Como o Pilot da nova série de J.J. Abrams se saiu?
E finalmente temos mais uma série de J.J Abrams estreiando. Mais uma! No ar nós já temos Fringe, Person of Interest… Mas agora, Alcatraz que veio com uma grande expectativa por parte de muitas pessoas que queriam conferir como seria essa estréia, essa história. Eu vou confessar que estava empolgado para assistir, e depois fiquei meio decepcionado ao ler por aí que a série seguiria o padrão de “caso da semana”. Se segue mesmo, eu não sei, vou saber assistindo do 2 em diante, mas pelo menos foi o que pareceu neste pilot. Mas depois de assistir esse primeiro episódio, tanto faz, porquê como Fringe, se o caso da semana for apresentado de uma forma que construa o enredo ou os personagens, então está ótimo! Confira o que eu achei do episódio, mas tenha cuidado, pois os temidos spoilers lhe aguardam!
Aqueles que queriam comparar Alcatraz com Lost se deram mau. Pois é! Não tem nada de Lost. Temos uma ilha misteriosa, desaparecimentos, J.J. Abrams, e até mesmo o querido Jorge Garcia (o eterno Hurley), mas o roteiro segue por um caminho totalmente diferente do Lost, o que já era 100% previsível, e nem precisava eu ter dito isso aqui, mas tem gente que olha em Alcatraz como uma segunda versão da ilha. Não é bem assim!
Alcatraz começa de forma bem arrumada, mostrando os guardas chegando à ilha e encontrando-a abandonada. Vale ressaltar a trilha sonora que do início ao fim do episódio foi maestral(isso me dá saudades de Lost, aiai!)! A partir daí somos apresentados aos personagens que estão no presente, como a detetive Madsen e o especialista Diego que é o que podemos chamar de fissurado em Alcatraz.
J.J. Abrams nos apresenta novamente personagens bem construídos, e no episódio notamos bem essa marca, quando descobrimos um pouquinho da história de Madsen e do criminoso Jack Sylvanus. Aliás, quem achou que Jack fosse um dos personagens principais, levanta a mão! Sério, pensei no início que ele ia integrar os times dos mocinhos e ajudar, até mesmo pelo nome de herói que ele tem (Jack, Lost, entenderam?)! Mas o rapaz mostrou que não é bem assim não, e que o negócio dele é vingança mesmo. Este foi só o primeiro dos tantos prisioneiros que devem aparecer durante a série, e se eles forem que nem o Jack, bem construídos como personagens, então só temos a agradecer.
Aliás, gostei do trio de protagonistas. A moça, a Madsen no início lembrou vagamente Olivia Dunham de Fringe, e é capaz de ela ter alguma ligação com o incidente em Alcatraz. Claro, sendo neto do 2002, que pelo visto sabia de algo! O Hurl… O Diego estava excelente, sério, eu ri com as sacadas que ele dá, do tipo bem nerd de ser, que o Hurley tinha, é um personagem bem promissor e humorístico, bem legal ele ser o parceiro da Madsen. Curioso, que pelas minhas contas já é a terceira participação dele em uma série de J.J. Abrams, a primeira em Lost claro, e uma participação muito pequena num episódio em Fringe. O cara é bom mesmo! Já o Hansen parece ter alguma coisinha a esconder, não acho que ele tenha falado de tudo… Tirando isso ele integra o grupo dos mocinhos e acho que as suas intenções são boas!
No núcleo do passado, acredito que o personagem do vice-diretor acabará sendo recorrente, e poderemos talvez descobrir mais sobre o tal do 2002, que só deve aparecer bem mais para frente como “prisioneiro da semana”. No geral o enredo que a série nos apresenta é bom, como eu disse, dando a profundidade correta aos personagens e ainda nos apresentando boas histórias. O mistério lançado também é intrigante, ainda que não tão espalhafatoso ou surpreendente. Estou curioso para o que vai acontecer!