Diário Destiny | Level 20 & 15 horas de gameplay
Mais uma semana, mais aventuras em Destiny! Resolvi que tenho material para continuar falando um pouco mais do game, mas se você perdeu a primeira parte do Diário Destiny, recomendo a sua leitura porque vou tentar não repetir tudo que já comentei inicialmente.
Antes de voltar a comentar a minha experiência pessoal com o game, preciso dizer que fiquei um pouco impressionado com a quantidade de reviews e opiniões que saíram a respeito do game nessa última semana onde muito meteram o pau no game usando como base todos e qualquer aspecto negativo que o mesmo tenha. Será que Destiny realmente é tão ruim assim quanto a crítica especializada achou? Sendo que boa parte das análises dizem basicamente que Destiny é um “ruim viciante”. Eu discordo totalmente e olha que reclamar geralmente é comigo mesmo.
Acho que Destiny tinha uma expectativa e uma meta na qual a Bungie não conseguiu cumprir. A Bungie o vendeu como algo inexplicável, um mix de gêneros entre o FPS, Sci-Fi e MMO (Massive Multiplayer Online) que resultaria em algo genuinamente novo. Isso não aconteceu. Mas marketing ruim não faz um game ser ruim. Outra falácia era de que Destiny não seria um Halo genérico. Bem, genérico no sentido de fraco realmente não é, mas ele me lembra sim do meu sentimento ao jogar Halo. Estes fatores provavelmente chatearam muitas pessoas que esperavam a grande revolução da nova geração de consoles logo de cara. Destiny é apenas um bom game, com óticas sacadas, competente e divertido, que não cumpriu as aspirações que o marketing queria passar sobre o mesmo, mas isso não é necessariamente ruim, afinal, o que vale pro jogador no fim do dia é se a sua experiência jogando será ou não divertido. E pra mim, Destiny é divertido, na mesma proporção de que é preciso se dedicar ao game para ele ser divertido.
15 horas de gameplay, Level 20 e ainda não terminei a campanha. Ela me parece curta pelos comentários pela internet, coisa de se fechar em dois ou três dias. Então por que já se passaram 14 dias e ainda não há finalizei? Porque não estou com pressa! Simples assim. Fechei as missões da Terra e da Lua e agora comecei as fases em Vênus, então estou caminhando na história ao longo dos dias, mas bem devagar, apreciando a diversidade de coisas que há para serem feitas em Destiny. Mas ainda essa semana termino Vênus, e na próxima viro Marte.
Quanto a história, outro ponto duramente criticado por aí, eu não vejo grandes problemas com o que vem sendo narrado e mostrado. Nada se explica? “Quase” nada se explica, só acho que anda rolando uma pitada daquela síndrome da contextualização do entretenimento americano, onde tudo precisa ser minuciosamente explicado, porque se algo não fizer sentido fica parecendo que a história não foi bem feita. Eu não sofro dessa síndrome, afinal quem curte um bom mangá e animê sabe que muitas vezes o contexto não precisa vir de imediato, sendo que algumas vezes nem precisa disso. E daí que Destiny resume suas bases de forma genérica? Há os Guardiões, feitos de Luz (boa), há uma espécie de mini planeta na Terra que as pessoas acham que é uma espécie de salvador de tudo e que precisam proteger das Trevas, que é algo do mal e que não se sabe direito de onde vem (precisa saber? é o mal!) e cabe aos jogadores (Guardiões) protegerem essa bola gigante de que algo ruim aconteça. Enquanto isso, você como Guardião, busca pelo espaço respostas as todas as dúvidas, exatamente porque você nasceu nesse mundo louco da mesma forma que o jogador, de repente e sem saber de nada! Quais as origens de cada raça? Qualé dos Ghosts? O que tem dentro do Vigilante? Não, nada disso precisa ser respondido nesse momento.
Não que não exista contexto e sentido na trama de Destiny, mas entendo que a Bungie nesse primeiro game queria deixar parte da trama ainda desconhecida, dando a experiência do jogador em acordar num mundo onde quase ninguém entende direito todas as suas origens. O contexto não precisa ser dado minuciosamente aqui e agora, isso pode vir com o tempo. É como disse, é o mal costume de querer tudo mastigadinho.
Nestes últimos dias não me dediquei tanto assim a campanha, mas sim ao multiplayer competitivo e cooperativo. Se no diário anterior me diverti com a primeira missão de assalto na Terra, esta semana resolvi experimentar o assalto na Lua, que tem como chefe a criatura que abre essa postagem. Foi bem mais difícil do que a primeira missão na Terra, e segue no mesmo esquema, três jogadores online contra uma horda de inimigos apelões que surgem de várias áreas diferentes te emboscando enquanto um chefe gigante tenta acabar contigo. Se os três jogadores morrerem, começa tudo de novo do último checkpoint. E isso aconteceu uma vez na Lua, e na segunda vez rolou uma atenção maior dos jogadores online de manterem seus companheiros vivos ao invés de esperar o respawn automático de 25 segundos, que no calor do combate mais parecem 10 minutos.
Fora isso estou consideravelmente melhor nas partidas competitivas. Morro muito menos e mato muito mais. Como consegui isso? Melhores armas e treino. Destiny realmente pune os jogadores novatos que ainda não possuem armamento raro ou lendário, que são armas que possuem pequenos extras que melhoram o combate, como melhor mira ou bônus de dano. As regras desse modo dizem que as diferenças de níveis são equilibradas, mas isso é meio furada porque o desbalanceamento também acontece por armas e habilidades que são destravadas conforme você vai subindo de nível. Porém, mesmo perdendo e morrendo muito, o competitivo ajuda e muito ao jogador subir de nível (mais rápido do que a campanha) e foi isso que aconteceu comigo. Apanhei muito, mas hoje apanho muito menos.
Ajuda também a conhecer melhor os mapas e cada canto deles. Onde os jogadores se escondem e a analisar melhor o mini mapa que lhe indica onde o inimigo está. Uma boa dica é começar com uma shotgun, para ataques mais próximos, pois os rifles de longa distância com boa qualidade de dano, só mais a frente do game mesmo. Então, granada de luz, socão na cara e um tiro de shotgun (escopeta). Foi assim que lutei nos meus primeiros conflitos. Depois de conhecer melhor os mapas, fiquei um pouco melhor com o rifle de precisão (sniper) e uso um fuzil automático como arma primária quando estou longe demais do inimigo. Enfim, Destiny recompensa demais quem se empenha e se esforça, enquanto os jogadores preguiçosos acabam ficando pra trás.
Por último, acabei chegando ao Level 20 e descobri que agora os sistema de level muda, sendo obrigatório ter equipamentos com um elemento (luz) para ir subindo até o nível 26 (acho que é o último nível liberado até o momento). Consegui um hoje, em uma partida antes deste texto, então ainda não posso dar maiores detalhes, mas pelo que entendi basta jogar o multiplayer (Crisol e Assalto na lista que abre assim que chega ao 20) que estes equipamentos vão sendo dado aos jogadores normalmente, apenas por completar as partidas. Outra coisa que parece bacana, porém ainda não testei, é que abriu a lista de eventos diários e semanais. Mas isso fica pra comentar na próxima semana.
Destiny vem se provando um game interessante, que se molda conforme você vai se dedicando a ele. Mas é um game que pede que o jogador experimente de tudo. Se você está lá apenas pela campanha, vai rolar uma decepção. Se não gosta de apanhar no multiplayer até aprender a ser bom, vai rolar uma decepção. Se não sabe trabalhar em equipe para jogar os modos de assalto, vai rolar decepção. É um game flexível que pede que os jogadores sejam flexíveis. E essa é só a primeira fase desse projeto. Não acho que tudo que Destiny tem a apresentar já foi mostrado…
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