Fui pego! Sabe aquele tipo de jogo que te pega de calças curtas? Quando você se dá conta, já era. Já virou a madrugada, já foi pego jogando no curto intervalo do almoço do trabalho, virou final de semana apenas nele, sabendo que havia outros para serem jogados… é aquele game que quebra todo seu cronograma e só faz o seu backlog de títulos atrasar e aumentar. Pois é, Lego Worlds fez exatamente isso comigo semana passada quando finalmente chegou ao Xbox One.
Lego Worlds é um título que estava em acesso antecipado desde junho de 2015, exclusivamente na plataforma Steam. Depois de quase 2 anos nessa situação finalmente seu early access terminou e o game foi finalmente lançado, chegando também para novas plataformas, no caso para Xbox One e PlayStation 4. Isso aconteceu agora no dia 7 de março. E veja só, chegou custando apenas 130 reais em todas as plataformas! Excelente valor, já digo de cara!
Continuando. Bem, já sabia da existência desse título, e que o mesmo tinha essa fama de ser um ambicioso game da franquia Lego. Só que até então nunca havia tido a curiosidade de ver ou saber mais a respeito. Fui com zero expectativa jogá-lo agora que está oficialmente “pronto” (aspas intencionais e explico mais adiante).
Na real, estava esperando só mais um jogo divertido da série de games de Lego, para jogar com o meu pequeno de 4 anos, e sem saber exatamente do que se tratava em termos de quão diferente sua proposta seria em relação a qualquer outro game Lego já lançado. Foi justamente pelo inesperado que esse game me pegou.
Do que se trata Lego Worlds?
A melhor maneira de começar estas impressões é justamente explicar o que diabos é Lego Worlds. Primeiro esqueça os jogos de Lego de aventura. Não é nada disso. Não tem fases, marcas como Marvel, Star Wars ou DC estampando os personagens, nada de momentos de plataformas, ou ficar socando um milhão de blocos em telas para coletar um milhão de moedas para comprar outras coisas dentro do game, sendo que o jogador precisa rejogar tudo de novo se quiser coletar todos os segredos e colecionáveis do título. Não! Lego Worlds não é um título de aventura em plataforma.
A melhor forma de comparar Lego Worlds com algo que existe no mundo dos games talvez seja dizer que ele é um misto de Minecraft com No Man’s Sky. Mas calma, pois antes que você sai berrando que estes são péssimos exemplos, saiba que Lego Worlds sabe trabalhar bem o que melhor funciona em ambos os títulos: o alto poder de liberdade e interação com o ambiente de Minecraft e a exploração procedural e aleatória de novos mundos de No Man’s Sky.
É muito difícil descrever em palavras o quanto Lego Worlds de se torna viciante já na primeira hora em que o game inicia. Trata-se de um jogo de exploração de mundo aberto, na qual o objetivo e saltar de mundo em mundo, coletando blocos dourados (por meio de missões) enquanto explora novos biomas (ambientes) e vai escaneando tudo ao seu redor, com o objetivo de criar um imenso e assustador inventário de personagens, animais, veículos e construções de várias séries famosas da linha de brinquedos Lego, tais como Lego Pirates, Lego City, Lego Vikings e assim por diante. Pense em uma série famosa da linha de brinquedos e provavelmente você encontrará dentro do game.
O meu filho tem alguns sets de verdade de Lego na qual brincamos as vezes. Temos um kit de Lego City, com alguns personagens operários e uma pequena escavadeira. Ficamos maluco quando vimos esse mesmo set dentro de Lego Worlds, e assustadoramente com os mesmos detalhes e peças da versão real. Inacreditável.
Considerando o quão caro e as vezes difícil são de encontrar caixas e kits de algumas séries Lego em lojas de brinquedos, Lego Worlds provavelmente é o mais próximo que chegarei de conhecer e interagir com dezenas de séries Lego que existem de verdade. Pra mim esse é um dos fatores mais legais de Lego World.
Não se está exatamente inventando coisas do zero, mas usando peças que existem de verdade. Eu tinha quando criança aquele famoso Baldão de Lego e ao explorar algumas regiões do game, me peguei encontrando peças que eu tinha na minha infância nesse baldão. Foi muito nostálgico ser levado assim pelo game.
Sendo assim a proposta do game é justamente levar o jogador para esse mundo criativo de Lego. Reconhecível por adultos e crianças que já brincaram algum dia com tais blocos de montar. É diferente de um game de aventura de Lego na qual o jogador está ali não pelos detalhes, mas pela aventura e história. Aqui não, Lego Worlds é pela exploração e pelos detalhes.
Escanear blocos, personagens e animais significa ter para si em seu inventário. Então o jogador pode usar qualquer skin de personagem que conseguir. Animais servem de montaria, seja um cavalo, um bode, um elefante, um gavião, um polvo, uma girafa ou até mesmo um dragão. Construções servem para o jogador construir o seu mundo e interagir com os mundos que visitar.
Escaneou, por exemplo, uma macieira e em outro mundo encontrou um animal que para escanear precisa domá-lo, e para isso ele está pedindo uma maçã. Basta selecionar a macieira em seu inventário e inseri-la ali no mundo em que você estiver. Quebre-a e ela lhe dará uma maçã. Problema resolvido, animal domesticado e escaneado.
A caçado por blocos dourados tem muito do exemplo acima. Já que existem missões na qual os personagens pedem itens e construções ao jogador. Quanto mais se avança em novos mundos, mais complexos as vezes os pedidos ficam, além de alguns itens serem difíceis de serem encontrados. As vezes itens caem quebrando algo, em outras trocando com outro personagens espalhados pelos mundos e as vezes em baús.
Blocos dourados servem como mote para impulsionar a campanha do game. Conforme o jogador os coleta, vai subindo de nível após tantos coletados. O objetivo de foco da campanha é se tornar um Mestre Construtor e assim poder criar seu próprio mundo (sim, isso é possível, mas somente após 100 blocos dourados coletados).
O mais legal é que essa sensação de flexibilidade na obrigação de coletar blocos dourados. Chegou em um mundo e não curtiu o mesmo. Pegou alguns blocos e se cansou de explorar? Afinal os mundos podem ser gigantescos e alguns são bem complexos (já chego nesse aspecto). Enfim, vá para o foguete e vá embora para outro mundo. Não existe a obrigatoriedade de explorar 100% cada novo mundo.
Lego Worlds é para quem é fã de Lego. Para quem curte estes games com grandes liberdas. Faça o que quiser, explore como quiser, pegue o que quiser, e se for bom, construa o que lhe der na telha. E sim, é possível construir bloco a bloco dentro do jogo. Tem que ter uma paciência gigantesca, mas é possível pegar bloquinho por bloquinho e encaixar na forma e formato que quiser.
Os mundos de Lego Worlds também podem ser alterados e até destruídos. O jogador tem em poder uma ferramenta que pode achatar, cavar, planar, pintar, colocar blocos em qualquer lugar do ambiente. Quer criar uma montanha? Pode. Quer fazer um buraco no oceano? Pode. Aterrar uma floresta inteira e fazer uma cidade por cima? Pode. Basicamente não encontrei barreiras para o que eu quisesse fazer dentro do game. É incrível isso – novamente um elogio necessário para enaltecer o poder de interação com os mundos de Lego Worlds.
Tudo muito incrível, mas há seus tropeços
Seria errado dar apenas o lado fantástico de Lego Worlds e não alertar que dentro de toda essa maravilha há problemas ruins que tiram algumas partes da diversão do game. Vale porém dizer que esta matéria está sendo escrita tendo o game como base na plataforma Xbox One. Talvez os problemas aqui encontrados se limitem a essa versão, mas vale ficar de olho.
Lego Worlds tem séries problemas de queda de frames e de carregamento (renderização) dos ambientes do game. A queda de frames nem é algo assustador. Até que é meio inesperado, pois há momentos que tem tanta coisa em tela, que o jogo pede socorro para processar tudo mesmo. Há certos ambientes que ficam caóticos quando o jogador começa a interagir um pouco.
O maior problema mesmo é de renderização. De estar voando ou andando em um mundo e ter que parar em uma parede invisível enquanto o joga carrega o resto da fase na sua frente. Isso é terrível. Já cheguei a ficar quase um minuto esperando o resto de um mundo carregar em frente a uma barreira invisível. E ele não carrega inteiro. Vai em partes. Subsolo, solo, depois itens e estruturas, animais e pessoas. É realmente uma parada muito feia.
Torço muito que seja algo que os desenvolvedores do game possam vir a tentar amenizar no futuro. Não entendo porque toda a fase não pode ir carregando em segundo plano em sua plenitude, enquanto eu estou na parte na qual o foguete me deixou. E não, o mundo não carrega em segundo plano pois já fiquei uma boa parte de tempo esperando no local de aterrissagem antes de sair explorando partes mais distantes. E mesmo assim cheguei a pontos não renderizados.
E vou além, áreas previamente renderizadas simplesmente são apagadas para o game carregar a área adiante. O que significa que o local de aterrissagem do foguete, por exemplo, também some conforme me distancio dele. Ao retornar para ele, tenho que esperar a sua área recarregar novamente. É muito bizarro.
Novamente, pode ser algo da versão para consoles? Não sei. Mas seria ótimo se os mundos pudessem ser renderizados por inteiro enquanto estiver nele. Esse pra mim é o pior defeito de Lego Worlds. Que um patch futuro possa consertar isso.
No que diz respeito a parte procedural, na qual acredito que o game por si só gere novos mundos de forma infinita e ilimitada, é claro que as vezes acontecem coisas estranhas e surreais, como árvores saindo do subsolo, veículos presos em túneis, duas casas fundidas em uma única estrutura etc.
Só que esse é um aspecto que mais diverte, pela estranheza em si, do que incomoda ou quebre o jogo. Até porque, como disse mais acima, o jogador pode moldar o mundo a sua vontade. Uma árvore empacou a saída do túnel? Basta removê-la com a ferramenta de remoção. Essa é a parte boa de poder moldar o mundo a sua vontade.
Baús, Multiplayer, Coordenadas Galácticas e Segredos
Lego Worlds tem muitos outros aspectos. O suficiente para talvez triplicar ou quadruplicar tudo que escrevi até agora sobre o game. Claro que não farei isso pois acabaria sendo maçante ao leitor que apenas quer conhecer o básico do básico do game. Não seria legal revelar todas as suas surpresas, certo?
Até porque, mesmo com 13 horas de jogo em uma semana, e de ter conseguido o level 10 no sistema de progressão, o game ainda continua me surpreendendo e me apresentando novidades. Novos biomas, novos animais, novos veículos, novos itens e armas, novos desafios. É muito surpreendente o quanto há dentro do game e como tudo vai sendo liberado aos poucos, conforme há essa curiosidade em explorar mais de diferentes formas.
A única coisa que achei cansativo após tantas horas de jogo foi explorar cavernas. Muitos planetas que encontro possuem imensos sistemas de cavernas. Nem sempre as entradas são claras, muito menos os caminhos dentro dos túneis. Quando anoitece no jogo (que possui ciclos de dia e noite) fica tudo escuro e se faz necessário usar algum item que ilumine o caminho. E é muito fácil se perder dentro destes labirintos, sem saber de onde veio, o que já explorou e como sair de lá.
A forma como encontrei de caçar baús dentro de grandes redes de caverna foi usar a ferramenta de remoção direto da superfície, cavando enormes buracos verticais. Aproveitando que o jogo tem um sistema que lhe informa a posição exata de onde há um baú (apenas não indica se está na superfície ou no subsolo, e quão profundo está). Fiz um clip mostrando o processo. Veja:
Não acho que fazer isso seja trapacear no game. Passei as primeiros horas do jogo explorando cavernas, mas depois de um tempo cansou. E há tanto para se fazer, ver e explorar que ao fim acabei encontrando um meio simples de amenizar um processo que acabou ficando chato pra mim. Mérito positivo do game de me deixar fazer isso.
Há que se mencionar que Lego Worlds possui recursos de multiplayer cooperativo (tela dividida) e também recursos online. Em modo cooperativo, dois jogadores podem explorar juntos. Pelo que testei, funciona muito bem tela dividida quanto online, com outro amigo convidado. Na tela dividida é um pouco apertado, mas dá para jogar. Uma pena que não existe aquele recurso dos games de aventura da série quando os dois jogadores ficam juntos a tela se torna única. No cooperativo local a tela sempre está dividida, independente dos jogadores estarem juntos.
O Online não ficou totalmente claro pra mim. Pelo que entendi posso criar mundos e deixar que os jogadores interajam nele jogando o game com a opção de online ligado. Posso visitar outros mundos de jogadores, contanto que tenha as coordenadas para tal.
Porém não acho que as mudanças que eu faço em mundos que visito sejam permanentes. Fiz tal teste pegando coordenadas de alguns mundos em comunidades e não encontrei indícios de visitas de outros jogadores nesse mundo.
Até porque se isso acontecesse seria horrível. Visitei mundos e escavei redes inteira de túneis. Imagine alguém chegar nestes planetas e encontrar tudo esburacado? Ia ser muito ruim. Por isso não acho que as mudanças em planetas visitados sejam permanentes quando o modo online fica ligado. Também não encontrei jogadores aleatórios explorando dessa forma, mas não é como se o jogo prometesse que isso deveria acontecer… como No Man’s Sky prometia fazer e não o fez.
Sendo Lego Worlds um modelo que também atrai um público mais jovem e infantil, acho normal que não haja essa interação online que um MMORPG normalmente tem. Um suporte online para conectar somente seus amigos é mais do que suficiente para deixar o jogo mais divertido em termos de multiplayer. E vale o aviso, no momento o game suporta apenas dois jogadores em coop, offline e online.
Porém é muito legal que os planetas e mundos visitados possuam coordenadas na qual todos possam visitar. Achou um mundo incrível e gostaria de mostrar aos seus amigos? Basta dar as coordenados. Posso inclusive deixar algumas aqui. Alguns dos bons mundos que visitei e gostei (não darei todos, afinal parte da graça é você encontrar coisas novas):
- 429-6-991 D | Pequeno mundo com uma cidade no Velho Oeste (dá para se visitar bem cedo na campanha do game)
- 154-979-545 F | Mundo com um dragão dourado (procure a nuvem dourada) e uma cidade Lego City (esse código encontrei pesquisando sobre o game em comunidades)
- 964-753-483 J | Mundo com terreno de cristais luminosos, com ótimos veículos que escavam solo e um pé de feijão enorme (não sei se ele some, ao visitar pela segunda vez não achei o pé de feijão, mas a área desse mundo é assustadoramente grande)
Lembrando que para visitar alguns destes mundos, talvez o seu foguete precise estar totalmente aprimorado. Conforme o jogador coleta blocos dourados, melhor o foguete fica e maiores mundos ele consegue visitar. Se um código não funcionar no início é porque seu foguete ainda não pode viajar até ele.
O legal é que os segredos podem justamente seren compartilhados entre jogadores e comunidades. Onde encontrar certos itens, dicas de coordenadas galácticas, como desbravar certos ambientes e assim por diante.
Uma outra dica legal. Certos mundos possuem imensos lugares subaquáticos para se explorar. E como fazer isso se o seu personagem não pode respirar embaixo d’água? Na verdade alguns podem. O astronauta tem um capacete de oxigênio. E o esqueleto já está morto, então ele não só pode ficar embaixo d’água indefinidamente como também pode usar a ferramenta de escaneamento, pois ele pode andar em grandes profundidades.
É o que estou dizendo. É nos detalhes, nos pequenininhos, que Lego Worlds te pega e suga para dentro de um mundo tão fascinante e incrível de possibilidades e opções.
O que difere Lego Worlds de Minecraft?
Antes de terminar estas impressões sinto que preciso dizer que ao mesmo tempo em que Lego Worlds vem de um mundo onde Minecraft tem fortes influencias nessa gênero de jogo, ele também não se limita a ser apenas um clone desse popular título.
Veja bem, comentei lá no inicio que tenho um filho em casa, com seus 4 aninhos, certo? E sim, ele meio que adora Minecraft. Não fui o responsável por ter apresentado esse título para ele, mas vi o quão fascinado ele ficou ao ver vídeos no You Tube e mais ainda quando conseguiu jogar em um Xbox 360 do namorado da minha irmã.
Não teve jeito. Tive que comprar o game para ele.
E não é como se Minecraft por si só não fosse um Lego moderno da criançada. Obviamente há uma clara inspiração vinda do que Lego era para as gerações mais antigas. Vendo meu filho jogar, percebo que o game tem grandes ideias, algumas realmente impressionantes.
Mas Lego Worlds não é uma espécie de Minecraft. Ambos são tão diferentes ao mesmo tempo em que também compartilham semelhanças. Minecraft tem uma pegada muito forte de gerenciamento de recursos. Destruir, coletar, montar. As criações em Minecraft possuem regras. Construir ferramentas, criar poções, fazer itens mais complexos.
Presumindo, é claro, que o jogador não esteja no modo livre, na qual todo no game é liberado para o jogador fazer o que quiser. Aliás é esse o modo em que o meu pequeno joga, pois ele não tem muito saco para o craft de Minecraft. Ficar minerando recursos não é sua praia. Ele quer apenas colocar blocos de formas inusitadas em lugares inusitados e pronto.
Nesse sentido Lego Worlds não tem muito o minerar. Uma vez escaneada uma construção, ela é sua para todo o sempre. Uma vez encontrado um bioma novo, seus recursos, como lava, grama, novas cores e aspectos de ambiente são destravados para usar livremente. Enquanto Minecraft o jogador procura e minera recursos, em Lego Worlds as coisas precisam apenas serem encontradas para serem usadas de forma ilimitada.
E as loucuras acabam sendo liberadas muito rápido em Lego Worlds. Que tal um telhado de uma casa feita de água? É possível, já que a água no game são necessariamente blocos. O mesmo vale para outros efeitos especiais, como gelo e lava. É possível colocar estes blocos especiais em qualquer lugar. Assim como é possível fazer buracos até mesmo na água. Há ainda pinturas que tornam os blocos transparentes ou luminosos.
A criatividade para fazer bizarrices não parece ter limites. É um game que dá aquele comichão em torno do exercício criativo, tanto para crianças, jovens e adultos.
Consideração finais
Com tudo isso em mente, digo que apreciei muito mais a proposta de Lego Worlds do que Minecraft. Há mais para se fazer, mais para brincar, mais para ver e descobrir neste título. Não desmerecendo Minecraft, é claro. Só estou dizendo que a equipe de Lego Worlds não tentou apenas fazer um clone, seja de Minecraft ou de No Man’s Sky. Há uma óbvia inspiração em tais títulos, mas o resultado me parece algo original, algo único. Algo que vale a pena ser experimentado por si só.
E mesmo que alguém não curta Minecraft ou tenha se decepcionado com No Man’s Sky, isso não quer dizer que tais problemas se reflitam em Lego Worlds. É como disse lá no começo: o título pega o que tem de melhor em ambos os títulos e deixa pra lá algumas coisas que talvez não sejam tão legais assim.
O resultado é um game que instiga a curiosidade e também a criatividade. Esta última não só para construir e destruir, mas a criatividade para solucionar problemas. Como chegar a certos lugares, como encontrar certos itens, como expandir seu inventário e como se tornar o tão almejado título de Mestre Construtor.
Vai ser difícil outro game da franquia Lego desbancar tão facilmente a diversão, a liberdade e a interatividade de Lego Worlds. Pode apostar.
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