Conforme havia avisado aqui no site semana passada, estive na Brasil Game Show no último dia 11 de outubro, junto a minha esposa, para conhecermos pela primeira vez este evento que existe desde 2009 e nunca tive vergonha na cara de ir. Aproveitando esse UP que o site vem recebendo nos últimos meses achei importante que desta vez o Portallos estivesse presente em um evento que é (sim) importante ao mercado nacional de games, ainda que ele seja limitado em muitos aspectos – e vou chegar neles, aguenta aí. E quem quiser ver muitas fotos, tem uma postagem delas neste link.
Foi legal voltar à São Paulo após aqueles dois eventos que participei em agosto passado, um da Bandai Namco e outro da Konami, porém desta vez não precisei andar de metrô, afinal a Brasil Game Show estava localizada na Expo Center Norte que é relativamente próximo ao terminal rodoviário Portuguesa-Tietê. Então cheguei a utilizar o transporte oficial do evento, que alias era gratuito a todos os visitantes do evento!
Também foi muito bom ter ido a São Paulo desta vez com a minha esposa, pois nas vezes anteriores um amigo aqui da minha cidade foi quem me acompanhou e me ajudou a fazer as coberturas dos eventos. Ele até chegou a escrever aqui no site posteriormente, mas faltou um pouco mais de incentivo dos leitores para que o mesmo continuasse escrevendo, uma pena (mas eu ainda espero que ele volte aqui futuramente).
Claro que rolou angustia antes de ir à Brasil game Show, pois há sempre um porém, e meio que começou muito antes do domingo. A Brasil Game Show abriu ao público na sexta, dia 09, porém ela começa no dia 08 para a imprensa, e ei, eu estava com uma credencial para isso! Só que é aquele negócio, eu tenho um emprego a cumprir, não dá para faltar com essa responsabilidade e o site não é (ainda) exatamente uma fonte de renda para sustentar a família, né? Fica a regra para 2016: separar alguns dias de férias para certos eventos ao invés de vender tudo ao patrão, que foi o que aconteceu neste ano. Pra ajudar, no dia 07 rolou a BGS Premiere do Xbox, e a assessoria de imprensa da Microsoft chegou a convidar o Portallos, mas o único porém é que o evento começaria as 18h, horário que eu poderia sair daqui de Jacareí. Conversando com a assessoria ficou claro que não conseguiria chegar a tempo. Se ao menos fosse as 19h… uma quarta-feira gente! Não parece mais lógico começar um evento nesse horário? Se fosse eu conseguiria ter ido! Enfim, passou e já era! É como disse, melhorar o plano de folgas e férias para 2016.
Fiz essa volta porque ela é necessária para um ponto futuro da história, não se preocupe! Então, diante da impossibilidade de estar na Brasil Game Show nos melhores dias para imprensa, resolvi encarar a festa em um dos dois dias de maior loucura, e fui no domingão sem medo da multidão e ciente que estaria abarrotado de gente! Psicologicamente estava preparado! E é um alívio dizer que isso não foi necessariamente um problema. Apenas reforço que para 2016, se o site for novamente credenciado, preciso me preparar melhor.
Um domingo gamer!
Sai aqui de Jacareí, uma pequena cidade sem qualquer relevância, ao lado de São José dos Campos, as 10h da manhã. Lá pela 11h estava chegando no terminal rodoviário em São Paulo. Lanchamos por ali mesmo, eu já virei fã daquele ponto da Baguete’s e seus lanches enormes por 13 reais. Lá na BGS um Hot Dog safado estava em torno de 15 reais, o que tornou meu lanche na rodoviária bem mais gostoso. De barriga cheia, partimos para o ponto de ônibus próximo ao terminal.
Foi bem fácil encontrar, porque o local estava cheio de pessoas que visivelmente estavam indo para o evento. Camisas de games, pais com crianças, a galera de mochila. Todos amontados em uma só rua? Certamente estava no lugar certo! Logo entramos em uma fila, consideravelmente grande, para esperar os ônibus da BGS chegarem. Eu havia me informado antes pela assessoria do evento e fui informado que o transporte começaria uma hora antes da abertura oficial da BGS, ou seja, meio dia! Ficamos esperando ali uns 15 ou 20 minutos no máximo. Foi bem tranquilo!
Meus parabéns aos organizadores da Brasil Game Show, porque não era só um ônibus que estava fazendo o transporte, mas acredito que uns três. Um estacionado colocando o pessoal para dentro, esperando o outro ônibus aparecer para pegar o lugar na rua, aí este saia e o outro começava a encher de gente. E não eram vans ou estes ônibus de cidade onde tudo mundo fica apertado ou em pé! Eram aqueles ônibus confortáveis de viagens. Ninguém em pé! Novamente, fiquei bem admirado por cederem um transporte gratuito e dele ser realmente eficiente e confortável. Admito que estava esperando ir espremido da rodoviária para a BGS, e isso não ocorreu!
Chegando lá, não posso relatar como foi a entrada dos visitantes. Eu olhei um canto lá e parecia abarrotado de pessoas em uma fila entrando aos poucos, afinal ainda não era 13h – hora da abertura oficial – porém ainda assim já haviam visitantes lá dentro do evento. Eu fui no balcão de credenciamento de imprensa e ganhei aquele porta credencial com cordinha. Os primeiros do Portallos, ah que caipira sou! Hahaha! Aí eu e esposa fomos para uma outra entrada e já estávamos dentro da Brasil Game Show! Admirados e com o botão da máquina fotográfica em ponto para registrar tudo! Antes de entrar, fomos muito bem recepcionados pelo Rafael, do time de organizados da BGS, que estava ali recepcionando a imprensa, ainda mais os marinheiros de primeira viagem, como nós! Foi explicado onde estavam as salas de imprensa e o que encontraríamos lá, incluindo qualquer ajuda que precisássemos.
Essa meia ou primeira hora da Brasil Game Show foi crucial, pois foi o momento de menor movimentação e o que foi mais fácil de andar por lá, afinal a galera ainda estava entrando. Aqui cometemos um outro vacilo, pois talvez o ideal teria sido correr para os stands da Warner, Microsoft e Sony e ver se haviam máquinas ainda sem fila para testarmos alguns games, mas ao invés disso, resolvemos ir ver como era uma das salas de imprensa, afinal, marinheiros de primeira viagem e curiosos para conhecer os bastidores da coisa.
Dito isso, é legal entender um pouco como funciona esse mundo da imprensa. Lá na sala havia tomadas, uma galera com computadores, internet disponível, banheiros e até mesmo água fresca. Nada impressionante, mas ainda assim, é sempre legal ver que existe um espaço confortável se jornalistas e a galera de sites quisessem dar uma descansada e ou até mesmo escrever algo. Havia uma paz interior ali, que obviamente lá na feira seria impossível de se ter.
Depois disso, mais uma vez ainda impressionados, acabamos perdendo um tempo precioso na Toy Show, vendo as action figures e produtos incríveis que haviam lá. Ei, esse tipo de loja não tem aqui na minha cidade, e não é sempre que consigo ver tais bonecos e produtos tão de pertinho. Fiquei novamente abobalhado. Mas sem coragem de comprar nada, já que tudo era expressivamente acima do meu orçamento. Mas eu babei naquele Mega Man, foi o único item que olhei esperançoso o preço achando que poderia comprá-lo. Só em sonho mesmo, hahaha.
Só aí foi que me toquei que deveria estar procurando os stands principais de games e ver se haveria algum game que eu deveria testar. Passamos pelo stand do PlayStation antes de ir para o do Xbox. Lá não vi nada que realmente precisasse jogar. Tinha Star Wars Battlefront que já estava competitivo o número de pessoas querendo jogar. Por sorte, eu já havia testado o beta em casa e estava satisfeito com isso. Foi aí que também percebi que haviam muitos games em toda a BGS que já estavam no mercado e ainda assim haviam filas e filas para jogar, tais como Batman Arkham Knight, Mortal Kombat X, Destiny (já com The Taken King) etc. Pra mim soou estranho ficar em filas grandes para jogar estes games, mas depois volto a esse ponto.
Ei, tinha Transformers Devastation no stand da Sony! Me lembro de ter ficado surpreso, pois conversei alguns dias antes com a assessoria que cuida de alguns títulos da Activision aqui no Brasil e eles chegaram a me dizer que não haveria esse game lá. Porém foi justificável eles não saberem disso, me parece que quem trouxe o game foi a Sony em si. Eram apenas dois PlayStation 4 com o game, mas estavam no mar de outros jogos que nem consegui sequer chegar perto para ver a tela do jogo.
Uma das coisas que me chamou a atenção foi um gigantesco mural que havia na área do PlayStation onde as pessoas estavam assinando seus nomes. Fiquei admirando um pouco esse mural, mas acabei não assinando. Afinal, não sou time PlayStation e fiquei me perguntando para onde diabos iria esse mural ou parede – pois era realmente grande – depois da BGS terminar. Assinar ou não assinar, seria apenas mais uma formiguinha no mar de nomes, desenhos e assinaturas que já estavam lá. Ah, como isso me faz sou chato e rabugento, eu sei!
O stand da Microsoft estava ao lado da Sony e foi para que seguimos. Quanto tempo havia se passado desde que entrei no evento? Não tenho a menor ideia, mas foi tempo o suficiente para ter filas para todos os lados. Cuphead com apenas duas máquinas disponíveis, que injusto! Alias já passou da hora do game ser lançado! Aí tinha Final Fantasy XV, que se não houvessem filas eu teria experimentando, afinal não joguei o demo lançado com Final Fantasy Type-0 HD quando o mesmo foi lançado. Batman novamente, um monte de Xbox One rodando Gears of War (pra quê, gente!?), tinha até uma máquina com Assassin’s Creed que me pareceu Black Frag (por favor, que eu esteja errado!).
Foi ali nesse momento que vi uma sessão com quatro consoles e todos com games indies e pelo que entendi, todos produzidos aqui no Brasil. E dos quatro, dois estavam sem ninguém jogando. Corri e testei o jogo do 99 Vidas, que apesar do demo do PC, eu queria ver a jogabilidade no Xbox One. Fui um dos apoiadores do game e o Xbox One será a minha opção de plataforma quando o jogo for lançado em 2016. E gostei, apesar de não ter conseguido finalizar a demo, pois perdi todas as três vidas, hahaha. Depois ao lado tinha Gryphon Knight e que se você ainda não ouviu falar desse game, procure saber. Eu achei demais! Vou procurar saber mais e quem sabe em um momento de folga aqui na lista intermináveis de pauta, comentar sobre o mesmo em uma postagem a parte.
E isso meio que encerrou os jogos que joguei na Brasil Game Show. Pra não dizer que não testei mais nada, eu já havia combinado de jogar Black Ops 3 com a assessoria do game e achei que ia pegar mal furar. Eu nem estava muito afim porque também já havia testado o game quando o beta saiu, então a minha esperança era que talvez me deixassem ver a campanha ou algo assim. No fim, era mesmo o multiplayer. Fiquei meio mal de ter chego lá e furado a fila dos visitantes, mas foi uma partida rápida e não atrapalhei tanto assim. Joguei com uma classe que não havia jogado no beta, mas nada de especial que precise sercomentando aqui.
O que fizemos depois disso? Apenas andamos e fotografamos tudo que estava disponível para ver lá. Fomos na área das lojas de varejo, Saraiva e Americanas – onde haviam promoções e preços de coisas legais como Xbox One por R$ 1.299 ou Metal Gear Solid V por incríveis R$ 129, enquanto outras coisas custavam caro, como o tabuleiro de Xadrez do Mario por R$ 199, ah e também haviam livros gamers e nerds por 19 reais (preço justo). Até pensamos em comprar uma camisa (esta da foto), mas logo vimos que também haviam filas grandes nos caixas e desistimos.
Depois fomos para o fundão do evento, na parte do museu do videogame e também demos uma olhada na área dos indies nacionais, que por sinal estava com bastante gente jogando e conversando por lá – e eu entendo porque muitos criticam o fato da organização jogar os indies lá no fundão, longe das grandes empresas, é meio falta de decoro isso. Fui na área de alimentação principal, olhei alguns preços – já estava ficando com fome de novo, gordo é assim mesmo – e sai correndo de lá. Voltamos para a área principal, dos stands grandes e foi aí que tive certeza que não jogaria mais nada lá na BGS.
Também eventualmente me lembrei que havia um pedaço escondido da BGS em um anexo lateral, onde estava o espaço do campeonato de “sei lá o que” – chuto League of Legends, mas não não 100% certeza – e havia muita gente assistindo (why, people, why?). A arena dos Cosplay – eu vi poucos cosplays no domingo, alguns incríveis na verdade, como o Scorpion do mosaico que abre a postagem – a cabine da IGN, a área do You Tube Gaming, repleta de pessoas (e muitas delas crianças, afinal o You Tube é delas, né?) e também outras empresas como Tp-link e Azubu.
Mas nesse pedacinho escondido da BGS encontrei um pequeno quiosque da Domino’s, e tinha pouca gente, nenhuma fila e foi ali que comi alguma coisa. Eu tenho algo que sempre me faz querer comer em pizzarias que nunca comi e a Domino’s estava nessa lista. Já posso riscar! Duas pizzas de prato – uma pra mim e outra pra esposa, que fique bem claro – e um refri e custou trinta reais. Meio caro para a qualidade da parada, mas tudo bem vai, sabe-se lá quando vou topar com uma Domino’s novamente. Até alguns meses atrás nem Pizza Hut existia em Jacareí! Um horror, eu sei!
Ali pertinho desse anexo ficava a saída da BGS e também a segunda sala de imprensa que o Rafael nos contou quando chegamos ao evento. Seria a sala do descanso, mais ou menos. Entramos lá e estava um pessoal da imprensa com uma cara de desanimo e tédio, hahaha, não ficamos lá dentro nem 5 minutos. Foi o tempo de tomar um copo d’água e voltar pro evento. Até entendo o desânimo, imagino que para muitos aquilo não era o primeiro dia de evento e assim, no pique que fui nesse domingo, com certeza não seria o pique se resolvesse ir novamente na segunda, dia 12. Sim, eu ficaria entediado também.
Nesse ponto havia pouco o que fazer na Brasil Game Show. Percebemos que o Jovem Nerd e o MRG estavam no palco da Warner, em meio a uma grande muvuca de fãs. Mal dava para escutar o que eles estavam falando. Resolvi que veria o resumo no You Tube no Nerdoffice dali algumas semanas. Porém eles me parecem bem simpáticos. O Azaghal inclusive estava próximo da galera autografando e assinando algumas coisas. O que achei muito legal de parte dele.
Uma das últimas coisas que fiz na BGS foi andar pela área da Warner Brasil. Até então tinha olhado apenas por fora do stand. É até por isso que quem viu a extensa galeria de fotos que postei dias atrás aqui no site, deve ter percebido que essa parte está bem perto do final da galeria. Eu não havia percebido que dava para entrar dentro da área do stand da Warner. Havia um corredor minúsculo, enquanto as filas se davam ao redor do stand. Lá tinha coisas legais, Street Fighter V, mais Star Wars Battlefront, Mega Man Colection (a faixa estava lá, mas não consegui ver em qual máquina), Mad Max e por aí vai. Lembrando que a Warner Brasil é a responsável pelos games também da EA e da Capcom no Brasil, então por isso é uma trinca forte de empresas, apesar dela ser uma das distribuidoras mais careiras do nosso mercado (responsável pelo pesadelo dos 300 reais). Novamente, tirando Street Fighter V, tudo que estava ali para ser jogado, não rolava pegar fila sendo que muitos eu poderia jogar em casa ou já havia jogado em betas, como o próximo Need for Speed. Alias o novo Street Fighter V me pareceu com uma cara total de Street Fighter IV, vendo de pertinho. Não sei se isso é algo necessariamente bom.
Ah, ali ao lado do stand da Warner, tinha um outro quiosque de paletas mexicanas. Eu acho isso meio superestimado, mas ei foi a paleta mais gostosa que já comi. Estava realmente boa em comparação com outras paletas safadas que degustei no passado. Foi uma paleta trufada. E parei com o papo de comida agora!
Pra encerrar essa narrativa, pois ainda quero fazer uma reflexão aqui, sei que pulei algumas coisas, como a área de jogos de tabuleiro e tal. Tinha uma loja apenas com cards de tudo quanto é série. E o stand da Galápagos Jogos estava animal. Eu não sou muito fã de games de tabuleiros e só tinha o hábito de ver alguns por vídeos no You Tube e fiquei bem impressionado com a qualidade de alguns deles. Também achei foda o stand do SuperGeeks, que é uma escolinha de programação e robótica para crianças entre 7 a 15 anos! Ah que incrível! Eles estavam lá falando sobre o conceito da escola, tinha crianças mostrando suas criações. Eu fiquei de boca aberta. Como pai do pequeno Thales, se eu morasse em São Paulo, e ele tivesse afim de entrar numa escolinha assim, venderia um rim, mas o colocaria. Que sensacional! Quem for daí e quiser saber mais, vai no site dos caras! E se matricular seu filho lá, diga que conheceu pelo Portallos porque estivemos na BGS e ficamos encantados com eles.
Enfim, depois de tudo isso, rodamos mais um pouco pelos mesmo lugares e fomos embora, de volta a Jacareí e ao filhão que ficou com os avós enquanto curtíamos esse domingão gamer. O Exor, um amigo de longa data – e apoiador do site – que mora em Brasília, estava lá na BGS e não me encontrou! Que vacilo! Mandei mensagem pra ele, o celular dele morreu e quando ele me ligou, eu já estava no terminal rodoviário! Porra Exor! Hahaha. Fica pra próxima, mas vê se vai de celular carregado!
É divertido ficar em filas enormes?
Aqui eu quero reservar um espaço para uma reflexão. Não é necessariamente uma crítica negativa ao evento, mas mais uma condição social. Só pode ser isso!
Veja bem, eu fui, eu me diverti e eu gostei da Brasil Game Show. Porém foi a minha primeira vez. Soma-se ao fato de que moro em um fim de mundo, numa cidade esquecida de tudo e que não tem nada disso por aqui a ponto do cérebro não conseguir nem sequer encaixar algo assim em um sonho enquanto estou dormindo.
Só que tem um pormenor. Eu fui cobrir o evento, ganhei a credencial pelo site. Fotografei tudo, relatei toda uma experiência para os leitores daqui. Fui na BGS com uma pegada totalmente diferente de um visitante comum. Se eu estivesse no papel do visitante, nesse domingo em específico, não sei exatamente se teria saído dessa BGS satisfeito por completo. Ainda teria achado legal, claro, mas que rolaria uma rusguinha de “porra, tem que melhorar isso” com certeza estaria nessa vibe.
Tudo bem ter fila? Não, não está tudo bem. Filas são algo inevitável entretanto, mas tem que ter soluções viáveis e alternativas para um problema como esse em um evento de tamanho porte. Eu achei problemático ter filas pra tudo – entrar, jogar, comer, comprar e andar! Não eram filas apenas para jogar novos games, de games ainda não lançados, mas jogos que já estão no mercado há meses, com filas de uma ou duas horas! Caramba!
Só posso imaginar que grande parte do público que frequenta o evento justamente não tem um console atual. Haviam muitas crianças, com seus pais. Os organizados deveriam pesquisar sobre isso. Talvez no ingresso ter isso para a pessoa preencher e ganhar um desconto na entrada. Porque eu realmente fiquei impressionado com estes fatores. Eu não imaginei filas para jogar Batman Arkham Knight ou Mortal Kombat X. Eu não tenho estes games, mas não ficaria em uma fila por mais de 20 minutos para testá-los por 10 minutos.
Não só isso. Halo 5 e Rise of the Tomb Raider estavam na BGS, com filas com mais de 3 horas de espera! Porra, como assim? E sabe o que é pior? Estes games estão para ser lançados daqui algumas semanas e as máquinas com os games estavam em salas fechadas na qual ninguém poderia assistir! Pra quê?! Porque não deixar a galera ver! Se alguém não quero ficar 3 horas na fila, que ao menos permita a pessoa assistir um pouco do gameplay. Eu achei muito escroto essa parte do evento.
E não era só com a Microsoft não. Mirror’s Edge Cataclysm também estava lá no stand da Warner com uma fila de 1 hora e também de portas fechadas. Se é a demonstração que a gente já assistiu no You Tube, lá da Gamescom, da E3, porque diabos manter em portas fechadas? Não! Pow, deixa a galera ver. Eu acho isso muito sem noção.
Esquecendo um pouco esse fator dos games em salas fechadas e voltando as filas, eu realmente não tenho solução para o problema delas. Mais máquinas? Um maior espaço? Ano que vem a Brasil Game Show vai mudar de local e irá para um lugar ainda maior. Ótimo, mas não muda muito se ainda mais pessoas forem nos dias do evento. Vai encher, vai ter filas quilométricas. Poderia ter um sistema diferenciado, como senhas com horas marcadas. E não estou falando como imprensa – pois a imprensa tem seu dia – mas como visitante comum mesmo.
Me dá uma senha de que horas posso voltar pra jogar jogo X e me deixa passear pelo evento. Me deixa ir ver as lojinhas, os palcos com atrações. Não me bota 3 horas numa fila para ficar em uma demonstração por 10 minutos. Se quiser deixar uma fila menor para desistentes das senhas, deixa, mas dá a opção de senha e hora ao restante. Não é mais legal isso? Eu sei que tem parque de diversões lá fora que funcionam assim. E hoje em dia é uma tendência essa coisa de marcar lugar e hora. Lembra que você tinha que chegar cedo no cinema para não sentar colado na primeira fileira de cadeiras da sessão e hoje você pode até chegar atrasado se comprar seu ingresso antecipadamente, que o seu lugar está ali te esperando. Então, fila é algo que precisa ser trabalhado para diminuir!
Repito. Fui na BGS para conhecer o evento. Não fui necessariamente para jogar de tudo. Fui com a esperança de jogaria uma ou outra coisa grande – Halo 5 tava na lista – e nem isso deu muito certo, mas não faz mal. Eu me diverti andando, fotografando e relatando tudo que vi para os leitores do site. Até fiquei um pouco no Twitter mandando fotos de lá de dentro. Mas se eu tivesse ficado 2 horas em uma fila, lá dentro, teria saído bem insatisfeito do evento, por mais incrível que o jogo pudesse ter sido.
Ah, não sei. Talvez eu esteja velho e não tenha mais saco para filas. Certamente a BGS tem um público alvo muito mais jovem e não sou da turma que fica em uma fila por 3 horas só para testar um jogo e tudo bem. Ainda mais em tempos de You Tube onde eu posso assistir o gameplay (as vezes até um game inteiro). Ver e experimentar não são a mesma coisa, eu sei, mas 10 minutos no You Tube ou 1 hora em uma fila? 10 minutos pra mim.
Enfim, eu acho que é apenas isso que me incomodou um pouco ao estar lá na BGS domingo. Não conseguir entender esse fenômeno das filas. Tinha atrações nos palcos de alguns stands, tinha comida, tinha exposições, tinha lojas com produtos baratos, porém havia muito mais pessoas em filas, paradas sem fazer nada, do que aproveitando o evento (fica na fila é aproveitar?).
Eu não sei se isso é um problema que existe todo ano na BGS, acho que sim. Espero que a organização todo ano pense em alternativas para melhorar essa experiência ao visitante. Por que não ser um evento de uma semana inteira? Ou dois finais de semana? Diluir um pouco o público em mais dias poderia ser uma boa. A ideia da senha é essencial a meu ver. Ela funciona em determinadas situações, basta impor regras e bom senso (como não distribuir todas as senhas de um dia todo na primeira hora do evento). Precisa ter mais máquinas (e espaço havia de sobra para mais máquinas ali na Expo Norte Center) e criar uma forma que mesmo que haja uma fila, dar alguma atração pra essa galera, pois muitos nem conseguiam assistir aos games ali demonstrados – já que as filas eram por fora dos stands e os telões não exibiam coisas lá tão interessantes assim.
Claro que estes são problemas comuns e até inevitáveis de eventos com esse porte. Eu entendo isso. Mas não significa que não possa me incomodar. Incomoda oras!
Dito tudo isso, você me pergunta se eu recomendo ir na Brasil Game Show? Se vale a pena mesmo com estes problemas? Sim, vale! Ao menos um dia do evento, e sim, vá todo ano. Se puder ir em um dia menos cheio, vá nele. Mas se não puder, vai no dia mais cheio assim mesmo. Mas não perca tempo em filas para jogar. Vai passear. Vai olhar. Vai para se divertir. Não para se frustrar. Acho que essa é a melhor solução.
OBS: sim, a Nintendo fez falta! É lamentável a situação da empresa aqui no Brasil e na falta de participação da mesma, não só aqui, mas em vários eventos de games pelo mundo todo.
OBS 2: meus agradecimentos aos organizadores da Brasil Game Show por concederem as credenciais para que pudesse ir ao evento. Sem isso, com certeza não teria conseguido sair aqui desse fim de mundo e ter ido conhecer a BGS pela primeira vez! Espero voltar em 2016 para conhecer a nova BGS na São Paulo Expo!
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