Pokémon Sword & Pokémon Shield desembarcou na última sexta-feira, 15 de novembro, exclusivamente para o Nintendo Switch, distribuído pela própria Nintendo enquanto seu desenvolvimento ficou a cargo mais uma vez da Game Freak, ambas que dividem ações da Pokémon Company.
Mais uma vez fomos contemplados com mais um game da franquia principal de Pokémon, o RPG que nasceu há mais de 20 anos e que agora chega a sua oitava geração, ou melhor dizendo, ao seu oitavo continente apresentado junto de uma nova fornada de novos monstrinhos.
Bem vindos a Galar
O pano de fundo apresentado em Sword & Shield se passa Galar, continente com um tamanho agradável e que traz diversas inspirações da nossa Londres do mundo real – ônibus de dois andares eu escolho você -, a maioria das cidades do jogo são lindas, bem ambientadas e com uma direção de arte impecável. Neste jogo temos a adição de uma nova área, intitulada de Wild Area, que falarei mais adiante que é onde há passaremos o maior tempo do jogo, principalmente após finalizar a história principal.
Como todo novo jogo da franquia principal de pokémon, logo de cara temos que escolher nosso novo pokémon inicial, lembrando que eles são Grookey (grama), Scorbunny (fogo) e Sobble (água) e contamos com um amigo/rival que seguirá os mesmos passos que os nossos nessa jornada, o Hop, e que encontraremos muitas vezes durante a história – muitas mesmo – , jornada a nossa que é ser o grande treinador pokémon da região capturando diversos monstrinhos e conseguindo derrotas os lideres de ginásio em busca de ser o grande campeão de Galar. Nesse meio tempo você também ajuda e investiga o estranho fenômeno da região, conhecido como Dynamax, que possibilita que os pokémons tornem-se gigantes.
Gostinho de um jogo Pokémon em Mundo Aberto
A Wild Area nos é apresentada logo no começo do jogo e nela é onde se passa a maior parte do tempo no mesmo, lá são encontrados diversos espécies de pokémons desde os níveis mais baixos até os níveis mais altos incluindo bichinhos em sua ultima evolução, que só evoluem por meio de condições especiais como o uso de pedras especiais. Tê-los ali não significa, é claro, que você poderá capturá-los logo de início – é preciso das insígnias de ginásio para que jogo lhe permita capturar pokémons de níveis altos.
Nessa região logo de cara notamos que a câmera do jogo deixa de ser fixa, como sempre foi em todos o jogos anteriores da franquia, para termos uma maior liberdade com a movimentação, podendo rotacioná-la livremente em 360 graus, mantendo a visão em terceira pessoa assim como vemos em jogos de mundo aberto nos dias de hoje. Uma pena que essa liberdade de movimento está limitada apenas a Wild Area, já que as cidades e rotas contam com as já conhecidas transições de tela e câmera sempre travada no personagem.
Dentro da enorme Wild Area encontramos diferentes tipos de ambientações climáticas e de terrenos, então não se assuste se você pode sair de uma área com sol e grama para um local onde está escuro e nevando em um piscar de olhos. Apesar da falta de sutileza nessa alteração de ambientação é muito bom não ter loadings ou telas de transição dentro da Wild Area, deixando a experiência muito mais imersiva.
É também nessa área que encontramos o maior diferencial nessa versão que são as Raids para capturar pokémons Dynamax, seja sozinho ou com até mais 3 pessoas no online. Existem determinados locais rochosos de cor rosa em que é possível desafiar um pokémon desses, basta que um raio rosa esteja vindo do céu para essa rocha rosa.
Um pokémon Dynamax são pokémons já conhecidos, só que de tamanho enormes, possuem maior dano e vida que os normais. Em situações mais raras há o chamado pokémon Gigantamax, que também são pokémons enormes, porém estes sofrem alguma alteração em sua forma e alcançam um ataque diferencial e mais poderoso, o G-Max. Vale apontar que nas versões anteriores de Pokémon fomos apresentados aos Z-Moves/Mega Evoluções que deram um novo ritmo as batalhas, essas habilidades não estão presentes em Sworld & Shield, até para não confrontar com o uso dos Dynamax.
Novos Pokémons e a Galar Dex
Como ocorre em cada nova geração, temos a adição aproximadamente de cem novos monstrinhos em Sword & Shield, incluindo novas formas para alguns pokémons já conhecidos, conforme ocorreu também em Sun & Moon com as formas Alola. Em Galar temos, por exemplo, um Weezing bem sofisticado, um Meowth bem invocado e uma Ponyta psíquica com um visual bem colorido. Isso para não mencionar que o caso do Farfetch’d, que passou a ter uma evolução realmente bem irada.
Diferente dos jogos anteriores, aqui não é possível capturar ou transferir todos os pokémons presentes nas gerações anteriores. Não existe uma National Dex, portanto. E nem todos os monstrinhos presentes em outros jogos estão presentes em Sword & Shield. Apesar disso a Game Freak trouxe uma gama satisfatória de pokémons das outras gerações para cá. A Galar Dex possui 400 entradas de pokémons, e até o momento desse texto que escrevo, e com quase 30 horas de jogo, não cheguei a capturar nem metade do que vi e ainda não vi nem metade do que há para se ver na Galar Dex. Então talvez a falta de alguns pokémons antigos afete apenas os mais fervorosos amantes do competitivo que gostam de manter seus times intocáveis.
Quatrocentos pokémons é um grande número, sem dúvida alguma, mas não chega perto da quantidade de monstrinhos que existem atualmente. A soma até a sétima geração já marcava mais de oitocentas espécies. Claro que isso não significa que a Game Freak não possa adicionar novos pokémons em Sword & Shield em futuras atualizações, ainda que não exista qualquer informação de que haja essa intenção. De toda forma é um ponto que pende para ambos os lados: há um grande número de pokémons, entretanto é inevitável sentir falta de muitos outros dada a quantidade que existe até então. Essa é a sina de novas gerações e jogos, ter que trazer contigo todos os pokémons de gerações anteriores. Os números só tendem a aumentar e o trabalho de animar e remodelar quase mil criaturas é sempre um desafio.
Estádios de Batalha
Os ginásios onde as batalhas pelas insígnias ocorrem são um show a parte. Em Galar as batalhas pokémon são reconhecidas como um grande evento, assim como o futebol. Então os tradicionais ginásios são substituídos por enormes estádios lotados pelo público para assistir a batalha decisiva entre o líder e seu desafiante. Soa muito mais como um evento esportivo.
Uma coisa bacana é que em toda disputa você utiliza um uniforme esportivo, dando maior seriedade ao evento, com direito até a escolha de número na camisa no inicio da jornada, número esse que é registrado até em seu League Card. Então pense bem nas piadinhas com números na hora da escolha, hein? Pois o League Card é o cartão onde fica registrado toda a sua performance como treinador, mostrando dados de capturas, seu time principal e outras informações mais importantes, e pode (e deve) ser compartilhado com os outros jogadores pelo mundo dentro das funções online do título.
Quanto as batalhas nestes grandes estádios, as mesmas seguem um pouco da fórmula tradicional, mas recriadas aqui para serem uma espécie de prova maratona que o jogador deve cumprir para chegar até ao evento principal. Aqui você resolve pequenos puzzles para avançar, enquanto disputa com outros membros do ginásio o direito de seguir adiante. Ao fim, quando encontrar o líder, a batalha ocorre como é decoro na franquia, com a exceção de que durante uma vez dentro da batalha, ambos os lados poderão usar o movimento Dynamax e tornar seu pokémon enorme frente a todos do estádio.
Mudanças na grama alta
Um ponto bacana é o aprimoramento na captura. Após Pokémon Let’s Go herdar uma captura no melhor estilo Pokémon GO, onde os pokémons apareciam pelo mapa e que não era necessário batalhar contra para enfraquecer os bichinhos, bastando apenas lançar a pokébola, em Pokémon Sword & Shield o jogador encontra um misto dessa ideia, junto com mecânicas da fórmula mais tradicional da franquia.
Agora há certos pokémons aparecendo para você fora e ao redor da grama alta, com alguns inclusive correndo para cima de você – como se não houvesse o amanhã – em busca de um desafio, como também há os monstrinhos que estão escondidos dentro da grama e são indicados no mapa com uma exclamação. No caso destes escondidos é preciso ir até eles para engatar uma batalha e descobrir quem são. E sim, os escondidos podem ou não ser o que estão à mostra andando pelo jogo, então o jogador precisa de fato encarar a grama alta várias vezes para ver o que ela tem a oferecer dentre a diversidade de pokémons da área em si. Não confie apenas nos que você pode ver andando ao redor dela.
Essa mudança também impacta as cavernas, que não mais possuem encontros aleatórios. O jogador pode ver e desviar dos pokémons caso assim decida nestas áreas. Podendo eventualmente encontrar alguns escondidos em armadilhas ou em lagos subterrâneos, a qual você pode sacar sua vara de pescar e tentar atraí-los para uma captura. Certamente isso deixa a exploração das cavernas mais prática e menos cansativa.
Arme seu acampamento
A interação com seus pokémons que foi adicionado aos últimos jogos da série, e que se beneficiava muito das telas portáteis do 3DS não foi abandonado em Sword & Shield. Os jogadores ainda podem brincar e alimentar seus monstrinhos nos acampamentos.
O Poké Camp apresenta uma maneira de interagir com seus pokémons em forma de minigame, podendo brincar com eles usando alguns brinquedinhos como se fossem verdadeiros pets e também cozinhar alguns ingredientes juntos de berries, que são conseguidas pelas árvores espalhadas pelo mapa, e obtendo assim um sabor especial aos seus pratos, e este ganharam uma própria Dex, chamada de CurryDex.
E essa interação não serve apenas como uma forma de descontração, você pode usar o Poké Camp em qualquer momento da exploração do mundo aberto para cozinhar para seus pokémons para recuperar a vida deles quando forem derrotados em alguma caçada. Assim não se faz necessário as idas e vindas até o Centro Pokémon ou aquele NPC que fica na entrada da Wild Area para curar seus companheiros caídos.
E falando em idas e vindas, é preciso elogiar o fato de que Sword & Shield habilita muito rapidamente a viagem rápida em seu mundo. Basta acessar o mapa e com um clique o jogador vai rapidamente para os principais pontos do mapa já visitado, com uma tela de loading muito rápida. Isso certamente foi pensado no fato da Wild Area se apresentar como um local exato dentro do mapa do jogo, que não exatamente se conecta as rotas tradicionais. Isso facilita o ir e vir para ela, sempre que quiser, com apenas um único clique.
Evolução… em progresso?
Pra quem jogou ou ao menos viu os últimos jogos da franquia no 3DS, como Black & White, X & Y e Sun & Moon, com certeza esperava uma grande evolução em questão gráfica. Até porque estes são jogos para um simples portátil, enquanto que o Nintendo Switch representa uma diferença colossal de processamento. Entretanto o que encontramos aqui pode-se dizer que é mais uma remodelação em HD do que um jogo com gráficos reinventados.
Claro que há algumas exceções, principalmente em alguns momentos das batalhas Dynamax ou em determinados pontos de algumas cidades, na qual dá pra ver um trabalho com maior carinho, mas no geral não há evolução palpável, sem contar que na Wild Area, nota-se que existe uma maior simplicidade ao ambiente ao redor, principalmente árvores e pedras, deixando evidente que ainda há aquela carinha de jogo portátil. Felizmente mesmo com tudo isso, o jogo ainda fica lindo na tela da televisão, e especialmente no modo portátil do Switch.
A trilha sonora é bem agradável, mantendo a essência encontrada anteriormente nos jogos anteriores. Entretanto a parte de som não é isenta de críticas, sendo que há pontos que precisam ser melhorados para evoluir a série. Posso dar um exemplo: achei agonizante que o jogo tenha muitas cutscenes com os personagens mexendo suas bocas e não saindo qualquer som das mesmas, apenas com textos mostrando o que estão dizendo. Já passou da hora da série dar voz ao seus personagens. Em um portátil você consegue entender o motivo desse aspecto técnica não existir, culpa das limitações de hardware, porém aqui no Switch há inúmeros RPGs com completo trabalho de dublagem, as vezes em até mais de um idioma. A plataforma suporta isso. Não existe motivos para se manter o jogo sem áudio para seus personagens. Nem mesmo como desculpa a tradição da fórmula da série.
Quer mais nesse aspecto do som? Os sons emitidos pelos pokémons também não sofreram alteração e continuam seguindo o que já era conhecido, com seus grunhidos bem simples. Já não estamos naquele momento que talvez eles pudessem soar como são na versão em animê? Tal qual ocorre com o Pikachu. Acredito que isso finalmente combine com o visual e apresentação que o título está entregando no Switch. É preciso repensar toda a parte dos efeitos sonoros da franquia a partir de agora. Subir o nível de sua qualidade.
Temos que trocar
Pokémon Sword & Pokémon Shield também possui funcionalidades online, que permitem a troca e batalhas contra outros jogadores ao redor do mundo. Fora isso há um modo cooperativo, que são as raids contra um pokémon gigante por vez. Estas raids são divertidas, mas oferecem uma experiência bem direta à proposta, sem nada excepcionalmente fora da curva da experiência das batalhas rotineiras da série. Não posso apontar que são exatamente mais difíceis do que aparentam ser, pois não as achei tão desafiadoras quanto talvez devessem ser.
Entretanto o que me chamou atenção nas funcionalidades online de Sword & Shield diz respeito a quão limitado se tornou o sistema de trocas neste novo sistema. Na verdade me recordo do velho sistema de Global Trade Link, que surgiu na quarta geração (Diamond & Pearl) e que veio se modernizado posteriormente. De como o jogador podia selecionar um pokémon que lhe pertencia para enviar no sistema online, criando regras sobre o que gostaria de ter em troca. Isso criava um mural de oferta e demanda de pokémons no sistema, com o jogador podendo pesquisar o que estava a procura e o que precisaria ter para trocar pelo desejado monstrinho. Não era preciso lidar diretamente com os jogadores, nem mesmo que estes estivessem online para realizar a troca. Você manda o seu para troca, assim como escolhia o que precisava, contanto que tivesse o que os outros jogadores estivessem pedindo. Achava esse sistema perfeito. E nada disso acontece aqui.
Em Sword & Shield a troca é mano a mano, ambos os jogadores precisam estar online. E não há poder de escolha pré-conexão. O sistema lhe conecta com alguém e um mostra ao outro, um a um, o que tem para trocar. É um formato que não permite buscas pelas espécies específicas e nem mesmo a chance de negociar de forma mais natural um pokémon a qual a contrapartida recusou sua primeira oferta. Afinal você não tem como saber o que a pessoa do outro lado quer. Não há nada para indicar isso. Ele não pode ver seus pokémons e você não pode ver os deles, quanto mais indicar o que está interessado. A impressão que tive é de que o sistema deu alguns passos para trás.
A troca surpresa, esta sim ainda permanece idêntica quanto nas versões anteriores: você manda um pokémon pro mundo, e recebe outro totalmente aleatório em troca. Um sistema onde normalmente as pessoas mandam pokémons ruins umas as outras. Não é um sistema muito bom para àqueles que procuram alguns monstrinhos bem específicos para completarem a Pokédex. Além disso, o próprio ato de trocar online exige que o jogador seja assinante do serviço online da Nintendo.
Existe também uma terceira opção de troca: a diretamente com alguém com que você seja amigo. Nesse caso você cria um código, que abre uma sala certa para a troca. Manda esse código pro seu amigo e ele vai se conectar exatamente no mesmo que ti. E aí vocês trocam o que desejarem, se comunicando por outros meios, como apps no celular, já que no jogo não há qualquer sistema de conversa entre jogadores.
O único inconveniente desse sistema é que ambos precisam estar online ao mesmo tempo. Não tem como você mandar um pokémon para um amigo e depois ele mandar um pra você. Nem mesmo é possível mandar um pokémon como presente a alguém. Isso me faz pensar que pessoas que jogam no mesmo console, como um pai e um filho, ou um namorada e namorada, não devem conseguir trocar entre si, já que o sistema exige que os dois estejam ao mesmo tempo no jogo para realizar a troca.
É certo que é um sistema imperfeito, que não pensa em certos cenários e limita um pouco mais a forma como habitualmente os jogos de pokémon permitiam a troca entre pokémons. E dá para ir mais além: não é possível neste momento a trocar pokémons entre Sword & Shield com Let’s Go Pikachu & Eevee, ou com qualquer outro título presente no 3DS. Só que nesse ponto a Nintendo já interveio e revelou que um app chamado Pokémon Home, a ser lançado em 2020, permitirá que estas trocas entre jogos possam acontecer. Resta aguardar.
Considerações finais
E se você leu todo este texto e ainda esta se perguntando se vale o show… sim, vale e muito! Pokémon Sworld & Pokémon Shield consegue manter a mecânica clássica de batalhas entre seis pokémons, que vem evoluindo geração após geração, e adiciona novas ideias a experiência da sua jornada como treinador pokémon em uma nova região recheada de novas espécies.
Apesar de não ter mega evoluções e nem z-moves, aqui temos os pokémons Dynamax e Gigantamax que são visualmente um show à parte.Talvez apenas incomode um pouco o fato de que as batalhas Dynamax aconteçam apenas em ambientes controlados, como as raids e as batalhas de ginásio, enquanto que os movimentos especiais dos jogos anteriores, como as mega evoluções, podiam ser usados de forma mais livre. Se bem que nesse sentido, o jogo consegue entregar uma experiência de batalhas mais tradicionais, sem a pirotecnia destes movimentos.
O título conta com uma pokédex com mais de 400 pokémons, incluindo os novos desta oitava geração, alguns de gerações anteriores com novas formas exclusivas e diversos outros pokémons clássicos de diversas gerações. Mesmo após finalizar a história principal levará um bom tempo caso você queira completar a Galar Dex, até pelas exclusividades entre pokémons entre as versões Sword e Shield. Inclusive, de diferente entre as versões há também dois ginásios com líderes distintos. Se quer saber mais sobre as diferenças, vale espiar este artigo da IGN US. É uma boa maneira de decidir qual versão escolher, ainda que seja bem tranquilo trocar e encontrar pokémons de versões contrário a sua pelo sistema de troca local e online. Amigos jogando não há de faltar (e você sempre recorrer ao nosso grupo no Facebook).
No geral, também quero apontar que gostei bastante que vários detalhes foram bem simplificados para quem é fã do competitivo e busca os pokémons com melhores atributos IV’s, pois o sistema de breed do jogo é bem rápido para cruzar e chocar novos pokémons. Até porque em Galar temos dois daycare’s. Fora que as raids para derrotar e capturar pokémons Dynamax facilitam a subida de níveis, pois quanto maior a raridade e força do pokémon que tentamos derrotar, melhor são os prêmios que incluem itens para a subida de EXP. Ou seja, não é nada complicado conseguir um pokémon com os atributos que você achar melhor. Ainda exige paciência e esforço, mas não é um pesadelo como já foi no passado da franquia.
Sem dar muitos detalhes, posso comentar que após os créditos do jogo ainda há algumas coisas a serem feitas por conta da história. Não entrarei em detalhes para não estragar a surpresa, mas posso dizer que são como pequenas side quests, e que só é obrigatória para quem deseja capturar o pokémon lendário exclusivo de sua versão, já que todo o resto do jogo já se encontra liberado para a experiência do jogador como mestre pokémon.
Certamente se você é novato na série, com certeza irá gostar do jogo, pois é a versão que você encontra a melhor experiência de fato dos RPG’s de Pokémon. Porém se você já vem de outras gerações, talvez ache a história mais do mesmo, ainda que, sendo realista, não há muito para onde fugir quando se trata de uma jornada com inicio, meio e fim já premeditada desde os primeiros jogos Pokémon. É uma premissa de mundo sempre com o tema de fundo envolvendo a região, seus fenômenos estranhos e seu pokémon lendário. É uma fórmula que hoje em dia deve agradar mais a uns ou do que outros.
Por fim, Pokémon Sword & Pokémon Shield é a fórmula de sempre, ganhando novas ideias, expandido conceitos com a Wild Area e chegando as telonas das TV’s de maneira digna. Entretanto claramente a série apresenta sinais de que é preciso melhorar ainda mais a parte gráfica e ainda mais na parte sonora, para se tornar um jogo que represente melhor a plataforma a qual se encontra. Até porque agora não há mais limitações de hardware como antes. Apesar disso o jogo se mantém grande como a série merece, e não que como não agradar facilmente a todos os fãs da franquia.
Galeria
Dando uma nota
Transição do portátil para a TV, em um console de mesa, supera expectativas - 9.5
Wild Area tem um ótimo conceito, ainda que sem atigir pleno potencial - 8.8
Batalhas Dynamax e Gigantamax visualmente são incríveis - 9
Segue demais a fórmula clássica, com um certo receio de mudar demais - 8.8
Galar não tem todos os pokémons, mas sua quantidade é suficiente para o lançamento - 8.8
Áudio, personagens e pokémons, precisa evoluir urgentemente - 7.9
Grande ponto de partida para novos jogadores, veteranos se sentirão em casa - 10
9
Excelente
Pokémon Sword & Pokémon Shield é um sonho que se tornou realidade. É algo que os fãs sempre desejaram ver em um console de mesa da Nintendo. Sua transição fora do mundo portátil não é isento de certos tropeços, mas o resulta é altamente positivo. Novas ideias, velha fórmula. A Wild Area funciona, ainda que pareça algo que pode vir a melhorar. As batalhas Dynamax ainda que não sejam tão estratégicas quanto as Mega Evoluções, visualmente são incríveis. Galar é um região que certamente ficará no coração dos fãs.