Texto com spoilers do mangá até o capítulo 665!
Perdeu o CDM anterior? Aqui: Bleach 661!
Eu sigo minha jornada de hypes e decepções com Bleach. Me sinto um leitor bipolar, já que tem semana que leio o mangá com empolgação e fico pensando “uau, isso foi legal” ou “sim, finalmente vai acontecer algo que sempre se esperou que fosse mostrado” e aí quando o Tite Kubo faz seu movimento e executa aquilo que ele criou expectativa paro e penso “é, não foi nada do que achei que seria“.
Claro que para aqueles que abandonaram Bleach e seguem apenas de longe o que rola vez ou outro no mangá isso faz soar como uma tortura. O que tem de leitor que já me veio falar para largar mão e parar de ler Bleach… mas não, eu não quero realmente parar de ler o mangá! Eu gosto de acompanhar, ainda que nem sempre goste das soluções apresentar pelo autor nestes momentos finais do mangá.
E nestes últimos capítulos o autor veio forte com bizarrices. A começar pela nova forma da Yoruichi, que até me divertiu e achei engraçado em certas situações dos capítulos anteriores, ainda que tenha achado o Kubo meio apelativo em certos quadros quanto ás nádegas da personagem. Achei meio desnecessário, mas no mundo dos mangás estas coisas acontecem sem que a gente espere. Foi um ataque de oportunidade e o autor aproveitou. Tudo bem, faz sentido.
Só acho complicado o fato de haver toda essa explosão de poderes e habilidades para um oponente tão desinteressante. Esse tal Askin Nakk Le Varr (eita nome difícil) não é assim um personagem tão expressivo quanto ele tenta ser. É um oponente que não faz muito coisa. Apenas resiste a todo tipo de ataques, o que faz com que a sua batalha seja meio… entediante.
Tudo bem que na semana do capítulo 664 o clímax da batalha estava alto, com Urahara tomando uma surra e ficando cego. Isso foi surpreendente, mas como o Kubo tem medo de reviravoltas definitivas, aqui no capítulo 665 ele já conserta o estrago e puff, a bankai do Urahara era exatamente o que precisava para remediar toda a tensão do capítulo 664. Que balde de água fria.
É chato quando as bankais trabalham de uma forma conivente demais com a situação da batalha. Elas perdem aquele fator da imprevisibilidade e aleatoriedade. E fica parecendo que o autor só a criou por conveniência da situação ali gerada, como se não fosse algo planejada previamente.
E olha que imagino que a bankai do Urahara era uma das bankais que nunca foram mostradas na qual os fãs da série mais aguardavam ver. E agora que foi, preferia que não tivesse mostrado.
Tudo bem que ela é gigante e imponente. Achei que chegaria tocando o terror, mas parece que sua principal atribuição é de cura. O que me faz lembrar de uma vez que o Urahara disse que sua bankai não era muito boa para lutas. Não sei se foi em algum filler no animê ou no mangá ou se é apenas fruto da minha imaginação. Fez sentido de toda forma. Mas eu esperava algo mais. Simples assim.
E há o final do capítulo, com o Grimmjow arrancando o coração do quincy de nome xarope. Acabou a luta? Foi só isso mesmo? Se acabou fico decepcionado porque não vi realmente o Urahara luta como achei que poderia ter lutado, e justamente quando ele estava esquentando após liberar a sua bankai e ter recuperado seus olhos. Se não acabou, espero uma boa explicação para o cara continuar vivo sem seu coração.
De qualquer forma, me parece que foi um momento arruinado. Usar a Yoruichi e o Urahara para um oponente tão sem graça me pareceu uma tremenda sacanagem com os fãs do mangá. Senti como se o meu coração, já tão maltratado pelos problemas de Bleach, também tivesse sido arrancando no final desse capítulo. Ok, isso soou exagerado, mas você deve ter entendido o sentimento. Ou espero que sim.