É difícil da contar de noticiar ou até mesmo de ter conhecimento dos muitos indie games que estão sendo lançados ou em desenvolvimento no atual segmento da indústria dos videogames. Quando estão próximos de serem lançados e o título parece interessante e inusitado o suficiente, escrevo um Ficha Indie a seu respeito, mas quando ainda estão um pouco longe de chegarem as mãos dos jogadores, o melhor a fazer é listar aqui futuros indie games.
Cinco é um número bom para não inflar a postagem e nem fazer a pessoa que está lendo isso perder o interesse de assistir todos os trailers à seguir. Alguns dos títulos recém revelados não possuem todas as informações que alguns poderiam querer saber, mas só de ver um pouco do que cada um terá a oferecer já é algo bacana. Sem mais delongas, eis os escolhidos para essa ocasião. Todos previstos para serem lançados em algum momento de 2018.
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Dark Devotion (PC & Consoles)
O primeiro da lista foi anunciado no dia de publicação deste post, Dark Devotion está sendo desenvolvido pelo estúdio francês Hibernian Workshop e será distribuído globalmente pela The Arcade Crew. A previsão “later this year” no comunicado oficial da assessoria normalmente indica que ele deve sair mais perto do final do ano. Já tem um site oficial para ver mais detalhes. No Twitter é legal seguir @thearcadecrew e @HibernianWS para futuro updates.
O anúncio diz exatamente “PC & Consoles”, sem especificar exatamente quais plataformas, mas dá para imaginar que o título deve chegar ao PS4 e Xbox One, assim acredito. Caso contrário acredito que os responsáveis seriam mais específicos.
Gostei do clima sombrio do game, que é bem escuro, mas propositalmente, para criar uma atmosfera de tensão. A arte em pixel é fenomenal. Lembrou um pouco um clima de jogos como Castlevania, não que necessariamente ele seja um metroidvania. O comunicado de seu anúncio apenas menciona o título como um action-RPG. Também parece claramente inspirado em Dark Souls quando se olha para o combate e a forma como os inimigos atacam mesmo que o jogador esteja atacando. Defesar, rolar e saber o tempo certo para atacar parecem ser elementos chaves.
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Planet Alpha (PC, PS4, Xbox One & Switch)
Este aqui merecia um post próprio quando foi anunciado no dia 12 de março, mas contratempos ocorreram e não consegui falar sobre o game aqui quando era oportuno fazê-lo. Algo que estou corrigindo agora ao colocá-lo nesta seleção de futuros lançamentos para este ano.
Planet Alpha é uma mistura de gêneros, funcionando como um jogo de aventura com desafios de plataforma, puzzles e stealth (ser sorrateiro), tudo rolando sempre em side-scrolling, um termo em inglês que nem sempre é fácil de se traduzir, mas que normalmente se usa o clássico “visão lateral”, onde a tela do jogo avançar para esquerda ou direita, o famoso game 2D (ainda que os gráficos possam ser em 3D). O que me chamou atenção para o título foram seus gráficos, que criam uma atmosfera incrível para um game de ficção científica. Muito rico em detalhes de ambiente, profundidade e elementos em tela. Fenomenal.
O jogo está sendo desenvolvido pelo desenvolvedor dinamarquês Adrian Lazar, que trabalhou na IO, em títulos como Hitman (2017), Hitman: Absolution e Kane and Lynch 2, e que desde 2015 tem se dedicado exclusivamente em Planet Alpha. O anúncio surge no momento em que Lazar fechou contrato de parceria com a Team17 para que a mesma seja a distribuidora global do game em todas as plataformas já anunciadas. A previsão é somente 2018, sem indicar “later, spring ou summer” o que normalmente nos dá uma ideia de lançamento no mercado norte americano. Porém o trailer abaixo diz “Coming Soon“, o que talvez seja um indício que o título não deve chegar somente ao final desse ano. Resta aguardar uma data mais concreta. Oh, já ia me esquecendo, o site oficial está bonitão, vale a visita, e tem o @PlanetAlpha no Twitter para acompanhar novidades.
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Double Cross (Switch & PC)
Este é outro título que foi anunciado hoje, onde parece que o foco no lançamento inicial é trabalhar a base de jogadores no Nintendo Switch, mas sem deixar de fora o Steam, que detém (imagino) grande fatia desse mercado de jogos indie. Não duvido que futuramente Double Cross também debute em mais plataformas como o PlayStation 4 e Xbox One.
O desenvolvimento do jogo está a cargo da 13AM games, mesmo estúdio de Runbow, atualmente disponível basicamente em todas as plataformas atuais do mercado. Dá para notar um estilo visual característico em ambos os jogos. Visualmente não acho muito atraente, mas o título parece pensado também em agradar um público bem mais jovem. Dito isso, o design dos personagens é maneiro, possuindo uma pegada meio animê.
Achei interessante o estilo do gameplay, que parece focado em desafios de salto com um artefato que meio que engancha em alguns locais e também em outros segmentos que parecem envolver segurar e arremessar objetos. Parece um jogo de plataforma com um ritmo mais acelerado, daqueles que não pode dar mole com o tempo de resposta dos controles para não morrer. Tem potencial, mas ainda assim observaria de longe por novos trailers. Sairá em 2018, também bem vago o momento, e a distribuidora global de Double Cross ficou nas mãos da Graffiti Games. Já tem site oficial e os updates sobre seu lançamento devem aparecer no Twitter @13amgames.
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The InnerFriend (PC, PS4 & Xbox One)
Também recém anunciado, The InnerFriend já tem mês certo para lançamento, em setembro desse ano. O game é um projeto do estúdio canadense Playmind, em sua primeira IP oficial. E parece uma proposta ambiciosa. Jogos de terror, ainda mais aqueles que brincam com medos infantis sempre possuem potencial para impactar seu público alvo. Se vai conseguir isso é algo para ser avaliado quando estiver próximo a ser lançado.
O jogo tem um trabalho artístico que trabalha com visual abstratos e surreais, enquanto mantém uma linha narrativa com uma certa cinematografia e muito trabalho com o efeitos sonoros para dar a imersão ideal para o jogador. Parece um título que poderia funcionar muito bem com VR (Realidade Virtual), apesar de nada ter sido mencionado a respeito disso nesse momento.
O time de desenvolvimento tem trabalhado com estudos de um famoso psicólogo chamado Carl Jung, além de outras obras como Poltergeist e os filmes de Stanley Kubrick. O jogo também conta com Sabrina Calvo, uma famosa autora e educadora infantil, que está cuidando da parte do roteiro assim como do design. A história vai brincar com medos infantis, desde hospitais, pesadelos, abandono e assim por diante. Arrepiante? Possivelmente. Para mais, The InnerFrined já conta com um site oficial e atualizações no Twitter pela @playmind.
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The Messenger (PC & Consoles)
Para encerrar essa rodada de cinco novos anúncios de indie games, um dos que também queria ter feito uma postagem à parte quando anunciado em janeiro desse ano, mas não consegui: The Messenger, pelo estúdio canadense Sabotage Studios.
Aqui há duas coisas muito legais a respeito desse título. Primeiro que é um game de ninja, em uma pegada totalmente nostálgica a jogos como Ninja Gaiden, aqueles da época do Super Nintendo. Isso por si só já é animal. E segundo que o jogo tem toda uma atmosfera dessa época em um sistema que alterna entre gráficos 8 bits para 16 bits. Como assim? Assista o trailer logo abaixo para ver esse efeito acontecendo em tempo real. Eu achei genial!
Fora isso todo o resto do que o game apresenta em seu primeiro trailer parece ótimo. Um jogo de ação em plataforma, com muito combate, pulos, espinhos e desafios de morte. Para quem vivenciou essa época é pura nostalgia mesmo. A previsão é “later” 2018, o que talvez indique somente final do ano, e “PC & Consoles” sem dizer exatamente quais consoles. Para aguardar novas informações sobre o título só visitando o site oficial do estúdio e seguindo @SabotageQc no Twitter.
Se ficou animado com algum destes futuros indie games deixei aí um comentário, aqui mesmo no site, ou em nossas redes sociais. Se achou legal o post, ajude-nos compartilhando o mesmo, assim mais pessoas passam a conhecer estes jogos e quem sabe eventualmente venho a adquirir alguns deles, ajudando assim também estes estúdios independentes, que permitirá que eles venha a desenvolver outros novos títulos. Para assim, divulgarmos mais jogos. É assim que o ciclo de novos games se perpetua pela indústria de games. Cada um tem um papel que pode ser desempenhado. É isso!