Xeno Crisis tem tiros e aliens mortos, no Mega Drive e na atual geração
Título está sendo lançado em cartucho e formato digital
Xeno Crisis é um lançamento curioso, pois está chegando esta semana e sendo lançado para algumas plataformas do passado – em cartucho (!) -, mais especificamente para Mega Drive, Dreamcast e Neo Geo. Isso, é claro, lá nos Estados Unidos. Não espere encontrar oficialmente cópias físicas nestas plataformas aqui no Brasil. Mas dá para importar através do site oficial, caso você seja um destes colecionadores e fãs destes consoles do passado da Sega.
Claro que se você está com o pé nesta geração de consoles, Xeno Crisis está sendo lançado digitalmente no Steam, PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch. Certamente são plataformas mais acessíveis atualmente no mercado global de jogos eletrônicos. Fora que dispensa toda a logística de distribuição de cartuchos em todos os cantos do mundo.
O título é uma produção do estúdio Bitmap Bureau, que obteve fundos para uma empreitada tão interessante por meio de uma bem sucedida campanha de financiamento coletivo via Kickstarter. Os detalhes dessa campanha podem ser encontrados nessa página, repleta de informações do que esse pessoal tinha em mente com o projeto. Trata-se do mesmo estúdio que desenvolveu o divertido 88 Heroes.
Basicamente Xeno Crisis é um retorno ao passado dos jogos de ação e tiro, também denominado como um shoot ’em ups, que basicamente envolve atirar em tudo na tela que vier contra o jogador. Altamente inspirado em clássicos como Contra, Mercs, Granada, Alien Syndrome, Zombies Ate My Neighbours, Chaos Engine e Shock Troopers, com uma forte estética vinda do clássico Smash TV.
Xeno Crisis não é um sidescrolling run & gun como Contra ou Metal Slug, possuindo um estilo mais isométrico, com a visão superior da fase, com suas fases baseadas em salas fixas, como ocorre em – usando exemplos mais recentes – Enter the Gungeon e The Binding of Isaac. Não usei estes dois exemplos à toa, pois o título da Bitmap Bureau usa-os como inspiração no sentido de oferecer uma experiência moderna ao formato clássico do gênero, como a criação de salas em formato procedural para suas salas, mapa e inimigos. É uma forma de trazer uma releitura clássica sobre uma ótica mais moderna e divertida aos tempos de hoje.
Na trama o jogador invade um posto avançado, chamado Posto 88, com a missão de botar um fim a uma invasão alienígena que tomou conta do local. Cabe a dois fuzileiros entrarem lá e saírem vivos desse cenário, enfrentando hordas e mais horas de aliens em salas sendo geradas proceduralmente. Cada nova jogada, tudo será ligeralmente diferente. Ao longo da partida, deve-se recolher tags deixadas pelos inimigos afim de conseguir pequenos updates que fortalecem seu personagem a cada novo estágio. Soa bem interessante, brincando bastante com essa pegada de ser nostálgico, mas não engessado como alguns destes clássicos são quando jogados hoje em dia.
Xeno Crisis tem gráficos 16bits, com uma pixel arte creditada ao famoso artista Henk Nieborg (que fez a arte do clássico título, para Mega Drive, The Misadventures Of Flink), além de uma trilha sonora toda em FM chiptune por Savaged Regime. Há suporte para 2 jogadores locais, além de sete áreas, com grandes chefões, dez opções de armas, duas opções de dificuldade e três modos de jogo. Parece entregar um pacote completo de tiros, alienígenas para massacrar com um divertido desafio. Gostei.