… escrever sobre morte nunca é fácil.
Acabei de tomar conhecimento a respeito do falecimento do Satoru Iwata (Presidente da Nintendo) e minha cabeça se encheu de tanta coisa que não tinha como apenas ir dormir e deixar para escrever e desabafar amanhã. Morte é sempre triste, até mesmo de um ídolo ou alguém que você não conhece diretamente, mas ainda respeita muito. Isso também sempre o faz lembrar de como frágil é a vida e o plano na qual vivemos e como as coisas as vezes mudam assim, num piscar de olhos ou num final de semana na qual você está fora da internet.
É muito triste ver o Iwata deixando essa dor e saudade em toda a comunidade gamer do mundo todo. Ela era relativamente novo, 55 anos de idade. Há coisas que não conseguimos mesmo explicar ou racionalizar. Aconteceu e precisamos lidar com isso. Eu não sei se faz muito tempo, mas há um texto meu no Facebook escrito em 2014 na qual eu também desabafei sobre o amargo da morte. 2015 tem sido um ano de crise política e econômica, onde muito gente está passando aperto e apuros, mas pra mim 2014 foi um ano terrivelmente ruim pra mim e pra minha família, pois foi um ano onde duas mortes terríveis aconteceram.
Não quero entrar em detalhes e nem lembrar muito disso. Basta dizer que um delas foi algo injusto, repentino e que ninguém esperava que fosse acontecer. Mudou vidas e até hoje sinto saudades dessa pessoa. Ainda que nosso contato não fosse frequente. É foda isso.
E o Iwata não é um familiar ou um amigo próximo, mas é uma pessoa que muitos cresceram vendo-o apresentar e representar uma Nintendo que somos ou éramos apaixonados. É natural ficar triste e chocado com esse repentino acontecimento. Eu posso não gostar da Nintendo como ela é hoje, mas não significa que não tenho um carinho pela empresa ou ainda sonhe com ela retornando aquele período na qual gostava dela. Meu filho, de quase 3 anos, adora jogar Super Mario na meu 3DS! Mario, Nintendo e todos aqueles que a representam estão no coração e no carinho de muitas pessoas hoje por todo o mundo. E vencer a tristeza dessa partida do Iwata é difícil… muito difícil.
A única coisa que posso dizer para reconfortar, se é que isso é possível, é que pra mim a morte sempre é mais difícil para quem ficou pra cá, neste plano. Não penso se existe vida após a morte ou o que acontece com a gente depois que partimos. O que me ajuda nestes momentos tristes é pensar que essa pessoa que partiu vai deixar muita saudade sim, mas enquanto as pessoas, nós, lembrarmos dela e de tudo que ela fez por nós, ela ainda viverá em nossa memória e em nossos corações. O esquecimento as vezes é muito pior do que a mera morte. E graças as forças que não entendemos, ou Deus, Satoru Iwata era muito querido por muita gente e ele ainda será lembrando por todas estas pessoas por muitos anos.
Hoje, nesse triste dia, mais do que nunca eu torço pela Nintendo e sua existência daqui pra frente, porque sei que é isso que Iwata fez até seu último fôlego e ele merece isso de os gamers – independente de concordar ou discordar de certos aspectos atuais da empresa. Que ele descanse em paz e que deixe com nós, para nos lembrarmos com carinho de tudo que ele fez pela gente no comando da Nintendo. Um ciclo se encerrou, mas sua jornada sempre será lembrada com carinho Iwata. Eu prometo! E obrigado por tudo… de verdade.