Alphas, segunda temporada começa meio X-Men (Opinião)
Hora dos vilões atacarem!
Fique tranquilo, não é como Heroes (ainda).
Já relatei aqui no blog que anda difícil parar em frente à TV ultimamente. Tenho dezenas de séries paradas, aguardando tempo e disposição para colocar as coisas em dia. Mas aos poucos a vida vai se acertando, tanto que voltei a escrever para o blog (e quase que diariamente). Então essa semana sobrou um tempinho pós-meia noite e sem muito sono me encontro em frente à TV, selecionando o que gostaria de ver (porque fica tudo num HDD externo, esperando apenas um play via Xbox 360). E ao invés de escolher algo que larguei pela metade da temporada passada, resolvi pegar algo que recomeçou recentemente lá fora: Alphas.
Essa é uma série que me agradou ano passado. Chegou sem qualquer pretensão de ser algo de explodir miolos, mas que me surpreendeu por uma trama gostosa de acompanhar, personagens carismáticos, efeitos de super poderes inteligentes de serem realizados com orçamento de um programa de TV e o melhor, um primeiro ano curto e sem muita enrolação. Foram apenas 11 episódios. E para o segundo ano da série, estão confirmados mais 13 episódios, então nada de ser uma série com aquela encheção de lingüiça de 22 episódios, onde apenas os 5 primeiros e os 5 últimos valem realmente a pena ver. Pode pegar qualquer série da atualidade e ver que as melhores são aquelas mais enxutas, com temporadas menores, onde a trama principal é trabalhada do começo ao fim, sem aqueles episódios linguiças, aonde a trama não vai para lugar algum e que estão ali exclusivamente para encher cotas do show. É uma decisão mais do que saudável deixar Alphas em temporadas menores, ainda que isso também signifique uma exposição menor dela na TV e uma maior saudade sempre que a temporada acaba e me pego pensando que mais episódio só no próximo ano.
Enfim, depois de uma primeira temporada onde se trabalhou muito no universo da série e em seus personagens, o segundo ano já começa em clima de X-Men, graças ao gancho do final do ano 1, quando o Dr. Lee Rosen revela ao mundo que os Alphas, pessoas com habilidades extraordinárias, existem e estão no meio de nós. É engraçado como “o povo” nunca consegue enxergar o que está a sua frente até que alguém esfregue no nariz das pessoas. Enfim, se a série tem seu Prof. Xavier, ela também tem seu Magneto, o personagem Stanton Parish, que, além de ser imortal, quer um mundo com mais Alphas e menos humanos normais. Cada personagem tem sua própria equipe, cada qual com suas habilidades.
O segundo ano começa com o Dr. Rosen preso num hospício (a mando do governo americano), com bandidos armando um esquema para libertar todos os prisioneiros da prisão secreta de Alphas e uma equipe (dos mocinhos) meio que em crise, separados após os eventos do primeiro ano. Dá para notar o total clima de quadrinhos que a série tem? Não acompanho os atuais quadrinhos dos X-Men, mas é aquele clima básico desse universo. O que pra mim é um tremendo ponto positivo.
Vi apenas os dois primeiros episódios (já foram exibidos quatro), mas pelo visto o tema dessa temporada é essa: impedir que Parish reuna um exército de Alphas e inicie uma guerra contra o mundo. Os episódios possuem uma narrativa individiual, ou seja, possuem começo, meio e fim. A trama principal fica ao fundo, enquanto o episódio da semana sempre apresenta um Alpha, que pode ser um criminoso qualquer, um perturbado por causa de suas habilidades ou alguém do grupo de Parish. Enquanto isso os próprios personagens principais desenvolvem seus próprios dramas, como Nina que parece ter perdido as esperanças de ter um lugar na equipe de Rosen após se envolver com Hicks e usar sua habilidade no cara, do outro lado tem os poderes de Bill que parecem estar danificando cada vez mais seu corpo, e Gary e Rachel continuam tentando se adaptar novamente ao grupo depois de meses sem a ajuda do Dr. Rosen para acalmar seus ânimos.
A única ponta que não gostei muito nesse começo de temporada foi o uso da filha do Dr. Rosen, a Dani(elle). Achei clichê demais à filha do cara bonzinho que na verdade é aliada do cara malvado e ninguém sabe ou percebe. Não precisava disso, agora a garota não sabe de que lado fica (pois gosta de Hicks e tema questão do pai) e fica essa coisa de personagem em cima do muro, ora ajudando os mocinhos, ora ajudando os malvados. Não, não precisa disso. Espero que esse elemento da trama não se arraste por toda a temporada.
Mas no geral isso é Alphas – ano 2. Ah, e já ia esquecendo, mas curto o clima político da trama, na forma como o governo não sabe agir frente aos Alphas, no quanto eles não confiam na própria força-tarefa do Dr. Rosen e no perigo que eles representam a qualquer momento que acharem que as coisas estão indo para um rumo que eles não possam controlar. É uma série que trabalha bem com várias pontas, com vários elementos e com vários personagens, e sem parecer fanfarrão ou absurdo como Heroes depois de seu primeiro ano se tornou.
Valeu à pena dar uma olhada. O primeiro ano começa um pouco devagar, com episódios com tramas isoladas, apresentando mais do universo, até que no fim elas começam a se entrelaçar. Então não julgue apenas pelos dois ou três episódios iniciais. Tente ir até o final dos 11 episódios. Se não curtir, aí não tem jeito, pare pois você está na série errada.
Eu comecei a assistir a série ontem. O poster the série me chamava a atenção há um bom tempo, mas tinha muita coisa pra assistir (que já nem estava conseguindo acompanhar em dia), então fui deixando de lado, mas ontem resolvi pegar pelo menos o primeiro episódio por causa dessa premissa “meio X-men”. E não me arrependi.
Achei incrível a forma como os personagens usam os poderes e os poderes em si. Sinestesia, Hiper indução, Transdução… não é aquela coisa absurda de controlar o metal ou soltar raios pelos olhos (vi só um episódio, então se isso acontece mais a frente ainda não sei XD). Gostei principalmente the habilidade do meninozinho. Poder enxergar e acessar ondas eletromagnéticas (ainda mais pra um estudante de engenharia elétrica como eu) parece um sonho! XD
Mas deixando os poderes de lado, a história também soube se desenrolar. Foi competente e achei muito bom o episódio ter terminado no mesmo episódio. Como foi dito, episódios com começo, meio e fim. Enfim, foi só o primeiro episódio (e o post já the segunda temporada), mas devo continuar vendo. A primeira impressão foi bastante satisfatória, ao menos.
Que bom que a minha recomendação agradou alguém.
Como a galera não comenta muito estes posts de recomendações de filmes ou séries, as vezes fica difícil saber se acertei ou não na dica, ou até mesmo se alguém foi dar uma olhada, por isso fico contente mesmo de você ter vindo compartilhar a sua opinião Hugo. 🙂
A habilidade do Gary é uma das mais legais mesmo, e bem original a forma visual como ele é apresentada na série. E um gênio quem pensou em fazer o personagem ser autista (o ator Ryan Cartwright interpreta muito bem, foda demais, já conhecia seu trabalho pela série Bones onde ele era um cientista).
Eu entendo bem isso. O texto que mandei para o recrutamento foi sobre a série Dexter, e teve pouquíssimos comentários (isso porque a série é muito conhecida). Mas ainda acho bacana compartilhar as experiências, principalmente quando é referente a séries de tv, que são tantas que é difícil filtrar sozinho o que vale a pena do resto. ;D
To respondendo só pra me lembrar de baixar depois, parece ser uma boa série, eu não li toda a resenha acima por se tratar do 2o ano, então não queria spoiler, mas li esse comentário e me interessou.
Ótimo post Thiago. Eu já ia perguntar mesmo se a série era no estilo caso the semana, porquê em geral elas não me atraem. Mas quando é nesse estilo que as tramas se entrelaçam como Person of Interest, é possível de assistir. Aprecio mais essas histórias com continuidade. Vou dar uma conferida, obrigado pela sugestão!
Eu gostei bastante de Heroes, mas só vi a season 1. Não estou esperando uma série focada em efeitos especiais, pelo contrário quero mesmo uma boa história continuativa. Espero ver isso em Alphas.
vo the um jeito de ver.