20 minutos de… ação em Dead Space 3!
”Não tenha pressa com o primeiro jogo.” Foi o que o Isaac acabou de me dizer!
Engraçado, no mesmo ano em que a Ubisoft preparava o terreno para chegada de Assassin’s Creed Revelations eu começava a minha árdua caminhada lá em Masyaf no primeiro jogo, com o Altair andando a esmo na tela e eu pescando muito peixe no meu sofá. E assim fui, sonhando com o momento em que eu enfim alcançaria o resto dos fãs de longa data da franquia. Foi um pouco sofrido, mas eu cheguei lá.
E quando esse ano começou eu achei mesmo que o drama voltaria a se repetir. Afinal o meu desejo de retomar o primeiro Dead Space já tem tempo, mas isso só rola assim que Max Payne 3, Os Cavaleiros do Zodíaco e (talvez, quem sabe, com muita sorte…) Dragon’s Dogma forem assuntos do passado. Paralelo a isso, eu já me imaginava angustiado pensando no momento em que a Electronic Arts mostraria a prévia do terceiro jogo na E3 desse ano. Mas como quase tudo o que foi visto nas conferências, Dead Space 3 também não me agradou muito.
Talvez se eu não tivesse experimentado o pouco que vi do início do primeiro jogo quem sabe agora eu estivesse mais deslumbrado com essa ação toda alá Gears Of War, mas não rolou. O jogo que eu vi nesses 20 minutos não é o mesmo jogo que prendeu 100% da minha atenção por mais de uma hora poucos meses atrás. Não enxergo nenhum traço do aspecto survival horror que me fez apaixonado pela fórmula apresentada no primeiro título.
É inegável que a proposta de uma narrativa diferenciada entre o modo co-op e o single player é interessante, mas essa ação não me convence. O pouco que se vê nessa demonstração só me faz pensar no quanto esses monstrengos tendem a ser extremamente previsíveis ao longo do jogo. E se esse é mesmo o terror que a EA jura de pés juntos não ter esquecido, então a coisa está mais feia do que eu pensava.
O terror em Dead Space mais muito além dessa atmosfera tão superficial. Ele ultrapassa a tela e invade o jogador, intimida, te faz tremer por dentro e mesmo assim, por alguma razão inexplicável, te faz querer mais daquilo. E não é com um punhado de cutcenes super trabalhadas e criaturas saindo de surpresa dessa névoa toda que eles vão conseguir conciliar ação e terror no mesmo jogo. Mas parece que isso já estava sendo escrito, porque pelo pouco que ouço falar o segundo jogo também não seguiu a receita do primeiro à risca. Então essa ação toda parece mesmo uma evolução natural de como os produtores querem ver a franquia se popularizando daqui pra frente.
Concordo que ainda é cedo pra tirar conclusões precipitadas (o jogo só sai em fevereiro do ano que vem), mas ao menos uma certeza eu já tenho. Se o pontapé inicial com Assassin’s Creed 1 foi dureza, com Dead Space 1 vai ser um grande prazer. Principalmente se o terceiro jogo da franquia seguir mesmo por esse caminho que eu considero tão temeroso. Com essa mania detestável de querer agradar as ”massas” que hoje só sabem pôr as mãos em dúzias e mais dúzias de FPS genéricos.
Tsc, tsc…