A ação ou a deficiência dela em Soul Sacrifice!

Precisa de mais uma colher de ação nessa receita aí!

No momento estou me sentindo o E.T. que acabou se pousar no planeta Terra, bastou apenas um vídeo de um modo multiplayer bem simplório e hordas e mais hordas de comentários cheios de hype apareceram logo após isso na internet. É impressão minha ou eu sou o único que não curtiu esse Soul Sacrifice?

Eu não achei o jogo de todo mal. Adorei o jeito grotesco como essa história de magos e monstros vai ser abordada. Toda vez que eu penso em RPG’s ou Action RPG’s japoneses, a primeira coisa que me vem à mente são personagens andróginos com carinha de bebê que nem saiu das fraldas ainda. Faz parte da cultura deles? Faz, mas não quer dizer que sempre fez e de um jeito ou de outro o fato de que atualmente é isso o que realmente vende por lá não deixa de ser menos lamentável e ao mesmo tempo irritante.

Logo, ver esse mago com cara de moribundo cuspindo a própria espinha dorsal para usar como uma espada foi bem animador. E as cenas fortes não param por aí, é só espiar as artes conceituais, que sozinhas já levantam e muito a moral do jogo. Isso sem falar nos nomes dos envolvidos nesse projeto.

Keiji Inafune (que infelizmente perdeu a guarda do seu filho mais valoroso para a madrasta Capcom), Yasunori Mitsuda (compositor responsável por Chrono Trigger e pelo meu eterno amado Chrono Cross) e Wataru Hokoyama (compositor e maestro que já deu as caras por essas bandas). Thanks Google.

Tudo muito bom, tudo muito lindo, mas na minha opinião só no papel mesmo. Inicialmente eu achei que tivesse entendido errado a que gênero pertencia esse game, mas por onde quer que se ande pesquisando a história é sempre a mesma: Soul Sacrifice é um game de ação, ponto. Mas é uma pena que a ideia sobre o que é ação anda bem devagar nesse caso. Se existe um dinamismo maior nessas batalhas talvez ele esteja no só single player mesmo. E se for esse o caso a divulgação desse jogo já começou com o pé esquerdo pra mim.

A mecânica me pareceu limitada, todos correm do mesmo modo, bem como não podem pular e aparentemente tampouco desviar de forma ágil e dinâmica quando o monstrengo ataca. Eu vi muita gente comparando esse gameplay com o de Monster Hunter e realmente não tive muito do que discordar, tanto é que esse é outro jogo na minha lista de títulos que eu não teria a menor paciência para jogar. Mas apesar de não ter a menor vontade de conhecer a franquia da Capcom, só de olhar um vídeo random qualquer pelo YouTube eu vejo mais graça no gameplay dele do que nisso tudo aí.

Grande parte das magias demonstradas dão a entender que os combates serão sempre assim, com ataques lançados à distância, o que me pareceu ser um exercício meio frustrante visto que algumas magias usando o chão para conduzir o ataque até os monstros nem sempre atingem o lugar certo, como se dois passinhos para trás ou para frente fizessem toda a diferença. E quando os personagens enfim preparam ataques físicos a ação é… broxante. Parece até um MMO, um tédio só.

Congelar o tempo, reviver seus parceiros ou mesmo usá-los como um sacrifício são alguns dos pormenores do gameplay que mostram o quanto um modo cooperativo pode ser divertido. Mas as mecânicas, ah… as mecânicas eu ainda não consegui engolir, assim Soul Sacrifice fica parecendo um jogo de ação incompleto na minha opinião.

Mas muita calma nessa hora, também acho que o título está extremamente cru para tecer conclusões definitivas, ainda quero ver do que exatamente é feito o single player desse jogo. Mas para uma impressão inicial só posso dizer que achei uma excelente ideia com uma execução não tão boa assim. Se a Sony queria levantar a moral do Vita antes da E3, bem… comigo não funcionou não.

Try again Sony, try again.

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