“Uma luz na escuridão.”
O leitor das antigas do Portallos deve ter acompanhado o meu EU FUI! do primeiro filme solo de Thor e sabem do meu apreço por essa estréia. Os novatos podem tomar conhecimento por meio desse link.
Cientes da minha visão sobre o primeiro filme, não é surpresa alguma afirmar que eu esperava bastante desse filme, que para mim é a verdadeira abertura da segunda fase do Universo Cinemático Marvel (Terra 199999), pois considero Homem de Ferro 3 o fechamento desse primeiro ciclo.
Após o BOOM dos Vingadores na telona, os filmes solo da Marvel carregariam a enorme responsabilidade de não deixar o “momentum” perder a força. Homem de Ferro 3 foi um fechamento de ciclo bastante controverso, infelizmente com a maioria não entendendo muito bem a proposta do filme.
Nessa segunda fase da Marvel nos cinemas, a ideia é mergulhar mais fundo no universo particular dos personagens, e ainda assim continuando a estabelecer ligações entre cada filme, e novamente preparando terreno para a volta dos Vingadores.
Thor: O Mundo Sombrio, faz bem as duas coisas.
Para começar, houve uma troca na direção do filme. Saiu o interessante Kenneth Branagh e entrou o novato Alan Taylor, conhecido por seu trabalho na popular série televisiva Game of Thrones. O resultado é mais ação, sem desmerecer o desenvolvimento de personagens. Todo mundo ganha um pouquinho de destaque e tem algo a dizer ou fazer no filme.
Também houve um ganho em termos visuais. GoT tem uma temática mais cinzenta, sombrio, e a direção de Alan Taylor veio a calhar. Mesmo Asgard não é tão vistosa e brilhante como no primeiro filme, porém tudo assume uma imponência maior ainda.
A fotografia ficou belíssima, combinando bem com a temática do filme, e os demais setores, como o importante figurino, seguiram a tendência. Tudo prece um pouco mais duro e rústico. Comparem o traje de Thor por exemplo…
Outro ponto importante é que adorei no primeiro filme foi a trilha sonora, que nessa segunda aventura está um pouco mais sóbria, mas ainda agradável. Não ganha destaque exagerado e se integra de maneira mais orgânico, fazendo o que tem de fazer, ou seja, sendo um pano de fundo para nos guiar pela proposta de cada momento.
Visual ok, música ok, interpretações ok. E novamente Tom Hiddleston atua de maneira marcante. Não é à toa que é o vilão mais querido do cinema. Me desculpem vúvas do Heath Leager, mas o Loki é um vilão muito melhor que o transtornado Coringa.
Eu fiquei um pouco preocupado durante a produção do filme, rumores diziam que Alan Taylor se desentendeu com a Marvel, e que inclusive ocorreram refilmagens. Joss Whedon foi chamado para dar uns pitacos, e tudo indica que a mão de ouro dele se fez presente aqui também. Se havia algo quebrado, ele consertou.
É interessante como o filme consegue ser bem independente em relação aos outros filmes, mas ainda assim se mantêm conectado, com várias pequenos acontecimentos semeando coisas que futuramente veremos as consequências delas.
O vilão da vez, Malekith, é o típico vilão tradicional que não é tão vilão assim. Afinal, tudo o que ele quer é devolver a glória ao seu povo, a seu modo. Isso pode fazer dele um vilão para os nossos olhos, mas para sua raça ele é uma esperança de dias melhores para os elfos negros, e assim como Zod em O Homem de Aço, podemos nos perguntar quem de fato é o real “vilão”…
Mas o conceito do Universo Cinemático é legal por fazer de Malekith o menor dos problemas. Há algo de mais grave acontecendo, um ameaça crescente e silenciosa. Como nos melhores arcos de HQ, acompanhando os filmes Marvel temos a oportunidade de compreender como um todo, de sabermos “mais” que os nossos heróis, e esse foi o ingrediente que transformou a Marvel de uma editora pequena para a maior editora do mundo.
Thanos e sua busca pelas Jóias do Infinito está em andamento, e só nós sabemos disso, e isso é muito legal!
E a “participação” do Capitão América em Thor foi muito divertida! E Stan Lee também deu as caras, mas não achei lá grandes coisas. Minha cena preferida com ele ainda é a de Espetacular Homem-Aranha, como o “zelador Stan”.
E algo bem interessante do filme são os vários plot twists que acontecem, em especial os feitos por Loki, que transforma o final do filme em algo assustador. Eu esperava por algo, mas não achei que seria tão ousado e no terceiro filme vai ser fantástico se for bem explorado. Que tal Loki iniciar o Ragnarok???
E vale lembrar que não podemos descartar a volta de Malekith. Tenho a certeza de que ele sobreviveu e Loki vai usá-lo de alguma maneira caso realmente o Ragnarok aconteça.
Resumindo, considero Thor – O Mundo Sombrio um dos melhores filmes da Marvel Studios, somente um outro quesito técnico que me aborreceu, como edição e montagem, mas como resultado foi além das minhas próprias expectativas, o que sempre é bom de acontecer.
Minhas cenas preferidas? A luta e a morte de Frigga, a “traição” de Loki, o espancamento do Thor pelo Kurse, Heimdall mostrando novamente como é fodão, e claro, a batalha final entre Thor e Malekith, a melhor batalha final dos filmes Marvel justamente por conter dois seres poderosíssimos em igualdade de condições de vitória.
Aproveitando, vamos elencar os melhores filmes da Marvel na opinião de cada um? Os meus são:
- Os Vingadores
- Homem de Ferro
- Thor – O Mundo Sombrio
- Capitão América
- Thor
- Homem de Ferro 3
- Homem de Ferro 2
- O Incrível Hulk
E se você não viu as duas (sim, DUAS) cenas extras do filme, azar o seu!