(Por Thiago Farias)
Seriados muitas vezes ultrapassam o questionamento de seu gênero, ultrapassam sua faixa etário comum e, ultrapassam também o limite cronológico e nos trazem histórias fantáticas, que a “simples” leitura de um livro didático não poderia demonstrar.
Duas das grandes difusoras desse tipo de conteúdo são HBO e Showtime, a HBO com seu público bem melhor definido trazendo Boardwalk Empire, Mad Men, Game of Thrones e a Showtime de Californication, The Big C. Porém a difusora da série que será comentada é a grande Showtime e a série ainda mais gigantesca (se essa inversão for possível) é The Borgias.
A série -The Borgias- se passa em um período em que casamentos eram arranjados, havia condenações em praça pública, apedrejamento, chibatadas, as leis religiosas eram leis absolutas e tantas outras formas primitivas de resolução social. Pelo poder dado a religião, o papado era a ordem primaria.
Dito isso, temos Rodrigo Bórgias fazendo o que for preciso para substituir o antigo papa que veio (ou foi) a falecer.
Quando digo ‘fazendo o que for preciso’ já resumo a família Bórgia, que tendo a frente Rodrigo, conseguem o poder clérigo do Vaticano e a partir disto governam por anos, instalando na cidade santa todo tipo de indulência para conseguirem atingir seus objetivos. Alguns poucos exemplos de uma lista que pode ser extremamente extensa são: incesto, roubo, assassinato, simonia, extorsão, adultério. E assim seguem, convidando amigos e inimigos para ceiar em suas mesas fartas, porém apenas alguns provam do vinho e saem com vida do palácio.
A família Bóriga é retratada nesta série focando nos personagens principais que são:
Lucrécia – Filha mais nova de Rodrigo, linda e sedutora, que logo aprende que mulheres possuem uma arma para usar contra os homens e o próximo passo é usa-la.
Cesare – Que apesar das vestes de cardeal, possui um verdadeiro dom para as guerras, travado belas cenas de espadas com seu irmão.
Juan – Teimoso e cheio de si, porém mesmo sendo predestinado a comandar as tropas papais, não possui as mesmas habilidades do irmão.
Posteriormente, novas figuras históricas vão sendo apresentadas, como o socialmente habilidoso, Maquiavelli. Ou o assassino sem coração Michelleto.
A série se encontra no aguardo para a terceira temporada, que já teve seus dez episódios encomendados. Ao contrário do que dizem por ai, The Borgias esta bem longe de ser THe Boring e merece muito essa renovação. As únicas coisas necessárias para assistir é tempo, pois os episódios são de 40~50 minutos, um gosto minimo por história e a pratica do apego.
Infelizmente, houve uma queda de audiência da primeira para a segunra temporada, porém ainda assim The Borgias ao lado de The Big C, possui os maiores ibopes do Showtime.
Uma das melhores coisas a se fazer vendo The Borgias é manter o seu buscador favorito aberto (Gugol), tentar montar quebra-cabeças históricos com os conhecimentos que você já possui, e depois se preferir ler algum material do assunto (mas só depois, evite spoillers).
Aqui vai uma lista do que pode ser encontrado com facilidade:
1. Maquiável – O Princípe e Escritos Políticos ~ O Estadão lançou a algum tempo uma coleção de grandes livros e esse estava entre eles, saiu na primeira edição com A Orgiem das Espécies do Darwin.
2. Os Bórgias do Milo Manara ~ Essa é uma série de três volumes em quadrinhso do Milo Manara, que melhor do que ninguém mostra a parte sexual d’Os Bórgias.
3. Os Bórgias – A Família ~ Esse é o um livro do Mario Puzo, que apaixonado por famílias envolvidas em crimes, escreveu sobre essa família e também sobre a fampilia de Dom Corleone (O Poderoso Chefão).
4. E é claro, na internet tem muito conteúdo bom sobre a história, muitos documentos contém spoillers e outros partes que podem ou não ser contadas na série. O Documento do Wikipédia está bem completo.
E mais uma leva de conteúdo extra:
No site do Showtime você pode assistir a episódios que já foram exibidos, tem um joguinho pra Facebook (favor não mandar solicitações rs), cenas de bastidores, entrevistas com o elenco e fotos (muitas).