Hoje várias opções apareceram pra um texto, mas nada que me despertasse tanta atenção como a última coisa que vi antes de vir pra cá.
Tenho alguns livros em casa que acabo comprando nessas promoções, dou uma folheada e nunca mais abro. Um desses chama-se O General do Exército Morto.
Como tenho levado para o trabalho alguma coisa pra folhear, acabei pegando esse livro e comecei a leitura, logo percebi que na verdade já tinha lido uma vez, mas não lembrava de muita coisa. Tudo parecia novidade pra mim, até que eu terminava a frase e me lembrava de já ter visto aquilo.
O livro conta uma história pós guerra, onde um general italiano precisa voltar ao campo de batalha para recolher os corpos dos que restaram e dar à eles um fim digno e um conforto as famílias. Mesmo com mapas e ajudantes, a missão ainda é bem complicada, pois não se sabe exatamente a localização dos compatriotas e devido a geadas e chuvas não se sabe também a profundidade que se deve cavar. Sem contar que é um general italiano em campo inimigo, ou seja, não é bem vindo.
O livro foi escrito por Ismail Kadaré, um escritor que eu nunca tinha lido, mas que vendo apenas os títulos de seus livros você já sabe que sempre vem algo melancolico. Em O General do Exército Morto o rumo é o mesmo, inicialmente tudo parece patriótismo puro, mas logo a responsabilidade de encontrar filhos desaparecidos vem à tona e as motivações mudam. A história deixa de ser de um personagem com um mapa e torna-se uma aventura com uma mapa cheio de cruzes vermelhas, que demonstram uma vida.
Tenho aqui comigo uma edição muito boa com mais de 300 páginas publicado pela Objetiva. Vale muito à pena ler.