Conversa de Mangá: One Piece 767
Cora-San
| Texto recomendado para quem está acompanhando os capítulos semanais de One Piece e que já tenha lido até o de número 767, ou para aqueles que não se importam com spoilers |
Chega até a ser um clichê dizer como é impressionante o fato do Oda ainda conseguir criar personagens tão apaixonantes depois de tanto tempo escrevendo One Piece e após tantos personagens criados ao longo de todos estes anos, mas é realmente impactante como Corazon é um personagem cativante e como é de cortar o coração o fato de estar vendo todo esse flashback da história do Law, sabendo que em algum momento ele morreria e que a cada quadro ele lhe cativa mais e mais, sendo que a qualquer momento, por qualquer um, por qualquer evento ou fatalidade, ele acabaria deixando seu destino na grande história de One Piece ser concretizado.
O grande conflito pra mim neste capítulo 767 é saber se eu fico triste com a despedida final de Corazon ou se fico ainda mais revoltado com o personagem do Doflamingo, que se prova realmente ser um vilão na forma mais pura que se possa imaginar. Chega a ser chocante a cena em que ele mata o próprio pai e não há qualquer argumento ou lógica que justifique seu ato. Não importa se ele nasceu mimado num berço de ouro, mediante a nobreza dos Tenryubitos (ou “Dragões Celestiais” como vem sendo traduzido em alguns lugares), independe do choque da morte da mãe ou da tortura recebida pelas pessoas. É intrigante o fato de dois irmãos reagirem tão diferentes a mesma série de eventos. Eu entendo agora quando Corazon explica alguns capítulos atrás que o Doflamingo nasceu com a maldade no coração. É realmente foda essa cena e pra mim só tem um impacto menor do que aquela onde o Arlong mata a Bellemere, lá no início do mangá. Ou talvez seja apenas a semelhança das cenas, mas enfim, ainda assim é impactante e é um momento criado para incomodar mesmo o leitor a meu ver.
Mas tirando um pouco o impacto destes momentos mencionados, esse capítulo 767 ficou um pouco enrolando em seu miolo. Achei um pouco cansativo esse momento em que Law está preso dentro do baú e Corazon se encurrala. Em nenhum momento achei que ele se salvaria dali ou que o Doflamingo não teria coragem de dar o tiro fatal. Porém entendo que o curso da narrativa precisava prender um pouco mais para criar aquele momento triste ao final em que Law fica indefeso diante de uma situação que estava muito além de seu alcance, e meio que funciona com todo o momento do presente da trama onde ele fica trazendo a memória do Corazon a toa, e mesmo assim o Doflamingo não se sente abalado.
É curioso apenas que em nenhum momento ele afirma categoricamente que é o irmão verdadeiro do Doflamingo. Quer dizer, não que eu ache que ele não seja, mas em alguns capítulos atrás o Oda levanta essa bola afirmando que após a morte do pai ele some por alguns anos e volta como o “suposto” irmão do Doflamingo, e nesse meio tempo o que dá a entender é que ele se torna um marinheiro e aceita se infliltrar no bando do irmão, na tentativa de acabar com os planos maléficos do irmão. O que se parar pra pensar é meio estranho, porque tentativa para matar o irmão certamente ele teve, e o mangá ainda não deixa totalmente claro quais seriam os planos do Doflamingo na época para exigir tamanho movimento da marinha, sendo que ele ainda levou um tempo para dominar Dressrosa (ao menos desde o arco inicial do flashback) e começar com esse plano de destruir Marijoa. Essa é a única linha do tempo que não fica muito claro pra mim quando penso no Doflamingo. Até entendo que ele é um estrategista nato, mas ter um plano que exija uma vida inteira é meio complicado, ou megalomaníaco talvez. E se for olhar agora, o presente, porque Law decidiu agir justamente agora? Talvez eu precise reler um pouco os capítulos passados.
Em todo caso ficou para a próxima semana ver o final do passado do Law. Porque eventualmente ele retorna ao Doflamingo, e sabemos que não envolve a marinha, como no caso do Corazon, e ele vai acabar aceitando ficar quieto por muitos anos até se rebelar no presente. A questão agora é pensar no fato de que o Oda criou mais um passado trágico para mais um personagem, na mesma fórmula de todos os Mugiwaras atuais, o que me deixa com a pulga atrás da orelha se Law não ficará mesmo como membro fixo do bando do Luffy. Acho que poucos pensam nessa possibilidade, apesar de que talvez isso faça a dívida que Luffy tem com ele, lá na saga de Marinford, ser quitada.
O grande problema é que agora estou ápice para que flashback acabe de fez para ver como Luffy e aliados fará para acabar com esse legado horrível que Doflamingo criou. Agora sim eu torço para que o vilão seja derrotado. Até então ainda cogitava a possibilidade dele fugir e ficar o confronto para um futuro próximo. Depois de tudo isso, fica difícil imaginar que o Oda vá deixar essa ponta aberta na história. Doflamingo cai aqui e agora! Só falta descobrir como!
Bye, Cora-san!
Nesse mesmo capitulo mostra o corazon sendo resgatado ainda criança por um cara parecendo o sengoku, logo após a cena de tiro contra o pai do penosa, e eu espero que o luffy derrote o penosa com as mão amarrada, eles estão no novo mundo, e ser over power não será nada ruim, principalmente se for haver mais uma guerra.
Eu não concordo muito com essa questão de que o Luffy tenha que ganhar “facilmente” do Dofla apenas por estar no Novo Mundo e os inimigos daqui pra frente serem fortes e tals…
Se parar pra pensar, o Dofla não é um qualquer, e ele não é necessariamente do “Velho Mundo”, pois como Shichibukai ele tem livre acesso a Grandline, então, o vejo como um dos inimigos mais fortes do universo de One Piece.
Luffy deve ganhar, sim, mas deve suar pakas para isso (se possível, que conte até com a ajuda do Law), caso contrário tenho medo que ele fique overpower até d+. Na hierarquia de OP, temos os almirantes em pé de igualdade com os Yonkous, abaixo deles os piratas/marinheiros/revolucionários lendários (como Shanks, Garp, Dragon, Sengoku) e depois os Shichibukai, então Dofla não é um inimigo qualquer.
Além de tudo que você falou do Oda, com0 ele usa qualquer brecha para amarrar pontas com o universo e personagens que ele criou anteoriormente é que me deixa fascinado.
Aquele menino Dory que acabou que parece ser dos piratas da ilha e acabou fugindo e sendo resgatado pela marinha. Não tinha me tocado, mas me chamaram a atenção em outro forum que é o X Drake e realmente olhando parece que o garoto tem aquele cicatriz em forma de X. Muito legal, e o Drake realmente era um vice almirante da marinha, e no capítulo um pirata que está aos pés do Dofla fala que esse Dory é o mais forte deles, provavelmente ele já tinha o poder de virar um T-Rex.
Num capítulo anterior outra coisa legal é que num dos países que o Corazon levou o Law para achar um médico é o país o Norland, ao fundo de um quadro tem aquele mesmo castelo espalhafatoso que mostra na saga de Skypea. Me liguei na hora porque estava acompanhando a saga no mangá nacional a pouco tempo. Muito legal esses “easter eggs” que o Oda coloca no mangá.
Eu acabei não comentando no texto, mas eu realmente fiquei com um nó na cabeça em relação a esse menino que aparece no capítulo. Se for isso é realmente foda!
O que eu mais gostei nesse e no último capítulo, é um fato que eu não tenho visto sendo discutido por aí… Antes de entrar no fato em si, vamos fazer uma constatação: Alguém sabe qual a única semelhança que existe entre todos os D. que apareceram? … Ser capaz de morrer sorrindo. Não é preciso fazer muita pesquisa para se constatar isso. Ace, Roger, Saulo, Rouge, até o Luffy quando quase morreu…
Isso fez para mim a última página do capítulo da semana passada me dar calafrios! E mais interessante ainda, o pai do Doffy também morreu nesse capítulo com um sorriso no rosto! O que me fez desenvolver uma nova teoria: Será que o D. não é um nome que se nasce com, mas que se ganha por merecimento?