Conversa de Mangá: Bleach 593
Marching Out the ZOMBIES 4
| Texto recomendado para quem está acompanhando os capítulos semanais de Bleach e que já tenha lido até o de número 593, ou para aqueles que não se importam com spoilers. |
Caraca! E quando você acha que um mangá não pode piorar mais do que ele já está ruim, do nada piora! Chegar a ser impressionante como não curti NADA do capítulo dessa semana de Bleach. Kubo usando quadros repetidos a toda hora em função de um plot manjadíssimo, já usado tantas vezes no cinema, na TV e nos quadrinhos e no fim a história não dei nem um passo pra frente. Se bobear ela anda é dando passo pra traz.
Talvez o leitor mais novo, jovem mesmo, ache bacana essa ideia de voltar no tempo para uma situação gatilho. Pra mim essa referência na hora me remete a um filme de 1993 do Bill Murray chamado Feitiço do Tempo. É o velho clichê do dia da marmota, e obviamente isso entrega um pouco como talvez eu já esteja velho demais para Bleach. Mas quem gostou dessa ideia do capítulo semanal de Bleach, vá assistir Feitiço do Tempo, pois mesmo sendo um filme bem antigo para o padrão de 2014, e ele ainda continua engraçado e interessante. É um filme que não envelheceu tão mal como certas pérolas antigas.
No mais é aquilo que já comentei por aqui, Kubo está prestando um fanservice nesse momento, colocando dois personagens do time dos mocinhos para batalhar entre si. Só para diversão dos fãs. O engraçado é que achei muita galhofa o Hitsugaya de repente se expressando. Sai do modo zumbi para ficar abismado com a situação, fica nervosinho, faz cara de impressionado e tal. Porra, se o personagem virou um zumbi todo sério e sem expressão, o que de uma certa forma estava maneiro, não muda isso assim na caruda por conveniência do roteiro. Não curti isso. Os zumbis podem raciocinar normalmente então, que sem graça!
Por último, porque é só isso mesmo que Bleach merece essa semana, fica a perguntinha do Mayuri Kurotsuchi com a maior cara de troll do mundo. Quando que ele aplicou a droga no Hitsugaya? Pra mim o primeiro palpite é naquele treco que explodiu no joelho dele, e o segundo foi algum gás expelido pela espada logo no primeiro ataque entre as espadas. Não que isso seja realmente interessante o suficiente para segurar esse plot desnecessário. Alias, isso é algo que o Mayuri precisava experimentar num capitão e nesse momento? Caraca, não há qualquer sinal de urgência mesmo. Isso é Bleach!
Você é um guerreiro Thiago, já dropei Bleach faz tempo e mesmo o mangá tendo um grande público me recuso a falar sobre ele no meu site. Ainda consigo engolir alguns momentos ruins de Naruto, mas Bleach passou dos limites na ruindade há muito tempo.
Hoje só falo sobre Hunter x Hunter, Naruto e pretendo voltar com One Piece, pois eles não zombam da inteligência do leitor, inclusive eu vi que Bleach ficou em último lugar nos últimos TOCs da Shonen Jump, nem os japoneses aguentam mais.
Ah cara, mas estes últimos capítulos do Naruto com a batalha da Kaguya tão num nível bem próximo de Bleach! E não, não droparei Bleach, por pior que ele fique. Já estamos na prorrogação, eu aguento mais um pouco! XD
a vantagem de bleach, por mais que esteja chato, ele não é massivo e nem ocupa tempo pra ler, então dropar ele nem faz tanta diferença.
Devo ser a única pessoa que não gosta do filme Feitiço do Tempo, tantas vezes ja vi matérias falando bem do filme ou apenas citando ele como um bom filme e eu sempre achei chato de se assistir.
Hahaha não sei, mas eu acho Bill Murray um ator excelente. Será que a sua parada é com o filme ou com o ator? 🙂
Depois que você comentou parei para pensar, acho que não assisti tantos filmes com ele e que deve ser em torno de uns 6 (desses só caça-fantasmas e o feitiço do tempo que ele é principal). Sou muito fã de Caça-Fantasmas (o primeiro) e apesar de não me lembrar de tantos filmes com ele acho meio enjoativo filme com esse formato de vai e volta.
Glauber, se puder dê uma olhada nesse filme: Encontros e Desencontros (Lost in Translation) de 2003 com o ator. Eu acho muito bom esse filme. http://en.wikipedia.org/wiki/Lost_in_Translation_%28film%29 – É um filme bem fora da curva do que se vê no cinema, tem uma cenografia bacana pois se passa em Tokyo e ainda tem Scarlett Johansson muito antes de todo mundo se apaixonar por ela com a personagem do universo vingadores.
O pior de tudo é que esse recurso foi usado em Naruto a bem pouco tempo com o Itachi. Isso faz parecer MUITA preguiça do Kubo. Ainda bem que já tá chegando no 600, pq ai eu largo mão e se um dia der a louca de voltar a ler isso pra ver o final não vou ficar perdido e saberei onde parei.
Toda narrativa é contada sob um ponto de vista. Neste capítulo, Hitsugaya compartilha conosco sua visão sobre os acontecimentos, fazendo com que a repetição de quadros seja o método mais eficaz para introduzir o “dia da marmota” e reforçar a sensação de estranhamento com o que está sendo narrado.
Se, por exemplo, passamos a ver a luta sob o ponto de vista do Gisellão, não haveria repetição de eventos (Uma vez que a droga afeta somente o sistema nervoso central do Histugaya). E aí, como mostrar de maneira orgânica o que está rolando na cabeça do Hitsugaya se estamos vendo tudo de “fora”? Simplesmente não funcionaria bem. Ou pelo menos não tão bem quanto à opção adotada pelo autor.
E o trope do dia da marmota pode até ser recorrente em diversas produções, mas o fundamental aqui é o seguinte: os personagens e os contextos nos quais eles estão inseridos sempre variam. Neste caso em específico, posso citar algumas particularidades que jogaram pra longe a sensação de deja vu:
– Sequer foi um “dia”. O loop era temporário e tinha objetivo claro: deixar o Hitsugaya vulnerável.
– Ficando debilitado em função dos efeitos colaterais, o Hitsugaya nem precisou pensar num jeito de sair do loop. Quando caiu nessa armadilha, simplesmente não tinha chance de escapar.
– Se encaixa como uma luva no estilo de luta do Mayuri. Aparentemente ele não é bom em zanjutsu (Quero ver quem lembra o que é isso!), por isso sempre busca uma vitória fácil, quase sempre tentando desestabilizar o adversário para eliminar qualquer chance de reação. Ele sempre quis realizar testes em seus inimigos e, pela segunda vez, criou uma droga que, de certa forma, manipula a noção de tempo (Fazendo uma ponte com a luta contra o Szayel). É muito legal ver que pelo menos aqui o Kubo mantém uma coerência no trato de um personagem.
E por fim, sobre a pergunta que o Mayuri faz ao Hitsugaya, imagino que seja retórica. Que nem isso aqui: http://www.mangastream.to/bleach-chapter-405-page-16.html
sobre o Veneno, provavelmente quando Hitsugaya cortou o Arrancar lá.
e é por esse motivo que voce citou que eu acho e adoro tanto quando Mayuri aparece, ele ao menos parece um ponto fixo, enquanto todo mundo parece mudar de personalidade e agir de acordo com o necessario para o momento, Mayuri ta nem ai, vou demorar aqui o quanto eu quero até ter o resultado que eu quero.
Karaca lendo o capitulo da semana não pode deixar de comparar essa técnica de envenenamento com a técnica utilizada por Kurama vs Toguro Ani com sua planta parasita em Yu Yu Hakusho.
E como poderia ter sido resolvido de forma cruel e rápida ( menos para o infectado rsrs), comecei a ler Bleach para entender o ódio e o amor que a internet sente com ele e já entendo esse sentimento.
Tem umas coisas que o autor poderia fazer com umas simples paginas, mas ele consegue ocupar 15 paginas.
certo, vamos lá
tirando a comparação com o naruto que teve a mesma coisa, o mayuri sempre deixa as lutas de bleach mais interessante
Ah cara, eu não consigo,eu não consigo elogiar, eu tento achar um ponto positivo, mas não consigo, não é que nem naruto onde mesmo com toda aquela cagada, você acha um ponto para elogiar, apesar de que o capítulo do naruto da semana passada foi uma bosta, enfim, vou reiniciar meu comentário no outro parágrafo…
O capítulo em si foi bom, mas…
ah, deixa quieto, vou expressar esse capítulo em nota
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