Análise | Shovel Knight – de Treasure Trove à King of Cards
Disponível para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC
Shovel Knight tem uma longa estrada desde que começou a ser desenvolvido. Sem detalhar demais, tudo isso meio que começou em março de 2013, mediante uma bem sucedida campanha de financiamento coletivo no Kickstarter, lançada pelo estúdio norte-americano Yacht Club Games. O jogo foi lançado oficialmente em junho de 2014, um pouco mais de um ano depois, para PC, Nintendo 3DS e Nintendo Wii U.
Só que o tempo foi passando e com isso o título foi chegando a muitas outras plataformas ao longo dos últimos anos. Até mesmo sobrevivendo a uma nova geração de consoles. Hoje é possível encontrar Shovel Kinght também no PlayStation 3, PlayStation Vita, PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e até mesmo no Amazon Fire TV (!).
O contraponto aqui é que o título não ficou simplesmente sendo portado de uma plataforma a outra desde então, mas novos conteúdos foram sendo lançados ao longo destes anos. Isso graças as metas estendidas de sua campanha de financiamento. Shovel Knight: Treasure Trove, como é chamado sua versão mais atualizada, é composto por tais conteúdos, que são divididos em quatro modalidades de campanhas, além de um modo adicional versus: Shovel of Hope (a campanha original), Plague of Shadows, Specter of Torment, King of Cards e Shovel Knight Showdown (modo versus).
Também é interessante apontar que Shovel Knight é o primeiro game da Yacht Club Games, estúdio criado em 2011, sob o comando de Sean Velasco e outros membros que vieram do estúdio WayForward, uma galera que trabalhou em jogos como Contra 4, A Boy and His Blob, Thor: God of Thunder, Mighty Milky Way, BloodRayne Betrayal e Double Dragon Neon.
Bem, Shovel Knight voltou a ser assunto ao final de 2019, quando King of Cards e Shovel Knight Showdown – últimos conteúdos das metas originais da campanha de financiamento coletivo – foram finalmente lançados, e disponibilizados gratuitamente a todos que possuam a versão Treasure Trove do jogo. E foi exatamente isso que me motivou a fazer esta análise, dando uma olhada geral em todo seu atual conteúdo, passando por sua campanha original, suas expansões e também no mais novo conteúdo lançado no final do último ano. Pude testar o título tanto na plataforma do Xbox One, quanto no Nintendo Switch, aproveitando que o mesmo acabou sendo disponibilizado na eshop brasileira em dezembro passado.
Gloriosos 8 bits
Shovel Knight tem muito da preocupação e qualidade dos clássicos jogos de plataforma dos tempos de ouro dos videogames, remetendo muito a escola 8 bits de jogos, desde Mega Man, Zelda II: The Adventure of Link, Super Mario Bros. 3 e o clássico DuckTales. Há um cuidado meticuloso em seu design de fases, sua ambientação, a trajetória do pulo e a forma como se ataca e reage aos inimigos.
Seu estilo segue o velho gênero de plataforma 2D, com o avanço lateral da tela, pulando em plataformas, vasculhando segredos em paredes e atacando os inimigos verticalmente, indo por cima dos mesmos. O jogo é dividido em estágios, que são interligados por um mapa de mundo semelhante ao de Super Mario Bros. 3, com eventos que podem ocorrer e se movimentar pela trilha do mapa.
Cada fase tem diversos checkpoints, afim do jogador não precisar reiniciar desde o começo caso venha a morrer. E se por ventura o jogador morrer, parte de sua grana é perdida, quase como um Dark Souls e sua coleta de almas, com o jogador precisando ir até o local em que morreu para resgatar seus seus espólios, e se morrer antes de chegar até esse ponto, mais dinheiro é perdido e a grana perdida da morte anterior não pode mais ser resgatada.
Diferente de Super Mario, onde moedas não servem para muita coisa além da vida extra, aqui em Shovel Knight os diamantes e joias recolhidas pelos estágios possibilitam ao jogador a compra de diversas coisas, desde mais corações que expandem a sua saúde, como poções que aumentam sua barra de mana, permitindo assim o uso de artefatos especiais, que também são adquiridos como tal disposição monetária ao encontrar um contente vendedor que irá adorar seu poder aquisitivo.
Tudo isso significa que a evolução de mecânicas de Shovel Knight é constante, diferente de clássicos jogos de plataforma, onde as fases ditavam a mudança no jogo, aqui o título segue um pouco a influência do mencionado Zelda II (e até mesmo um quê de Castlevania), a qual o personagem adquire novas ferramentas para usar e avançar pelos perigos das fases, que também escalam em perigos e criatividade a qual se apresentam ao jogador.
O título também conta com uma vasta gama de batalhas de chefes, sempre ao final de cada um dos estágios. Cada um com um estilo próprio de combate, que apesar de nem sempre oferecer um grande desafio ao jogador certamente o deixará atento e apreensivo a forma como seus padrões de ataques e movimentos, tal qual acontecia com os clássicos jogos de Mega Man. De DuckTales, fica a divertida “técnica da bengala“, só que aqui Shovel Knight usa uma pá para sair quicando em certos tipos de superfície, inimigos e chefes. E se você tem uma pá, claramente pode usá-la para cavar em certos buracos, extraindo aí mais joias e diamantes, assim como também usá-la como uma espada, dando “pazadas” nos inimigos e em paredes para descobrir itens escondidos e passagens secretas.
Shovel Knight se apodera do que havia de melhor nos clássicos da era dourada dos jogos de plataforma e os mistura em uma receita que o torna algo original e criativo, feito com carinho em uma forma de homenagear tal era, mas ainda prova que dá para ir além de modernizar o estilo a algo que o torne incrivelmente atraente e divertido ao tempos moderno.
Dentro disso Shovel Knight, mais especificamente Shovel of Hope, sua primeira campanha, apresenta uma carismática trama na qual um cavaleiro tem sua companheira sequestrada e sai em busca ao seu resgate, no maior clichê do resgate a princesa no última castelo do jogo, enquanto nesse meio tempo ele precisa derrotar os cavaleiros que servem a vilã da trama, enquanto salva as vilas que encontra pelo caminho de sua jornada.
O que enaltece essa trama são os muitos diálogos apresentados. O protagonista conversa com todos os chefes, e todos ali possuem algum tipo de background com o passado do herói ou com o mundo ao seu redor. Um tipo de contextualização que dá muita personalidade à forma como jogo se dispõe a contar tal fábula, expandindo qualquer simplicidade que também poderia funcionar dentro do estilo clássico do gênero.
Quatro campanhas são melhor do que apenas uma
E não acabou. Shovel Knight vai muito além de sua campanha original, dentro do pacote Treasure Trove, a qual oferece conteúdos que expandem o rico universo do título, incluindo mais três novas campanhas e um modo versus (que também funciona muito bem em single player). E é neste pacote de diversidade que Shovel Knight se mostra ainda maior do apenas a campanha de Shovel of Hope.
As campanhas adicionais – Plague of Shadows, Specter of Torment e King of Cards – oferecem mecânicas únicas que vão muito além dos elementos de jogabilidade de Shovel of Hope, oferecendo ideias únicas e movimentos singulares para cada um dos protagonistas destas novas histórias. Tratarei sobre cada uma delas rapidamente, uma de cada vez.
Começando por Plague of Shadows, protagonizada por Plague Knight, esta talvez seja a campanha que menos transpareça a ideia de algo novo, pois foi a segunda produzida e a que menos mudou em relação ao jogo original. Manteve-se muito do layout das fases originais, apenas com fé de que a mecânica de Plague Knight, com suas poções bombas fossem suficientes para dar um gosto diferente em relação ao material original. Infelizmente essa ideia não se mostrou tão correta assim.
Ao contrário da pá de Shovel Knight e de toda sua mobilidade, Plague Knight possui apenas suas poções, que servem tanto para atacar os inimigos quanto para o impulsionar para cima, permitindo que ele se lance por grandes distâncias. Este é a forma como o jogo vai permitir que o personagem tenha uma espécie de salto triplo. Dentre o repertório, ao longo da campanha, Plague vai aprendendo outros tipos de poções, bombas mais potentes e até mesmo uma que vai lhe permitir correr. São habilidades que poderiam ser bem mais interessantes se mais fases exclusivas para elas tivessem sido preparadas para essa expansão. Mas aqui, parece que somente as que as habilitam são realmente feitas para aproveitar o potencial de tal mecânica.
Vendo por esse ângulo, existe a possibilidade da Yacht Club Games ter percebido que não daria para produzir mais duas novas campanhas usando esta mesma abordagem, trocando apenas seus protagonistas. O ponto é que não basta apenas um novo personagem com uma jogabilidade diferente, é preciso novas fases, novos inimigos e formas de dar um fluxo narrativo diferentes para incentivar o jogador a retornar para estas novas campanhas. E com isso em mente a campanha Specter of Torment, com personagem o Specter Knight.
A mecânica com Specter também se renova, pois sua arma principal é uma foice, que em nada se parece com uma pá ou com as poções de Plague. Specter pode usar sua arma principal para se impulsionar em certos elementos dos cenários, possuindo inclusive a possibilidade de escolher a direção desejada a qual será arremessado. Isso muita muito como se movimento com o personagem pelos estágios, requisitando muito mais precisão do jogador para sair voando e conseguindo cair desejadas plataformas ou diretamente em inimigos bem posicionados.
A abordagem dessa terceira campanha também muita bastante em relação às duas anteriores. Há novas fases, produzidas especialmente para sua história, que se passa anteriormente a original, enquanto a de Plague Knight funciona quase como uma história paralela à original. Aqui, Specter está recrutando os cavaleiros que irão de servir como chefes na trama original. Esta também é a primeira vez que o jogo recebe uma espécie de hub world, uma Fortaleza a qual Spector vai interagir com NPCs, adquirindo itens e outros acessórios, com histórias para serem contadas ao jogador e mudanças no ambiente sendo realizadas enquanto se progride pela trama.
Tudo bem nesse conceito de uma base central não é totalmente diferentes dos vilarejos que Shovel Knight tem em sua campanha original, porém estes vilarejos eram segmentados ao longo do mapa principal. Já aqui, na campanha do Specter isso é mais integrado como um só local onde há tudo que o jogador precisa antes de seguir para a próxima fase.
A jogabilidade de Specter of Torment é bem diferente das duas campanhas anteriores. Seu grau de dificuldade é bem mais elevado, enquanto o personagem vai aprendendo técnicas que nenhum dos personagens anteriores possuem, como andar pelas paredes ou empurrar elementos com sua foice ou até mesmo se projetar como uma sombra sobre certos elementos. As fases possuem outras dinâmicas, outros elementos. É tudo muito diferente, de uma forma incrivelmente positiva. E é por conta dessa renovação que King of Cards, a última expansão, recebera tamanha expectativa da comunidade fã desse universo.
E é neste ponto em que estamos. Protagonizada por King Knight, King of Cards é a mais recente adição de conteúdo destas expansões de Shovel Knight. Aqui o jogador assume mais um dos vilões da trama original, em outro roteiro que se passa antes da história do jogo original, descobrindo como King assumiu como rei de um reino a qual não era dela por direito. King sequer é um rei, vivendo com sua mãe em uma casa cheia de ratos.
O DNA de tudo que a série construi até aqui se mantém, com uma jogabilidade muito bem apurada e precisa, com King possuindo outra mecânica diferente dos demais personagens das expansões anteriores. O personagem aqui usa uma técnica de dash que o impulsiona para cima e o faz planar e rodopiar, sendo necessário usar isso em quinas para se impulsionar acima de plataformas ou para acertar os inimigos, subindo e finalizando eles ao rodopiar sobre suas cabeças. Essa técnica de dash pode inclusive ser usada em meio a um salto, alçando maiores distâncias. Todas as campanhas e personagens tem essa brincadeira de movimentos que vão muito além do clichê do salto duplo, com uma pegada de manter o jogador no ar, se impulsionando até conseguir chegar a uma plataforma realmente mais distante.
King of Cards também recebe um mapa inteiramente novo, mais novas fases, ainda que reutilizando alguns elementos e cenários das campanhas anteriores, assim como novos inimigos e desafios totalmente diferentes de tudo que as campanhas até então apresentaram. A Yacht Club Games novamente se reinventa com esta expansão, mantendo muito do que ela aprendeu nas campanhas anteriores, segmentando o mapa principal em mundos, apresentando uma nova base central para o jogador interagir com NPCs e criando um roteiro bem humorado, com a apresentação de novos personagens.
Porém dentre uma das novidades mais diferentes, e talvez até mais inesperadas, é a adição de um modo de Batalha de Cartas que se mesclam de forma orgânica a progressão da campanha de King of Cards, as chamadas competições de Baralhos de Joustus. E totalmente integrada ao bom humor desta trama. Se King não é rei de nada, talvez ele possa ser o Rei de Joustus, vencendo seu torneio e seus campeões. Faz sentido!
E Joustus é um jogo de cartas bem diferente de outros que possam existir por aí. Não sou profundo conhecedor de card games, mas o achei realmente criativo e original. Trata se uma disputa mano a mano que consiste que o jogador empurre cartas até um ponto de ocupar uma casa de joia, sendo que a regras para aonde certas cartas podem ser empurradas variam de carta a carta. Há também um limite para até onde estas cartas podem ser empurradas, sendo comum que após algumas rodadas certas direções fiquem travadas, tanto horizontalmente, quanto verticalmente. Vence aquele que tiver sua carta em cima do maior número de joias quando suas cartas acabarem ou não houverem meios de se colocar mais cartas no tabuleiro.
Inicialmente parece fácil, mas o jogo vai escalando uma dificuldade realmente inteligente para as disputas, enquanto também vai apresentando novas cartas que burlam as regras originais, sendo que o jogador vai ganhando novas cartas a cada vitória, podendo escolher algo que o seu adversário tenha usado em partidas, enquanto também pode perder cartas especiais quando se é derrotado. Porém não é preciso se preocupar, pois os diamantes e joias recolhidas em estágios podem ser utilizadas para se adquirir novas cartas, inclusive habilidades de trabalha de um certo vendedor que ficará feliz em lhe esvaziar os bolsos. Com isso o jogador pode montar e customizar seu deck, preparado para diferentes desafios de Joustus que se apresentam ao longo da campanha, enquanto intercala tudo com as fases tradicionais de plataforma. Dá uma química e ritmo diferente a aguardada última campanha.
Venha para a arena de Showdown
Se quatro campanhas ainda não é o suficiente, ou o New Game Plus que cada uma delas possui, lhe deixando jogar novamente em um maior nível de dificuldade, porém com todos os artefatos e itens adquiridos, os possuidores de Shovel Knight: Treasure Trove ainda contam com Shovel Knight Showdown, um modo competitivo que adiciona um pouco de competição multiplayer em disputas em arenas recheadas de diamantes e mortes iminentes.
Essa modalidade funciona localmente para até quatro jogadores, ou você pode jogar sozinho, que a mesma também funciona incrivelmente bem em single player, oferecendo desafio e satisfação ao completar suas disputas com cada um dos muitos personagens que está presentes nesse modo versus.
Aqui o jogo lembra um pouco das arenas no estilo Super Smash Bros., com a distinção que não são batalhas de cabo de guerra para ver quem arremessa quem para fora do estágio (tal qual um Brawlhalla), mas competições que envolvem coletar diamantes ou apenas sobreviver antes até que as vidas de todos os adversários se esgotem. A saúde de cada jogador é medida no clássico estilo de corações, apresentas juntamente ao ícone de cada um em tela. Você morre se apanhar demais ou cair pelos buracos das arenas (o que é super comum). Power ups surgem em tela e podem lhe auxiliar ou lhe atrapalhar, um destes por exemplo, linka todos os personagens e os trocam se lugar no mapa, tornando muito confuso se localizar na tela por milésimos de segundos, o suficiente para cair em buracos e perder uma vida. Na caça de diamantes, morrer significa perde diamantes já recolhidos.
O mais legal, como já mencionado, é que essa modalidade funciona muito bem em single player. Os personagens controlados pela CPU mandam muito bem, quase como jogadores reais, sendo que o nível de dificuldade pode ser regulada caso o jogador esteja achando difícil demais. E ao final da disputa, uma excelente batalha final aguarda aqueles que vencerem todas as arenas até o final de um breve mapa de estágios.
É uma modalidade que permite que se jogue inclusive com personagens não jogáveis nas outras campanhas. É muito legal assumir, por exemplo, o controle da Shield Knight, interesse romântico de Shovel Knight que é sequestrada na trama principal. Aqui ela tem a chance de sair em disputa e vencer a vilã que lhe sequestrou. E cada um destes personagens tem uma historinha para contar no modo Showdown. E um segredo: há mais personagens desbloqueáveis conforme se vai vendendo essa modalidade.
A Yacht Club Games colocou muito carinho e dedicação nessa modalidade que difere de todo o resto do escopo do jogo, mas com uma atenção a não perder a identidade da série. Algo que poderia ser uma modalidade multiplayer que qualquer um experimenta por 10 minutos e depois nunca mais vai jogar novamente, se prova totalmente o contrário, criando um cenário em que você sente instigado a ver as histórias e os finais de cada um dos personagens, em especial daqueles que somente aqui se tornam jogáveis.
Considerações finais
Shovel Knight: Treasure Trove é uma obra prima, não há como discutir isso. O trabalho da Yacht Club Games é fantástico, em especial com todo o cuidado que o estúdio teve ao longo dos anos, desde o lançamento original em 2014, para manter os conteúdos prometidos em destaque e tão bons quanto a proposta original do jogo. Certamente é um melhores jogos independentes da última década. E não é surpresa alguma que este universo já tenha se tornado uma franquia, com novos jogos já em desenvolvimento: Shovel Knight Dig e Shovel Knight: Pocket Dungeon.
Shovel Knight é uma incrível homenagem aos clássicos de ouro do passado, que resgata o que havia de melhor em muitos destes consagrados jogos de plataforma 2D, provando mais uma vez que este é um gênero que se bem cuidado, ainda pode entregar muita diversão aos jogadores, independente da idade.
É um título que preza pelos detalhes, com fases bem planejadas, mecânicas de jogabilidade que vão se refinando com o passar de sua progressão e campanhas adicionais que realmente adicionam conteúdo a proposta original. O título trabalha muito bem seus personagens e suas histórias, indo além da trama enxuta que os jogos de plataforma do passado se satisfaziam. Os personagens são interessantes e suas histórias tanto quanto. É um jogo difícil, mas que não entrega algo impossível, pedindo apenas a perseverança do jogador. É um jogo que brinca com exploração dos ambientes, que apresenta segredos e incentivos para não ir roboticamente até o final de cada estágio. Existe aqui um encanto que não todo jogo consegue criar.
Além de tudo isso ainda é um título pontual. Já era fantástico em 2014, e agora, em pleno 2020, continua sendo um jogo incrivelmente divertido. Esteticamente não envelheceu, e suas mecânicas continuam tão boas quanto eram em seu lançamento. Novos conteúdos agora expandem o tempo da experiência, já que a campanha principal tem em torno de 4 a 5 horas, aproximadamente. Treasure Trove é um pacote que tranquilamente pode render mais de 20 horas de jogo, somando todas suas campanhas, as modalidades de New Game Plus e o modo Showdown. Há muito, e o preço é compatível com o que o jogo entrega. É um clássico moderno que todo mundo deveria conhecer. Simples assim.
Galeria
Extra – 40 Minutos de Gameplay
Dando uma nota
Glorioso visual, mantém um estilo clássico, mas entrega uma beleza gráfica genuína - 9.5
Treasure Trove é a versão que você deseja ter, o pacote completo de conteúdo - 10
Jogabilidade e level design meticulosamente bem planejado - 10
Showdown é uma modalidade multiplayer (e single player) surpreedentemente incrível - 9
Campanhas de Specter Knight e King Knight são criativas e reinventam a forma de jogar - 9.5
Já Plague of Shadows recicla demais a campanha original, apesar de ainda vale a pena experimentar - 7.5
Trato com o universo, personagens e história são impecáveis - 10
9.4
Fantástico
Shovel Knight: Treasure Trove é a melhor versão, contendo tudo que você pode querer de Shovel Knight e suas expansões. Quatro campanhas e um modo versus multiplayer. Todo o conteúdo dessa edição é formidável, resgatando com louvor a gloriosa era dos jogos de plataforma, mantendo a essência nostálgica do gênero, mas adaptado a um formato que conversa com a era moderna. É um game obrigatório para qualquer um que ame videogames.