Balas, gritaria e explosõeZzzzzZzZ…….
Já vi uma quantidade enorme de filmes ruins, e com certeza continuarei vendo até o fim da vida. Muitas vezes, inclusive, eu assisto um filme só por conta dos comentários negativos que fizeram sobre ele.G. I. Joe – A Origem de Cobra (2009) é um desses casos: história rasa, personagens sem carisma nenhum (especialmente o protagonista), cenas de ação que não funcionam. A única coisa que prestou nos 118 minutos de filmes foi a cena em que Duke e seu amigo Ripcord saem correndo e pulando por Paris graças a uma roupa especial. E só. O todo o resto é um belo exemplo de como não fazer um filme de ação.
Agora chega de falar do primeiro, vamos para o segundo filme. Logo de cara, você percebe a razão de o subtítulo ser “Retaliação”: retaliaram quase todo o elenco do filme anterior! Mas tudo bem, ninguém ali fazia falta mesmo. A melhora mais considerável foi no papel principal – sai (a cópia barata de de Chris Evans) Channing Tatum com sua cara de chorão e entra Dwayne Jonhson. Tudo bem que Jonhson não é nenhum Tom Hanks quando se trata de atuação, mas ele passa melhor a imagem de protagonista durão que um filme desses precisa.
A história… Precisamos mesmo falar sobre ela? Ok, lá vai: o pessoal da Cobra assume o comando dos EUA, e eliminam quase todos os Joes. Agora, cabe aos que sobraram a missão de salvar o mundo com toda a ajuda que puderem conseguir. Tudo isso complementado com muitas cenas de tiros e espadas, claro.
O filme, que só chegou aos cinemas no fim do mês passado, era para ter sido lançado na metade de 2012. Acontece que o filme já estava prontíssimo para o lançamento, mas durante as sessões-teste perceberam que o ator Channing Tatum aparecia muito pouco. O que deveria ser motivo de comemoração casou o retorno de toda à equipe aos estúdios para criação de novas cenas com o protagonista do primeiro longa. A desculpa dita pelos executivos foi que Tatum estava atraindo boas bilheterias recentemente, e queriam usar sua imagem para ganhar uns trocados a mais. É o dinheiro falando mais alto que arte, como sempre.
E sabe o que é pior? Essas cenas não acrescentam NADA à história. Nada mesmo. É só o Duke com a mesma cara de Kristen Stewart que sempre teve, interagindo com Roadblock (personagem de Johnson). É uma coisa tão falsa, mas tão falsa, que quando Tatum finalmente sai de cena, seu personagem nunca mais é mencionado – é como se ele nunca nem tivesse participado do filme.
Há uma perceptível diferença de tom entre Retaliação e Origem de Cobra. O longa de 2009 tinha muitas doses de humor, influenciadas pela presença de Marlon Wayans (responsável por algumas das piores comédias dos últimos 12 anos). Com Wayans de fora, a quantidade de tiradas humorísticas diminuiu bastante e a série caminha para um futuro mais sério – mas isso não é necessariamente bom. De nada adianta seriedade se a trama for inconsistente. Outro elemento da franquia que põe em cheque essa seriedade são os nomes dos personagens. “Roadblock”, pelamordedeus. Isso é nome de personagem? Tá, eu sei que no filme explicam que é apelido, mas ainda assim é péssimo. Ah, e sabia que um dos vilões se chama Firefly? Isso mesmo, VAGALUME. Fica difícil temer alguém chamado assim.
Lá no início do texto, falei que A Origem de Cobra só tinha uma cena boa. Sabes quantas cenas boas Retaliação tem? Nenhuma. As coreografias dos ninjas são legaizinhas, mas o filme para por aí. Os executivos apostaram no diretor de Justin Bieber – Never Say Never e… Bem, perderam feio. Sabe qual é o único ponto positivo de G. I. Joe: Retaliação? Um remix da música Seven Nation Army. Escuta aí:
Essa música nem toca no filme, aliás. Só foi utilizada nos trailers. Agora abro espaço nos comentários para que vocês, leitores, compartilhem suas opiniões. Nos vemos aí embaixo!