Berserk, o dia em que o falcão voltou no tempo! (Opinião)

Berserk Ougon Jidai-Hen

Uma releitura que poderia ter rendido mais. Muito mais!

Parece até piada, não deu nem um mês desde esse meu post dizendo que eu iria dar um tempo nessa xaropada toda que estão sendo esses animes ultimamente, quando sem querer poucos cliques acabaram por me levar ao recém lançado filme de Berserk todinho traduzido. Nem em sonho eu apostaria que isso fosse acontecer ainda nesse ano. Se você pega como parâmetro os filmes dos blockbusters japoneses (ou otaku, eu sei lá…) acaba por descobrir que é mais fácil esquecer o assunto até segunda ordem do que ficar que nem retardado no pé dos Fansubers perguntando quando diabos o próximo filme meia sola do Naruto vai cair na rede.

Mas enfim, o velho ritual de quando animes ainda possuam alguma relevância na minha programação se repetiu depois de tanto tempo. Me empolguei, baixei, perdi mais de 1 hora na frente do computador com um fone de ouvido para aumentar a imersão e agora como prometido (eu sempre me atraso) vou despejar aqui as minhas impressões logo após o continue.

Não curte spoilers? Tem alergia só de ouvir falar no nome? Nem sabe o que é um Behelit pra começo de conversa? Então me desculpe, mas já aviso que Berserk e papas na língua são duas coisas que não combinam, está bem? Fica a dica.

Eu gostei de Ougon Jidai Hen, é um filme visualmente estonteante, como poucos, mas sendo Berserk a ocasião exigia ainda mais. Essa ainda não é aquela animação que povoa os meus sonhos mais loucos, uma em que resolvam copiar ou ao menos tentem transportar da forma mais fiel possível o mesmo traçado empregado no mangá. Eu sei que isso é sonhar pra cacete e tudo mais, mas não considero algo impossível, só acho que a cada ano que passa fico mais convencido de que tal coisa só vai rolar quando o próprio Miura fizer um cursinho de animação e ele mesmo botar a mão na massa pra produzir essa parte. O que considerando a preguiça dele, jamais vai acontecer.

Mas e daí? Eu consigo viver com isso, desde a animação lá de 1997 eu faço isso. Aliás muito antes de conhecer Berserk eu vi o mesmo acontecer com Slam Dunk do mestre Inoue. O que não desceu muito bem foram aqueles efeitos de CG se misturando com animação tradicional. Ao meu ver, por algum milagre eles pouco interferiram nas cenas mais velozes, aquelas com muito combate. Mas em outras… minha nossa, o efeito literalmente transformou os personagens em robozinhos, quase como se fossem personagens de vídeogame. O Zodd grandalhão na caverna é o melhor exemplo, não fosse essa uma animação tradicional ele cairia como uma luva num Super Sentai fazendo uma ponta como monstrengo do dia.

Mas de todos os defeitos desse longa esse é o que menos deixa a desejar. E eu já chego lá.

A história vai melhor, ela permanece imutável e eu achei admirável o jeito como os produtores inseriram emoção em cenas que todos nós já estamos mais do que carecas de saber como acontecem. Eu inclusive fiquei imaginando comigo mesmo que criar algo do zero deve ser mesmo difícil, mas me perguntei também se tentar recriar um momento marcante e causar o mesmo impacto da primeira vez não é algo ainda mais complicado de ser feito.

E eles conseguiram esse feito, ao menos por aqui. Pra mim foi impossível não me deixar levar nas duas primeiras cenas onde o Griffith conversa com o Gatts sobre os seus sonhos. Aquele entardecer rejuvenescido, aquela música que amolece o coração logo nos primeiros acordes. Sério, achei aquilo um tiro certeiro que adentra, sem fazer cerimônia, até mesmo o coração do fã mais xiita que existir desse mangá. É praticamente um convite para esquecer o que vem pela frente e reviver o momento.

Sacrifícios? Femto? A Mão de Deus? Nada, por um instante eu desejei até que o bando do falcão vivesse uma história diferente, uma história de sucesso mesmo. Porque eu voltei a minha atenção para o Griffith e o que eu enxerguei foi um menino sonhador. Assim como 3 anos mais tarde (ou poucos minutos depois, como queira) enxerguei um capitão justo, alguém merecedor de estar à frente de todas aquelas vidas. Mesmo já sabendo o que se esconde por trás do personagem, o que lhe reserva o futuro, eu novamente me senti como se estivesse conhecendo o Griffith pela primeira vez.

E isso poucos remakes são capazes de fazer, esse aqui por exemplo, bem atual por sinal, não teve a mesma competência.

Também achei que o Gatts voltou muito bem rebootado. Aquela luta contra o Bazuso nunca resumiu tão bem o personagem: um suicida nato que está sempre à procura da morte. Achei a relação dele com o Griffith muito bem desenvolvida, destacou bem a importância do encontro dos dois para a vida dele. Porque aqui (muito mais do que no velho anime de 97) fica nítido que o desenvolvimento do Gatts, aquilo que fez ele parar, olhar pra si mesmo e perceber que estava preso dentro do sonho de outra pessoa depende exatamente desse encontro. Assim como a triste história de ascensão e queda do bando do falcão.

Mas é uma lástima que esse nível de detalhamento, essa atenção toda não tenha sido aplicada para os outros personagens. A Caska por exemplo passa o filme todo apagada. É mais fácil pensar nela como a mulher ciumenta que está sempre implicando com o mais novo queridinho do chefe que na mulher corajosa que agente aprendeu a gostar. O mesmo vale pro resto do bando, aquele resto que realmente importa. O Pippin é um dos que continua o mesmo: um grandalhão de poucas palavras, mas muito gentil. Não faz mal ele não aparecer tanto, ao menos no anime sempre foi assim. Mas há outros que simplesmente não dá pra entender porque foram literalmente jogados pra escanteio.

O Rickert por exemplo é a criança que nunca mereceu muito destaque em batalhas, o que eu sempre curti nele mesmo é que ele era uma das peças chave que fortalecia os laços cada dez mais fortes que o Gatts formava com todos do bando. Característica mais que marcante do garoto que foi totalmente esquecida, sem indício algum de que seria explorada em algum momento do longa. Judeau é outro que infelizmente (e infelizmente mesmo) também passa longe de ser expressivo e olha que a primeira (e única) cena dele no filme entregou um pouco da personalidade dele e do segredo amoroso que ele sempre escondeu.

Sempre gostei daquele ar de enigmático do personagem, um companheiro com cara de traidor que nunca fugiu à luta. Mas tudo foi rápido demais e foi só isso.

De todos ali, acho que o Corkus foi o que mais falou e que infelicidade seria esse filme caso isso fosse diferente. O cara sempre foi um zero à esquerda no grupo, um oportunista de mão cheia, mas ele era um dos mais queridos do mesmo jeito. Como um amigo falastrão e desajeitado que numa hora te dá nos nervos e noutra já está rendendo momentos bem humorados. Senti até que envelheceram ele um pouquinho mais só pra evidenciar aquele lado ranzinza que ele sempre teve.

Mas enfim, um único resgate não é o suficiente pra apagar a sensação de que faltou alguma coisa. E isso não é só pelos personagens omitidos, o lado mais sujo do passado do Griffith também foi varrido pra debaixo do tapete e a infância do Gatts foi resumida num simples flashback sem muito conteúdo. Como se a revolta dele não precisasse ser nem explicada. Isso e outros fatores deixaram a execução do enredo incrívelmente mais leve e esse novo/velho mundo de Berserk ficou tão mais bonito, tão inocente e tão colorido que aquele clima de mundo desumano praticamente sumiu.

Como se os produtores tivessem levado esse reboot tão a sério a ponto de esquecer o quão chocante é o passado de cada um ali. Como se a estrada para o sucesso do bando do falcão até o reino de Midland fosse um romance da Disney, quando na verdade o desenvolvimento do grupo envolveu até mesmo acordos sórdidos mediante relações sexuais entre personagens chave. Daqueles que você olha e retruca com todas as letras possíveis: “EU NÃO ACREDITO QUE ELE FOI CAPAZ DE FAZER ISSO”. O lado nú e crú de um enredo que nunca se prendeu à moralismos perdeu um pouco da sua identidade na minha opinião.

Se você é fã de longa data você sabe que cedo ou tarde o lado mais odioso, mais obscuro do ser humano vai entrar em cena (obviamente) no segundo filme. Mas o início do arco de ouro nunca foi esse mar de rosas, esse aparente conto de fadas que o filme faz parecer que ele é. E a situação não podia ser mais mais triste, porque o filme não tem censura alguma e mesmo assim não aproveita o melhor que a série tem pra oferecer.

A impressão que fica é a de que infelizmente 3 filmes não serão o bastante pra retratar tudo do jeito que gostaríamos. E não porque o filme foi feito pra agradar as massas que nunca tomaram conhecimento do enredo, mas sim porque a duração do longa é o fator determinante pra que isso não vá pra frente de forma satisfatória. 1 hora e 16 minutos se mostrou muito pouco tempo para reapresentar tudo que há de bom no início da história.

Será que custava tanto assim produzir material que batesse 2 ou mesmo 3 horas de filme? Que se dane o público que não aguentar ficar mais de 2 horas com a @#$%#¨pregada na cadeira do cinema. Batman: The Dark Night Rises por exemplo é um filme que vai fazer a geral ficar quase 3 horas dentro da sessão quando for lançado. Porque diabos uma animação de tamanha importância teve que ser tão enxugada?

Se isso fosse uma produção dedicada ao público ocidental eu até compreenderia, mas não é. Isso é material pra japonês consumir. Não dá pra entender. INFELIZMENTE. E eu acredito que nada ali seja corrido demais a ponto de não ser entendido, MAS ISSO APENAS por quem é fã de longa data, porque mesmo sentindo falta do carisma a mais que sempre teve o resto do bando, do lado cruel da história que aparece muito pouco aqui mesmo não se dedicando a ser um filme pra todos, eu ainda sabia quem era quem ali. Porque a minha base já estava construída.

Então como uma obra que se propõe a recontar um dos melhores mangás da atualidade e ainda apresentá-lo às novas gerações (se é que a intenção era mesmo essa) Ougon Jidai Hen falha feio na minha opinião. Como se tudo tivesse sido feito às pressas (e agora pensando no cronograma maluco de 3 filmes num único ano eu já não duvido de mais nada). É como se eu estivesse vendo um daqueles episódios especiais onde os caras resolvem fazer um resumão de tudo o que rolou em anime X numa transmissão com pouco mais de 1 hora de duração.

Se eu nunca tivesse visto nada sobre Berserk antes e baixasse o filme por pura curiosidade, nada nele me marcaria. O Griffith seria a estrela do show, o corajoso cavaleiro andrógino que consegue ser mais charmoso que a princesinha do reino. O Gatts seria o escravo gladiador sem vontade própria que só adquire cérebro lá pro final do filme. E a Caska só seria digna de ser lembrada pela ceninha onde ela aparece pelada mostrando tudo.

E o resto… bem, o resto não seria nada porque o andamento do filme os trata exatamente dessa forma.#fato

Mas piadas (e minhas repetições) toscas à parte, o que eu quero dizer é que Ougon Jidai Hen se comporta como um filme única e exclusivamente feito para os fãs e ainda assim falha por não trazer tudo o que um fã de carteirinha esperaria de um remake desse tamanho. O filme não serve nem como um caminho fácil pra quem não tá afim de ler o já extenso mangá.

Não consigo achar o resultado final como algo decepcionante porque o apelo de alguns momentos de fato me emocionou tanto quanto da primeira que os vi. Mas como um todo ele deixa muito a desejar. Acredito que ainda exista a remota possibilidade disso tudo se acertar no próximo filme, dos personagens ofuscados pelo triângulo principal ganharem a chance de aparecer por mais de um minuto em cena antes que o terceiro filme faça isso da forma mais óbvia e sem graça possível, além do passado de alguns vir à tona já que a linha original da trama não foi seguida à risca. Mas eu não vou nutrir muitas esperanças não.

Se 2 horas já não me parece tempo suficiente armazenar tudo que é pertinente e igualmente importante para a série, mais uma mísera hora e poucos minutos (julgando que o segundo seguiu os mesmos moldes desse primeiro) não fará milagre nenhum pelo enredo e tampouco vai cativar um novo publico. E a sensação no fim das contas foi a mesma de quando eu via os créditos descendo naqueles filmecos bem meia boca de Naruto e Bleach. A de que aquilo tudo poderia ter sido muito melhor, mas que por algum motivo tosco não foi.

O filme é ótimo, mas não é Berserk por inteiro, é só um pedaço, um pedaço muito pequeno dele. Mas enfim, quantas vezes eu já cai nessa armadilha mesmo? Ah… perdi as contas, e lá vai o velho ciclo dos filmes de anime se repetindo uma vez mais. E agora parece que está comprovado: nem mesmo as melhoras obras, aquelas que pareciam estar acima de qualquer suspeita, escapam dele.

Que pena.

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17 Comments

  1. Cara, concordo contigo. Achei o filme mutilado, mais que a série de tv. Com você disse, é um filme de ação mas não é BERSERK. Dá para passar o tempo, porém falta sal na mistura. Se queriam fazer direito, poderia ser feito em 2h ou mais, frouxo. Pelo menos não foi igual ao do kenshin, totalmente desnecessário.  Só espero que não inventem de fazer remake do Coeboy Bebop (e que esqueçam o live action americano!!), senão perco a sanidade de vez. Um abraço!

  2. Cara, concordo contigo. Achei o filme mutilado, mais que a série de tv. Com você disse, é um filme de ação mas não é BERSERK. Dá para passar o tempo, porém falta sal na mistura. Se queriam fazer direito, poderia ser feito em 2h ou mais, frouxo. Pelo menos não foi igual ao do kenshin, totalmente desnecessário.  Só espero que não inventem de fazer remake do Cowboy Bebop (e que esqueçam o live action americano!!), senão perco a sanidade de vez. Um abraço!

  3. O texto que eu vou mandar como bônus para o recrutamento é um review sobre esse filme (agora é bônus porque vi que você ia postar sobre o filme e tive que escrever outro pra complementar, mas vou mandar o sobre Berserk de qualquer jeito) …
     
    Tive impressões muito parecidas com a sua e sem dúvidas o que mais atrapalha o filme é sua curta duração. Em consequência disso o desenvolvimento dos personagens (principalmente alguns integrantes do Bando do Falcão) ficou prejudicado… Considerei isso uma falha grave, pois como já sabemos na saga do Eclipse é de fundamental importância você ter um certo apego pelo bando. Como isso não ocorreu, quem assistiu apenas o filme não vai ter o mesmo impacto…
     
    O filme me deu um misto muito grande de emoções… me fazia recordar cenas incríveis do mangá, até arrepiava, mas também me fazia lamentar pela execução medíocre da idéia.
     
    Só discordo do seu texto em relação a Caska, pois até o volume que o filme abordou, essa personagem tem exatamente esse sentimento de ciúme… Faltou foi o filme explicar melhor o motivo desse ciúme, mas se não me engano isso é abordado realmente nos volumes que o segundo filme vai explorar…
     
    Griffith nessa parte da história realmente parece um herói, não vi erro nisso no filme, acho que você deixou suas lembranças da hisória em geral tomar conta nessa parte, o que faltou de verdade mostrar sobre o Griffith foi seu lado estratégico perante o bando, pois sua liderança e habilidade em batalha foi bem explorada…
     
    Sobre a CG, apesar de ruim passaria batido se o filme tivesse melhor desenvolvimento de duração, pois os cenários realmente são lindos, mas a movimentação robótica é tosca.
     
    No mais é isso, vou fechar esse comentário como eu fechei o meu texto bônus para o recrutamento:
     
    O filme dá até para assistir, mas como um verdadeiro fã de Berserk diria: “Leiam o mangá!!! Éééé beeeeeem melhor”!

    1.  @Rafael Gaara Não disse que o Griffith deveria pagar de vilão já nesse filme, disse que o lado mais obscuro dele tbm é retratado logo no começo da história (muito antes do lançe com a Mão de Deus) e isso causa uma baita choque porque vc é conduzido a enxergá-lo como um herói e nada além disso. Então quando o enredo dá essa reviravolta e mostra até onde a determinação dele vai, você fica impressionado demais com as atitudes dele.
       
      Porque a partir daí a história mostra que mesmo o herói pode ser tão imundo quantos os vilões e isso não rolou em  momento algum do filme.
       
      O mesmo vale pra Caska, tirando a luta rápida que ela tem com o Gatts vc não vê nenhum momento dedicado a mostrar porque ela é uma mulher diferenciada, corajosa, o porque dela merecer fazer parte do bando. E isso é imprescindível pra criar uma relação com a personagem. Dizer que ela foi sempre apagada desse jeito no início da história é o mesmo que falar que só após 10 episódios do anime é que ela foi ficar interessante.
       
      Pra mim só mostraram um lado do Griffith enquanto da Caska mal mostraram alguma coisa. Ela sempre foi ciumenta? Claro, mas só isso não resume a personagem. Nunca resumiu.

      1.  @K o n S a m a Certamente eu concordo em alguns pontos, mas a Caska terá um grande destaque no próximo filme (se seguirem a história é lógico), até mesmo o pôster do próximo filme ela está destacada ou seja provavelmente mostrará muito mais de sua personalidade e suas habilidades de combate, inclusive no trailer do segundo filme mostra um minusculo pedaço dela lutando…
         
        Já o Griffith teria que ter um maior destaque desde esse primeiro filme, já que ele no próximo filme já começará a mudar pelos motivos que sabemos… A grandiosidade do Griffith é retratada bem no começo mesmo, nessa parte que o primeiro filme abordou e eu particulamente não consegui sentir isso nele assim como você também não sentiu… Como eu já disse e você também, o maior problema do filme é a sua duração, mas na minha opinião os mais prejudicados com isso foram o Griffith e o Bando do Falcão… Pelos trailers que vi, Gatts e Caska serão destaque no próximo filme e por isso não achei os dois tão prejudicados nesse primeiro filme…

  4. Apesar de o filme não ser tão desenhado a mão ( sempre foi minha preferência ) da falta de alguns detalhes no enredo de Berserk, no geral, eu gostei do resultado final. Dá para aproveitar numa boa.

  5. Mais um detalhe que esqueci de comentar… Esse primeiro filme teve em torno de 80 minutos… O segundo está previsto para ter 100 minutos e o terceiro 110 minutos… ainda não é o ideal, mas acredito que vai melhorar um pouco na questão do desenvolvimento do roteiro e personagens…

  6. Concordo na maioria dos pontos citados na crítica, mas eu gostei muito do filme. Como adaptação é claro. Obviamente,eu fico na mesma conversa de "Leiam o mangá,que é muito melhor!",mas o objetivo da animação,na minha opinião,é conquistar o maior público possível,e acho que não dá pra fazer isso mostrando TODA a "sujeira" de Berserk. Pelo menos não agora. Acho que o lado mais sórdido vai ser inserido aos poucos,assim espero.Mas galera,não sei quanto a vocês,mas eu acho o Arco de Ouro UM SACO! Chato pra caramba! Ainda sonho no dia em que vou ver a estória original do mangá,sem essa mania de querer mostrar a época aventuresca de Berserk. Quero ver a armadura Berserk! Quero ver Gutts VS Zodd na montanha com as espadas fincadas no chão! Quero ver Gutts VS Grumbeld! Quero ver Serpico, Silke e Ishidoro! Chega de ficar empurrando Griffith e seu bando do falcão! Quero novidade!

  7. Os caras estavam com a faca e o queijo na mão e entregaram um négocio desses, que na minha opinião deixa bastante a desejar. A começar pelo traço (Não da nem para chamar disso), aquele CG horrível o tempo todo chega ser uma agressão aos olhos, não sei o que passa na cabeça desses caras para querer colocar CG em tudo, ainda mais um ruim daqueles. E ainda tem a história e os personagens, um dos pontos mais fortes da obra foram completamente cagados nesse filme, quando eu baixei e vi que o filme tinha só uma hora e 20, eu já fazia ideia do que vinha, a história ficou completamente sem pé nem cabeça, a narrativa não existe, os personagens perderam completamente seu peso e sua carisma. O fillme cortou acontecimentos muito importantes que são essenciais para a construção dos personagens, Gusts no filme ficou parecendo um simples troglodita, Caska uma lésbica, Griffth um zé ruela que está ali só para mandar. Na boa se para mim que leio o mangá a estória ficou completamente zuada imagina que vai conhecer a obra através do filme, se não largar no meio vai achar que Berserk é uma obra vazia com violência. Agora eu não espero absolutamente nada dos outros 2 filmes, eu até preferiria que cancelassem e que tentassem fazer um Anime.

  8. Cara, fiquei completamente sem tesão em ver os filmes seguintes, os caras tinham tudo para fazer algo top e não fizeram!
    Quem nunca leu berserk não vai entender NADA, absolutamente NADA  do que é berserk. Como é que os caras me escondem a infância do gutts? Como vão entender o porque ele é tão avesso ao contato ou a conversar com as pessoas? O porque ele é revoltado? O gutts que enfrenta bazuzo se fodendo para a vida o faz pq? Simplesmente pq ele é um bad ass? Pq ele é macho e pronto?Qual a importância dele dizer que mudou após três anos com o bando do falcão? Quem vê o filme vê um cara que quer ser livre e depois de três anos é um comandante em um bando de mercenários, não existe construção de elo nenhum com o telespectadores. Quando chegar a hora do eclipse, vão olhar e falar, nossa o cara fez isso….ta certo, sera que vai ter jogo na tv hj? …………. ninguem vai se importar, enfim, o filme é MUITO ruim em narrativa, em tempo e em termos tecnicos, o desenho dos hotwheels são melhores em cg que esse filme. Ele não empolga com nenhuma luta, tirando a luta contra o zodd, quem tbm não deixa vc em pé falando:
    -CARALHOOOOOOOOOOOOOOO que foda!
    se fosse um filme medieval, seria um filme legal de ver, não foda, pq não empolga, mas se tratando de berserk, não empolgar é o mesmo que uma comédia não fazer alguem rir…… 

  9. Eu queria entender MESMO é quando vcs vão sacar que NUNCA, NUNCA um película trará as mesmas sensações ou será tão completa quanto um livro/revista!!É tanto mimimi de nego bancando o purista que dá no saco!!Sou fanzaço de Berserk, desde BEEEM antes de lançarem os mangas no Brasil. Ok, nada disso significa PORRA nenhuma!! Se vc nao percebeu que pelos diálogos do Griffith no novo filme que ele é um sujeito que esconde muito mais do q aparenta, bem é SEU problema de interpretação!!O mangá é bem mais sutil e engrenado, isso é fato, mas o filme NUNCA se propõe a isso e só sendo bem tolo pra crer que vai ser assim, e depois ficar cheio de mimimi!!
    Pelo amor de DEUS, parem de criar tanta expectativa e ficar remoendo detalhismos. O filme é bom, muito bom!! E ponto. 

    1.  @EdmundoRodriguez Rapaz, depois disso mudou meu modo de ver as coisas sabe! Claro que isso não significa PORRA nenhuma, mas realmente com tanta convicção de que o filme é bom e PONTO.Afinal pelo amor à DEUS sua opinião é a única forma de ver e enxergar as coisas, não haveria o que falar =)…. mas como não sou tão religioso assimlá vai:Diferentes mídias precisam de diferentes tratamentos por suas limitações e caracteristicas, tudo certo. Adaptações são necessárias nesses casos, porém isso não significa que qualquer merda é justificada por ter mudado de mídia. Pedi a uma pessoa que nunca viu ou leu berserk e veja o que ela acha do filme, dos personagens, o que ela tem a dizer de cada um! 
      Para quem conhece todo universo de berserk, sabe quem é importante ou não e o porque.
      Mas fizeram um filme só pra essas pessoas?
      Se sim, fizeram um trabalho porco, com uma hora de duração, com qualidade técnica de uns 5 anos atras, ou mais, que foi quando vi spider man na globo com esse cg e ocultando vários elementos em uma obra que possui muita força no oriente e ocidente, ou seja, um filme MUITO fraco para o nome Berserk.
      e sua opinião é sua opinião, não é absoluta, se você gostou e outros não, o que você tem a ver com isso?  

      1.  @Renato Romano Esquece man, foi besteira minha querer argumentar qualquer coisa aqui!! Escolha estética, direção de arte, nada disso é levado em consideração na hora de definir o produto a ser animado…É o mesmo debate de SEMPRE, "mimimi, a arte num agradou, recursos tecnicos antigos"…"narrativa não empolga, não capta a essência…"  ouço esse naipe de reclamação desde que o Dave Gibons desenhou Watchmen, e os infindaveis comparativos do Conto do Cargueiro animado…E, jovem, alguém que nunca assistiu Berserk pode muito bem curtir a historia do filme e saber destrinchá-lo. Mas pra isso num depende só de UM filme. Ao fim da trilogia a pauta pode ser avaliada no todo. E além disso, alguém captar a logica da obra não depende só da mesma. E PONTO.Tenho porra nenhuma a ver com terem gostado ou não…mas achei os motivos antigos e supérfulos e passivos de crítica. Me processem!!No mais, temos em comum um apreço impagável pela obra.  E ponto!

        1.  @EdmundoRodriguez Ainda confirmo que uma pessoa que não conhece os integrantes principais do falcão ou o porque do gutts ser assim não vai ter nem metade do impacto que tivemos na hora do eclipse ou de ver o gutts deixar de ser avesso e começar a se envolver com as pessoas como foi nessa passagem de três anos que tivemos no filme. Isso é falha dos caras, incompetência mesmo. Sobre problemas técnicos, só olhar o nível que temos hj em jogos ou filmes, se isso é possível, aceitar o apresentado no filme é ser bonzinho com os caras e ver o filme como se ele tivesse sido feito por fãs de berserk com várias limitações de orçamento.O que entendi é que vc quer que os fãs falem:
          -porra ta bom, melhor que nada, pelo menos fizeram o filme. Antes isso do que nada….tem coisa muito pior…Se for, é ai que está a diferença, eu não aceito isso para berserk, muitos tbm não! Não é questão de mimimi disso e daquilo. São critérios de avaliação. Para mim antes correr atras de investimentos maiores e fazer algo decente do que fazer o bom/razoavel que poderia ser muito melhor com o dinheiro que temos. Isso avaliando as questões de tempo e cg, pq com pouco ou muito dinheiro, com uma direção dessas ia sair o mesmo filme sem impacto que foi. Pq falharam na condução do plots, da ambientação e apresentação dos personagens aos espectadores!Pergunta pra quem assistiu o filme e nunca leu berserk o que ela achou do gutts, do judeau, se ele é legal e pq? Ai vc vai ver de onde a pessoa pode tirar o mínimo de informação deles pelo que o filme forneceu! A sequencia mesmo que mostre o passado ou o decorrer desses três anos para criar um vinculo com os espectadores, o que duvido muito, não eliminaria as falhar desse primeiro filme. 

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