Crítica | Django Unchained – Eu fui!
O Kill Bill do Velho Oeste!
Começando com um desabafo daqueles que irritam fãs, direi que alguns diretores não representam nada para o cinema atual, nessa lista coloco Tim Burton, que já foi alguma coisa, M. Night Shyamalan, que é dono de Sexto Sentido, mas também daquele final de Sinais, e muitos outros diretores por ai, entretanto um em especial, Quentin Tarantino.
Concordo que o Tarantisnesco é o estilo dele assim como o suspense é a marca do Hitchcock, a comédia romântica contemplativa é a do Woody Allen, água pra Shyamalan, sexo, drogas e melancolia pra Almodovar, Lars Von Trier e mais uma porrada de caras por ai, mas o Taratinesco é uma vontade tão grande de mostrar seu trabalho como marca no entretenimento, que acabo preferindo ver algo igual, porém levado a sério (os filmes japoneses haha).
A primeira vez que vi Kill Bill eu era um verdadeiro iniciante no cinema, mal sabia o que estava realmente sendo mostrado ali, não percebi a crítica que andava de mãos dadas com o feminismo (que alguns dizem ser o anti machismo) e por esse motivo achei uma merda. Depois de algum tempo entendi o humor do Tarantino.
E agora sabendo desse lado nessas produções,conhecendo outros trabalhos dele como Bastardos Inglórios, Pulp Fiction, Jackie Brown, me arrisquei a ver Django Unchained.
Django (Jamie Foxx) é um escravo liberto cujo passado brutal com seus antigos proprietários leva-o ao encontro do caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz (Christoph Waltz). Schultz está em busca dos irmãos assassinos Brittle, e somente Django pode levá-lo a eles. O pouco ortodoxo Schultz compra Django com a promessa de libertá-lo quando tiver capturado os irmãos Brittle, vivos ou mortos. Ao realizar seu plano, Schultz libera Django, embora os dois homens decidam continuar juntos. Desta vez, Schultz busca os criminosos mais perigosos do sul dos Estados Unidos com a ajuda de Django. Dotado de um notável talento de caçador, Django tem como objetivo principal encontrar e resgatar Broomhilda (Kerry Washington), sua esposa, que ele não vê desde que ela foi adquirida por outros proprietários, há muitos anos. -Sinopse por Adoro Cinema- Citei Kill Bill, pois é a produção que mais intensamente demonstra uma história de vingança e Django é isso, um Kill Bill do velho oeste. As brincadeiras com clichês, o protagonista vingativo, os tipos caricatos, as reviravoltas malucas, o sangue espirrando, cenas fortes. Aqui o Jamie Foxx (que interpreta o Django) só não volta a andar depois de ficar paraplégico, mas de resto… até gente explodindo tem.Apesar de ser um repeteco, o filme agrada. Quase 3 horas de filme e quando parece que vai empacar, bate a espora no cavalo e continua a cavalgada. Como toda cavalgada os cenários são bonitos, as conversas são gostosas, mas chega em um momento que você precisa parar com aquilo, pois já dói o corpo, o barulho dos cascos no chão já incomodam e você não vê a hora de chegar no destino. Entretanto, o filme te leva muito bem.
Eu queria muito dizer que a indicação no Oscar na categoria de Melhor Filme lhe daria a felicidade de ser o grande vencedor (mentira, não queria), mas sinceramente, não acredito nessa possibilidade. Outros filmes muito melhores que esse estão concorrendo.
O que garantiu meu real aproveitamento no filme foram os diálogos (aqui sim devo parabenizar o Tarantino, que nisso quase nunca falha). Textos perfeitos, com citações muitas vezes bem claras, que quando ditas na perfeição dos sotaques sulistas extremistas usados, se tornavam fascinantes.
O texto crédito ao Tarantino, os sotaques crédito as interpretações excepcionais de Christoph Waltz, Jamie Foxx, Leonardo DiCaprio e Samuel L. Jackson.
Christoph Waltz em praticamente todas as suas produções manda bem. Jamie Foxx tem um bom agente que consegue bons papéis, mas nesse ele esta muito bom mesmo. Leonardo DiCaprio sempre precisou de um diretor de peso pra coloca-lo nos trilhos, foi assim com Nolan, com Scorcese e funciona com Tarantino. Dizem que essa é a melhor atuação dele, sinto em discordar, mas parabenizo-o pelo excelente trabalho que fez aqui. E Samuel L. Jackson, após sair de Nick Fury, incorpora um personagem sem igual e retorna a sua figura nigga assim como já fez antes em Black Snake Moan.
Não tenho conhecimento técnico suficiente pra avaliar figurino, cenário, fotografia e som, mas vou me meter nisso apenas pra deixar breves comentários.
Figurino, cenário e fotografia normal: Por favor, se você achou incrível, precisa saber que Clint Eastwood já fazia isso a muito tempo atrás.
Fotografia Tarantinesca: Vai um filminho árabe ai?
Retiro agora o tom sarcástico e discordo de Spike Lee, quando em entrevista disse que o filme é desrespeitoso com os ancestrais dele. A formação da trilha sonora do filme mostra como Tarantino foi buscar a real formação negra e trouxe o que mais marca a cultura que são os estilos musicais (se isso não fosse verdade não teríamos grandes exemplos como o Blues, o Jazz, o Funk, o Ragtime, o Hip Hop e tantos outros). Através das cenas e da mistura das músicas o filme mostra a opinião de Tarantino, repudiando a formação americana. Spike Lee precisa ver o filme e entender a Tarantino’s Mind.
Por fim, Django Unchained é mais um filme tarantinesco que desta vez defende a cultura afro, assim como já defendeu as mulheres e os judeus O que enriquece o filme é saber que foi indicado ao Oscar, que conta com um elenco com total liberdade pra criar tipos e que é um vislumbre musical. Em alguns momentos a câmera é contemplativa, mas parece que o Tarantino é inquieto e logo da um zoom forçado, é de se rir.
Entretanto, não quero assistir o Oscar e ver esse cara de queixo quadrado e repartido segurando a estatueta. Esses são meus votos de desgosto por Tarantino e minha indicação a vocês, assistam Django Unchained (não é porque sou preconceituoso com o cara que vou negar que é um bom filme haha).
Superficial!
O texto ou o filme?
(eu ñ intendi direito a parte q vc fala sobre o sexto sentido e sinais).
qual dos dois vc ñ gostou? xDD
Sexto Sentido é o que eu gostei, com toda certeza.
O que eu posso dizer sobre o Tarantino… é um dos meus diretores preferidos. Acho muito bacana esse estilo dele meio escrachado, debochado. Tanto em Kill Bill como em Bastardos em Inglórios (só pra citar), essa característica é bem marcante. As cenas podem ser tensas, mas lá está você rindo em algum momento, e logo depois uma cabeça é cortada ou um cinema explode. Simples assim. Ele joga na tua cara e isso me diverte demais. Mas é claro, é um comentário de um fã. XD
Ainda não assisti o Django, mas estou na expectativa para um grande filme. 🙂
É como falo no texto Hugo, tenho preconceitos com o Taratino, por isso reclamo desse estilo dele.
Mas nem por isso deixo de indicar o filme. Como você disse que é fã, acredito que irá gostar muito desse.
É como falo no texto Hugo, tenho preconceitos com o Taratino, por isso reclamo desse estilo dele.
Mas nem por isso deixo de indicar o filme. Como você disse que é fã, acredito que irá gostar muito desse.
Pulp Fiction, Reservoir Dogs, Kill Bill Vol. 1 e 2, Inglorious Bastards, Django Unchained, dentre outros. Todos são filmes com a marca Quentin Tarantino, e todos são filmes excepcionais, na minha opinião. Acho que os filmes dele são uma ode a cultura pop, ou seja, àquilo que está acontecendo e sendo vivenciado no momento. Mesmo alguns sejam filmes de época, são extremamente contemporâneos a suas épocas de lançamento. E sim, Quentin é um cineasta fantástico e influente, o cara começou trabalhando numa locadora, e depois dirigindo filmes independentes, e chegou onde chegou. Seus filmes são aclamados pela crítica, e sempre muito esperados pelo público. Quentin é um cientista the cultura pop, e não, seus filmes não são para todos os nichos, na minha opinião de merda, eles são para os amantes the 7ª arte, acima de tudo! Enfim, está é minha opinião, se é que vale alguma coisa. Sempre acompanhei o Portallos, mas confesso que minhas visitas aqui estão cada vez mais esporádicas, de 6 em 6 meses, por exemplo. Pois acho muitos textos do site extremamente vazios e de uma parcialidade que chega a ser irritante. Não é por falarem mal, às vezes, de algo que eu ache bom, não é isso, até porque não sou nenhuma criança pra fazer beiço com críticas negativas, mas sim por falarem mal de praticamente tudo, com argumentos sempre muito limitados.
Vinicius obrigado pela paciência de ler o texto todo e por dar a sua opinião. Infelizmente, discordo de você em alguns pontos, mas é assim que surgem boas reflexões, com ideias opostas.
Antes de mais nada, você diz que esta entrando de seis em seis meses no site? E como sabe que reclamamos de tudo? Faz a leitura de todos os textos atrasados de seis meses? o_o
Essa versão EXP do Portallos justifica os textos bastante pessoais, trazendo nossas opiniões e experiências com determinado assunto. Acho injusto dizer que reclamamos de tudo, não injusto comigo, mas com a equipe toda do Portallos, pois acompanho as postagens do pessoal e sei o quão boas elas são. Talvez, você esteja lendo as exceções.
Agora vamos a Tarantino e isso será breve.
No final do texto eu digo “não é porque sou preconceituoso com o cara que vou negar que é um bom filme”.
Ok, de 6 em 6 meses é exagero, confesso. Rsrs Eu costumava visitar o site todos os dias, mas passei a visitar cada vez menos, tanto que cá estou eu novamente comentando pouco tempo depois do primeiro comentário. E o site não é mais tão atualizado assim, acho que daria sim pra devorar todos os textos de 6 meses em pouco tempo. Já li obras bem maiores e mais densas em pouco tempo, mas enfim, isso não vem ao caso. E concordo contigo sobre ser assim que surgem boas reflexões, com ideias opostas. Estou longe de ser apenas um hater revoltado, pelo contrário, eu sempre gostei muito do site, por isso fiz uma crítica construtiva, e acho que foi bem recebida, isso é muito bom, é bom saber que há equilíbrio por aí. Não lembro ao certo qual foi a crítica que serviu de estopim para que eu deixasse o site realmente de lado, mas acredito que tenha sido uma sobre Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, e da trilogia em si. Eu li críticas negativas em outros sites, especializados até, e concordei, mesmo gostando do filme. Mas a crítica que li aqui no site era tão cheia de ironias, grotescas e baixas até, de comentários agressivos, de pensamentos pequenos e opiniões vagas, que fiquei desestimulado realmente a continuar lendo as postagens do site. Mas eu gostar ou não das suas opiniões não vai mudar nem minha vida e nem as de vocês, então, vida que segue. Abraço e até uma próxima vez. 😉
eu quero inovação, quero ser surpreendido, e é por isso que sou fã do tarantino e robert rodriguez! eu achava que o django era o cara que matava todo mundo estilo machete! mas não, django livre é neve, Kerry é a única que pode entender um austríaco falando alemão(cristoph waltz), excelente ator e excelente papel. E gosto que o filme do tarantino nunca foca tudo no protagonista, normalmente o ator coadjuvante ganha o globo de ouro no filme do quentin, também, chama mais atenção que o protagonista! em kill bill, não imaginava ver desenho animado, mas é a minha parte preferida do filme! death proof, tinha a impressão que fosse de um jeito, mas fui surpeendido por mulheres falando abobrinha e por isso adorei o filme! essa é a questão, mais do que o deboche e qualidade e polêmica do tarantino acho que o fato de ele surpreender e inventar é o que faz delde o melhor!