Evento SP | Uma visita ao Festival Guia dos Quadrinhos de 2016!
Muito bem! Cá estou para comentar sobre mais uma de minhas andanças por eventos em São Paulo. Esta aqui rolou nos dias 9 e 10, agora do mês de abril. Trata-se do Festival Guia dos Quadrinhos 2016, que aconteceu lá na Avenida Paulista, no Clube Homs!
O que é o Festival Guia dos Quadrinhos?
Sendo rápido, o evento surgiu em 2009, e inicialmente era mais conhecido como “Mercado de Pulgas” – daí a mascote oficial do evento – que reunia colecionadores para trocar e vender seus quadrinhos. Os anos passaram e o evento cresceu, agregou parcerias com sebos e lojas especializadas em quadrinhos, editoras e artistas de quadrinhos nacionais e hoje tem um porte e amadurecimento bem maior do que quando começou.
A iniciativa vem em grande parte de seus dois organizadores, o Edson Diogo, responsável pelo site Guia dos Quadrinhos, e Maurício Muniz, jornalista, editor, entre outros méritos, todos relacionados a trabalhos na área da Cultura Nerd. O site para saber mais sobre o evento (e ficar de olho no próximo, em 2017) é este aqui!
Vale também dizer que o festival de 2016 contou com 70 expositores e 28 mesas de artistas, o dobro dos números do FGdQ de 2015, segundo dados oficiais da assessoria do evento. E é interessante ver estes dados porque mostra que a tendência é que a cada ano o evento fique ainda maior, tanto de espaço, quanto atrações e também de público. Fora que o evento também contou com a presença de convidados especiais, como Ivan Reis (Liga da Justiça, Aquaman); Julia Bax (Daikiri, X-Men: Primeira Turma), Felipe Massafera (Lanterna Verde, Superman) e Danilo Beyruth (Astronauta: Magnetar, Gwenpool), além da galera de editores de algumas editoras nacionais que deram palestras e participaram de debates nos dois dias de evento. A programação também estava no site oficial, para quem ficou curioso quanto a parte das atrações.
Agora sim, meu relato!
Foi a primeira vez que tive a oportunidade de ir ao FGdQ, e à primeira vista o evento parecia um tanto quanto pequeno em comparação com os demais cujos quais costumo ir com mais frequência, porém se você pensar em um evento com a intenção realmente voltada à literatura quadrinista, então aquele era um pratão cheio. Sério mesmo!
Conforme o próprio nome do evento sugere, a atração principal eram comics, HQs e uma pitadinha de mangás. E não estou falando só de quadrinhos atuais e famosos, mas também daqueles que não se costumam achar em lugar algum, como por exemplo, edições #1, ou séries que não foram muito divulgados ou sequer vieram para cá na época em que foram lançadas. Realmente eu não esperava encontrar uma edição de algo como a Patrulha do Destino (que para os desinformados, se trata nada mais nada menos que as histórias da antiga equipe do Mutano, antes que este se juntasse aos Jovens Titãs), quanto mais encontrar a série completa! E se para você isso não é o suficiente, pense então em algo um tanto mais improvável como o Masters of the Universe. Yes sir, estou falando das HQs do He-man! Tinha muita HQ incrível lá. O paraíso dos colecionadores e a tristeza dos sem dinheiro.
Mas agora você me pergunta, “okey, mas… só tinha isso lá?” e a resposta é “Nop“. Além dos nossos amados quadrinhos dos heróis Marvel, DC, aventuras da Disney, Cavaleiros do Zodíaco e uma infinidade de outros personagens que aposto que você nem sabe que existem, também havia uma forte presença de livros de RPG, ilustrações, fanzines indie, livros da grande literatura brasileira como Os Lusíadas (em versão comics!!) e também gashapons, action figures, pôsteres, camisetas, miniaturas e vários artigos colecionáveis como miniaturas do Snoopy, que alias este que vos escreve, adquiriu logo no momento em que bateu o olho, pois são itens um tanto quanto difíceis de achar.
Das atividades que ocorreram ao longo do dia em que pude ir, o sábado, também pude presenciar um concurso cosplay, leilões de artes ilustrativas, e até mesmo um quizz com premiações variadas. E sim! Eu participei do quizz e…. fracassei miseravelmente! Porque toda hora aquela roleta de perguntas só caia nas mais absurdamente difíceis pra mim, que sou um mero mortal e não um perito nas artes cinematográficas ou conhecimentos místicos por detrás das grandes editoras mundiais. Porém que fique registrado que tentei! (Isso deve valer alguma coisa, né?!… O quê? Não?)
De modo geral, gostei do evento, apesar de novamente frisar, não ser muito do meu feitio! Com o valor do ingresso até que relativamente baixo (30 reais à entrada no dia), realmente compensava para quem quisesse uma oportunidade de completar uma coleção específico, socializar com colecionadores e amantes desse arte nem sempre bem vista pelos olhos mundanos da sociedade (geralmente pessoas velhas e sem alegria em suas almas) ou até mesmo para sair da rotina, comprar uns quadrinhos antigos, tentar umas pechinchas ou aproveitar um evento bacana em uma São Paulo onde cada final de semana tem alguma coisa legal acontecendo em algum canto dessa imensa cidade.
Ano que vem pretendo voltar, desta vez espero que na companhia do Thiago, que não pode ir esse ano porque estava com a carteira cheia de traças morrendo de fome, e em um evento como esse ele provavelmente entraria em colapso ao ir e não levar uma quantidade mínima para sair ao menos com uma sacola cheia de quadrinhos.
Fiquei com uma dúvida: Como estava o espaço para os autores brasileiros? Achei interessante alguns quadrinhos daquela vez que o Thiago foi na CCXP.
Opa, olá meu amigo!
Então, o evento embora em sua grande maioria estivesse voltado aos colecionadores primordiais dos quadrinhos, também possuia um bom espaço voltado unica e exclusivamente para obras brasileiras, dentre os estandes focados nisso, podiamos encontrar titulos de jovens (eee nem tão jovens assim) que estão na luta para inserir sua arte e idéias no mercado, com vendas de quadrinhos 100% originais, fanzines e inclusive encontrai muitas e muitas adaptações das obras tais como “Os Lusiadas” entre outras da nossa literatura, reformulada e remasterizada em formato comic! A presença de outros titulos mais conhecidos como por exemplo a turma da monica, também estava marcante por lá 😉