Relato do Guardião Mauri Link
— Eu sou um Titã. E de vez em quando, quando as coisas estão calmas e não estou mergulhando em meio a um bando de inimigos e acionando ferozmente o gatilho da minha arma, eu me recordo de quando era apenas um bom soldado, enfrentando apenas homens e suas máquinas. O rigoroso treinamento e os anos de experiência nas trincheiras e troca de tiros me fizeram ser bastante condecorado. Eu tinha medalhas, e tinha muito orgulho delas. Realmente, eu era um bom soldado. Mas um dia, tudo isso ficou para trás, tudo ficou escuro…
Até que eu pude novamente ver a Luz. Não uma luz qualquer, mas a luz do Viajante. Para ser mais exato, eu me uni a essa luz que corria em minhas veias como se fosse meu próprio sangue, que novamente estava quente. Meu coração bombeava esse sangue luminoso. Eu era um bom soldado. E agora eu sou um Titã.
As minhas habilidades de combate, mais uma vez se faziam necessárias. Mas agora, eu não lutava mais por uma nação, e sim por todo o nosso mundo. O Viajante e sua luz me dão a força necessária para lutar novamente, agora com a sempre presente companhia do meu Fantasma, que é uma parte de mim tanto quanto eu sinto que sou parte do Viajante e de sua luz.
Nos últimos tempos participei de batalhas épicas, contra seres mecanóides, das trevas, ou simplesmente de outros lugares do longínquo espaço. Junto de meus companheiros, impedi que as ameaças tivessem êxito em acabar com as nossas vidas. Todos juntos, embarcamos em uma dura jornada e nossa força foi capaz de repelir o mal que nos ameaçava.
Durante essa jornada, eu e meus irmãos de armas passamos pelos mais diversos momentos. As vezes simplesmente ficávamos de bobeira, dançando e passeando a esmo pelas diversas paisagens dos planetas do nosso sistema solar. Caçávamos baús de tesouros, íamos em busca de armas e armaduras melhores, disputávamos corridas com nossos pardais, e claro, medíamos força em duelos no Crisol.
Foram incontáveis horas cumprindo contratos, completando missões, colecionado itens, tentando encontrar maneiras de nos fortalecer. Quanto sentimentos tivemos nesses últimos anos, não é mesmo? Cada nova descoberta era um prazer. Desvendar os mistérios das Incursões, alcançando o Farol, passando raiva ás sextas-feiras quando o Xur só trazia mercadorias que não nos interessavam…
Viver nesse novo mundo foi algo do qual não posso me arrepender, conseguimos tantas memórias boas! Mas claro que nem tudo dura para a sempre, e quando a paz parecia ter sido estabelecida, fomos surpreendidos com uma cruel invasão. E nosso mundo foi sacudido, nosso lar, a Torre, foi profanada e atingida por uma onda de destruição nunca antes vista. Nós, Combatentes banhados pela luz do Viajantes, novamente éramos necessários.
Mas o poderio do inimigo, a Legião Vermelha, era imbatível, e sucumbimos perante seu líder, o impiedoso Dominus Ghaul. Ele tirou tudo o que podia, reivindicando que o poder do Viajante não poderia ser nosso, que éramos indignos de tamanha bênção. Tomou o Viajante para si, assim a luz foi arrancada de nós. Parecia ser o fim…
Mas era apenas o começo de novas jornadas, de novamente empunhar nossas armas, levantar nossos punhos, de nos aperfeiçoar e sermos melhores. Tudo aquilo que passamos, agora temos a chance de mais uma vez sermos heróis, e de junto de nossos companheiros vivermos novas aventuras em busca da luz.
***
Essas novas jornadas se passam no mundo de Destiny 2, uma continuação que aprimora sensivelmente todos os aspectos do primeiro game, e na maioria desses aprimoramentos, o resultado agrada ao jogador, sobretudo se a aventura anterior foi bem curtida.
Destiny nasceu como um projeto ambicioso, pensado para durar mais de uma década, apresentando um universo totalmente pensado do zero pela sua desenvolvedora, a Bungie. E sua maior força era a pretensão de unir jogadores para jogarem um jogo de tiro em primeira pessoa que fosse jogado tanto de maneira solo quanto coletivamente.
Alguns tropeços na maneira como a história foi apresentada, outros escorregões no conteúdo que veio após o lançamento, mas as qualidades de Destiny foram se sobrepondo a tudo, e o título conseguiu cativar uma legião de guardiões que fez de Destiny um grande sucesso.
Para Destiny 2, o desejo da Bungie de continuar com sua visão é perceptível. A desenvolvedora preferiu não se arriscar tanto, e o resultado final é mais uma aperfeiçoamento de tudo que já existia. O que nem de longe é algo ruim, afinal de contas, um arroz com feijão bem feito não deixa de ser saboroso nunca não é mesmo?
Relato do Guardião Thiago Machuca
– Olá. Eu também sou um Titã. É, eu sei que sou um Exo. Sim, às vezes outros Guardiões também me perguntam porque eu, sendo um Exo, resolvi me tornar um Titã sendo que muitos de nossa raça preferem se tornar Caçadores, seguindo o exemplo e trejeitos de Cayde-6.
Aliás, Cayde é uma figura. Já o vi por aí carregando um pôster de um tal ator chamado Nathan Fillion, supostamente um humano que viveu eras atrás e que fazia grandes papeis no que as pessoas chamavam de… como era… ah, televisão! Um aparato que usavam para se entreter quando o mundo não era dominado por guerras, robôs assassinos e alienígenas temperamentais. Alguns Guardiões dizem que Cayde ainda possui algumas transmissões em vídeo desse passado da Terra e que, sabe-se lá porque, se diverte assistindo esse tal de Fillion.
Enfim, continuando. Não tenho nada contra Caçadores ou Arcanos. Acredito que eles possuam grandes e poderosas habilidades, mas também são um pouco inconsequentes, sabe? Sair voando por aí atirando fogo de sua espada ou com aquele bastão elétrico que eletrocuta inimigo à inimigo é uma parada bem maneira, porém quando a situação requer lá estou eu para defende-los. Esmurrando o chão com minha habilidade de arco, ou protegendo-os com meu escudo de vácuo, ou até mesmo arremessando martelos solares, uma valiosa técnica que o Mestre Saladino me ensinou. Acho que sou daquele tipo que prefere dar suporte e entrar de frente para o perigo para proteger meus aliados. E um Titã me parece mais apropriado para tal tarefa. Por isso me tornei um.
Tal como meu amigo do relato acima, eu também já estou nessa há algum tempo. Fui encontrado por esse meu parceirinho Fantasma que passou a me seguir e muitas vezes ele fala tanto que mal tenho tempo para dizer qualquer palavra. Mas tudo bem, conversar não parece mesmo ser a minha praia.
Sei que também passei, junto com outros Guardiões, por vários perrengues nestes últimos anos.
Ajudei uma turma a acabar uma parada sinistra que estava acontecendo em um tal de Jardim Sombrio. Fui recebido com a Glória na Torre por causa disso, como se tivesse sido o único a estar lá naquela missão, mas vocês sabem que não foi assim, certo?
Despois veio aquela loucura a Eris Morn com a tal Escuridão Subterrânea e toda aquela raça bizarra da Colmeia tentando dominar a Lua, que nem é lá uma parada tão incrível assim. É só uma enorme rocha sem praias, caras! Mas eles estavam aqui na Terra também, e mexendo em coisas que não deveriam ser cutucadas. Também tivemos que dar um fim em todos, ainda que isso eventualmente acabou despertando um mal maior chamado Crota. Por fim Eris desapareceu. Espero que ela esteja bem, porém suspeito que quando ela retornar será para trazer mais dores de cabeça aos Guardiões… mas estaremos lá para combater sabe lá o que.
Claro que não foi só isso. Também acabei sendo enviado para ajudar a Rainha dos Despertos, Mara Sov no Cinturão de Asteroides conhecido como Arrecife. Foi uma jornada que me diverti bastante socando Decaídos de uma tal Casa dos Lobos, não vou negar que adorei a porradaria dessa aventura.
Só lamento a forma como as coisas se desenrolaram posteriormente, quando um tal Oryx chegou chegando no Arrecife. Nós não estávamos lá para ajudar quanto a armada da Rainha teve que fazer um ataque solo contra estes caras. Acabou que a Mara Sov sumiu em combate quando as coisas saíram um pouco do controle. Nunca encontramos seu corpo e há quem diga que eventualmente iremos encontrar Mara novamente. Espero que ela não tenha nenhuma raiva da gente por conta desse infortúnios eventos. De uma certa forma parece que o Viajante e a Luz sempre atraem problemas assim para nosso sistema solar.
E você acha que já teve uma vida de perigos e aventuras, certo? Pois é, mas nada se compara a quando O Rei dos Possuídos despertou e ameaçou toda a nossa existência. Depois acabei descobrindo que esse cara era o tal temido Oryx. E para nossa surpresa, o cara era o papai de Crota! A feiura certamente era uma característica da família, isso a gente tinha certeza.
Essa jornada contra Oryx e toda a sua patota de Possuídos que irritantemente se multiplicavam do nada foi talvez a nossa maior e mais empolgante aventura. Foi difícil eliminá-los. Até hoje remanescentes podem ser vistos por aí. Mas no fim demos conta da família Oryx. A menos que existam por aí algum meio-irmão ou uma mamãe por aí. Não sabemos ao certo.
Antes de partir para minha última missão antes da queda da Torre pela Legião Vermelha, na qual ajudei o Mestre Saladino com uns segredos sinistros a respeito de uma praga bizarra que sua panelinha de amigos enterrou na Terra para nunca mais ser revelada ao mundo (uma parada sinistra chamada SIVA) não posso deixar de lembrar as aventuras que alguns colegas Guardiões tiveram em certas Incursões.
Queria poder dizer que estive presente nestas Incursões, mas estaria mentido. Muitos dizem que me viram na Torre dos Guardiões comendo um X-Burguer enquanto outros seis Guardiões estavam desbravando a Câmara de Cristal ou colocando um fim em Crota ou em seu papai. Ora, até mesmo a parada com o Mestre Saladino deu ruim e uma galera teve que ir resolver um problema com a SIVA dominando algumas máquinas. Não haveria tanto X-Burguer na Torre inteira que eu pudesse comer para ficar de fora de tantos eventos! Nem sequer sei se deveria estar comendo um X-Burguer sendo um Exo!
A bem verdade é que estas Incursões são jornadas que tomam tempo. Ouvi dizer que a primeira na Câmara de Cristal o primeiro esquadrão de Guardiões a chegar lá levou mais de 10 horas para conseguir terminá-la. Que loucura! Quem tem tempo para ficar 10 horas sem ir ao banheiro? Certamente eu não tenho.
Eu não digo isso a ninguém lá na Torre, porque supostamente os Guardiões são (ou eram) meio negligentes com a turma que vive fora da última cidade, mas quando não estou fazendo missões e chutando a bunda de aliens que se acham no direito de atirar em nós, eu meio que ajudo uma família de humanos nos arredores da cidade. Eles precisam de proteção, comida e abrigo. Eu forneço isso a eles. Não nego que tenho um certo amor pela mulher e seu pequeno filho de 5 anos. Gosto de passar tempo com eles. Por isso é meio difícil sair com os caras do esquadrão e ficar 10 horas sabe lá onde passando fome, sede, vontade de ir ao banheiro e arriscando meu pescoço para resolver um problema que depois tem uma galera lá na Torre que filma tudo e exibe lá nos telões para a gente assistir.
Porém teve alguns momentos em que eu fui lá dar um socorro para uma turma presa em certas etapas das Incursões. Andei pela Câmara de Cristal, um lugar impressionante. Fiquei abismado com as acomodações de Oryx. O grandão estava bem em seus aposentos. Até hoje não entendo porque ele queria trocar tudo aquilo para passar calor aqui na Terra e ser picado por pernilongos e borrachudos.
A bem verdade é que essa gangue das Incursões vão atrás de tesouros. Nem ligam muito para os caras maus que estão protegendo estes baús. O Viajante nos protege, nos dá imortalidade, então a galera é meio que ousada e inconsequente mesmo. Estes Guardiões querem as armaduras da moda, as armas mais chiques e espalhafatosas que existem nestes locais. Eu nunca liguei pra isso. Minha armadura dá para o gasto e minhas armas, bem o Lord Shaxx sempre aprovou minha performance com minhas armas de segunda mão.
Mas ei, estas fora só algumas das minhas aventuras antes da Legião Vermelha chegar metendo o pé na porta. Explodindo a nossa Torre, sequestrando o Viajante e dominando o que seria a última cidade da Terra. Depois descobriríamos que nossa cidade não era exatamente a última. Os Guardiões apenas eram meio egocêntricos. Humanos viviam fora de nossas muralhas e estavam se saindo relativamente bem, ao menos o suficiente para nos acolher quando perdemos nossa Luz.
Não vou mentir. Foi um momento difícil. Achei que tudo estava perdido. Zavala, Ikora e Cayde-6 nos abandonaram. “Belos covardes”, me lembro de ter pensado. Hoje entendo que eles fizeram o que tiveram que fazer por passarem tempo demais acreditando que viveriam para sempre. A perda da imortalidade foi um baque para os velhotes.
Foi revigorante passar um tempo na Chácara da Hawtorne. Aprendi a ter contato com as pessoas novamente. Foi um lugar importante enquanto me preparava para colocar um fim na Legião Vermelha, enquanto a Luz voltava para me fortalecer novamente.
Aliás dizem que a Luz me escolheu, mas eu tenho certeza que o fragmento do Viajante estava ali para qualquer Guardião que estivesse disposto a alcança-lo. Essa turma da Torre tem mania de grandeza. De dizer que só há um único Guardião escolhido, mas cá entre nós? A gente sabe que todo mundo se ajuda um pouco e por sermos um time que somos realmente fortes, certo? Não existe um único herói. Todos os Guardiões que estão em uma jornada estão fazendo algo que culminará na resolução do problema, neste caso, foi com o fim da Legião Vermelha.
Bem, passado semanas desde que a Legião Vermelha foi derrotada, acho que hoje já posso dizer que foi legal Zavala e os outros Guardiões terem erguido uma nova Torre, muito maior e imponente que a anterior. É como disse, eles tem mania de grandeza. Mas é realmente uma nova Torre iradíssima, como certamente já ouvi diversas vezes Cayde-6 dizer.
Acabar com a Legião Vermelha não foi tão complicada como inicialmente achei que seria. Ter sido jogado lá da nave do Ghaul Dominus com o pé dele no meu peito não foi uma parada muito legal. Estava em um dos meus piores momentos. Passado o choque achei que me recuperei bem até chegar a hora em que eu é que meti meus dois pés na fuça do desgraçado.
Entretanto a jornada de um Guardião nunca chega ao fim. Novos desafios parecem estar surgindo ao horizonte. O Desafio dos Noves no Crisol é um evento que tem sido bem divulgado pelos Guardiões. Preciso arrumar dois parceiros Guardiões para ir lá mostrar meu valor. Preciso de tempo para isso, pois mesmo com todo o burburinho que a Legião Vermelha causou aos Guardiões e na Terra, felizmente a minha família não saiu ferida nestes eventos. Continuo até hoje cuidando deles sem que ninguém na Torre saiba.
É por isso também o motivo pelo qual não fui ao Palácio Cabal do tal Leviatã, ou seja lá como aquele cara se auto denomina. Eu vi algumas filmagens ao vivo de quando alguns Esquadrões estavam transmitindo no dia em que descobriram acesso ao lugar. Parece irado e uma das incursões mais complicadas e desafiadoras que estes caras já tiveram na vida. Requer tempo e dedicação e certamente Guardiões com tempo para tal deveriam tentar desbravar o lugar que é repleto de armadilhas e inimigos fortíssimos.
Quanto à mim? Bem, eu sigo de vigília aqui na Torre. Não, não estou comendo um X-Burguer, cara! Semanalmente volto para cumprir algumas missões, hoje chamada de marcos, que os líderes Guardiões me passam. Lord Shaxx também está mais ativo no Crisol, sempre com boas recompensas para Guardiões que passam horas treinando os novatos por lá. Venho fortalecendo a minha Luz, que atualmente se encontra no índice 270 segundo os fluxos matemáticos dos estatísticos da Torre (vai entender como estes caras conseguem colocar valor em meu poder). Aquele cara esquisito, o tal de Xur também retornou. Ele não me parece ter tantas coisas legais quanto tinha no passado, mas pelo menos ele parou com aquela complicação de só aceitar moedas estrangeiras (ou estranhas, sei lá) que eram um pé no saco para serem encontradas.
Apenas sei que essa jornada por essa nova fase da minha vida como Guardião parece estar apenas começando (de novo). A derrota da Legião Vermelha não me soa como da minha jornada, mas o começo de uma nova. O Viajante fez aquele negócio que você teve ter visto se estava em nosso sistema solar. Aposto meus engramas lendários de que alguém mal intencionado viu isso e vai, eventualmente, vir torrar a nossa paciência. Dizem que alguns Guardiões já andaram sabendo que coisas estranhas já estão ocorrendo em Mercúrio…
***
Quando o Mauri veio com essa ideia de escrevermos uma espécie de diário na qual narrássemos nossa jornada pelo mundo de Destiny não imaginei que seria tão divertido como de fato foi. Isso porque Destiny tem essa imersão peculiar na qual os jogadores vivem aventuras próprias, ao menos tempo em que elas também são coletivas, divididas entre tantos outros jogadores da enorme comunidade do game.
Destiny 2 foi lançado somente há algumas semanas, mas já conseguiu provar que a essência desse mundinho, desse vínculo pessoal com os jogadores e seus Guardiões continua tão forte como no primeiro game. E a aventura apenas começou. A Bungie tem planos para que o jogo siga recebendo novidades regularmente, fazendo com que a gente continua vivendo essa aventura, esse mundo de Luz, Loot e uma certa e inevitável repetição.
Quer a análise completa do game? É claro que este texto, por mais divertido que possa ter sido produzi-lo, não pode substituir uma análise mais factual sobre aspectos, impressões e uma opinião pessoal acerca de Destiny 2. Por isso convido a todos os leitores do site a darem um pulo no site do Jovem Nerd, na qual recebi o convite e tive mais uma vez a oportunidade de escrever a análise para eles. Lá já é possível encontrar a análise de lançamento do game.
Novas aventuras aguardam os jogadores de Destiny 2 pelas próximas semanas, meses e possivelmente anos! Este não é um game onde uma única análise ou impressão vai solucionar suas dúvidas acerca do título. Pode ter certeza que a partir deste ponto voltaremos com muito mais frequência a escrever novas opiniões e novas aventuras de nossas Guardiões por aí. — Acredite no Viajante, Guardião, se fortaleça na Luz! Nos vemos por aí!