Conversa de Mangá: One Piece 773

Half and Half

OP773 A

| Texto recomendado para quem está acompanhando os capítulos semanais de One Piece e que já tenha lido até o de número 773, ou para aqueles que não se importam com spoilers |

Puuutz, como estava com saudades de voltar a escrever um pouco sobre o mangá de One Piece aqui no blog. O último foi no final de novembro e convenhamos que os capítulos lançados em dezembro não foram lá grande coisa. Até acho que isso é meio proposital (segurar a trama), já que temos um mês que geralmente é associado a férias, viagens e festas de final de ano. Não me parece o momento certo para conciliar qualquer clímax que seja necessário numa história. Tanto que o último CDM de One Piece foi o de número 769 e o impasse estabelecido nele, com o Luffy, Bellamy, Law e Doflamingo não mudou para lugar nenhum (ainda que o Bellamy no final das contas tenha realmente ido contra o Luffy, conforme a discussão feita aqui de que a minha opinião era a de que ele não deveria ter feito isso). O jeito é continuar aguardando o desfecho dessa parte da história.

Enfim, aí veio dezembro e o Oda resolveu focar e encerrar algumas embates de coadjuvantes do arco em si, e também aproveitou para eliminar alguns dos aliados fortes do Doflamingo, começando pelos menos expressivos. Teve o combate do gigante de Elbaf (que alias é uma das futuras ilhas que todo mundo torce para entrar na história do mangá), assim como o pessoal da Marinha Happou, com a resolução também da Baby 5, que acabou deixando de lado a ambição do Doflamingo para ficar com o novo líder da Happou. Isso foi bem legal porque pela perspectiva do flashback do passado do Law, ela na verdade nunca foi totalmente má. Só foi criada pelas pessoas erradas e até mesmo a mini-historinha dela meio que foi de cortar o coração, o que também explica a sensação de co-dependência que ela necessita ter.

Não foram conflitos ruins, e o Oda soube mesclar muito bem a participação até mesmo do Zoro no meio de toda a confusão, fazendo assim com que o núcleo principal do mangá permanecesse presente nestes capítulos de final de ano. Na versão em animê estas momentos devem ficar bem legais e renderão algumas ótimas cenas de ação! Por sinal, finalmente o animê vai pegar fogo, pois somente agora, na viradinha do ano é que foi ao ar o episódio que o Usopp deixa a Sugar inconsciente, fazendo com que os brinquedos retornassem aos seus reais corpos e as memórias de todos fossem ativadas. Foi muito bom rever o momento pelo animê!

E 2014 termina com Cavendish despertando sem querer o Hakuba novamente, sua outra personalidade sonâmbula, e derrotando o Dellinger, um oponente que sinceramente não teve toda a atenção que achei que eventualmente acabaria tendo. Não sei porque, mas o Dellinger ficou pipocando em rápidas aparições durante todo o arco, pagando de fodão e no fim caiu como mosca. Talvez a gente já esteja meio cansado dessa história de poder tritão.

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E agora, para começar 2015 o primeiro capítulo do ano tem como foco a batalha do Bartolomeu contra o Gladius. Mais um encerramento de ponta solta na verdade, mas ainda assim um excelente capítulo na minha opinião. No tom certo de humor, ação e tensão. O Hakuba começa meio assustador no início mas logo o Oda dá uma aliviada no personagem. Acabei ficando meio surpreso com a Robin dizendo que velocidade não é um problema pra ela só por causa de seu poder. Bem, não é pra tanto assim, não? No fim ela deu sorte de estar longe o suficiente do Hakuba e ter tempo o suficiente para segurá-lo. De qualquer forma, isso é mais uma demonstração que o treinamento valeu a pena.

Para o Bartolomeu ficou a resolução de se tornar mais forte. E achei muito massa a forma e o estilo como ficou os quadros finais que da derrota do Gladius. Curti até mesmo o nome do golpe, o Bari Bari no Pistol, mesmo sem ter a certeza se é só uma brincadeira com o Gomu Gomu no Pistol do Luffy ou se é algo mesmo dos nomes originais do mangá em japonês, mas enfim, achei legal a disposição do Bartolomeu. Decididamente torço muito para que ele fique no bando do Luffy, ainda mais de tudo que ele fez e está fazendo ao longo desse arco.

Agora ficou poucos comandantes do Doflamingo, não? Tem o Pica com o Zoro e o Sr. Pink com o Frank pelo que consigo puxar pela memória. Além é claro do Diamante e do Doffy. Curioso que em relação ao  Pica e o Sr. Pink são dois combates que se iniciaram bem no começo desse segundo ato do arco (tanto que no animê elas já começaram). É torcer para acabar. Apesar de que isso também serve de indício para concluir que Dressrosa deve sim acabar em breve. Espero que ao menos até o mangá chegar ao capítulo 800, que são 27 capítulo (ou 27 semanas, se não houver pausas). Apenas que 27 capítulos dá bem mais do que 6 meses, né?

Pra encerrar Robin chegou para dar uma ajuda ao Kyros, que confronta o Diamante. Na verdade acho que ela vai só resolver esse problema da Rebecca estar atrapalhando a luta. E a guerra em Dressrosa continuar em 2015! Vem ano, passo ano e One Piece continua em seu excelente nível. Que fique assim por mais uma década ou duas!

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Obs: nesse meio tempo, anda rolando pela web o primeiro capítulo do mangá de comédia One Piece Party, que está sendo publicado em alguma Jump alternativa (já que a Editora Shueisha tem uma porrada de versões diferentes da Jump). Li e achei bacaninha. Ri em alguns momentos e me diverti com o Luffy comendo macarrão do cozinheiro lá do arco de Water 7. É uma boa brincadeira para aproveitar personagens tão ricos em piadas e personalidades. Torço para que esse mangá possa virar pauta para alguns episódios do animê de One Piece, que já vem anos colado ao mangá original e por isso as tramas de vez em quando acabam sendo meio arrastadas na versão animada. É uma folga que a versão animê poderia ter e One Piece Party tem sim o charme que um produto da marca One Piece consegue ter. Pra mim ficou muito melhor e superior que aquela versão do Rock Lee cabeçudo que estreou anos atrás e que nem sei se foi pra frente ou se sumiu de vez. Fica a dica… procurem na web One Piece Party 01! 😉

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5 Comentários

  1. Sem dúvida foi um capítulo muito bom, especialmente comparado aos últimos que até foram legais, mas dado o ponto em que o arco está, deixaram a trama um pouco mais arrastada. Ao contrário de você Thiago, espero que o arco acabe antes do capítulo 800, pois eu acho que mais que 15 capítulos para terminar esse arco já é demais.

  2. Dei uma pequena pausa no mangá, acho que parei exatamente do ponto que você postou da última vez, sou mais um que está achando tudo muito arrastado (o que não quer dizer que seja ruim).

    Mas agora ao saber como as coisas caminharam, animei em voltar a ler, acho que só perdi uns 4 capítulos, então é questão de minutos ficar em dia.

    Belo post Boss…

  3. Ouvi por aí uma ideia de o Bartolomeu acabar virando uma espécie de Ace do Luffy, tenho uma segunda equipe no seu comando. Confesso que achei bem interessante os caminhos que poderiam se abrir na história com ações ocorrendo simultaneamente em dois lados do mundo de One Piece, com possibilidades de operações maiores serem realizadas pelo bando, porque depois de Dressrosa o governo mundial deve vir com tudo pra cima do nosso querido Chapéu de Palha.
    Acho improvável que acontece pois não me parece muito o estilo do Oda, mas seria algo realmente interessante de se ver, e até gerar um produto derivado da franquia.
    A pergunta que não quer calar é: Será que com o Bartolomeu e o Jinbe, não ficaria um grupo grande demais para o Oda administrar?

  4. Sobre a fala da Robin eu gostei desse destaque que ela voltou a ter, relembrou Alabasta, quando ela lutou contra o Pell e disse algo semelhante, que força e velocidade contra ela são ineficazes. Só que desde então ela tem sido bem coadjuvante, acho que sua ultima luta foi contra o gordinho da ilha do céu que destruia as ruinas… E como uma personagem com recompensa quase de um supernova e um poder tão legal, o momento foi lindo!
    A devoção do Bartolomeu com o bando também, confesso que não gostei dele de cara, mas ultimamente ele tem sido uns dos personagens que mais me agradam em cena.
    O que falta agora é a resolução dos conflitos, a luta do zoro contra o Pica já se arrastou demais, o drama do Kyros não querer que a Rebecca lute também foi algo que me incomodou bastante. Poxa, a menina já batalhou uma vida inteira, deixa a coitada lutar ao lado do pai…E e claro os sumissos, estou bem ansioso pra ver o que aconteceu. Acredito que foi um artifício que o Oda utilizou pra trabalhar melhor com os personagens, e dar alguns highlights legais, como o usopp e a Robin que não tinham faz tempo. Espero que na próxima saga possamos ver a Nami e o Chopper em algumas batalhas individuais também.

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