O Spider-Man de Dan Slott e seus acertos!
Spider Island, as briguinhas do Sinister Six, e nostalgia com Peter em boa forma!
Eu comecei a ler HQs recentemente e se o Batman cativou-me do lado da DC, era o Aranha que fazia o mesmo pelo lado da Casa das Ideias (mesmo eu nem sabendo que o Aranha nunca poderia ser da Liga da Justiça, ou o Batman dos Vingadores, e toda essa coisa de serem personagens de duas editoras na época da infância).
Talvez seja a criação mais lembrada de Stan Lee de longe, pelo seu carisma, o seu modo de agir. Peter Parker não nasce super-herói, são as suas aventuras e desventuras que modelam seu caráter, que não é totalmente justo, mas também falho, como cada um de nós.
E se você acompanha as aventuras do Aranha pela Panini, cuidado que o texto a seguir contém spoilers.
É até interessante este aspecto, em um arco recente de Dan Slott na revista: Spider Island. Slott conseguiu um pretexto para colocar cada cidadao de Nova Iorque com poderes semelhantes ao do Aranha. Colocar J Jameson com poderes aracnídeos foi impagável, e gerou boas cenas de humor. Dan mostrou em poucas edições como o cidadão comum é as vezes mais importante que o suposto super-herói, em uma sequência em que Peter (de cara limpa, sem fantasia) convoca todos a perderem o medo de usarem seus recém-adquiridos poderes para lutar contra a ameaça da Rainha. Dando um background da história, ela basicamente começa com um vírus (semelhante ao que deu poderes a Peter) se espalhando por toda cidade. A diferença é que estes são muito menos estáveis levando (com variações de pessoa a pessoa) para o estágio de aranha propriamente dita muito mais rapido.
Dan Slott escreve o Aranha faz um tempo já, mas foi em 2011 que assumiu o título totalmente, segundo a Wikipédia. Porém, minha experiência com a sua caminhada no título vem basicamente do explicitado arco Spider Island acima, e mesmo depois de seu fim eu continuei a ler as histórias do dia-a-dia do amigão da vizinhança, e foi realmente aí que vi que Dan Slott sabe conduzir muito bem o personagem.
Peter Parker me lembrou muito aquele que eu conheci anos atrás no famoso desenho dos anos 90. Sacaneia os vilões, é sempre meio enrolado, vive tentando conciliar sua vida comum com a de herói – Aliás, com razão pois atualmente HA é o herói mais assíduo do Universo Marvel: é um Vingador, participa da Fundação Futuro (Que é basicamente o novo nome do Quarteto depois da morte do Tocha Humana), é cientista nos Laboratórios Horizon. -, ás vezes não se toca do óbvio em alguns casos, e por aí vai.
Os traços de Humberto Ramos trouxeram beleza, e encaixaram demais no climão da série. Uma pena que, sendo 2 edições por mês, ele não consegue manter-se sempre desenhando as revistas, tendo que (como na maioria dos títulos das HQs) revezar com outros artistas. Em Spider Island ele simplesmente deu um show em páginas duplas, tomadas de planos mais gerais, progressão de quadros, principalmente na luta contra o “chefão” final que era gigantesco e envolveu um número grande de heróis.
O arco mais recente de Slott mostrou o quão diverso podem ser suas idéias. O mesmo começa com um dos amigos de Peter inventando uma porta para o futuro, mais precisamente o dia posterior ao atual de quem entra na porta. Para provar o amigo traz um jornal desse futuro e mostra a data em que foi impresso. O problema é quando Peter entra na mesma, instantaneamente tudo na porta se torna um caos, já que tecnicamente seria o que iria ocorrer se o Amigo da Vizinhança não estivesse de patrulha em NY no dia anterior, a deixando a sua mercê. Temos então uma corrida contra o tempo para descobrir o evento que seria o gatilho que faria tudo ir pelos ares, isso leva o HA a fazer tudo que está a seu alcance, desde salvar gatos de árvores até desarmar bombas de super-vilões. O final me surpreendeu demais, até porque Slott brinca (como sempre) com a identidade não heróica de Peter e gera alguns plot-twists e situações inesperadas.
Nas edições que li ocorreram alguns crossovers com outro heróis, dentre eles o Demolidor (e a Gata Negra) que é dividido entre começo (na revista do Aranha) e fim na do Demolidor da semana seguinte, e existe uma edição que simplesmente o Homem-Aranha não aparece. Nem Peter Parker. A edição é estrelada basicamente pelo Sinister Six (nem sei como chama isso aqui no Brasil… Sexteto Sinistro?), que conta com Eletro, Dr. Octopus, Homem-Areia, Camaleão, Rino, Mistério, lutando contra outro time que não gosta do cabeça de teia, o Intelligencia, liderado por M.O.D.O.K. e conta com alguns outros vilões.
E como a revista (que eu torci o nariz a primeira vista) foi bacana. Fez bom uso das personalidades de cada vilão (Rino sai derrubando tudo que vê pela frente, Octopus fica numa disputa intelectual com M.O.D.O.K., e por aí vai). Existe até um conflito no meio da luta de dois vilões que já trabalharam juntas mas estavam em lados diferentes, o Camaleão se infiltrando na Intelligencia, e a tática do Mistério foi genial (e me lembrou até o Clima Tact da Nami contra Kalifa em OP).
E é basicamente assim que Dan Slott leva a revista do HA, arcos longos que trazem velhos conhecidos (o Aranha Escarlate dá as caras aí, assim como Chacal, o famoso criador dos clones de Parker, reaparece), e constroem bons enredos que levam a coisas mais épicas, arcos curtos que mostram o dia-a-dia do aracnídeo sem deixar de entreter e ficar na mesmice de bater sempre no vilão e prendê-lo, e até aprofunda inimigos clássicos que marcaram esses anos todos do filho prodígio de Stan Lee.
Altamente recomendado, e pra quem espera um “Jump Point” ou seja, um lugar pra começar e não ficar boiando, sem ficar achando que perdeu algo, a Marvel possui as edições chamadas “Point One” que tem numeração com um .1 ao lado, e explicam como o personagem anda, e até fazem retrospectivas ou citações de coisas que serão importantes para os futuros arcos. E essa edição de HA, saiu essa semana, a 679.1. Ela ainda não deu as caras nas scans pelo que vi, mas daqui a pouco já deve estar por aí disponível.
Realmente o Aranha é o Batman da Marvel, e na minha opnião bem melhor, diferente do batman que é o fodalhão, ele é mais humano mesmo, o que facilita se indentificar com o personagem, abordar o seu lado Civil e Heroico é o que torna ele bem diferentes de outros herois por ai, e caraca, a morte dele no ultimate spider-man, pra dar abertura pra essa nova do mulequinho afro-aranha (esqueci o nome dele) foi simplesmente incivel, deu pra sentir a agonia do personagem.
acho que o unico Hq, que consigo acompanhar assim mesmo é o HA, sempre dando uma parada grande, mas consigo ler ele por bastante tempo, ja pego um Lanterna, ou Batman, em duas ou tres semanas ja estou cansado daquele ar chato, e rigoroso. HA não tem isso ao meu ver.
Pra mim o “Batman” da Marvel é o Cavaleiro da Lua xD
O novo Aranha Ultimate está demais, isso sim é um exemplo de reformulação de personagem. E logo logo essa fase chega no Brasil.
Moon Knight FTW!!!
faz tempo que não lançam histórias dele aqui!
eu gostei do Terra das Sombras por que ele apareceu
Eu gosto das mentiradas do Batman, e de ele ser bem mais dark que o geral dos personagens. Mas vai de cada um né XD
Ambos são os personagens principais(sozinhos) e mais rentáveis de cada editora(é isso mesmo não é Super Homem nem Capitão America)
Que imagem bonita/foda no final! E belo review
É a menos explosiva, mas é a que mais gosto junto da primeira das que estão aí XD
Bem que queria um wall dela. E obrigado 😀
Sem falar que representa muita coisa pros leitores e pro Homem-Aranha, porque estamos carecas de saber o quanto ele é injustiçado/desvalorizado/discrebilizado, ver Nova Iorque agradecendo é…top!
ah, e de nada! hahaha
Isso é verdade… É bem lembrado, mas o Aranha até que ficou mais queridinho pela opinião pública nesses últimos tempos.
Ainda bem, e depois dessa imagem, não duvido de nada. XD
e quem sabe se vc pedir com jeitinho a Dakini não traz de wall?
Acho meio difícil porque é uma página da história mesmo XD Não tem nada ~pros lados~ sabe? XD
SHAHAUSUHAS eu entendo! penaaa
ei rackor, que tal falar de stan lee e seus mangás/animes? assim como Heroman? *Q*
#minha opinião
nao curto os HQ’s mas o puco que ele fez em mangá foi epico,
#minha opinião END
Stan Lee fazendo mangá e anime… isso é algo que deveria ser apagado da continuidade.
Devo concordar.
As editoras americanas não sabem fazer mangas =/, fica augo meio estereotipado, não tem oque gostamos realmente principescamente nas produções japonesas atuais, temos o bizarro Mangaverso como exemplo, que da para salvar o o próprio Homem Aranha, que sempre se sai bem em outras realidades, também tem Scott Pilgrim que merece um artigo aqui, se num já teve.
Ps: eu acho que Scott Pilgrim(revista/personagem) é canadense.
Sim, Made in Canada.
Já teve artigo no Portallos Old.
E pra quê as editoras americanas iam perdem tempo fazendo mangá? Não faz sentido, são capazes de coisas melhores que isso. O que há é tentativas “miscigenação” e tentativas frustadas de simular o mangá, o que é algo idiota, algo como fazer engenharia reversa de algo já conhecido e amplamente documentado. Ambos os estilos sempre promoveram a uma troca de conceitos, variando em força conforme a época.
Eu particularmente gosto quando há essa troca ocorrendo de forma natural, como Kia Asamiya em X-Men ou o anime dos X-Men, do que algo nojento como o Mangaverse. Cada cultura na sua, mas com alguma coisa em comum. E Scott Pilgrim também um belo exemplo.
É uma boa, sempre tive a curiosidade de ver Heroman e ler Ultimo (que ele ajudou do conceito original né?), mas ainda não tive a chance de ver em meios as coisas que ando lendo.
O que quero escrever sobre agora é The World God Ony Knows que cheguei no Japão com ele, conhece?
TWGOK finalmente vai ganhar um post aqui no Portallos? *___*
TWGOK é um mangá que deveria ter mais reconhecimento do que tem por aqui. Para mim é disparado um dos melhores shounens na atualidade e o melhor no quesito “não-batalhas”.
Fui pesquisar TWGOK e, e, mais uma história baseada em simulador de namoro, com um protagonista moleque assediando garotas por ordem de um ser infernal…
Te garanto que é difícil encontrar algo como ele hoje em dia… Tanto pelo protagonista, pela abordagem dos videogames, e da maneira que a história é conduzida.
O protagonista é bem diferente do normal de hoje em dia. Keima é um viciado em jogos de simuladores de encontro por que quer e não por ser um loser como a maioria. A maior prova disso é como ele sai conquistando as garotas, abordando-as, tendo atitude e controle da situação como poucos. A história parece boba a princípio(eu achava que o mangá era só mais um na multidão), só que com o tempo e a inclusão de outros elementos a história, faz com que o enredo cresça de tal forma que ultimamente quase todo capítulo tem um ‘clímax” que te deixa ansioso por mais. Além de ser super divertido ver a interação do personagem com o “mundo 3D” que ele tanto abomina.
Assim como o meu super-herói preferido da DC é o Batma, o meu favorito da Marvel é o Homen Aranha.
Eu não leio mais nada do teioso desde daquele pacto com mefisto (Aquilo me deixou bem puto), mas vou ver se pego alguma coisa dele para aos poucos ir retomando o gosto das HQ’s do HA. Atualmente estou lendo o Própio Medo e que estou achando bem fraca por sinal, espero que melhore.
Dropei O próprio medo… Meio ladainha demais achei… Acho que parei lá pelo livro 4, mas uma coisa eu até gostei, que foram aquele fim de livro principal que ramificava em mais 3 variáveis que normalmente tinham uma história que funcionava bem como oneshot.
Eu só gostei das partes finais de Fear Itself, em especial pelas atitudes do Stark e do Capitão. Mas na real, o que achei mais foda desse evento foi o que aconteceu com o Colossus.
O mais foda do evento foi Bucky voltar a ser o Soldado Invernal. Revista muito boa!
Exatamente, Sexteto Sinistro eles deram as caras no desenho dos naos 90, no tempo que Peter perdeu os poderes, não me esqueço da piada do Homem-Aranha “temos um zoológico aqui” que não teve grassa =/ mas ficou marcado na minha mente, no universo Utimate causaram “mais estragos” =(