Mega Man Legacy Collection 2 | O bonito, o estranho e os gêmeos! (Impressões)

Escrever sobre Mega Man sempre me causa certa euforia. Apesar de que, verdade seja dita, isso também ocorre com outros diversos ícones e mascotes que fizeram a minha infância um lugar inesquecível e bem divertido. Personagens que muitos que cresceram com videogames ao longo da década de 80 e 90 guardam com carinho no coração.

Para esse grupo de jogadores, na qual faço parte, revisitar estas obras vem sempre carregada com um forte valor emocional e sentimental. Dá para reconhecer que alguns games envelhecem mal e as vezes até são terríveis de serem revisitados em tempos modernos, porém até mesmo estes jogos possuem valor e clamor para os jogadores da velha guarda.

Quando a Capcom lançou o primeiro Mega Man Legacy Collection em 2015 havia muito disso, da preservação afetiva que os primeiros games do robôs azul passam a certos jogadores, enquanto tentava mostrar a uma nova geração quem foi esse personagem e contextualizar a sua importância dentro da história dos videogames.

A iniciativa poderia muito bem ter sido concluído ali e Mega Man Legacy Collection 2 nunca ter existido. Felizmente isso não aconteceu, independente da primeira coletânea ser o necessário para validar quem e o que foi Mega Man no passado. Ao menos a parte consolidada, com seu glamour atemporal.

Isso significa que Mega Man Legacy Collection 2 não tem a classe, maturidade e importância da primeira coletânea, mas o pacote vem assim mesmo para mostrar que legado não pode ser apenas constituído do melhor entre os melhores. Existe uma história que precisa ser continuada se a intenção da Capcom é a longo prazo chegar a algum lugar – sendo esta intenção, assim espero, o retorno da série com games inéditos.

Amor bandido (MM8)

Mega Man Legacy Collection 2 vem para encerrar o que a primeira coleção talvez devesse já ter feita (e eu critiquei isso lá em 2015), que é completa distribuição digital para esta geração de consoles (e jogadores) de todos os games principais da série clássica de Mega Man.

Se o primeiro pacote continha os seis primeiro games de uma série numerada de dez títulos, Legacy Collection 2 conclui o resgate histórico trazendo Mega Man 7, 8, 9 e 10 para os atuais consoles. Daqui em diante, ou a Capcom começa a resgatar a série X ou deveria pensar seriamente em desenvolver um Mega Man 11.

Desconsiderando que Mega Man 9 e 10 são projetos relativamente recentes, tendo sido desenvolvidos e lançados a apenas uma geração atrás (Xbox 360 e PlayStation 3) e meio que como uma forma de homenagear o formato clássico, Mega Man 7 e Mega Man 8 são os títulos que tentaram algo novo, algo diferente e mesmo que hoje eles aparentam ser aqueles filhos diferentões, são dois games que muitos fãs guardam com imenso carinho no coração.

Eu mesmo não vou mentir, mas ao longo destas últimas semanas que andei brincando com estes clássicos boa parte do tempo foi com Mega Man 8, lançado no primeiro PlayStation em 1997. Sinceramente amo esse game. Adoro Mega Man 8 em diversos aspectos, mesmo sabendo que ele é cheio de soluços e diferente em termos de bases e elementos em relação aos outros títulos da franquia.

Pra mim, Mega Man 8 só perde como o melhor Mega Man de todos os tempos porque esse título guardo para Mega Man X, que talvez só não tenha jogado na mesma proporção na qual joguei Super Mario World quando criança. Considere isso muito, mas muito mesmo. Na proporção de 100x mais do que hoje em dia a juventude gasta em jogos como Overwatch, League of Legends e afins.

O oitavo game da franquia foi aquele momento na minha infância em que meus olhos foram abertos para o quão mais bonito os games poderiam ser após uma geração pixelada em consoles como Master System, NES, Mega Drive e Super Nintendo. Tenho memórias vívidas de ir na casa de um colega da escola só para jogarmos Mega Man 8, pois antigamente a criançada não tinha os consoles mais modernos do momento, apenas as mais afortunadas (e esse colega era). O game era muito mais bonito (ainda que mecanicamente inferior) do que Mega Man X, que já era um blockbuster para a época.

E não é como se Mega Man 8 tivesse o peso que um Mega Man 3 possui, na qual existe uma legião de fãs que o considera o melhor game da franquia de todos os tempos até os dias de hoje. Mega Man 8 não é genial, mas é lindo. E como sobreviveu maravilhosamente bem ao tempo.

Beleza se põe à mesa, livro se compra pela capa e Mega Man fica mais bonito quando não se está em 8 Bits. Meu pequeno herdeiro, com seus singelos 5 anos, simplesmente se apaixonou por Mega Man 8. Ele já havia sido apresentado ao personagem, pelo desenho animado dublado que tenho guardado digitalmente no computador e pelos games clássicos da primeira coletânea. Já havia esse vínculo, esse gostar tímido, porém muito mudou quando ele viu Mega Man 8 aqui nessa coletânea, seus olhos brilharam e tudo que ele quer jogar desde então nesse pacote é esse game. E eu entendo esse sentimento.

O oitavo título da série é um Mega Man redondinho. Criticado por alguns como um jogo relativamente fácil, linear demais, sem segredos a serem explorados e com seguimentos que nem todo mundo gosta (como as fases de voo ou de prancha). Conhecido por ser o único game de Mega Man na qual o personagem pode bizarramente nadar embaixo d’água.

Em tempos onde os games da série Mega Man X já existiam e ofereciam um desafio muito mais hardcore, história adulta, com design de estágios muito mais engenhosos e complexos, recheados de segredos e opções, é fácil entender porque Mega Man 8 é apenas o irmão boa pinta. Bonitinho, mas talvez ordinário.

Que seja, eu o adoro assim mesmo.

Estranho no ninho (MM7)

Em uma situação totalmente diferente se encontra Mega Man 7, o primo esquisito da família. E é compreensível porque o game leva esse título, afinal quando o mesmo foi lançado, em 1995, Mega Man X já estava no mercado há dois anos e ambos os jogos saíram na mesma plataforma, o saudoso Super Nintendo.

Puxando pela memória não me recordo de ter jogado Mega Man 7 de cabo a rabo na infância. Provavelmente brinquei um pouco em alguns finais de semana com o cartucho alugado em uma locadora de bairro e só. Tudo nele soa meio estranho nos dias de hoje, e provavelmente já soava na época de seu lançamento.

Primeiro que as proporções do game são exageradas. O sprite do Mega Man na tela do game é grande demais, ocupando um tamanho incomum em relação a todos os demais games do personagem. E com esse padrão tudo fica meio agigantado, o ambiente, a sua forma e seus inimigos.

Também me incomoda um pouco vê-lo constantemente com o braço erguido, sempre pronto para atirar quando a Mega Buster está carregada. A animação e movimentação do personagem é meio dura, meio travada. Existe uma forte influência da forma como o sprite do personagem em 8 bits se comportava que parece não combinar direito com essa evolução gráfica. Especialmente quando o coloca ao lado dos sprites de Mega Man 8 ou se puxa da memória quão mais fluida era a animação e visual que a Capcom havia dado há Mega Man X dois anos antes do lançamento de Mega Man 7.

No geral foi o título que menos me deu vontade de revisitar. Não que ele seja ruim, apenas é meio engessado mesmo. Pareceu um pouco mais difícil do que Mega Man 8 (provavelmente porque esse eu me recorde de tudo, incluindo seus segredos). É bom, mas é bem estranho.

É o último Mega Man a utilizar o icônico e já ultrapassado sistema de telas de password, ainda que no caso de Mega Man Legacy Collection 2 o jogador tenha em mãos um recurso de salvar em pontos chaves das fases o progresso para poder continuar à vontade, tornando desnecessário anotar tais passwords.

Moderninhos com cara de velhos (MM9-10)

Eis que Mega Man Legacy Collection 2 também traz para a atual geração de consoles – ainda que eles já estivessem disponíveis, para PC e na retrocompatibilidade no Xbox One – os últimos games de Mega Man lançados na geração passada: Mega Man 9 lançado em 2008 e Mega Man 10 lançado em 2010.

Colocando os anos faz parecer mais impressionante que Mega Man 9 já esteja prestes a completar 10 anos desde que foi lançado, não? Caramba. Porém não deixa de ser os games mais fresquinhos quando se pensa em Mega Man ao longo dos últimos anos. Até porque a Capcom não tem investido tanto assim no personagem ou novos jogos ou spin-offs. Mega Man aparece apenas em pontuais participações especiais em títulos como Marvel vs Capcom atualmente.

Enfim, os dois games são então as últimas histórias da versão clássica do Mega Man, desenvolvidos como uma forma de resgatar os tempos mais nostálgicos da série, emulando muito o estilo 8 bits dos primeiros games. É um retorno as origens, mas sem ser necessariamente jogos mecanicamente enferrujados.

Esse ponto fica muito mais visível e crível ao jogar Mega Man 9, que hoje em dia é considerado um dos jogos mais difíceis de Mega Man. É o game mais punitivo de todos, com um design de fase criado para matar o jogador a cada esquina, seja com armadilhas ou espinhos. É impossível ultrapassar qualquer fase do game de primeira, sem perder ao menos uma vida. Sem nunca tê-lo jogado anteriormente.

O título segue aquela influência dos antigos games, onde os jogadores precisavam ultrapassar os desafios decorando quando e onde o jogo lhe atacaria. O caminho é linear e imutável, mas também é inevitável. Você morre a menos que saiba reagir milimetricamente no exato segundo em que se tem para justamente evitar o dano. Dai a sensação de estar treinando e decorando para conseguir avançar pelas fases.

É o tipo de jogo que frustra, mas da maneira correta. Daquela que te faz passar nervoso, mas você está sorrindo enquanto xinga a porcaria da televisão. Isso é Mega Man 9. E é recompensador vencer esse tipo de desafio imposto pelo game.

Dois anos depois veio Mega Man 10 e seu sucesso não foi tão grande. Em parte porque o game tenta simplesmente repetir a fórmula de Mega Man 9. Não há uma inovação, uma progressão da fórmula. É apenas a mesma coisa, mas não tão difícil quanto o game anterior foi.

Há quem diga que Mega Man 10 errou ao se manter no mesmo estilo e visual padrão clássico de 8 bits. Eu concordo. Mega Man 9 foi uma homenagem, um resgate de valores, um ponto a ser provado. Mega Man 10 não poderia mais ser nada disso, o que o fez soar como uma sequência oportunista, sem uma personalidade própria.

Talvez Mega Man 10 tivesse feito muito mais sucesso se tivesse continuado apresentando as fases gráficas de Mega Man do passado. Se tivesse sido desenvolvido com visuais que pudessem se assemelhar ao próximo passo certo dessa franquia, com um visual semelhante ao Mega Man X ou quem sabe até mesmo à Mega Man 8. Talvez o 7, mas somente se consertassem o gigantismo mencionado mais acima. Pra mim foi um erro terem mantido o mesmo aspecto da fase 8 bits do personagem.

Analisando Mega Man 10 hoje, sete anos depois de seu lançamento, ele não soa tão caça níquel quanto soou na época. Vendo-o nesta coletânea o game me pareceu muito mais divertido do que Mega Man 9. Em grande parte porque ele é menos punitivo e mais acessível.

Gosto muito do fato dele permitir começar a sua campanha jogando com Proto Man, que possui uma jogabilidade própria, que basicamente emula as habilidades que Mega Man adquiriu ao longo dos anos e que o azul perdeu quando Mega Man 9 foi lançado. Proto Man tem o tiro carregado e o dash, enquanto o protagonista azul não oferece mais nada disso. Como revés, Proto Man quando toma dano perde muito mais vida. É uma forma de equilibrar aspectos positivos e negativos ao invés de apenas fortalecer um personagem em detrimento do outro.

A vantagem de ter estes dois games nessa coletânea, em detrimentos de tê-los individualmente nas versões digitais originais, é que tanto Mega Man 9 quanto Mega Man 10 estão aqui com todos os DLCs lançados previamente. Então o Modo com Proto Man em Mega Man 9 se faz presente, assim como a possibilidade de jogar com Bass em Mega Man 10.

Outra função bacana de usar e abusar nestes dois jogos é justamente o recurso de salvar em pontos chaves dos estágios. Tanto Mega Man 9 quando Mega Man 10 possuem fases com pouquíssimos chekpoints, então quando o jogador morre o game volta demais (muitas vezes desde o começo), reforçando demais esse elemento punitivo que ambos foram planejados para serem. Agora dá para salvar pontos de retorno mais amigáveis.

Chegar no chefe, por exemplo, com apenas uma única vida não é mais um problema. Antes se o jogador morresse ele voltaria para a tela principal do game e teria que refazer a fase. Aqui é possível dar um loading no ponto antes de entrar no chefe e continuar batalhando com ele até derrotá-lo. Mega Man Legacy Collection 2 tornou ambos os títulos mais amigáveis nesse aspecto.

Extras necessários

Além de trazer os últimos quatro games da série clássica, Mega Man Legacy Collection 2 possui alguns extras básicos que mantém o padrão estabelecido pela primeira coleção.

Sendo assim há uma extensa e incrível galeria de arte contendo esboços, artworks entre outras curiosidades do material de acervo da equipe que desenvolveu estes quatro games no passado. Um material que é um verdadeiro tesouro para quem aprecia esse tipo de informação.

Esse tipo de resgate é muito importante, sem mencionar que ao torná-lo público e acessível a uma legião de fãs diminui o risco de que em um futuro onde tudo isso possa se perder dentro da Capcom não signifique que isso fará com que o material suma sem deixar rastros.

Há também a galeria contendo as trilhas sonoras completas e oficiais dos quatro games.

Na parte prática, quando se está jogando estes games, é possível mexer em certos aspectos visuais. É possível aumentar a tela do jogo, esticá-la para caber completamente em seu monitor (não faça isso, fica feio demais). As barras laterais possuem bonitas artes que mudam para cada um dos jogos, e há imagens adicionais se você se cansar de alguma. Há  também um efeito de filtro que pode ser ligado para emular os antigos televisores de tubo.

O recurso de checkpoint, já mencionado mais acima, também é legal. Há quem reclame que ele não é tão bom quanto o da primeira coletânea, que permitia salvar a qualquer momento e de forma mais livre. Pra mim isso não foi um retrocesso. Gostei da maneira como esse recurso foi colocado dentro da coleção e em nenhum momento achei imperfeito, como se o jogo estivesse me fazendo voltar muito dentro das fases.

Esse recurso do checkpoint pode ser feito manualmente pelo jogador em pontos que achar conveniente ou pode ser ligado um auto-saving que deixará o game fazer isso automaticamente.

Não há aqui apenas o recurso de rebobinar, que se fez presente em The Disney Afternoon Collection. E até entendo que não deveria ter mesmo. Mega Man é um game de precisão, de acertar o tempo de pulos e atirar. Parte da diversão está em ter essa dificuldade. Adicionar o efeito de rebobinar tornaria o game meio sem graça. Não se joga Mega Man querendo apenas avançar para ver o que tem adiante, algo que senti querer em The Disney Afternoon Collection.

Além de tudo isso, retornam os desafios (challenges) que também estavam presentes na primeira coletânea. São remix de estágios, batalhas em fila contra chefes entre outros desafios que possuem um cronometro em tela e são marcados em um placar de líderes global. Todos os quatro games possuem challenges, ainda que Mega Man 7 e 8 o possuam em menor quantidade (são apenas 10 para cada um, enquanto os outros dois possuem mais de 20 desafios inéditos, além dos originais criados quando os mesmos foram lançados pela primeira vez).

Ausências sentidas

Infelizmente Mega Man Legacy Collection 2 contém algumas mancadas. A primeira diz respeito ao número de games em sua totalidade. São quatro títulos contra seis da coleção anterior. Por que não resgatar mais alguma coisa? Muitos se perguntam se Mega Man & Bass lançado em 1998 para Super Nintendo não deveria estar aqui nesse pacote.

Não se trata de um título numerado, mas por muitos anos o game foi considerado a sequência de Mega Man 8 e o último título da cronologia clássica da série. Mega Man & Bass se passa um ano depois dos eventos de Mega Man 8, e inclusive Mega Man 9 faz referências ao título dentro de sua trama.

É um spin-off, mas é um game icônico para muitos jogadores e que não foi limado da cronologia oficial. Faria sentido tê-lo resgatado.

Talvez o grande mal de Mega Man & Bass seja o fato de que o game surgiu como um tapa buraco em um cenário no passado na qual o Mega Man 8 havia feito uma bonita performance no PlayStation e Sega Saturn, porém parte dos fãs ainda se encontravam presos na geração Super Nintendo.

Pensando nisso, Mega Man & Bass foi desenvolvido para ser uma espécie de quebra galho. Ele não é exatamente um game feito do zero. Há uma quantidade considerável de inimigos e sprites que foram simplesmente retirados de Mega Man 8, incluindo dois robôs chefes, e inseridos em Mega Man & Bass. O game é meio diferente em sua progressão, tem essa mistureba de sprites de PlayStation com aquela cara do visual de Mega Man 7. É meio bizarro ao se observar nos dias atuais.

Talvez ele não fosse digno de ser colocado ao lado dos games principais. Talvez deixá-lo na coleção só tornasse mais visível quão estranho e reciclado algumas coisas são no game.

Só que infelizmente os fãs lembram de Mega Man & Bass. A história do game faz parte da cronologia oficial, não foi simplesmente apagado da existência quando Mega Man 9 surgiu. Então meio que não tem realmente como esquecê-lo. Pensando assim, acho um erro terem mantido-o de fora.

Talvez o maior problema seja o fato de que ao contrário dos outros oito jogos originais, Mega Man & Bass nunca foi remasterizado ou portado para os novos consoles. Nem mesmo quando a Capcom trabalhou nos games na geração Gamecube e PlayStation 2 para a coleção Mega Man Anniversary Collection (lançado em 2004). É muito provável que os arquivos dessa coleção tenham servido como base para a criação das coletâneas Legacy.

Assim, também é uma pena que nenhum spin-off das antigas tenha sido incluído em nenhuma das duas coletâneas lançadas nessa geração. Tem muito fã que adoraria ter visto Mega Man Soccer (1994 – Super Nintendo) resgatado e marcado presença como um extra dentro da coletânea.

Por último, um outro detalhe menor que precisa ser mencionado diz respeito a versão de Mega Man 8 portada na coleção. Por ter sido portada a versão do primeiro PlayStation, significa que Mega Man 8 não apresenta dois chefes extras que foram criados para quando o game foi lançado no Sega Saturn (Cutman e Woodman). Tudo bem que são batalhas bem fraquinhas que não mudam nenhum aspecto das armas e layout de fases, mas sendo uma coleção de legado, poderia ter sido realizado um esforço para trazer a versão mais completa do game.

Considerações finais

Mega Man Legacy Collection 2 não é tão icônico e historicamente importante quanto o primeiro pacote de legado do robô azul, mas pra mim ele é muito mais especial, muito mais marcante. É a coleção que também apresenta um pouco mais da evolução que o personagem teve ao longo dos anos, através das gerações de consoles.

São quatro game que representam fases bem distintas da franquia. Que demonstram que Mega Man não precisa se apegar somente à sua fórmula mais retrô para funcionar. São igualmente importantes de serem resgatados e apreciados por uma nova geração de jogadores.

Pra mim a cereja desse pacote é realmente Mega Man 8. É o mais bonito, o mais encantador. Seja para veteranos, seja para um público mais novinho, que precisa ganhar a simpatia pelo personagem para que ele continue em novas aventuras em algum futuro na qual a Capcom precisa voltar a acreditar que exista. Minha cabeça explodiria se um dia houvesse um Mega Man 11 com o estilo gráfico de Mega Man 8.

Todos os games estão rodando com a fidelidade na qual rodavam na época em que forma lançados, o que é meio importante para a preservação de suas origens. Não é para ser um remake ou remaster, é para ser fiel a aquilo que os jogos foram quando originalmente lançados.

Há bons extras, ainda que eles não sejam tão impactantes assim. Não se passa tanto tempo neles quanto se passa jogando os games em si. Estão ali porque precisam estar, porque são importante estarem pelo valor em si da proposta da coleção.

E o melhor de tudo isso é que a Capcom abriu as comportas. Se Mega Man Legacy Collection não foi uma iniciativa solo e essa sequência aconteceu, o que a impede de que a próxima investida histórica não seja com os games da série Mega Man X? Por favor Capcom! Só faça!

Galeria de imagens

Títulos menos icônicos, mas ainda assim um Legado
Mega Man 7 é o estranhão, porém necessário
Mega Man 8 ainda é surpreedentemente ótimo
Mega Man 9 continua infernal (dificuldade)
Mega Man 10 é bom, mas deveria ser melhor
Coletânea respeita o pacote com extras necessários
Quatro games? Poderia ter mais um ou dois...

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