Fim do “Game Over” nos jogos (Reflexão)
A dificuldade dos games diminuiu ao longo dos anos?
Há quem diz que os jogos da geração atual são mais fáceis que os jogos antigos. Eu compartilho desse pensamento, e tentarei expor no texto que segue os motivos que me levam a defender tal posição. Me acompanham?
Grande parte dos jogos antigos era divida em fases, e suas vidas (ou barra de energia/sangue) para cada fase eram limitadas. A adrenalina para evitar danos era máxima, pois o que menos se queria era ter de remar novamente todo o caminho percorrido (sem contar que não existia certeza de vitória, afinal, morrer novamente era completamente possível).
Nos jogos atuais a história é desenvolvida de maneira contínua, e com isso o sistema de fases isoladas foi substituído por “trechos de histórias”. Esses trechos são períodos que ao serem finalizados ocorre o “auto-save” (que muitas vezes nem são notados pelo jogador). De forma geral, os trechos costumam ser muito curtos e em caso de morte, na pior das hipóteses, você só é obrigado a recomeçar o trecho não finalizado (isso quando o jogo não recomeça do mesmo ponto em que você morreu).
Antigamente, quando se morria em alguns jogos, o personagem retornava para o último “salve” feito. Com o objetivo de não perder grande parte do progresso, era comum salvar sempre que possível (o problema era quando o posto de salve estava distante…). Hoje, na maioria dos jogos, o próprio console providencia automaticamente a guarda do progresso, portanto, quando se morre, não faz muita diferença, tudo que aconteceu até o momento da morte está salvo e protegido, bem mais cômodo não?
Outro ponto que contribui para meu entendimento, é que os jogos atuais sempre são iniciados com tutoriais, dessa forma o jogador se acostuma rapidamente com a jogabilidade, os controles, etc. Mesmo em partes já avançadas da história, sempre que um novo movimento é liberado, lá está à indicação do que fazer, como fazer, qual botão apertar e de cortesia são oferecidos inimigos “premium” para testar na prática a nova habilidade. É até engraçado, mas quanto joguei Resident Evil pela primeira vez no ps1, demorei umas boas horas pra aprender como atirar nos zumbis (é, eu deveria ter olhado pelo menos nas configurações do controle…).
Voltando de forma específica para o título do post, há quanto tempo não recebo um Game Over sem “continues” em um jogo no ps3… Um Game Over definitivo do tipo “comece de novo”, tão comum na época de Super NES, Mega Drive e até mesmo do Play 01. Hoje quando não se tem a opção “Tentar Novamente” aparece algo do tipo “Aguarde 10 Segundos”. A maldita tela que tanto assombrava as tardes de Mega Man, Mário, Sonic, etc. hoje no máximo me fazem trocar de posição no sofá.
São por coisas desse tipo que acredito ser muito mais fácil terminar um jogo dessa geração do que àqueles mais antigos. Agora, por mais que você não tenha muita habilidade, basta perseverar que uma hora será possível. Você só precisa treinar aquele mesmo ponto várias vezes, descobrir a “manha” do inimigo, e pronto. Antes, só de pensar em ter que passar toda a fase novamente, e ainda ter que analisar a situação pra não morrer mais uma vez já era motivo de stress.
Por fim é importante ressaltar que se fossemos analisar o assunto de forma teórica (desprezando a prática), a conclusão mais óbvia seria que os jogos novos fossem mais difíceis que os antigos. Hoje a qualidade gráfica é muito superior, as câmeras se movimentam para todos os lados, os mapas são abertos e se pode andar livremente em qualquer direção, sem contar que os controles possuem muitos botões a mais (e pensar que o controle de um Super Nintendo tinha apenas oito, sem considerar os direcionais…). Em tese, esses fatores contribuem para que o jogador se confunda em meio à ação (confusão esta que antes era praticamente impossível).
Chega a ser contraditório não é mesmo? O que acham?
Créditos da imagem que abre o post para o (a) usuário (a) torokun do DeviantArt!
As “vidas” são herança do fliperama, em que era necessário tirar o jogador the máquina para fazê-lo comprar mais fichas. Nos videogames modernos, as “vidas” são basicamente um erro, já que não há mais fichas. Tudo deve basear-se em checkpoints e sem game over.
Ainda que infinitas nos consoles de mesa, as vidas continuam existindo, do mesmo em que o personagem morria nos fliperamas ele morre nos consoles normais. A diferença é que nos consoles vc simplesmente precisa reiniciar e jogar novamente (o que toma tempo).
Jogar Dead Space 2 modo hardcore é no mínimo uma experiência nostalgica, me fez lembrar dos tempos de SNES e das baterias das fitas queimadas, onde tinha q ficar horas seguidas jogando sem poder salvar. Ali realmente existe o game over e quando ocorre, o que é muito fácil e vai ocorrer, é realmente frustrante e faz vc se apegar a vida do Isaac como se fosse a sua.
os jogos estão tecnicamente mais dificeis sim. como dito temos cameras e ações de todos os lados, a unica coisa foi a que foi retirado a obrigatoriedade de não morrer.
seria um saco jogar um Dead Space e chegar lá no 7 capitulo e morrer, teria paciencia de jogar tudo de novo? desde que um jogo é grande, ele é obrigatorio a ter save points, pois seria impossivel zerar um jogo tendo que voltar ao inicio mesmo toda a vez que morresse.
é questão de qualidade, já que os jogos são maiores, tem mais dinamicas, e necessario uma contra parte para equilibrar e não fazer o cara tacar o controle na parede e quebrar o cd depois de perder 5 capitulos já jogados, e essa contra parte veio em forma de voce ter a possibilidade de tentar quantas vezes quiser.
esses jogos de vida limitada, sem save point, tinha o que? 5? 10? 15 fases? cada uma demorava o que? 5 a 10 minutos? na media para se zerar um jogo desse, sem nenhuma morte voce gastaria em torno de 3 a 4 horas, hoje os jogos possuem entre 6 a 12 em media, tento jogos muito maiores, depois de jogar 10h de GTA voce teria coragem de voltar no inicio? ou num save point que foi salvo a mais de 2h atrás? eu não.
Aí que está a graça (embora eu tb não voltaria…)
Vai dizer que não era emocionante jogar resident evil sem ter memory card.
Mailson de Oliveira para mim, NUNCA, qualquer jogo que eu jogue e me fazia voltar muito atrás ao morrer, como por exemplo Super mario World, que so aparecia save point nos botões e nos castelos, ao morrer e voltar umas duas fases atrás era motivo para ficar para lá de um mês sem a minima vontade de jogar o tal jogo, zerei ele é claro, mas que foi um saco foi.
tinha suas vantagens, mas hoje em dia é algo que seria totalmente enjoativo e triste caso não existisse o save point.
claro acho que o jogo não deve ser tão moleza e deve ter uma penalidade, ala Dead space por exemplo que ao morrer voce voltava uma porta atás, para mim isso tambem era desestimulador, pois o que tem que fazer é pular na sala feito um doido e se morrer vai de novo na mesma porta.
um jogo atual que posso citar para exemplo bom é I am Alive, usando o sistema de “life” para checkpoint e o sistema de save para capitulos, ficou bem interresante, e já que o jogo quer passar um realismo, ficou bem legal, e motiva a pessoa a não “pular de cabeça” e ver no que da.
Mailson de Oliveira para mim, NUNCA, qualquer jogo que eu jogue e me fazia voltar muito atrás ao morrer, como por exemplo Super mario World, que so aparecia save point nos botões e nos castelos, ao morrer e voltar umas duas fases atrás era motivo para ficar para lá de um mês sem a minima vontade de jogar o tal jogo, zerei ele é claro, mas que foi um saco foi.
tinha suas vantagens, mas hoje em dia é algo que seria totalmente enjoativo e triste caso não existisse o save point.
claro acho que o jogo não deve ser tão moleza e deve ter uma penalidade, ala Dead space por exemplo que ao morrer voce voltava uma porta atás, para mim isso tambem era desestimulador, pois o que tem que fazer é pular na sala feito um doido e se morrer vai de novo na mesma porta.
um jogo atual que posso citar para exemplo bom é I am Alive, usando o sistema de “life” para checkpoint e o sistema de save para capitulos, ficou bem interresante, e já que o jogo quer passar um realismo, ficou bem legal, e motiva a pessoa a não “pular de cabeça” e ver no que da.
Se hj fiz final em muitos jogos de SNES, foi graças ao emulador e ao comando F2, :). O fato é que a habilidade do jogador é dificilmente comprovada em um single player, com a jogabilidade online é aí que a coisa se revela (ok, temos cheaters e campers) e não simplesmente em um nível hard ou insane. Talvez a dificuldade ou desafio não seja terminar o jogo em si, mas cumprir certa tarefa pelas conquistas, como já foi citado, existem tarefas terríveis como a de Dead Space 2, Gear of War etc.
Ontem mesmo eu tava conversando sobre isso com meu irmão, Eu sou completamente contra o Sistema de Tutoriais, o máximo que deveria ter é Ensinar como fazer o Movimento, e você decidir quando usá-lo, Princess of Persia é um Excelente jogo por isso, fui jogar outro jogo (não me recordo o nome) e ele mostrava na parede os lugares que eu tinha que pular e tal pra completar a fase, é rídiculo!
Por Outro lado o Acesso a Informação é tão Fácil que as Empresas se vêem obrigadas a colocar Tutoriais, Pois se não tem tutorial, ou o cara dropa o jogo ou corre pro Youtube pra ver como se faz. Basta ver a Quantidade de Wikias existente para jogos, mmos ou não.
Outra coisa que estraga os jogos é o perfeccionismo as pessoas compram um jogo novo e muitas vezes por conta do sistema de troféus se preocupam em fazer tudo Perfeito! ai pra não correr o risco corre pra internet. Já nos jogos online a preocupação é de Ser melhor que os outros e não ser mais um noob, então Corre pras Wikias the vida pra fazer todas as missões perfeito.
Boa parte do problema dos jogos fáceis é por causa dos próprios gamers.