Rise of the Tomb Raider | As primeiras horas de uma nova jornada!
Ontem (dia 10) foi o lançamento oficial de Rise of the Tomb Raider e foi o pontapé para uma nova aventura de Lara Croft, desta vez mais madura e experiente em relação a sua jornada do Tomb Raider de 2013. Me pergunto se nesse ponto há muitos que já encerraram a aventura. Sinceramente torço para que não, mas sei que sempre há aqueles que possuem disposição de começar um grande blockbuster e só saem do sofá quando o mesmo termina. Eu nunca consegui tal proeza.
Claro que a imprensa em geral recebeu Rise of the Tomb Raider com bastante antecedência, incluindo o Portallos. Desde segunda, dia 09, os grandes sites nacionais e internacionais estão liberando seus reviews a respeito do game. Aqui vou levar um pouco mais de tempo, o que é bom, pois tal como Halo 5 Guardians, posso testar e ver o feedback geral pós-lançamento do título para poder colocar em discussão quando for concluir minhas impressões finais do game. Até porque competir com os grandes portais e seus grandes reviews não é algo muito saudável. Claro que isso não me impede de escrever os diários, primeira hora e impressões de rotina de jogatina e que me divirto fazendo, enquanto o review final não é lançado! E é isso que farei aqui hoje!
E veja só, eu queria ter feito este texto antes do lançamento do game, enquanto precisava chegar ao Hub Space da Base Soviética, porém não podia publicá-lo devido as regras do embargo pré-lançamento. Agora, com o jogo nas lojas e disponíveis a todos, estou livre para poder falar um pouco mais da bela experiência inicial que é Rise of the Tomb Raider proporciona! Mas não se preocupe, o texto é sem spoilers da história em si para não estragar a sua experiência quando o for iniciá-lo, ok?
Posso apenas comentar uma coisa sobre spoilers e a história do game? Se você andou vendo o clipe musical oficial (abaixo) e o trailer de lançamento do game (lá no final do post), você já trombou com alguns spoilers das belíssimas cinematics iniciais do game. Talvez elas não façam sentido agora, mas farão quando você for jogar.
Uma nova jornada, porém mais uma Croft mais experiente!
Uma das minhas primeiras impressões ao começar Rise of the Tomb Raider foi de pensar se eu estava jogando um videogame ou vendo um filme interativo. A apresentação inicial do game é impressionantemente imersiva. Você já a viu em trechos da E3 este ano e em outros momentos do marketing durante o trabalho de divulgação, porém jogar e assistir as cinematics e ver tudo se encaixando na ordem correta é outra coisa. Essa parte da montanha, no meio da neve e a forma como ela termina é de deixar o coração palpitando, de realmente ficar ofegante.
Eu gostei muito de ver como a Lara Croft cresceu e amadureceu em relação ao game anterior, sem perder a imprudência de uma jovem adulta. Ela continua aventureira, curiosa e agora um tanto quanto paranoica, de uma forma saudável para o game.
Aquela Lara Croft que foi tão judiada e machucada no reboot de 2013 ainda continua caindo, tropeçando e quase morrendo em diversas situações do novo game, mas é bem menos… hum… “dolorido” quanto no primeiro game. Lá ela se machucava porque era uma náufraga em uma ilha bizarra, prisioneira de nativos malucos. Aqui ela se machuca porque está bisbilhotando onde não deve, em tumbas com armadilhas, e se a situação aperta, Lara bate de frente com mercenários armados até os dentes, e com uma coragem que ainda estava amadurecendo no game anterior. E admito, essa nova Lara é engenhosa diante da diversidade. Há um momento no começo do game, onde ela está diante de uma situação, cercada, e o que ela faz para resolver a situação é genial, estupidamente arriscado, mas genial!
Adorei como a história continua a partir de um ponto futuro do game anterior. Com o retorno de um dos personagens do primeiro game e como a família de Lara está nitidamente em destaque na sequencia. Há uma justificava plausível e coerente para a nova aventura e um processo de expansão de pontos de seu universo para criar outros pontos para futuros games. Você acaba querendo ver mais do universo desta nova Lara Croft.
Uma nova história com uma jogabilidade já conhecida!
Em questão de jogabilidade, ao menos inicialmente, Rise of the Tomb Raider se parece muito com o game de 2013. Não há grandes surpresas, apesar de existir um claro aprimoramento em tudo. Me agrada muito que este novo game seja mais sobre exploração, tumbas (há bem mais que o primeiro game) e de uma arqueóloga sorrateira, que não precisa chegar com uma metralhadora nas mãos para acabar com acampamentos inteiros de mercenários para continuar sobrevivendo.
Não me entenda errado, o combate e os confrontos contra bandidos ainda existem aqui, mas o jogo tem compele a ser mais sutil, a ser mais ninja, esgueirando por moitas, atraindo e distraindo soldados e mercenários para longe e abatendo inimigos de forma que ninguém mais o veja. Claro que se você erra e é descoberto resta apenas duas opções, bater de frente, sair atirando e correndo ou dar reload no checkpoint e começar novamente pelas moitas. Admito que eu estou jogando apenas com a segunda opção em mente.
A ideia dos acampamentos e dos equipamentos continuam neste novo game. Alguns recursos foram aperfeiçoados, como a fabricação de flechas, que agora você mesmo pode fazer durante o gameplay (não me recordo disso ser possível no game anterior, tanto é que haviam flechas para todo o lado no primeiro game, até quando não fazia sentido que houvessem flechas ali para serem coletadas). Também me agrada a ideia de curar minha saúde utilizando ervas medicinais quando tomo dano em combate ou de animais selvagens, ao invés de simplesmente ficar fugindo até me curar automaticamente, outro recurso que se existia no game anterior, minha memória está me trollando.
Falando em feras salvagens… o urso! Ah essa parte do urso é genial! Ainda não sei se o game terá outros momentos como esse, mas que incrível! Faz jus as peças publicitárias e artworks da Lara encarando um urso enorme. É uma pequena boss battle genial e em um momento na qual você meio que não espera que isso aconteça!
Exploração é outro ponto que vem do game anterior. Você continua colhendo itens perdidos por todo o canto. Artefatos, documentos, itens de fabricação etc. Animais continuam dando itens também. E o jogo possui um novo sistema de línguas que precisam que você evolua lendo inscrições espalhadas pelo jogo para que Lara possa ler inscrições ainda mais complexas! Fora o recurso do game anterior na qual a personagem em si também vai ganhando XP e com isso novas habilidades são destravadas quando atingir um acampamento. Posso dar uma dica aqui? Dê prioridade as habilidades de sobrevivente e caçadora que dão XP extras, assim você pode destravar mais habilidades em menos tempo de jogo.
Um novo Tomb Raider visualmente estupendo!
E a nova geração fez bem, mas muito bem ao visual gráfico de Rise of the Tomb Raider. E olha que o game de 2013 já era estupidamente bonito. A Crystal Dynamics fez um trabalho realmente incrível no visual desse novo game. Cenários, ambientes, movimentação, detalhes de sujeira, sangue, poeira etc. Além de efeitos de luz e sombras que não eram possíveis na geração passada tornam esse novo Tomb Raider visualmente muito superior ao primeiro game. Não é por nada que já tem vídeos e comparações para todo lado mostrando o quão distante ficou a versão de Xbox 360 em relação ao visual do mesmo game no Xbox One.
Tal como Destiny já me causou essa sensação, há momentos em Rise of the Tomb Raider na qual eu simplesmente parei e fiquei admirando a riqueza do cenário, em especial os cenários gelados, com neve e tal. No ponto em que estou, posso utilizar duas roupas para a Lara e chega a ser impressionante como o ambiente muda a aparência do traje.
Lá no começo do post há uma imagem da Lara utilizando uma jaqueta escura. Na neve ela fica quase que totalmente branca, dando um efeito realmente impressionante. O mesmo ocorre com o traje vermelho (também mostrado em uma das capturas de tela acima), porém as mudanças do ambientes é muito mais visível na jaqueta preta. Use-a por alguns cenários e perceba essas mudanças.
Também me agrada muito os efeitos da Lara na água. O cabelo dela sempre precisa ser amarrado novamente após ela sair da água. São pequenos detalhes como esses que fazem um baita diferença na capacidade de criar uma realidade dentro do game, de sentir a imersão de seu universo.
Enfim, como disse lá no começo, ainda estou em um estágio inicial do game, mal sai da Base Soviética. Ontem explorei a Tumba Cisterna, que é de onde as telas dessa postagem foram capturadas. Durante essa semana e no próximo final de semana pretendo continuar minha jornada por Rise of the Tomb Raider e aí volto para falar mais em breve, quem sabe já com o review na ponta da língua. Sei que ainda nem sequer experimentei o modo expedição, na qual talvez faço um post a parte antes do review. Não sei. Verei quando for o momento de voltar a escrever sobre o game aqui.
Um último detalhe que reforço novamente é de que o game está completamente dublado e muito bem dublado! Inicialmente até estranhei a nova voz da Lara Croft no Brasil, até porque curto a atriz que faz a voz no original em inglês, entretanto é uma sensação muito passageira. Antes do fim da primeira meia hora do jogo você já está amando a voz nacional da Lara! Entretanto, é sempre bom reforçar que o jogo permite que você altere o idioma para inglês e deixe a legenda em português nas opções do menu, permitindo assim que você jogue ele também no idioma original!
Sem dúvida nenhum Rise of the Tomb Raider já me aparenta ser uma sequência digna do excelente Tomb Raider de 2013. Quem curtiu o game anterior, sem dúvida nenhuma vai apreciar ainda mais esta sequência. Dá para adquirir sem medo!
Pequeno comentário extra – As tumbas opcionais agora dão habilidades secretas à Lara Croft, o que faz o jogador querer explorar todas! Apesar de que eu não sei porque alguém as ignoraria já que são uma das coisas mais legais do game. Uma das primeiras que é um barco viking preso em uma grande muralha de gelo é dar um frio na barriga!
E pensar que comprei o Xone por causa desse jogo. Melhor escolha que fiz em um bom tempo. Não me arrependo um segundo. Quando fui jogar ontem é que puder ver o salto gráfico. A expressão facial da Lara e dos personagens me assustou. A dublagem com uma voz já conhecida e profissional fez a diferença.