na primeira página de cada história, como ocorrem nas mensais. Em BIG esses dados ficam no sumário e as vezes me incomoda abrir pra ler uma HQ de BIG e ter que correr pro sumário pra lembrar de quem é a HQ que estou lendo. Ficou mais prático assim.

Uma pena apenas que a Editora Abril ainda seja contra colocar as datas originais de cada história.  Medo de que o leitor perceba que são velharias demais? Não sei. Só sei que o leitor novato compra revistas de republicações nas bancas e não sabe que é republicação e se consegue perceber, não pode dizer quais HQs são desta década e quais são das décadas de 50, 60, 70, 80 e 90. Porque HQs Disney são tão velhas quanto a sua avó, sabia?

Página de expediente da edição, concluindo a primeira Disney Jumbo. Repare na arte da parte vermelha da página. Essa deveria ser a arte da primeira capa do volume, mas por problemas, que não valem a pena ficar martelando, a Editora Abril teve que trocar. Mas ao menos ela deixou a arte beta no expediente, com vários personagens pipocando verticalmente. Particularmente eu prefiro a capa nova, com o Donald sozinho nela. BIG começou com o Donald também e deu certo. E essa arte com múltiplos personagens estava poluída e mal estruturada. Não que fosse feia. Mas eu prefiro a que está nas bancas mesmo.







Edição recheada com excelentes HQs. Tem Carl Barks, Don Rosa, Enrico Faccini, Casty, Giorgio Cavazzano, Marco Rota, Ivan Saidenberg, o casal MacGreal e muito mais. Os que eu citei são alguns dos responsáveis pelas figurinhas que estão nos quadros acima. Ainda tem os talentos de Paul Murry, Romano Scarpa, Tony Strobl, Euclides K. Miyaura, Jorge Kato, Vicar, Carlos Edgard Herrero e a lista continua.

Disney Jumbo veio e me conquistou. Achei ela melhor do que Disney BIG na verdade. Mais páginas, mesma proposta de BIG (a menos que as próximas BIGs mudem um pouco o repertório)e  melhor acabamento. Trocaria uma coleção pela outra sem problema. Mas são boas revistas e espero que uma não roube o público da outra. Como eu compro de tudo (colecionador doente e também porque apoio incondicionalmente as iniciativas da Abril na linha Disney), vou continuar colecionando ambas. Mas quem tiver dúvida entre BIG ou Jumbo, na minha opinião a Jumbo começou bem e tem de tudo para ser muito melhor do que a BIG. Basta torcer para vender bem e vingar nas bancas do país.

Para fechar, segue a seleção de histórias da primeira edição:

  1. Esta É A Sua Vida, Pato Donald (32 págs) (1960) (Inducks)
    Roteiro: Vic Lockman
    Desenho: Tony Strobl
    Arte-final: Steve Steere
  2. Mancha E Roedor (40 págs) (2004) (Inducks)
    Roteiro: Carol McGreal e Pat McGreal
    Desenho: Joaquín Cañizares Sanchez
  3. A Volta Do Manchaman (39 págs) (2005) (Inducks)
    Roteiro: Carol McGreal e Pat McGreal
    Desenho: Joaquín Cañizares Sanchez
  4. Operação Oriente (10 págs) (1976) (Inducks)
    Roteiro: Ivan Saidenberg
    Desenho: Carlos Edgard Herrero
  5. E Quem Arca Com As Consequências? (6 págs) (1986) (Inducks)
    Roteiro: Gérson L. B. Teixeira
    Desenho: Euclides K. Miyaura
  6. Donald Na África (34 págs) (1949) (Inducks)
    Roteiro e Desenho: Carl Barks
  7. Moderninho (2 págs) (2000) (Inducks)
    Roteiro: Rafles Magalhães Ramos
    Desenho: Aparecido Norberto
    Arte-final: Nelson Pereira
  8. O Estranho Caso Do Jardim Zoológico (11 págs) (1961) (Inducks)
    Desenho: Jorge Kato
  9. A Indústria De Chapéus Voadores (6 págs) (1963) (Inducks)
    Roteiro: Ivan Saidenberg
    Desenho: Carlos Edgard Herrero
  10. Prenda-Me Se For Capaz (12 págs) (2004) (Inducks)
    Roteiro e Desenho: Marco Rota
  11. O Novo Aprendiz De Feiticeiro (7 págs) (1974) (Inducks)
    Roteiro: Ivan Saidenberg
    Desenho: Carlos Edgard Herrero
  12. O Tesouro De Gengiv Khan (66 págs) (1979) (Inducks)
    Roteiro e Desenho: Romano Scarpa
    Arte-final: Sandro Del Conte
  13. O Mistério Do Zoológico (16 págs) (1965) (Inducks)
    Roteiro: Bob Ogle
    Desenho: Paul Murry
  14. A Ilha Dos Gansos De Ouro (23 págs) (1963) (Inducks)
    Roteiro e Desenho: Carl Barks
  15. Os Impulsos Telemáticos (33 págs) (1998) (Inducks)
    Roteiro: Carlo Panaro
    Desenho: Silvio Camboni
  16. O Cavaleiro Negro (24 págs) (1998) (Inducks)
    Roteiro e Desenho: Don Rosa
  17. O Cavaleiro Negro Ataca Outra Vez (26 págs) (2004) (Inducks)
    Roteiro e Desenho: Don Rosa
  18. O Calhambeque (12 págs) (1999) (Inducks)
    Roteiro e Desenho: Enrico Faccini
  19. Mestres Encrenqueiros (12 págs) (2001) (Inducks)
    Roteiro: Per Hedman
    Desenho: Vicar
  20. Que Estresse! (18 págs) (2001) (Inducks)
    Roteiro: Ilaria Isaia
    Desenho: Ottavio Panaro
  21. O Segredo Da Baleia Negra (36 págs) (2004) (Inducks)
    Roteiro: Casty
    Desenho: Giorgio Cavazzano
  22. O Eremita Do Abismo (45 págs) (2005) (Inducks)
    Roteiro: Casty
    Desenho: Giorgio Cavazzano
    Arte-final: Sandro Zemolin

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