Dark Souls III | Milagre na Grande Muralha de Lothric! (Relato da Área)
Depois de morrer, e muito, na área de tutorial de Dark Souls III, e aprender o básico do game, conforme relato que pode ser encontrado nessa matéria, estou de volta para falar mais dessa incrível franquia que agora eu me arrependo completamente de não ter jogado os dois games anteriores.
A Grande Muralha de Lothric é a primeira grande área de Dark Souls III. É aqui que o game começa de verdade, onde o jogo vai lhe jogar em um ambiente na qual ele não lhe diz para onde ir, o que fazer ou como fazer. Quando o vento bate no topo do castelo, é possível ouvi-lo cantar “descubra morrendo maldito”… ou é o que a minha mente ouve.
Só que agora estou vacinado! Dark Souls III eu já saquei qual é a sua malandragem! Não mais irei travar em algum trecho do game, ou ao menos é o que espero. Posso morrer, posso suar em algum momento, mas eventualmente nada me impedirá de avançar!
Livre para explorar (e farmar)
Diferente de outros games atuais, Dark Souls III não lhe indica o caminho, nem tem radar, mapa ou visão especial para ver além do alcance normal. O binóculo encontrado em uma das torres iniciais da área pouco lhe ajuda na questão de saber para onde ir. O negócio é ir até onde der e se a coisa se complicar demais, volte e salve suas almas.
A primeira área pode ter diversos caminhos, mas todos levam a algum lugar, ainda que muitos sejam becos sem saída, contendo apenas alguns itens bacanas para serem adquiridos. Nessa área você descobre novas armas como espadas e machados, o arco e a besta para atirar projéteis, novos equipamentos para armadura e outros itens interessantes, como o mencionado binóculo.
Só que agora há uma facilidade que não existe no tutorial: é permitido ao jogador se fortalecer (farmar) até o ponto em que você sinta segurança para ir e vir para todos os cantos da área. Eu precisei fazer isso inicialmente, já vou admitir logo.
Uma dica? Não passe por uma área desviando e fugindo dos inimigos. Enfrente-os, ganhe almas e vá adiante. Enquanto a Fogueira não for ativada, eles não darão respawn. Assim, se o jogador chegar em uma área complicada, é fácil voltar até a fogueira anterior, mesmo que seu personagem tenha apenas um teco de nada de energia. E se você morrer indo em frente, sabe que até aquele ponto consegue chegar para pegar novamente as almas que derrubou. Quando se conta com a sorte para fugir e ir correndo para uma área avançada, a chance de morrer nela e não conseguir voltar para esse ponto por uma segunda vez nela são bem maiores. E aí adeus almas perdidas, e adeus chance de subir de nível com elas.
Salvo erro de memória, comecei a Muralha de Lothric com minha personagem da classe assassina no nível 10 e terminei essa área com o nível 20. Subi 10 níveis somente nessa primeira área. Indo e vindo, enfrentando tudo, não perdendo almas e explorando todos os cantos da área.
Tempo que isso me custou? Levando em conta que o tutorial me custou quase 2 horas de gameplay, a Grande Muralha de Lothric me tomou 7 horas de exploração. Isso é bom ou ruim? Não sei. Depende de cada um. Para uns talvez isso soe como “credo, você é ruim, eu passo essa área em 1 hora“, porém para mim foi legal. Não travei, não fiquei sete horas fazendo a mesma coisa. Foram sete horas aprendendo e explorando, me divertindo com o game. E sinto que fui melhor e mais inteligente do que o sofrimento que vivenciei no tutorial do game. Fora que dentro destas sete horas passei um tempo no Santuário de Fogo, pensando nos atributos em cada novo nível e melhorando minha espada de estocada.
A minha fé em milagres!
Uma das coisas que estavam me tomando tempo no game era justamente a questão da barra de energia (PV). Três fracos de Ester não dava para muita segurança e o medo de ficar morrendo, me obrigando a voltar a todo momento chegou a me incomodar um pouco. Foi aí que parei e comecei a prestar atenção em outra coisa: o milagre de recuperar energia!
— Antes disso, uma dica, há um fragmento de Ester nessa área do game que aumenta para 4 goles do frasco. Ele se encontra escondido, na mesma área em que está a chave da cela do prisioneiro que está na parte inferior da torre da segunda fogueira dessa área. Para chegar nesse fragmento, basta entrar na sala antes da área onde há o cavaleiro gordão com um machado enorme. A sala com um cavaleiro de lança (não tem como errar). Vença o cavaleiro de lança, siga adiante e desça as escadas. Vença os inimigos da área, pegue o fragmento e a chave. Leve o fragmento ao ferreiro e ele aumentará seu frasco para 4 goles de Ester.
Voltando, então… Milagres! Se tivesse escolhido um Clérigo como classe inicial do meu personagem isso teria sido mais fácil, mas como não comecei, meio que tudo veio na sorte. Alias, que bom que também não comecei como um Cavaleiro. Todo mundo diz “comece com um personagem na classe mais padrão, a de cavaleiro“. Não! Isso é meio chato! Fiz bem ter escolhido uma outra classe.
Enfim, com disse, dei sorte, pois na área do tutorial encontrei um Sino que me permite conjurar milagres. Este aqui. Não foi um baú ou algum lugar escondido. Aparentemente ele cai de um inimigo dessa área. E depois, no Santuário de Fogo a velha que lhe vende e compra itens tem um pergaminho que permite usar uma magia de Recuperar Energia (levemente) custando a merreca de 500 almas. Este aqui. Comprei.
Aí vem o problema. Descubro que não tinha os atributos necessários para conjurar milagres. Eu precisava de 14 pontos no atributo Fé nos status da minha personagem. E só tinha 9! Imagine então que precisei gastar 5 níveis para acertar isso. Levou um tempo até conseguir conjurar milagres nessa área. Fui conseguir quase na porta do chefe dessa área, na parte dos soldados após passar pelo soldado gordão de machado gigante.
Valeu a pena o esforço? Digo que sim. Eu fico bem mais confiante sem depender dos frascos de Ester, sabendo que posso conjurar esse milagre de energia por umas seis ou sete vezes antes de esvaziar minha barra de magia. Como não pertenço a classe de magos, não tenho feitiços, exceto um de silenciar minhas botas, o que não utilizo muito. Na minha aventura, recuperar energia dessa forma se tornou bem mais interessante.
Caveiras, cães e cavaleiros!
Nessa área de Lothric há diversos tipos de inimigos. Alguns me deram um baita trabalho. As caveiras e suas diversas variações até são fáceis de se lidar com o tempo. Basta ter paciência, e habilidade para desviar de seus ataques. Seus padrões são fáceis de reconhecer. Só precisa tomar cuidado com algumas, como as que possuem armas de longo alcance, como as de machados enormes. Uma coisa que vou treinar mais agora na segunda área do game são os ataques furtivo pelas costas, volto a falar disso no futuro.
Cães também podem ser complicados de se lidar se forem mais de um. Bem no começo dessa área tem uma descida à direita que há dois deles. Se visto por ambos é complicado. Porém um de cada vez é bem tranquilo, pois eles morrem com um ou dois golpes, ao menos segundo os atributos da minha personagem, que usa uma espada de estoque, como esgrima.
— Falando em armas, também descobri que não sou muito bom com espadas comuns. O alcance de uma espada normal é ruim pra mim e o movimento da minha personagem me pareceu aberto demais, cheio de problemas na defesa. Fora que o tempo entre atacar e voltar para postura de defesa são maiores com espadas normais. O bom da espada de estocagem é que o personagem mantém uma boa postura e a minha espada, por exemplo, permite quebrar defesas de escudos, pegando inimigos de surpresa. Parece que me dei bem com esse tipo de arma. Não devo trocar esse estilo de batalha tão cedo.
O que me surpreendeu nessa área e me deu trabalho foram os Cavaleiros, soldados maiores do que os esqueletos, que vestem armaduras, armas grandes e bons escudos. Estes inimigos podem matar o jogador com um lance de ataques bem sucedido. É um terror. O primeiro que encontrei deve ter me custado uns 20 minutos para aprender como derrotá-lo. E quando o fiz fiquei com a sensação de que dei sorte. Como havia a segunda fogueira após o encontro com ele, demorei bastante para voltar a treinar contra estes inimigos. Vi alguns vídeos de walktrough no You Tube de jogadores que derrotam estes cavaleiros com dois ou três golpes, atacando e pegando eles pelas costas, mesmo com o combate iniciado. Parabéns para quem consegue isso. Eu não consegui fazer isso uma única vez. Só os venço pulando como um sapo e usando a estocagem com uma distância quase segura. Preciso de três ou quatro lances de ataque para vencê-los. E um de cada vez. Dois deles é impossível pra mim.
E aí você pensa no soldado gordão do machado, na área com a fonte no meio da área e muitas armaduras vazias, correto? Próximo ao final do chefe da área. Bem, eu juro que tentei algumas vezes, mas não me estressei demais tentando derrotá-lo no combate mano a mano. Percebi que poderia passar essa área tranquilamente sem partir para matá-lo. Mas eu o derrotei! Subi em cima de um dos telhados da área e acabei com ele jogando bombas e facas (já que tinha uma quantidade enorme de facas de arremesso). Trapaça? Não sei. Diria esperteza, mas julgue como quiser. Batalhei da forma como o game me deixou batalhar. Rá!
Derrotando Vordt do Vale Boreal
Vi alguns jogadores comentando nos grupos do Facebook como é difícil matar esse primeiro grande chefe do game ou até mesmo que gastaram horas nele. Bem, comigo não foi assim. Talvez tenha dado sorte. Derrotei Vordt na quarta tentativa. Não me tomou nem mesmo uma hora. Ou talvez quase isso.
Claro que no primeiro encontro você caga de medo. Para onde ir, o que fazer, como atacar, como desviar. O chefe nas primeiras tentativas não estava me deixando usar os fracos de Ester a tempo para recuperar a minha energia. Na terceira tentativa resolvi fazer diferente e engatar a batalha com o milagre da energia que aprendi já ativado, afinal ele dura uns minutos, mesmo que esteja de energia cheia. Basta tomar um dano que ele começa a recuperar energia.
Sino em mãos e espada em outra. Sem escudo e com coragem para derrotá-lo fosse o tempo que fosse. E aí veio a sorte (ou poder de observação). Notei que lutar contra Vordt próximo a porta que dá para a saída da área o deixava meio perturbado, como se o espaço apertado dali fosse ruim para ele.
O chefe fica meio preso, meio que virado para as paredes, o que me dava muitas brechas para atacá-lo por trás. Causei um bom dano nele dessa forma, ainda que ele eventualmente recuava, quase como se me chamasse “vem aqui, nessa área enorme, onde eu posso esfolar suas tripas de forma mais tranquila“, mas me mantive firme próximo a porta, e ele não tinha outra escolha a não ser me atacar ali. Na terceira tentativa vacilei e me dei mal, mas na quarta vez, tudo deu certo e o derrotei!
No fim, esse é um chefe em que o negócio é lutar a curta distância. Tentando o máximo correr para baixo dele e para suas costas. Sempre se olho na sua stamina para não ficar sem esquivas. Não fique muito longe dele pois o problema dele congelar e atacar rapidamente alvos longe acaba sendo uma desvantagem ao jogador.
Vordt do Vale Boreal vencido, fogueira acessa, é chegado a hora de ir para o Assentamento de Mortos-vivos! E essa área é uma conversa para um outro dia!
Extra – Mensagens de um mundo de fantasmas!
Antes de encerrar este diário de Dark Souls III, quero fazer um pequeno adendo. Ainda não testei totalmente o poder do multiplayer online do game, como o de invocar jogadores aliados para me ajudar ou invadir mundos de outros jogadores. Isso ainda vai ficar para o futuro. Nem ainda entendi direito como faz estas coisas alias.
Porém o que quero comentar é quão legal é jogar online e sentir os fantasmas dos jogadores, passando aqui e ali, vendo as poças de sangue onde outros morreram e principalmente as mensagens que qualquer um pode deixar para o modo online do game. Joguei meia hora de Dark Souls III offline e não há nada disso sem conexão com internet. Parece um outro sentimento. Não gostei.
E esse lance de mensagens é muito legal. Sempre avisando dos perigos, alertando de outros caminhos, ou simplesmente trollando os jogadores. Na área próximo ao chefe, na parte onde a velhota lhe dá o estandarte para usar após derrotar o chefe há muitas mensagens dizendo “mate-a“. Rá! Eu achei bizarro isso e fui olhar no You Tube. Isso abre uma batalha secreta contra um chefe especial! Não é algo para ser feito no começo do game, então isso explicava porque nesse área havia tantas poças de sangue.
O sistema de mensagem é interessante porque não se escreve aquilo que se quer, e sim frases e palavras preestabelecidas pelo game, então muitas são enigmáticas, as vezes causam dúvidas e cautela ao explorar uma área. É uma boa brincadeira online. Um tipo diferente de multiplayer. Achei incrível.
E assim a minha jornada por Dark Souls III continua…
A seguir:
Diário da jornada por Dark Souls III
- Parte 1 – Lições básicas e morte por tutorial!
- Parte 2 – Milagre na Grande Muralha de Lothric!
- Parte 3 – NPCs no Assentamento dos Mortos Vivos!
- Parte 4 – Caranguejos na Estrada dos Sacrifícios!
- A seguir – Forte de Farron & Catedral das Profundezas!
Eu senti calafrios lendo a matéria, imagina jogando, uma pena que é um jogo que não vou poder pegar no momento, mas está na minha lista.
Imagino que você não deve ter jogado os outros jogos da série, por isso está sofrendo no inicio. Recomendo upar sua arma e sua vida. Nessa área tem um machado bem apelão dentro de um mimic. E dependendo da área, acho que correr seja uma estratégia válida. Asim você pode alcançar outra fogueira ou abrir um corta caminho e depois explorar a área.
– Sim, sim. Esta é minha primeira vez em Dark Souls ou em game dessa linha. Fiz um disclamer sobre isso na primeira parte de relato 🙂 – http://www.portallos.com.br/2016/04/17/dark-souls-iii-tutorial-primeira-hora/
– Sobre o machado, eu peguei ele, dentro do baú de linguão. XD
Mas achei o alcance dele meio complicado, o uso as vezes, mas gosto mais da espada de estoque :p
– Ah não cara, correr sem saber o que vem a seguir é muito tenso nesse game. Sinto meus cabelos ficando brancos só de pensar nisso. Hahaha
Mas é muito legal isso, não? Cada um jogar e criar suas próprias estratégias! É muito divertido ver gameplays no You Tube e perceber que todo mundo joga um pouco diferente um do outro. 🙂
Ainda acho que você vai precisar correr em alguns pontos. Agora concordo que o fato de cada um criar sua forma de jogar um dos grandes diferenciais do jogo. No meu caso mesmo, no DS2 era especialista em usar lança. Já nesse precisei usar outras armas e variar dependendo do Boss.
Bem vindo ao inferno Thiagão. A melhor dica que eu te dou é: Aprenda os padrões dos ataques e ande com o escudo levantado. Não importa a arma. Aqui não existe aquela de arma que resolve todos os problemas.