Eu não fui muito amigável com iZombie quando fiz uma breve resenha, mês passado, sobre o que estava achando da série até aquele ponto dos oito primeiros episódios. Fiquei devendo na ocasião ver os últimos cinco episódios finais do primeiro ano e foi justamente o que fiz neste final de semana que passou!
Tudo bem que assisti com um extenso atraso, a temporada terminou oficialmente em 09 de junho, mas ao menos acabei antes da estreia do segundo ano, que já está com data marcado para 06 de outubro nos Estados Unidos. Alias muito me admira que até o momento não há nenhum canal na TV por assinatura exibindo a série no Brasil, ao menos é que diz esta nota de uma fanpage BR da série. Achei que já havia acabado essa história de séries que demoram séculos para chegaram por aqui… bizarro!
Enfim, agora que acabei o primeiro ano de iZombie, muda alguma coisa em tudo aquilo que disse a respeito da série anteriormente aqui no site? Eu adoraria dizer “sim”, mas na verdade a respeita é não. Todos os pontos positivos e negativos do show que mencionei em meu primeiro texto permanece. É uma excelente ideia, com ótimos personagens e com uma base muito interessante, porém que é totalmente estragado por uma fórmula preguiçosa de enlatado americano e de narrativa procedural. EX-CE-TO… pela season finale.
Eu realmente gostei e me amarrei muito no final da primeira temporada. Que basicamente inicia no episódio 12, Dead Rat, Live Rat, Brown Rat, White Rat, e finaliza no episódio 13, Blaine’s World. E é legal porque estes episódios justamente reconfiguram a fórmula batida da série, colocando a trama de fundo à frente do caso da semana, que ainda existe mas funcionando em um ritmo totalmente diferente do habitual. E é por isso que é tudo tão bom aqui.
Como é chato essa situação, na qual os produtores só se esforçam mesmo ao final de uma temporada para apresentam roteiros e tramas mais interessantes e chocantes, para segurar o público para uma próxima temporada. Eu não entendo porque não há uma lógica de manter esse ritmo durante toda a temporada, ainda mais uma série curta de 13 episódios. E é muito legal o último caso do ano 1 porque ele começa sendo uma coisa, de repente vira outra coisa e quando você menos percebe, esse caso já se tornou parte da trama principal, ligando a pontos que o telespectador não poderia conectar lá no começo de tudo, ou até poderia, mas não de forma previsível ou fácil.
A performance da atriz Rose McIver nesta temporada final também está impecável. A Liv acaba assimilando várias personalidade clichês de adolescentes – que estão morrendo aos montes (exagero meu) no caso da semana – e cada atuação da Liv ficou muito engraçado. E mesmo assim, no final do episódio 12 a personagem precisa adotar um tom totalmente diferente quando acaba matando o zumbi que ela mesmo criou e ainda revelar o segredo a sua irmã.
Falando em irmã, a série mereceu parabéns por mexer em quase todas as premissas de seus personagens principais. A irmão descobre a verdade, o Major tem várias reviravoltas que já vou comentar, o capitão da polícia morre (ou algo assim), Blaine se torna um humano novamente, o irmão da Liv sofre um acidente… pow é muita coisa para um clímax de final de temporada. Isso é uma boa forma de chacoalhar o telespectador dormente depois de tantos episódios apáticos de crime da semana.
Achei muito massa como se trabalhou com o personagem do Major (ele não é major de verdade, é apenas um apelido) nesse último episódio. A cena dele escapando, voltando para seu carro, se armando até os dentes, e retornando para fuzilar todos os zumbis do mercadinho do Blaine é muito foda. E mesmo que o canal tenha dado um jeitinho de amenizar a violência das cenas, a sequência da matança é muito boa. Sei que estava torcendo para ele morrer no final da temporada, mas depois de tudo isso, já não sabia se queria que ele morresse.
Felizmente ele não morre, e nem virou zumbi. Foi uma mágica interessante dos roteiristas, pois achei que ficou meio apressado essa cura milagrosa que o Ravi criou, e aposto que ele não vai conseguir replicar tão rápido na segunda temporada (caso contrário a série perderia a graça com sua protagonista voltando a ser humana). Resta apenas a dúvida se isso trará efeitos colaterais, tanto no Blaine quanto no Major futuramente.
E o final de temporada soube costurar muito bem seus ganchos para uma segunda temporada. A irmã da Liv desaparece após o final do episódio 12 quando fica sabendo da verdade, o irmão dela está em cirurgia e pode não sobreviver, sendo que ele precisa de sangue e a Liv é a único compatível com ele (e a série termina com ela dizendo não), Blaine virou humano mas não significa que a história do personagem terminou, e ainda tem o magnata maluco que quer fazer grana com sua bebida energética zumbi. Fora o fato do Clive de imediato suspeitar do Major em relação ao ataque ao QG do Blaine.
As minhas expectativas é que a segunda temporada melhore um pouco seu ritmo, se focando mais na história em si do que em casos avulsos que não acrescentem em nada na trama. E parece que tem potencial para melhorar, encontrar uma nova dinâmica e fazer a série ficar melhor.
Foi um final de temporada interessante o suficiente para me fazer continuar assistindo, mesmo com todos os encalço desse primeiro ano de série.
Fim de temporada com ritmo aprimorado, muito melhor que o resto da temporada
Liv dá um show assimilando personalidade de adolescentes
Major vingativo e sem medo de apertar o gatilho!
Season finale mexe sem medo na história e seus personagens
Cura da infecção zumbi? Parece prematuro e fácil demais
Blaine se saiu bem como vilão do ano 1
Ótimos ganchos para a segunda temporada
Uma nota somente para esse final de temporada, com miolos e sangue para todo lado!