Say My Name.
62 episódios, 5 temporadas. Considerando que cada episódio tivesse 45 minutos, teríamos 2790 minutos ou +/- 46 horas de uma das melhores séries dos últimos tempos. Tudo isso pode ser medido, assim como seria possível medir a quantia em quilos de crystal meth que foram produzidos e talvez conseguíssemos medir a quantia em dinheiro que foi lucrado.
O que seria impossível medir é a quantidade de sentimentos diferentes que essa série me trouxe e tenho certeza, trouxe pra muita gente. Sem sombra de dúvida, será uma das produções que deixará saudade, digo isso, pois já bateu aquele sentimento de “okey, acabou Breaking Bad e agora?”.
Acredito também que a partir de agora, alguns estilos específicos de séries, precisaram seguir por algum tempo um nível de qualidade que beira o cinematográfico ou então serão comparadas com certo desdenho. Assim como é feito ainda hoje com séries parecidas com Lost, Arquivo X, Friends, Seinfeld, Fringe, Twin Peaks, Twilght Zone e tantas outras.
Já sabemos que um SpinOff será iniciado com a história de Saul Goodman, mas o que queremos mesmo, ou ao menos eu quero, é mais de Pinkman ou mais de Heinsenberg (se fosse possível).
A série tratava se satisfação, sendo ela passageira, permanente, química ou pura e simplesmente de reconhecimento. No final nos acostumamos com aquela satisfação de a cada semana ter um trecho dessa história, que acabamos viciando., nos tornamos os verdadeiros viciados de Breaking Bad.
Agora falando sobre o desenrolar e o fechamento da série. Já era mais do que previsto que terminaria daquela forma, o desenvolver do personagem nos levava a tal ponto. No início tínhamos um cara que sempre fez pela família e em dado momento seus objetivos talvez tenham mudado ou tomaram novos rumos. Para alguns o fim justificam os meios, pra outros não.
Fico feliz que tenha terminado dessa forma e que Vince Gilligan teve a coragem de fazer o que fez, mesmo que tenha sido o mais limpo e digno possível (diferente de certa série de serial killer).
O interessante é que a morte de Walter White não veio por mãos estranhas, isso pra mim demonstrou o respeito que os produtores tem pelo personagem e também o respeito ainda maior com a história e os espectadores.
O que soa estranho é saber que tudo estava roteirizado, pois a história além de crível, ainda trazia algumas situações que pareciam impossíveis de se livrar ou reações que jamais seriam mostradas numa ficção. O diretor Vince Gilligan comentou em entrevista que a forma de definir os acontecimentos era sempre “o que acontece e onde isso vai nos levar?”.
Parece até uma ciência exata (Yes, Science Bitch!), porém eles souberam apenas a hora certa de terminar.