Vampyr quer saber se você irá se tornar um monstro
Vampyr é um dos próximos lançamentos de peso que os consoles e o PC devem receber nas próximas semanas. Chega até mesmo em um período difícil de receber atenção: na semana que antecede o início da E3 – Electronic Entertainment Expo. E eu estou torcendo muito para que isso não ofusque o palco de seu lançamento. O título chega, mais especificamente no dia 5 de junho. Para PlayStation 4, Xbox One e PC.
O jogo é uma produção da francesa DONTNOD, o mesmo estúdio responsável por Remember Me* e Life is Strange. Um estúdio que tem escalado fama e mérito por saber trabalhar games com um contexto de escolhas e moralidades que mexem com a imersão do jogador. É um estúdio provocativa em suas propostas e Vampyr continua seguindo essa particularidade do estúdio.
* Remember Me, fazendo um parêntese, é um jogo da geração passada que foi um pouco injustiçado. Saiu no final da geração, poucos tiveram a chance de jogar e assim passou meio batido. Tinha mecânicas interessantes envolvendo manipulação espacial. Seria muito interessante se a Capcom (responsável por distribui-lo) pudesse relançá-lo neste geração.
Doutor vampiro
O que me desperta atenção em Vampyr é todo o tema que tem sido proposto por seus criadores. O jogador encarna um doutor que está chegando a uma Londres (início do século 20) que está sofrendo de uma doença com uma forte gripe. De repente ele se vê em uma situação em que é transformado em um vampiro.
E assim o game vai brincar com essa dualidade do personagem que total crê na ciência e de repente é apresentado ao mundo sobrenatural, algo que ele jamais acreditaria que existia. Logo um médico, que tem o juramente de salvar vidas, agora precisa matar para sobreviver. Acrescente aí a descoberta de que Londres está sofrendo uma invasão de vampiros, não só destes que se disfarçam entre os humanos, mas bestas e criaturas primórdios da mitologia destas criaturas.
Dentro de como isso vai refletir nas mecânicas do jogo, está o fato de que o jogador precisa matar para ficar mais forte. Em contrapartida, eliminar personagens faz a história e seu plot mudar, dependendo de quem o jogador assassinar. E o estúdio tem trabalhado bastante para fazer com que os NPCs tenham peso e importância dentro do plot.
Escolhas de diálogos e conversas que refletem a moralidade do jogador, marca muito forte deixada pela DONTNOD em Life is Strange também se fazem presente aqui, entretanto Vampyr não é um game de narrativa. Há muitos elementos de jogo de ação e RPG com visão e combate em terceira pessoa. É uma mistura muito louco de gêneros. Ousado, sem dúvida alguma.
Trailers e bastidores de desenvolvimento
Vou deixar ao fim dessa postagem dois de seus mais recentes trailers, que apresentam gameplay e história do game.
Logo em seguida há o primeiro episódio de uma webserie de quatro partes que o estúdio e a Focus Home Interactive (publisher do game) produziam e lançado no começo desse ano. Aqui os produtores contam sobre muitos detalhes sobre o game, suas metas e ambições para com o título. Dividido em quatro segmentos: Monstros (criaturas e a mitologia do game); Artefatos (sobre a atmosfera e ambientação); Humanos (escolhas e o peso dos NPCs); e Trevas (visão narrativa e imersão do jogador). Vale muito a pena assistir.
Senti um ar um pouquinho parecido com Witcher 3. Já fiquei interessado em jogar.