Millenium – Os Homens Que Não… – Eu Fui!

Realmente o feel bad movie do ano!

Tem mais de dez dias que estou com esse post criado e já até consegui ver o filme pela segunda vez, mas cadê tempo – e inspiração! – pra escrever sobre ele? Mas hoje eu teimei que ia terminá-lo! No post em que falei sobre a abertura do filme eu falei bastante sobre esse ele, então corre lá pra dar uma lida…

Millenium – Os Homens Que Não Amavam As Mulheres (que título longo!) não é um filme fácil. Tanto pela sua temática – que inclui violência contra mulheres, estupros, assassinatos – quanto pela forma como o filme é desenvolvido. David Fincher é o tipo de diretor que não subestima o público, portanto não é de se espantar que em certos momentos da trama eu tenha ficado meio perdido. Não que seja uma história muito complexa, mas é que Fincher não te pega pela mão pra passear, eles simplesmente aponta o caminho que você deve seguir. Acredito que esse seja um dos motivos que o tornam um diretor tão bom, pois isso força o espectador a fazer aquela jornada sozinho e acaba se envolvendo de uma maneira mais forte com os personagens… Você se importará com eles e com a sua investigação, o que por sua vez, torna a experiência muito mais completa. Sem contar que Fincher, com sua direção ágil e com escolhas nada óbvias de câmera, consegue deixar até uma simples cena dentro de um avião a coisa mais interessante do mundo.

Daniel Craig não faz feio na atuação. E confesso que dei uma risadinha quando o vi todo machucado e frágil e lembrei de suas cenas como James Bond. Apesar da boa atuação, ele não consegue convencer como um homem de meia idade, que é um detalhe importante dentro da história. Então, é de se estranhar quando uma hora o vemos correndo pela floresta para logo em seguida ele soltar “Eu sou apenas um velho…” Não convence.

Mas quem precisa de Daniel Craig quando se tem Rooney Mara em uma atuação hipnótica!? A indicação ao Oscar dela é mais do que merecida e não ficarei surpreso se ela sair da cerimônia com o prêmio em mãos. A garota sofre o diabo nesse filme – sério, se tem o estômago fraco, evite! – e consegue ganhar a simpatia de todo público. Ela é frágil (nas cenas com o seu antigo tutor), ágil (na cena do assalto no metrô) agressiva (quando ela se vinga do seu abusivo novo tutor) e porquê não… sensual? A atriz se entregou de corpo e alma para esse filme, chegando até ao limite de fazer piercings (quatro em cada orelha, um no nariz, sobrancelha, lábios e mamilo) para compor o personagem. O visual agressivo e a atitude rebelde da personagem servem apenas para tentar esconder uma infância trágica (é irônico que em algumas cenas ela apareça comendo um Mc Lanche Feliz) e também a adulta romântica (o momento final do filme é tocante).

Enfim, o filme é ótimo, embora não recomendado para pessoas com estômago fraco. Os atores são excelentes e os personagens cativantes… E a história, bem, é um tanto instigante mas poderia ser melhor. Por se tratar de um suspense, o filme tem um ritmo mais lento, com as surpresas sendo reveladas aos poucos. Fica aquele gostinho de quero mais, sabe?

Ficha Técnica

Título Original: The Girl with the Dragon Tattoo
Diretor:
David Fincher
Roteiro:
Steven Zaillian
Gênero:
Suspense
Elenco:
Daniel Craig, Rooney Mara, Christopher Plummer e Stellan Skarsgård.
Estréia nacional:
27/01/2012
Duração:
158 minutos

 


Trailer:

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