Crunchyroll Brasil: 6 meses depois… (Opinião)

Caraca então faz meio ano que não baixo Uchuu Kyoudai e Naruto Shippuuden? Wow!

Como o tempo passa. Nem dá para acreditar que a Crunchyroll já está no Brasil oficialmente há mais de seis meses. Para quem não sabe o que é a Crunchyroll, recomento a leitura de duas matérias completas feitas aqui no Portallos: uma na ocasião do lançamento do serviço no país e outra um mês depois, rebatendo mimimis e trazendo ainda mais detalhes do serviço. E a meio caminho de completar um ano desde a sua chegada ao Brasil, continuo firme e forte com a minha assinatura, acreditando cada vez mais no serviço e apoiando a ideia de animês sendo lançados por aqui de forma oficial. Afinal, o que são R$ 9,99 por mês?

O bacana é que a Crunch continua crescendo a cada mês. Sempre acrescentando novos animês, além de expandir cada vez mais os aparelhos que disponibilizam o serviço. Para se ter uma ideia de crescimento, o catálogo no primeiro mês de lançamento estava com um pouco mais de 30 títulos, hoje esse número está próximo dos 80 títulos. É um crescimento louvável tendo em vista todos os empecilhos que rodeiam o serviço aqui no Brasil. Desde que chegou por aqui, há relatos no fórum oficial do serviço sobre os problemas que existem para se conseguir apoio para que títulos mais famosos e de peso possam ser licenciados por aqui. Alguns vieram, outros ainda não. Falta um pouco de crédulo dos licenciantes para o potencial do nosso mercado, que ainda é um bebê em se tratando de programas por streaming, ainda mais em um com animações japonesas, tipo de programa que parecem a cada dia mais distante dos meios televisivos oficiais. Mas ainda assim a Crunch está se esforçando para trazer tudo aquilo que liberam pra ela, a matéria do Shin sobre a atual temporada de animês no Japão da semana passada comentou um pouco sobre os títulos que a Crunch disponibilizou para o público brasileiro (veja aqui).

Também é importante reforçar que nesses seis meses o suporte a novos aparelhos que disponibilizem o serviço cresceu bastante. No primeiro dia de estréia, o serviço limitava-se apenas aos PCs. Hoje ele funciona muito bem em celulares e tablets (iOs e Android), com as legendas em nosso idioma, assim como videogames como o Xbox 360 e (finalmente) o PlayStation 3. Vem crescendo também o suporte a marcas de Smart TVs, como Samsung e Panasonic que estão disponibilizando a Crunchyroll BR. E segundo este link em breve o suporte a outros aparelhos devem aumentar (estou ansioso pelo suporte as Smart TVs da Sony Bravia por sinal). Também vale um adendo que no começo esses apps traziam muitos animês com legendas em idiomas errados, um problema técnico que foi consertado e atualmente é bem raro encontrar animês com episódios em um idioma diferente do português.

Claro que o serviço está longe da perfeição. Eu ainda estranho a falta de pelo menos a legenda em português das aberturas e encerramentos. Não faço questão do karaokê em si, mas poder saber a letra das aberturas é algo bacana nesse tipo de programa. Porém um grande problema mesmo na Crunchyroll é realmente a falta de títulos de peso dentro do acervo disponível. Ainda há muitos títulos pequenos, de menor porte, e muitos do gêneros garotas colegiais e calcinhas. Não que a Crunch seja realmente culpada por essa ser um dos gêneros mais comuns no Japão. A gente sabe que boa parte dos animês produzidos lá são assim mesmo, com essa pegada mais picante e até mesmo desnecessária. Aí volto pra aquilo que se discute muito no fórum oficial deles, a falta de crédito que os licenciantes dão para o serviço aqui no Brasil. Eu só espero que com o tempo esse seja um quadro que se possa reverter e que não aconteça das pessoas se cansarem do serviço exatamente por conta desses títulos que aparentam pouca expressividade.

A impressão que tenho é que os responsáveis pelo serviço estão cientes desse problema, pois algumas das adições mais recentes ao catálogo trouxeram títulos mais criativos, diferentes e de outros gêneros. Os títulos de calcinhas e garotas ainda estão ali, mas parecem não serem mais os únicos. Resta mesmo uma confiança maior nos títulos mainstream. Por exemplo, nos Estados Unidos e outras regiões a Crunchyroll conseguiu os direitos de um dos títulos mais populares da temporada: Attack on Titan, porém no Brasil não foi liberado o licenciamento. Um baita balde de água fria na cabeça dos assinantes. É sim uma frustação que não pode ficar acontecendo com muita frequência no futuro em minha opinião.

Mas a Crunchyroll continua sendo um serviço que vale a pena se pagar R$ 9,99 mensais. O apoio nesse momento em que eles precisam crescer e se mostrarem mais respeitáveis dentro do mercado nacional é importante justamente para que os licenciantes prestem mais atenção neles. A mesma coisa acontece recentemente com a Netflix. Basta lembrar que a Netflix quando chegou ao Brasil tinha um acervo limitadíssimo pelos contratos com apenas algumas poucas distribuidoras e hoje, alguns anos depois, parece que não existe mais limitações ao que pode aparecer no serviço, até Friends está chegando por lá em breve, um dos títulos que muitos julgavam impossíveis de aparecer na Netflix. A Crunchyroll se continua no Brasil deve sofrer um processo parecido após completar seu primeiro ano de existência em nossa região. O tempo vai permitir o crescimento, contanto que os assinantes continuem acreditando e novos curiosos passem a se interessar pelo serviço.

E é por isso que o blog continua falando tanto da Netflix, quanto da Crunchyroll. Pois são serviços realmente baratos, que agregam muito conteúdo maneiro em seu catálogo e tira um pouco essa supremacia da TV aberta que temos em nossa cultura e serve também para combater os preços abusivos que os serviços de TV Paga possuem aqui na República das Bananas. O sistema de programas por streaming ainda tem muito que crescer no país, a gente não pode é deixar o assunto morrer. E estamos sempre de olho nas melhorias e no crescimento destes serviços, dando o devido apoio e divulgando. A TV do futuro é aquela que dá liberdade ao telespectador, para assistir o que quiser, quando quiser, da forma que quiser, sem as amarras de horário fixo ou comerciais ou pagar por canais que mais reprisam conteúdo do que exibem coisas novas.

Para fechar, vale comentar que as imagens que ilustram esse post são algumas das últimas adições do acervo da Crunchyroll, assim como as demais abaixo. Achei bacana títulos como o Fate/Zero e Brave 10 que são animês de 2012 e que estão entrando no catálogo agora, mostrando que a Crunchyroll não está apenas preocupada com o que está sendo produzido nessa temporada, mas que também pode trazer conteúdos do passado, de quando ainda não estava no país. Ou seja, títulos que hoje não possuam autorização para serem liberados no Brasil em simulcast podem num futuro virem para cá nesse modelo. E dependendo do título certamente vale a adição dele ao catálogo, mesmo com certo atraso. Afinal eu mesmo não acompanho tudo que o Japão produz em tempo real. Existe muita coisa dos anos atrás que deixei de ver por falta de tempo na época. E tendo na Crunchyroll BR, já é um passo para pensar e dar uma nova chance, afinal não preciso me preocupar com links quebrados ou downloads indisponíveis, porque sabemos que essa é a situação atual de alguns fansubs. Ou você baixa no momento em que o episódio sai ou depois chora pra caçar links de downloads dos episódios que ainda funcionem ou no fim tu acaba baixando em qualidade rmvb (argh) ou vai assistir no You Tube (duplo argh!).  Estando ali na Crunch, está apenas a um clique de distância. Aí é só diversão.

Veja o catálogo completo em: http://www.crunchyroll.com.br/videos/anime

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23 Comentários

  1. Eu mantenho a minha assinatura, embora nem entre no site pra assistir algum anime. Apesar de adorar eles trazerem os animes legendados em pt-br, eu continuo preferindo a versão em inglês, tem um pouco mais de conteúdo.

  2. Eu cancelei minha assinatura, em razão da falta de suporte ao Windows Phone. Troquei de celular, e, por ora, não ha suporte a PT-BR para o WP.

    Se for pra ver no PC, prefiro a moda antiga, até porque esse problema como os títulos desanima muito.

  3. Sobre letras de música na abertura: como as letras das músicas também tem seus direitos protegidos por lei (especialmente no Japão, onde vários sites com letras de música já foram derrubados), o Crunchyroll não possui autorização para reproduzi-las em suas legendas. Não é uma escolha estilistica da equipe 🙂

    1. mas pra isso o site tem trial e guest pass pra você testar sem ter que pagar. alias tem até a opção de assinatura grátis (porém episódios novos vc só pode ver uma semana depois de lançados).

  4. Serviço fraco e ineficiente.
    Cancelei minha assinatura no segundo dia de trial.
    Do que adianta ter vários animes de forma legalizada se as legendas são adiantadas, só funciona em SD(travando ainda), e o suporte não te ajuda?
    Melhor ver gratuitamente na internet do que ajudar uma empresa PILANTRA.

    1. nunca peguei nenhum animê nessa situação relatada. nada de legenda atrasada ou problemas de lentidão ou travadas. pelo contrário, aqui tudo funciona perfeitamente e sem qualquer problema com qualidade de imagem. isso vai acredito de cada caso e de configurações pessoais no pc e na banda larga.

      1. tbm nunca peguei nenhum anime com esses problemas, o única coisa q me deixa com raiva é que tinha 5mb de conexão e tava dando umas travadas, ai subi pra 10 mb e continuam as travadas sendo que no netflix e no youtube isso não ocorre . no caso do youtube acontece as vezes, mas a maioria do tempo consigo ver vídeos em 1080p sem travar nada. já no cr ta phoda.

      2. Eu também desisti do trial antes de terminar. Na verdade o conteúdo é meio limitado como dito na matéria. Muito anime pra menininha e a coisa da "calcinha" também. Sinto falta de coisas mais "sérias" no estilo Akira, Technolize (sei lá como escreve) e Lain.
        Também tive muito problema de transmissão. Chegava 20h eu desistia de assistir qualquer coisa, era impossível. Parava mais do que funcionava.
        Cancelei mesmo porque não havia mais nada para eu assistir além de só funcionar no PS3. No WDTV a versão paga/trial Brasil não funciona, o mesmo nas Smart TVs da LG (PC nem cogito, não me dá nenhum prazer ficar na mesa do PC assistindo o que for).

    2. Se todo mundo que assina o serviço cancelar porque o anime X não foi licenciado pro Brasil o serviço simplesmente vai sair do ar.
      Para ele se manter e trazer conteúdo novo eles vão precisar de assinantes, já foi uma grande surpresa a iniciativa de trazer o serviço sendo que todos sabem que no brasil o povo prefere conteúdo pirata…
      Os animes que são lançados por aqui não depende da equipe da Crunchy… e sim das licenciadoras.
      Continue vendo "gratuitamente" na internet… baixando e dando dinheiro para fansubs, pois eles ganham com o seu download e a pessoa que fez o anime não ganha um centavo disso…

  5. Eu tinha cancelado minha assinatura na época que ainda estava em período inicial por aqui. Voltei a assinar agora que ganhei outro "free trial" de 30 dias só pra ver como estava o trabalho de legenda mas acabou que esse período de demonstração está acabando e eu nem parei pra assistir devido a falta de tempo. Tenho pensado se cancelo ou se "deixo pra lá" e deixo eles validarem oficialmente a minha assinatura somente para poder ajuda-los.

    O catálogo do CR é algo que me desanima. É muito anime esquecível no catálogo, curtos e pouca coisa que posso considerar como algo bom. Se for pra dar uma dica do que evitar desses títulos mostrados nesse post, eu evitaria tudo com exceção de Fate/Zero e de talvez Suisei no Gargantia.

    Moyashimon e Kimi to Boku, eu só recomendaria se vc gosta de "slice of life"(e no caso do primeiro gostar de temas não convencionais para um anime tbém é requisito já que é um anime que fala basicamente de micróbios e afins… e como vc pode utiliza-los seja para fermentação de bebidas alcoólicas, comida e etc…Eu curti demais qndo vi mas não recomendo a todos).

    Aku no Hana ler o mangá é mais lucro do que ver o anime e seu ritmo vagaroso de desenvolvimento.

    Mouretsu Pirates é algo que até hoje não sei como vi até o fim. Na verdade até sei mas prefiro não especificar isso aqui. XD Só que é o tipo de anime que vc vai sentir que deveria estar sendo pago para assisti-lo e não o contrário.

    Inu x Boku é legalzinho…Mas eu não recomendaria a ninguém ou só recomendaria se vc gosta daqueles romances envolvendo Youkais e tal…

    Ore Imo 2, eu ainda não comecei a ver. Mas a primeira temporada só salva qndo sai da rota da protagonista pra entrar na rota da amiga dela(e isso é somente lá pro episódio 13 se não to enganado) já que a protagonista é uma mala sem alça. Além de ser algo bem pra nicho mesmo.

    1. Realmente, o que "mata" o CR no Brasil é esse catálogo, mesmo na versão em inglês, os animes não são muitos. Acho que só assisti até hoje o Sket Dance e o Sword Art, em inglês por que não estavam traduzidos 100%.

      Problema é eles conseguirem as licenças pra distribuir os animes por aqui, por que se você acessar o CR americano, tem muito, muito anime bom.

      1. Realmente o bacana é que você pode pagar R$ 9,99 e se realmente não tem problemas com inglês, pode assistir a todo o catálogo US sem qualquer problema, basta mudar o idioma nos apps. Diferente da Netflix, onde precisa de uma certa gambiarra para conseguir ver o conteúdo que não seja daqui. Se inglês não é um empecilho, é um ponto positivo num serviço que não bloqueia o conteúdo regional.

        1. Só uma nota, apesar do site em inglês ter um pouco mais de conteudo no Brasil, você não está acessando o catalogo US deles, só os animes que eles tem licença pra exibir no brasil.

          Se você acessar o CR com a mesma "gambiarra" do netflix, vai ver um catalogo completamente diferente, e muito melhor.

  6. É só acabar com esses malditos fansubs que tudo melhora. Hoje em dia os empresários brasileiros e japoneses não podem nem ouvir a combinação anime+Brasil… Conteúdo sem público não adianta.

    1. vc passou boa parte da vida assistindo anime em fansub, antes de assinar algum servido como CR
      que falta de consideração e essa, não cuspa no prato que um dia comeu

  7. Crunchyroll?
    Essa "empresa", que já teve diversos atos na justiça japonesa e foi obrigada a remover os anime que diziam-se licenciados?
    Apenas leiam a política de direitos autorais do site, para terem uma noção.
    A empresa de streaming que exige do seu usuário mudar o DNS, para TALVEZ conseguir assistir seus vídeos?
    Em que o suporte brasileiro nunca respondeu um email?
    Em que as legendas são feitas do google tradutor do inglês -> português, e além do mais, contam com um timing horrível?
    Em que a empresa tem moral o suficiente para responder de forma sarcástica e sem educação os seus clientes, quando reclamam de seu serviço publicamente?
    Se diz com streaming em tempo real, mas na maioria dos animes a legenda em português vem quase uma hora depois?
    Desculpe, prefiro não assinar.

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