Indicando sagas: Spider-Man: Ends Of The Earth!

Falando um pouco da saga das revistas #682-687 do The Amazing Spider-Man!

Esta foi uma saga bem alardeada pela Marvel. Desde a aparição da roupa “Iron Man” do cabeça de teia até a revelação que teríamos o Sexteto Sinistro como as cabeças da coisa toda.

Eu comecei a ler sem esperar nada grandioso, afinal quem vinham eram os “buchas” marca registrada do time dos vilões do Aranha. Mas Dan Slott parece ter o toque mágico com Parker ou foi longe demais nos Confins da Terra?

Depois do Continue, sem spoilers, saberemos.

O plano do Dr. Octopus é ambicioso, e deveras interessante: Jogar uma espécie de satélites (muitos deles) na órbita, para fritar todo mundo. Espera, isso não seria muito interessante né? O negócio é que tecnicamente os satélites podem ser usados como Camada de Ozônio auxiliar e assim livrar a Terra de qualquer efeito colateral de aquecimento global.

Com este ideal, Dr. Ock vem a público anunciar seu plano. O que dá mais credibilidade ao cientista louco é que finalmente seu corpo está perecendo frente a sua condição de saúde, então serão os prováveis últimos dias dele na Terra.

Frente as ameaças do Doutô é formado um conselho mundial entre países, e estes aprovam o “material”. Com a condição imposta que cada membro do Sexteto recebe ficha limpa e 2 bilhões em suas contas.

Parker se preparou faz tempo para a volta do sexteto sinistro, desde a outra vez, que eles atacaram, e veste sua nova roupa.

Achei meio desnecessária a roupa nova do Aranha, senão pelo teor armadura, para se proteger do Rhyno. Para não dar maiores spoilers, esta acaba sendo inútil a maior parte da aventura. As Teias magnéticas por exemplo são muito mais utilizadas do que a armadura em si.

O clima se torna interessante com a aceitação do plano do Doc. Ock pelos governantes, e o Aranha passa a ser oficialmente um “fora-da-lei” por assim dizer. Nem os Vingadores conseguem ajudá-lo, por certos acontecimentos ao longo da história.

Isto até gera mais outra situação interessante, quando só sobram Siver Sable, Viúva Negra, e Spidey contra o Sexteto, mas infelizmente a revista dá uma derrocada incrível, rumo a um final bem mais ou menos, e que não faz jus ao “Master Plan” de um dos maiores vilões do Aranha.

Até uma morte interessante, que serviria para reforçar a culpa sobre mortes de terceiros que o Parker carrega, não foi conclusiva. Uma das cenas mais legais, que geraram um mínimo de tensão no final foi bem Super-Héroi, por assim dizer. Tudo acaba bem, ninguém realmente leva consequências disto para o futuro, e o que poderia ser um belo arco marcante, acaba por ser mais um arco de herói, do dia-a-dia de um.

Um aspecto estranho, foi ver o Spidey  todo momento furioso, com raiva, do sexteto e principalmente do Ock, e de todos acreditarem no vilão. Faz até sentido, e realmente em algumas partes fica até bacana, mas na horas em que as piadas, marcas registradas do herói, saem, parece tão fora de lugar que não compensa.

Os pontos altos em relação ao Sexteto com certeza foram Rhyno e Mysterio. As conversas entre Mysterio e o Parker são de rachar o bico (por parte do Mysterio, principalmente), e as ações dele são extremamente condizentes com sua personalidade de espetáculo, e de sempre sair na hora certa.

Rhyno não é um Brutamontes bobão que sai correndo e derruba uma parede. Não. Ele está realmente querendo ver o mundo pegar fogo, e não se importa com consequências. Ele não se importa em se matar para ver o Spider sofrer mais em seu ponto mais fraco. A cena final dele na saga é uma das melhores, e ela não ter “sido válida” foi uma das coisas que mais me frustrou na revista.

Eu recomendo ler por esses dois momentos supracitados principalmente, e pela arte do Steffano Caselli que está sensacional, e anos luz a frente do desenhista saga atual (Morbius e Lagarto).

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