The Shooting Star Project [We Only Have To Beat You Mix]
| Texto recomendado para quem está acompanhando os capítulos semanais de Bleach e que já tenha lido até o de número 598, ou para aqueles que não se importam com spoilers. |
Eu estou dizendo: quando Bleach se foca na turminha do Ichigo, o mangá dá um salto incrível de interesse. Ao menos comigo funciona. Realmente não entendo os leitores japoneses. A Shonen Jump não é avaliada por lá? Não dá para constatar que Bleach fica muito mais maneiro quando não estão enroscado com estes personagens secundários do Gotei 13 que ninguém mais se importa? Cadê o editor do Kubo para dizer a ele “bota mais Ichigo e turminha cara, é isso que os leitores querem”. Não é possível eu tenha um gosto tão do contra para gostar destes momentos como mostrado nesse capítulo 598 do que dos demais anteriores. Será que sou eu?
Antes de começar a comentar a respeito dos eventos do capítulo em si, quero apenas fazer uma rápida observação de que acho maneiro como as vezes o Kubo volta com um nome de capítulo clássico, fazendo uma referência e até assumindo o fator repetição que o estilo shonen tem e Bleach talvez tenha além da conta. The Shooting Star Project foi usado pela primeira vez no capítulo 80 do mangá, veja só, e desde então, já voltou a ser usado em mais algumas ocasiões. Eu realmente gosto desse pequeno detalhe. E é curioso que Bleach em animê nunca teve os nomes dos capítulos exibidos nos episódios. Lembra que só mostrava o número em si? Nada de título, sendo esse muitas vezes um pequeno charme que o mangá tem, já que muitas vezes eles nem são tão óbvios, como acontece com os mangás em gerais. Kubo realmente pensa em algo diferente para nomear seus capítulos, ainda que user aquele recurso de enumerar vários as vezes na sequência.
Enfim, e olha aí! Há dois (um de contar que este já foi) capítulos para capítulo 600 do mangá veja só quem retorna para matar as saudades dos leitores: Ganju! E pra mim funcionou brilhantemente o recurso para dar uma injeção de ânimo para acompanhar a leitura semanal. Tanto que o capítulo conseguir me fazer rir com o diálogo do Ganju com o Ichigo. Sensacional. Adorei realmente a ideia de colocar o Ganju de volta ao grupo, teve uma desculpa aceitável pra isso e tá certo reunir toda a equipe clássica! Demais! Só faltou o Hanatarõ ali pra servir de suporte médico.
Foi um capítulo com o sentimento (feeling em inglês me parece uma palavra tão melhor pra descrever isso) correto pra mim. Deu certo, foi nostálgico, sem a necessidade de um flashback exaustivo, que provavelmente aconteceria se estivesse no formato de um animê. Tanto que conseguiu diminuir aquela minha euforia para o “acaba logo”. Agora quero ler mais desse pequeno momento, quero ver as piadas e situações cômicas desse grupo de personagens. Isso funcionava tão bem no começo do mangá. Foi pouco, mas foi o suficiente pra mim.
E olha que ainda sobrou espaço no capítulo para um outro momento, com o pequeno diálogo entre o cara de duas línguas (Nianzol Weizol) e a shinigami da guarda real (Senjumaru Shutara). O que achei? Não sei. Aí volta para aquela área meio cinza e sem brilho de Bleach, com dois personagens que não deu para criar qualquer tipo de simpatia ou antipatia. Achei a habilidade do quincy interessante, mesmo que seja meio imbecil ele ter se revelado e agora o Yawach perdeu a carta surpresa que tinha na mangá. Gostei da habilidade de dedução e de surpreender o inimigo que a Shutara possui, mas nada realmente incrível. Foi apenas rápido e interessante. Sem enrolar demais. E talvez seja isso que estou falando: não importa mais esse tipo de situação em Bleach. Não é isso que os leitores querem ver. Acabou a luta? Não sei. Por mim podia ter acabado aí, mesmo que como disse, seja uma burrice o cara sair das sombras e ainda revelar seu poder, dando ao seu oponente um alvo para atacar.
E que venha o 599! Tá esquentando de novo!