Impressões | DmC – Devil May Cry (Xbox & PlayStation)

Fuck You!

Desde que foi anunciado, o novo Devil May Cry foi alvo de polêmicas, principalmente pelo novo visual de Dante não ter agradado aos antigos fãs da série.

Mas será que um jogo pode ser julgado apenas pelo visual do personagem principal, sem ao menos as pessoas terem jogado? Será que o jogo vale a pena?

Eu resolvi encarar o game e aqui estão as impressões de DmC: Devil May Cry, após o Continue Lendo!

Pra começar já eliminando a polêmica, o visual do Dante foi alterado em prol da história e isso é um ponto positivo. Sem dar spoilers para quem não jogou, adianto que o motivo dessa alteração será explicado ao longo desse jogo e em nenhum momento foi desrespeitado o passado da série, além disso foi explicado alguns detalhes interessantes sobre os poderes do Dante e o fato destes afetarem a cor do seu cabelo.

Os gráficos do jogo podem ser classificados como medianos comparados com o que já vimos nessa geração, além dos cenários serem bem repetitivos no começo, só dando uma melhorada lá pela décima missão.

Aliás o jogo como um todo cresce muito da metade, o que pode ser encarado tanto negativamente, quanto positivamente. Eu consegui me divertir no começo, mas devido ao baixo grau de dificuldade e a pouca variedade de inimigos, que só aumentam depois da metade, só me empolguei depois de várias horas de jogo e alguns jogadores mais impacientes podem “dropar” o game sem terem conhecido o seu melhor.

Acredito que se tivessem pegado algumas fases que estão depois da metade e inserido no começo, ou seja, fazer uma melhor distribuição, o game poderia ter sido mais épico. Faltam também mais chefes que nos desafiem e tenham um visual apelativo, como em Bayonetta por exemplo. Os chefes em geral são até interessantes criativamente falando, mas só eu estranhei a movimentação deles em CG? Enquanto a movimentação in-game parecia muito boa, quando pulava para as CGs ou momentos semi-QTEs, a coisa ficava meio travada.

Os chefes que tem são legais, mas são poucos e nas dificuldades que vem de início no game, são bem fáceis.

Falando dos aspectos positivos, gostei muito do sistema de sair pulando e se pendurando em plataformas no maior estilo Homem-Aranha, sempre que rolava uma fase em que eu era obrigado a usar mais esses recursos, era muito divertido, talvez pelo fato do gamer aqui ser nostálgico com jogos de plataforma ou simplesmente por que foi bem aplicado no jogo.

Outro ponto positivo é variedade de armas e combos, apesar do tempo para se acostumar com eles ser muito curto (o game é curto) e os botões utilizados para os combos de diferentes armas ser praticamente o mesmo. Algumas armas são basicamente evoluções das primeiras, ao que ao meu ver era desnecessário já que se fazemos upgrade nelas, elas não deveriam ser tão facilmente descartáveis pelas novas.

Talvez quem jogue várias vezes curta melhor as armas, mas jogando apenas uma ou duas vezes, certamente você vai utilizar apenas as últimas que recebe.

Se não me engano será lançado um DLC com novas armas, o que considero uma sacanagem, mas não vem ao caso, ainda mais sabendo que a Capcom está envolvida, é algo até meio óbvio.

A trilha sonora é excelente, realmente é empolgante matar os inimigos ao som de um rock ou eletrônico (tem uma missão em uma boate muito legal). A trilha basicamente segue com competência o momento ou a identidade visual da fase,  bem ao estilo que sempre foi Devil May Cry.

Os combates são bem fluídos contra os inimigos comuns e a câmera não compromete, até por ser livre, basta você estar ligado quando ela der uma desfocada do Dante.

Um aspecto super positivo em relação aos gráficos é a iluminação e brilho dos ambientes, que na minha opinião está excelente. Posso elogiar também a movimentação do Dante e seus poucos quando está balançando pelas plataformas.

Os personagens secundários são basicamente Vergil, Kat e Mundus, fora citações e pequenas aparições da mãe e pai de Dante e Vergil, acho que além da história não ser grande coisa, se eu falar algo mais será spoiler.

Vale apenas mencionar que não curti muito o Vergil e a Kat é meio inútil apesar de entender a importância de ambos para a história.

No mais, DmC: Devil May Cry é um jogo divertido, não vai estourar a cabeça de ninguém, não é o melhor hack n’ slash da geração, mas certamente vale ser jogado se você é fã da franquia ou curte o gênero.

Eu prefiro Bayonetta, há quem prefira God of War 3, alguns malucos vão curtir mais Dante Inferno (curti demais o design de fases deste), mas tenho certeza que esse jogo também terá muitos fãs por que ele cumpre na proposta de divertir, apesar das falhas.

Eu como viciado em esmagar botões que sou, jamais deixaria passar a oportunidade de jogar esse game.

Recomendo!

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