Conversa de Mangá: Bleach 601
Verge on Vermillion
| Texto recomendado para quem está acompanhando os capítulos semanais de Bleach e que já tenha lido até o de número 601, ou para aqueles que não se importam com spoilers. |
Ah Bleach, ah Kubo, ah essa minha teimosia pessoal em continuar acompanhando a história, ah esse final que nunca chega. Eu estava todo feliz e empolgado algumas semanas atrás, fazendo a contagem regressiva para que a chegada do capítulo 600, esperando algo grandioso ou especial e na verdade, o que o autor reservou para o momento foi simplesmente a chegada do Esquadrão Zero para contra atacar os oponentes e antagonistas da saga atual que a gente mal tem paciência e tempo para lembrar seus nomes. Na boa, eu teria achado muito mais irado se o autor tivesse deixado então para mostrar o tiro do canhão com Ichigo e o retorno do Ganju no capítulo 600. Faria o gostinho desse momento ser um pouco mais especial, um pouco mais marcante.
O mais bizarro é que a narrativa com o Byakura e o Mayuri foi totalmente abandonada de forma tão abrupta para mostra mais do mesmo. Outros quincys, com outros personagens e nada basicamente mudou então. Tirando a parte do Ichigo, Bleach continua sendo esse porre boboca, um mangá que não conseguiu crescer (no sentido de dar maturidade) com seus leitores e só mesmo algum leitor mais novo deve curtir esse momento de batalhas com sangue e parte de personagens que tecnicamente não são humanos, sendo decepadas.
Imagino que se um personagem como o Oetsu fosse apresentado lá no auge da fama e do sucesso da série os fãs certamente iria explodir de emoção. “Quer personagem foda, que personagem irado!” pensaria. Já hoje, lendo o capítulo da semana, ainda acho divertido estas situações onde do nada, aceitando a galhofa (é claro), o personagem posa de o mais incrível e fodão da rodada e me pego pensando, porque ele não foi usado mais cedo na história. Certamente teria sido mais divertido vê-lo em outras situações, com outros personagens que a gente se importava muito mais e já hoje não tem a mesma importância.
Porém fica claro que muitas vezes em Bleach alguns aspectos de personagens, especialmente os que foram criados por último, dão a impressão de ser apenas uma espécie de skin alternativa de outros já conhecidos. A forma loucona como Oetsu fala e se movimento lembra bastando aquele sentimento que tive quando Ikkaku surgiu para enfrentar Ichigo na saga da Soul Society. A personagem Shutura que estava segurando os quincys antes do Oetsu aparacer, aquela com as habilidades de costura, lembra muito a Soi Fong. E esse é um dos pontos que sempre reclamado e bato ponto em Bleach, a desnecessidade de se criar tantos novos personagens a cada saga e de ficar carregando os de sagas anteriores junto com as novas sagas, criando esse ninho de criaturas que luta sempre iguais e possuem os mesmos clichês, dando esse efeito de repetição que satura tanto Bleach.
E é isso que tenho para dizer depois de algumas semanas sem comentar Bleach. Nada surpreendente, não? Porque Bleach atualmente é isso. E que pena. Mesmo quando ele é apenas diversão, a gente, que um dia foi fã e defendeu o mangá com unhas e dentes, sabe que atualmente ele deveria ser muito mais. A impressão é que lá no Japão os leitores da Jump não deve crescer lendo Bleach, sendo um mangá com rotatividade de público, sendo sempre mais jovem e justificando porque o mangá fica se auto repetindo de anos em anos. Só pode ser isso.
Bleach consegue se superar a cada semana em ruindade, é incrível.
Larga logo essa merda Thiagão, acho que você poderia economizar tempo e postar sobre outras coisas legais… eu não leio Toriko ainda, mas parece bem melhor e foi legal você trazer um CDM dele aqui no blog, talvez seja o caso de abandonar Bleach e trazer outro mangá com mais qualidade no espaço deixado.
Haverá, eventualmente, outro ou mais dois CDMs de mangás… mas ainda preciso de tempo pra colocar eles em dia com o Japão. 🙂
Bleach não atrapalha isso não. Hahaha
caramba, eu achei esses dois capitulos tão sensacionais, tão leves e livres de amarras, ta o manga ta correndo pra reta final, mas deixa ele queto, pra que ficar se preocupando em querer a historia de todo mundo, depois de 600 capitulos esta claro que kubo nem de perto é alguem que trabalha com mais de um plot por vez, então vamos aproveitar e ver.
foram dois capitulos muito coesos e divertidos, a pegadinha/armadilha do esquadrão zero foi sensacional, se passar de fracos e idiotas pra simplesmente levar eles pra onde eles queriam, e depois um unico (mas tambem o lutador da equipe) descer o cacete em todo mundo, com uma espada ruim por sinal, é Kubo é lerdo, fazer o que, mas ai está o que o povo sempre se perguntou e quis ver, a força do esquadrão, tecnicamente 4 dos 8 personagens do “panteão” dos quincys cairam unicamente pra um unico golpe.
sei lá. talvez foi por realmente querer algo demais do capitulo, mas como eu disse a muito tempo, bleach nao se pode esperar e nem querer nada, se voce ler só por ler, naquela vibe de o que vier é o que tem pra hoje, ele acaba entrando em uma montanha russa, chegando a picos sensacionais como esses capitulos.
O Batman aqui concorda com o Coringa. Esses dois últimos capítulos foram bem legais. Em partes porque espero por esse momento há alguns anos… Também porque, a meu ver, o Esquadrão Zero foi um dos grandes acertos do Kubo na saga até aqui… E porque adoro o Ouetsu, esse brother-sangue-bom-gente-fina-pra-cacete. hehe