Star Wars Battlefront | Um beta que te leva a querer esse game!

Estas impressões não deve me tomar muito tempo. Sabe quando um game te ganha logo que você o começa a jogá-lo? Pois então, Star Wars Battlefront faz exatamente isso. Se o beta do game, que termina hoje dia 13, serviu para alguma coisa, certamente foi para confirmar que este será um dos maiores lançamentos de 2015.

Curiosamente nunca fui muito fã dos games de Star Wars. Joguei alguns, naquele ânimo sem qualquer expressão, tanto que nem sei citar o que joguei, eles foram deletados da minha memória. Talvez porque particularmente nunca fui um tremendo fã da franquia. Quer dizer, eu curto os filmes, seu universo, mas sei lá, não é nada que me faça entrar em êxtase apenas porque Star Wars ainda existe.

Talvez os novos filmes produzidos pela Disney possam mudar isso, afinal é um Star Wars novo para uma nova geração justamente se apaixonar. A primeira trilogia foi da geração do meu pai, e ele não me a apresentou como deveria, da forma como, por exemplo, apresentei Parque dos Dinossauros (meu filme predileto) ao meu filho e ele adorou. A segunda trilogia, que fui aos cinemas conferir não me pegou como queria que tivesse pego. Então hoje eu vivo nessa bolha entre um Star Wars velho demais pra mim e um Star Wars meio boca para o resto do mundo. Eu ainda quero vivenciar um momento onde eu diga, “OK, agora Star Wars ficou épico”. Bem, o fim do ano e o episódio VII está chegando…

Feito estas explicações, ressalto então que não foi a roupagem de Star Wars que me cativou no beta de Battlefront, apesar dos efeitos sonoros e a trilha ajudarem a te convencer que você está em um universo fantástico, mas o que realmente me conquistou foram a jogabilidade regada a um multiplayer incrível e com gráficos soberbos. Agora sim me pareceu que a nova geração está mais solta e livre para mostrar o que a geração do Xbox 360 e do PlayStation 3 não conseguiriam fazer.

O beta vem com três opções de jogo, um single player e dois multiplayer. O single player é uma espécie de Survival Mode, onde já alguns ondas de inimigos e você precisa sobreviver a elas. É um bom modo para começar a entender as mecânicas do game, como atirar, como usar habilidades, como saltar com um jetpack – que é bem diferente do que se vê em outros games que utilizam esse recurso – etc. Achei esse modo interessante, mas nada muito incrível. Graficamente é bonito, e o desafio é bem nivelado, mas realmente me pareceu mais um tutorial caprichado. No jogo completo o game alerta que haverão mais ondas nesse modo – no beta só havia seis. O fato de não ter inimigos muitos diferentes também não ajuda muito aqui. Mesmo assim foi divertido, serviu ao seu propósito de me fazer entender as mecânicas do jogo antes e ir ao multiplayer.

E é no multiplayer que Star Wars Battlefront brilha! Há um modo chamado Drop Zone com 8 vs 8 jogadores, mas nem quis saber dele inicialmente, fui direto para Walker Assault, um modo massivo de multiplayer com 40 jogadores online! Aí sim! Que inacreditável esse modo! É realmente fenomenal colocar 20 contra 20 jogadores em um mapa gigante, cheia de naves e robôs e máquinas características do universo da série. Sendo que o jogador pode controlar estas naves, máquinas e até se der sorte jogar como Darth Vader ou Luke Skywalker. É um multiplayer caótico, cheio de adrenalina e que você não para por nem um segundo qualquer!

Achei interessante o fato da partida começar, ainda que nem todos os jogadores estejam prontos. Você entra fácil em uma partida, tem a calma que for para arrumar seu personagem, suas armas e cartas de habilidades. E aqui é outro ponto que me agradou. Seu personagem possui um sistema de level que conforme você vai jogando e ganhando pontos, novas coisas vão sendo destravados, como armas, habilidades (como o salto de jetpack) e até mesmo customização do personagem (não disponível no beta). Fiquei 2 horas jogando o beta nesse final de semana e nem sequer vi a hora passar. Isso é um excelente sinal.

Após ficar impressionado com o modo de 40 jogadores fui testar o tal Drop Zone com 16 jogadores, 8 de cada lado. Basicamente o modo é um capture e defenda. Cápsulas vão caindo ao longo do mapa, uma por vez, e cada ao time de jogadores capturar e defender o ponto por alguns minutos, dando a chance do time adversário impedir essa captura.

Também é um modo divertido, não mais que o de 40 jogadores, mas é bem dinâmico e o time naturalmente joga de forma cooperativa, sem a necessidade de comunicação. Não há muito o que fazer além da captura e defesa, então não cria aquela situação de jogadores fazendo outra coisa além de cumprir o objetivo da partida, então isso cria uma organização natural das coisas. Isso sim me agradou bastante.

O beta rodou sem problemas, sem bugs, sem travadas, em lobby demorado. Eu realmente não tenho basicamente nada a reclamar. O jogo mostra em seu menu que haverá muitos outros modos de single player e multiplayer. Ele não parece ter uma campanha com história em si, e talvez nem deva mesmo. O objetivo aqui são realmente os modos multiplayers, e como eles parecem estarem excelentes, acho válido a iniciativa.

Talvez a única crítica aqui, seja novamente lembrar que esse é um título que está chegando ao Brasil no terrível e fracassado preço de 300 reais em formato físico. Para ajudar a EA revelou recentemente que o Season Pass do game custará lá fora 50 dólares, e aqui (ao menos na loja do Xbox) já está custando 200 reais. Como que um jogo completo, com todas as suas DLCs pode chegar a custar 500 reais? COMO!? Aí não dá.

Sabe quando vou jogar Star Wars Battlefront? Em duas situações, quando eu o ver em uma promoção custando entre 100 a 130 reais ou quando ele for disponibilizado na Vault do EA Access. Bem, talvez isso leve um ano, talvez não. Battlefield Hardline, lançado em março desse ano chegará agora no dia 14 de outubro na Vault, então talvez um ano seja justo para esperar por Star Wars Battlefront.

Sim, o game é incrível, eu adorei o beta, mas seu preço no Brasil, o fato de saber que ainda há mais 50 dólares para se gastar em DLC, torna o game completamente impossível pra mim. Por mais fabuloso que seja um jogo, ele não vale estes valores. Essa é a minha grande verdade.

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