Netflix BR | Team Umizoomi e Bubble Guppies! (Infantil)

Adições no catálogo do serviço para menores de 1 ano! Um relato sobre Paternidade e a TV!

Hum… não sei como começar esse post. Entendo que ele não é pra qualquer leitor aqui do blog, mas como o Portallos é um blog de experiências pessoais e coisas que seus integrantes tem contato em suas vidas, fica difícil não admitir que fiquei animado com a inclusão ontem de duas séries animadas para crianças menores de 2 anos no Netflix. E mais complicado ainda pensar que acho que isso vale um post por aqui. XD

Mas vamos lá. A dica é bacana para quem convive com pequeninos, em especial menores de 2 anos de idade. Seja um filhinho, um priminho, um sobrinho, um irmãozinho etc. Ou aquele irmãozinho da garota que tu gosta, saca? Vale prestar atenção porque os pequeninos estão sempre por aí e algum dia você vai topar com algum. E quando aparecer, não vá esperando que ele curta Naruto logo de cara.

Como vocês devem saber, eu me tornei papai em setembro do ano passado, com a chegada do pequeno Thales. Ontem, ele completou 9 meses de vida (e muita saúde) e todo esse tempo tem sido uma experiência realmente bacana de vida, aprendo mais sobre a paternidade e como as crianças de hoje em dia são bem diferentes da minha geração, por exemplo, ou até mesmo dos meus irmãos quando menores (sou o mais velho).

Mesmo com 9 meses, o Thales já curte uma TV. Não consegue ficar vidrado por horas como o pai, mas presta atenção em muitas coisas que minha mãe jura que eu não prestava quando era do tamanho dele. O desenvolvimento de um bebê hoje em dia é assustador (mas divertido), porém vale reforçar que isso vai de bebê para bebê (e de genética para genética).

E com um ser pequenininho pela casa ficou óbvio que eu, minha esposa e os avós tiveram que aprender a conviver com o mundo da TV para bebês, algo que assumo que era totalmente ignorante. Canais totalmente voltados para esse público, como Disney Junior e Nick Jr a gente mal sabia que existiam.

A aqui vai uma outra dica. Não vá achando que o bebê com menos de 1 ano presta atenção em qualquer coisa. Ele não presta. E olha que eu tentei (e ainda tento) muitas coisas diferentes. Acho engraçado ver o Thales prestando atenção, por exemplo, na abertura atual de One Piece (em japonês). Ele não acompanha tudo, muito menos entende (óbvio), mas ele gosta das cores e da música da abertura. Outro desenho que ele sempre fica de ouvidos atentos é The Cleveland Show (em inglês), talvez pela voz fanha do Cleveland. Mais uma vez, ele não presta atenção em tudo, apenas em momentos sonoros que ressoam pela sala.

Videogame é outra coisa que ele “aprendeu” a prestar atenção. A Dashboard do Xbox 360 encanta ele, em especial pelo meu avatar. Ele acha o maior barato. Mas já na parte dos games, ainda tem muita coisa que ele nem liga, apesar de olhar aqui e ali quando rola um efeito sonoro mais marcante ou a tela ganha mais cores. Porém ele já entende (eu acho) o que é um game, pois ele me vê mexendo no controle do Xbox 360 e como esse “aperta aqui e ali”, interfere naquilo que está na tela, tanto que ele tenta pegar pra si o controle se deixar.

Mas sem divagar demais, voltando ao foco, a Netflix tem um conteúdo para públicos de todas as idades. Incluindo a dos bebês. Ao pesquisar programas que essa galerinha gosta a gente tem opções óbvias, como Dora Aventureira (que não é tão ruim quanto Diego Go!) e Galinha Pintadinha. Este último é interessante porque o nome parece besta, mas é só um longa animada (de 3 volumes) onde são apresentadas cantigas e músicas (daquela que todos nós cantavámos no maternal e pré-escola). Algumas são remodeladas, outras não. Mas é uma animação vibrante e que realmente os pequeninos adoram. E as músicas grudam na cabeça, estejam avisados!

Porém programas para esse tipo de público é bem mais limitado que o nosso, é claro. Tem muita coisas irritantemente ruins, bestas e que não dá pra assistir com a criançada. Fora que quanto mais diversidade, melhor. Porque criança adora assistir a mesma coisa 30 vezes no mesmo dia. Aí então entra programas bacanas, como Team Umizoomi e Bubble Guppies, programas infantis sim, mas com qualidade de conteúdo para essa turminha. E muito melhor a opção de você escolher o episódio de uma série assim via Netflix, do que sofrer com a Nick Jr. que reprise os mesmos episódios várias vezes ao dia e depois na próxima semana, reprisam tudo de novo. X_X

Todos esses desenhos possuem repetições na forma como se comunicam com as crianças. Isso porque é uma característica da criança criar essa simpatia por aquilo que ela já conhece. A gente também cai nesse recurso televisivo com mais frequência do que talvez você perceba. Chaves é um bom exemplo de vícios de gags e situações. Aberturas de séries e animês. Clichês e situações óbvias em programas (isso encontramos com facilidade em dramas policias e médicos). Até mesmo em filmes. Quantas vezes você não riu com Scrat em A Era do Gelo? Pois é.

Dentro essas duas novas adições na Netflix, gosto de ver com o Thales a série Team Umizoomi. É um programa inteligente, na medida de seu público, onde você tem o trio de protagonistas ajudando as pessoas de uma cidade, com seus problemas normais e as vezes fantásticos. Isso com o poder de dedução, de formas geométricas, de sequências lógicas e de matemática. É incrível como um desenho para bebês consegue brincar de forma simples, porém divertida, com esses conceitos. E sinceramente, a arte, tanto deste, quanto de Bubble Guppies, consegue ser muito mais bonitas que certos desenhos 2D que tem por aí para um público maiorzinho.

Já Bubble Guppies trabalha com outros temas, onde um grupo de crianças (sereias) aprendem sobre profissões, biologia e outras coisas normais do cotidiano (como higiene e boas maneiras). Sempre num tom de bom humor e musicais feitos para o tema de cada episódio. Há exercícios de criatividade, como imaginar uma história, ou momentos onde as crianças aprendem novas palavras para certas situações ou objetos. É interessante e tem essa mistura de CGI com expressões faciais em 2D que torna o desenho bem expressivo e simpático.

Ambas são produções da Nickelodeon, tal como Dora Aventureira. Mas sinceramente acho Dora meio supervalorizada. Mas também, depois de tantos anos, tantos episódios, faz sentido ela ser mais popular que essas produções. Não que Dora seja ruim, não é. Só que visualmente é mais simples.

Se você tem aí um pequenino que está aprendendo sobre o mundo da TV, é legal começar a introduzir ele com programas assim. Não vá esperando que ele goste daquilo que você gosta logo de cara. Não funciona assim. Mesmo que o desenho seja em português e seja vibrante (o Thales ainda não conseguiu se interessar por Hora de Aventura, por exemplo). Novamente isso, vai de bebê pra bebê, é claro.

E pare e pense nas coisas que você assistia quando era pequenino. Obviamente não me lembro dessa fase em que o Thales está, mas me lembro de muito pequeno, assistindo coisas como Os Smurfs, como adorava a Xuxa e como ficava encantando com Rá-Tim-Bum e Glub Glub na Cultura. E é uma pena que estas coisas envelheceram muito mal. Tentei ver alguns dos programas da Xuxa na Netflix e putz é muito, mas muito ruim! Nem mesmo Rá-Tim-Bum que tem na TV por Assinatura dá mais pra assistir. E vou ser polêmico (ou não) agora, mas até Patati Patatá é melhor do que ver a Xuxa já em sua alta idade dançando com crianças que nem sabem quem ela foi… minha opinião, que fique bem claro.

E paternidade é assim galera. Mais Galinha Pintadinha e menos *insira aqui a série que tu mais curte*! XD

Atenção: não tente acompanhar os programas citados aqui, sem uma criança com idade apropriada para lhe fazer companhia. Não vai ser divertido. É sério! Siga estas instruções ou faça por sua conta e risco. XD