Estou pronto (ou quase, só está faltando tempo essa semana) para escrever mais uma indicação de outro excelente título que a Editora Aleph lançou no mercado nacional agora em 2017: Leviatã Desperta. Entretanto como agora há esse espaço mais informal para escrever um pouco, de forma mais sucinta, quero criar esse hábito de também ir falando mais sobre os livros em transição da minha pilha; aqueles em que leio até certo ponto e paro para que possa iniciar outro livro.
Já escrevi sobre esse meu hábito diversas vezes aqui no site. Quase todas as minhas indicações de livros aqui acabam sendo necessário mencionar esse fato, então acho que não preciso dar longas explicações a respeito disso por aqui, certo? Faço isso para manter a leitura de várias coisas ao mesmo tempo. Seriados são divididos em episódios. Mangás são por capítulos. Quadrinhos também possuem essa continuidade e espera pela próxima edição. Então para colocar livros na minha rotina louca de leitura, comecei a dividi-los em dois ou três atos (normalmente os enredos em si possuem tal divisão) e vou revezando entre eles até terminá-los, incluindo novos títulos e encerrando outros. É um jeito estranho de ler livros, mas tem dado muito certo pra mim.
Voltando ao ponto em questão, normalmente na semanas em que estou me dedicando a leitura de um livro, gosto de ir comentando alguns de seus pontos nas redes sociais do site. Infelizmente não consegui fazer isso com Leviatã Desperta. Os motivos foram a correria do dia a dia mesmo, espero voltar a fazer isso nos próximos livros que estiver lendo. Então resolvi comentar um pouquinho sobre o livro (e o seriado que o adapta) por aqui, antes da matéria mais encorpada a seu respeito ser publicada.
É curioso que Leviatã Desperta seja a obra que originou o seriado The Expanse, que estreou nos Estados Unidos em 2015 pelo canal norte americano SyFy. Por aqui The Expanse é distribuído com exclusividade pela Netflix. Agora, quão parecido são livros e seriado? Essa é uma ótima pergunta, pois não é algo que dependa apenas do roteiro adaptado.
Curiosamente havia assistido ao primeiro episódio de The Expanse na mesma semana em que a produção chegou à Netflix (quando foi isso mesmo?) e me lembro de não ter curtido muito a série como um todo. Mal me recordava da história em si quando peguei Leviatã Desperta.
Depois de ler as primeiras 100 páginas do livro, resolvi voltar e comparar o que li com o seriado, mais consciente do universo proposto pelo autor do livro, James S. A Corey, e dos personagens na qual a produção para a TV foi adaptada. Bastou dois episódios para tirar uma conclusã: o livro é realmente muito melhor que a série, ao menos se comparar seu início com os eventos do livro.
Não que a trama da série seja divergente do livro, ao menos inicialmente não é (até o ponto em que assisti), mas a direção de The Expanse como um todo não me agradou. O elenco não me despertou carisma, a visual da série é meio qualquer coisa, dentro do que é normal demais nesse gênero de ficção científica produzidas pelo canal SyFy. E até mesmo a narrativa não chega a ter a intensidade do texto do autor do livro. O final do primeiro episódio, com a explosão da nave que vai ser o ponto de virada da trama é muito mais emocionante nas páginas originais. Na série isso ocorre praticamente sem qualquer impacto, como um mero gancho para o próximo episódio apenas. Achei terrível.
E o SyFy tem essa sangria de estar sempre em busca de um sucessor para o universo de Battlestar Galactica, apesar de que pra mim até hoje nunca houve algo que causasse o mesmo estrondo. Aí vem estas apostas pelo canal de tudo que é ficção científica, porém sem o esmero que fora criado para sua icônica série de 2009. Sem mencionar que a TV norte americana mudou bastante nos últimos anos, com produções cada vez mais caprichadas em seus efeitos especiais. Muita coisa que o SyFy produz hoje em dia tem um certo ar de datado, não?
Na contra partida, no caso do livro, a qualidade da narrativa é muito superior e de qualidade. James S. A. Corey apresenta uma forma diferente para contar a história de um futuro onde a humanidade além do planeta Terra, onde Marte é um planeta de imenso poderio militar e as pessoas vivem pela orla do espaço com recursos limitados dependendo da ida e vinda de naves que trazem suprimentos e tudo que é necessário para a vida fora dos planetas inabitáveis.
O interesse é o formato proposta pelo autor, ao dividir os capítulos livro para dois protagonistas distintos, alternado a visão dos eventos e a história de cada um entre cada capítulo. Isso significa que nos capítulos pares o livro apresenta a história do detetive Miller e a crise que se alastra pela Estação de Ceres, sob a ameaça de uma iminente guerra civil, e nos capítulos ímpares tem as aventuras espaciais Jim Holden e sua tripulação que se veem as voltas de um intrigante mistério envolto ao que parecer ser uma conspiração inimagináveis proporções.
Em breve escreverei maiores impressões a respeito do livro, mas é justamente esse jeito de contar a história que dá o ritmo que a trama merece. Na série isso não existe e parte da dinâmica narrativa se perde um pouco. Isso para simplificar também as coisas, pois claro que há outros pontos que a obra original se sobressaindo. O texto é gostoso e o autor sabe criar grandes cenas tanto de ação quanto de tensão, enquanto brinca com suspense ao usar os recursos de alternar seus protagonistas entre os capítulos.
Com Leviatã Desperta no ponto para entrar em hiato no meu rodízio, eis que o próximo da fila é Mass Effect Andromeda – Insurreição na Nexus, livro lançado mais pertinho do início do ano (em abril) em virtude do lançamento do game que leva o mesmo nome.
Pra ser sincero a minha vontade era já o ter começado há meses, provavelmente mais próximo de seu lançamento e até mesmo antes de conseguir colocar as mãos no jogo em si. Acabou que rolaram alguns contratempos e somente no final do mês passado é que pude colocar as mãos nessa belezinha. Como Duna e Leviatã já estavam engatilhados na pilha em minha mesa, resolvi que ele poderia esperar mais algumas semanas.
O livro é um lançamento da Editora Pixel Media aqui no Brasil, que tem lançado muitas coisas legais relacionado a videogames por aqui, em especial séries em Graphic Novel de luxo. Em breve devo trazer por aqui seu mais recente lançamento: Dark Souls O Suspiro de Andolus.
Alias um dos motivos de ter pausado um pouco a minha experiência com a campanha do game de Mass Effect Andromeda se deu por conta de me encontrar pilhado para ler este livro. Devo começar a leitura em alguns dias e com isso espero voltar para o game em paralelo a sua leitura (sei que com os grandes lançamentos do ano saindo a torto e reto agora será mais difícil, mas vou me esforçar para jogar mais um pouco de Andromeda).
A história do conto Insurreição na Nexus trata de um evento que precede o game em si. Tenho uma ideia através daquilo que o jogo informa, o que significa que a leitura é algo complementar para se conhecer mais a fundo certos personagens, e não algo obrigatório para entender a trama em si do jogo. A Nexus é uma das maiores naves da iniciativa que mandou milhares de raças para milhares de anos luz na infinitude galáxia, mais precisamente para a tal galáxia de Andromeda, para ser o lar de novas colônias deste grupo de seres, que inclui inclusive a raça humana. E a Nexus é a nave núcleo, uma espécie de quartel general de todo o projeto.
Quando o jogador, dentro já do game, encontra a Nexus (pois seu personagem vem de uma outra nave) a situação por lá não é nada boa. A tripulação da nave sofreu um golpe, uma revolta, uma insurreição, tal como o livro diz. Pessoas se rebelaram e tentaram tomar conta de tudo. Personagens importantes foram mortos e outras pessoas tiveram que assumir responsabilidades na qual não foram designadas originalmente.
E o livro conta exatamente essa história, o momento na qual a Nexus sofreu essa rebelião e o que os membros dela fizeram para conter e quais os danos isso causou dentro de todo o cronograma do projeto. Além, claro, de dar aquele contexto de todo o universo da saga de Mass Effect. Um que parece, a meu ver, mais do que perfeito para quem não está acostumado com todas as nuances que a trilogia de games lançado na geração passada de consoles criou e apresentou.
Por último, mas não menos importante: Tropas Estelares. Nesta caso não tenho muito a dizer por enquanto, pois na verdade ele é a minha mais recente aquisição. O recebi essa semana em uma promoção que achei imperdível demais na Amazon Brasil semana passada que colocou toda a loja com frete grátis e diversos descontos. Para ajudar ainda tinha aqui comigo um cupom de desconto de 10 reais ganho devido a uma compra que fiz em julho no site e o livro, que hoje já é meio uma das raridades da Editora Aleph, acabou me custando a merrequinha de meros 10 reais. Não tinha como deixar passar.
Para quem não fez as associações devidas, sim este é o nome daquele filme de ficção científica lá de 1997 que é meio famosinho nas reprises da TV aberta brasileira (ao menos era nos tempos em que assistia TV aberta). Muitos o consideram um daqueles filme B, cuja a qualidade e seus efeitos são bem duvidosos. Bem, o livro não é baseado no filme, é justamente o contrário: o filme é que é uma adaptação (de qualidade questionável) do livro.
E o livro é melhor? Pelo que dizem por aí sim. Na verdade criei essa confiança depois de ter lido e escrito a seu respeito aqui no site sobre a obra Um Estranho Numa Terra Estranha, que é do mesmo autor: Robert A. Heinlein. Tropas Estelares é um dos quatro grandes livros premiados do autor, então não imagino que vá ser tão tosco quanto é o filme de 1997 (que tem aliás quatro sequências de orçamento ainda menor e até mesmo uma série animada). Não tem como não ter curiosidade para saber a respeito do conto original.
Não é um livro tão grande, com apenas 360 páginas. Devo matá-lo rapidinho. Apenas ainda não sei quando ele entra na minha fila de leitura. A Editora Aleph já lançou nestes últimos dois meses a sequência de Marcas da Guerra da saga de Star Wars e está prestes a lançar o segundo livro da série Guerra do Velho. E quero muito continuar a leitura destas sagas também. Em todo caso até o final do ano consigo encaixar Tropas na fila da leitura.
E meio que é isso que andei lendo, que estou prestes a começar a ler e o que recém adquiri para ler assim que possível. Se alguém quiser me contar o que está lendo ou tem interesse de ler pelos próximos meses, por favor, faça a indicação aí nos comentários. Quem sabe não me interesso também! E aguarde que a resenha de todos aqui no site.
Se interessou por algum dos livros mencionados aqui? Se sim, atualmente as melhores livrarias online para conseguir a aquisição destes tem sito a Amazon BR ou a Saraiva. Vou deixar o link de alguns destes títulos por meio destas lojas. Quem quiser adquirir eles e puder fazer por meio destes links, estará dando uma pequena comissão de alguns centavos para o site, ajudando assim a aquisição de novos livros para serem indicados por aqui. Obrigado!
- Leviatã Desperta – Amazon BR | Saraiva
- Mass Effect Andromeda: Insurreição na Nexus – Amazon BR | Saraiva
- Tropas Estelares – Amazon BR | Saraiva
- Um Estranho Numa Terra Estranha – Amazon BR | Saraiva (Impressões)
- Dark Souls O Suspiro de Andolus – Amazon BR | Saraiva
- Duna – Amazon BR | Saraiva (Impressões)
- Star Wars Marcas da Guerra – Amazon BR | Saraiva (Impressões)
- Star Wars Dívida de Honra – Amazon BR | Saraiva
- Guerra do Velho – Amazon BR | Saraiva (Impressões)
- As Brigadas Fantasma – Amazon BR | Saraiva