Análise | Alex Kidd in Miracle World DX
Disponível para PlayStation 4 e 5, Xbox One e Series, Nintendo Switch & PC
Alex Kidd in Miracle World DX foi desenvolvido pela Jankenteam e publicado pela Merge Games e abrange o gênero aventura e plataforma, tendo sua data de lançamento em 22 de junho de 2021 para Steam, Nintendo Switch, PlayStation 4 (e PS5 por retrocompatibilidade), Xbox One (e Xbox Series por retrocompatibilidade). A versão utilizada para esta análise foi testada no PlayStation 4 e PS5.
Alex Kidd in Miracle World DX é um remake em lindos visuais desenhados à mão do pixelado Alex Kidd in Miracle World, lançado em 1986 para o SG-1000 Mark III. Este foi o primeiro jogo da série Alex Kidd e se tornou obviamente muito popular entre os jogos para Master System, sendo um dos motivos que o levaram a vir à memória do console (aqui no Brasil ele era o jogo de memórias de modelos do Master System II e III).
Primeiro vamos deixar bem claro uma coisa, Alex Kidd in Miracle World foi nada mais, nada menos que o primeiro jogo que joguei em um console de mesa, quando tinha por volta de uns 7 ou 8 anos, ganhei um Master System III Compact de aniversário e esse era o jogo que vinha na memória do mesmo. Logo o sentimento de nostalgia para mim é gigantesco ao conferir esta nova versão.
Quem é esse moleque?
Alex Kidd em sua aparência é um garoto com orelhas grandes e feições ligeiramente semelhantes às de um macaco (uma menção a Sun Wukong, o Rei Macaco), sua idade atual é incerta pois ele já chegou a parecer como um adolescente (em jogos de esporte anos após suas aventuras, vou falar sobre isso em seguida), mas existem boatos de que ele teria 14 anos. Sua vestimenta tem como característica as cores vermelha e amarela e a impressão que fica é que ele tem mãos enormes quando golpeia os inimigos com socos.
Alex por sua vez já protagonizou 9 jogos (contando já o Alex Kidd in Miracle World DX junto). Inicialmente ele foi amplamente utilizado como mascote oficial da Sega, mas com a chegada de um certo bigodudo italiano que estava ganhando força na Nintendo, a Sega começou a ver Alex como um personagem muito infantil e pensou em fazer um mascote mais moderno e descolado. O tal novo mascote viria a ser um novo personagem, que estava nascendo juntamente com seu jogo, não para o Master System mas para o seu sucessor, o Mega Drive. O tal novo mascote da Sega foi um tal de Sonic the Hedgehog (você já deve ter ouvido falar). Bom, o resto da briga entre Mario e Sonic você provavelmente já sabe e agora conhece o fato da substituição de Alex como mascote da Sega. Alex por sua vez veio em substituição a nave Opa-Opa, que protagoniza os jogos da série Fantasy Zone e era o mascote da Sega até a chegada de Alex.
Alex literalmente nasceu no Master System, console onde ele estrelou a maioria de seus jogos, mas também chegou a outros consoles e até mesmo ao Arcade, conforme podemos conferir: Alex Kidd in Miracle World (Master System), Alex Kidd BMX Trial (Master System), Alex Kidd: The Lost Stars (Master System), Alex Kidd in High-Tech World (Master System), Alex Kidd in the Enchanted Castle (Mega Drive), Alex Kidd in Shinobi World (Master System), Xarázard in Real World (Facebook) e agora finalmente Alex Kidd in Miracle World DX (PC, Switch, PS4/PS5, Xbox One/Series).
Apesar de seu sumiço como mascote, Alex Kidd não foi totalmente esquecido pela Sega, ele foi citado em várias situações e fez pontas em outros jogos, como por exemplo nos jogos da série Shenmue I e II (Dreamcast) onde era uma brinquedo colecionável e participou como um dos competidores nas corridas de Sonic & Sega All-Stars Racing (Nintendo DS) e também de Sonic & All-Stars Racing Transformed (Xbox 360/ PlayStation 3) e como tenista em Sega Superstars Tennis (PlayStation 2, PlayStation 3, Wii, Xbox 360, Nintendo DS e Mac OS X). É um personagem obscuro hoje em dia, mas que ainda tem muito carinho pelos fãs das antigas.
Aventura começa
Alex foi sequestrado quando era muito pequeno por ladrões e desde então mora sozinho no Monte Eterno, no planeta Aries (também chamado de Miracle World), onde treina a técnica Shellcore. Essa técnica permite que um ariano altere o tamanho e a resistência de seus punhos com sua força de vontade, sendo capaz de quebrar enormes pedras com os punhos (por isso os punhos de Alex ficam gigantes quando ele golpeia os inimigos e quando faz o Jan-Ken-Po).
Após o desaparecimento do rei, o planeta Aries cai em desgraça. O responsável por isso se chama Janken, O Grande, e para garantir seu domínio sobre o reino ele ainda sequestra o príncipe Egle, que seria o próximo a assumir o trono. Em sua investida contra o planeta Aries, Janken utiliza sua mágica e transforma muitos dos cidadãos em estátuas de pedra.
No decorrer da aventura, Alex Kidd descobre muito mais sobre suas origens e sua relação com os importantes eventos do Reino. Então a missão de Alex agora é descobrir o paradeiro de seu pai, resgatar seu irmão, restaurar a ordem em seu reino e derrotar Janken e todos os seus lacaios. Para progredir na aventura temos acesso a vários artefatos mágicos e medalhões que são necessários para progredir na trama, incluindo um item que pode ler a mente das pessoas, o que pode tornar possível ler as escolhas dos adversários no Jan-Ken-Po, o que deixaria as lutas com os generais, e contra o próprio Janken, mamão com açúcar.
O detalhe é que vencer eles no Jan-Ken-Po é somente a primeira parte das lutas, após perderem no melhor de 3, como eles mesmos falam, a luta parte para ataques físicos/mágicos. Alex ainda pode coletar moedas e usá-las para comprar vidas extras, itens, power-ups e veículos como uma motocicleta e um pequeno helicóptero movido a pedal.
Não quero entregar o final do jogo, mas é importante que o jogador saiba que Alex conclui sua jornada com o conhecimento de que nem tudo esta resolvido em sua terra natal e que sua jornada por este mundo está apenas começando. São deixados vários ganchos para jogos posteriores da serie. O que faz total sentido dada a quantidade de sequências que a franquia recebeu.
Assuma o controle
Se você já jogou algum jogo de plataforma e aventura nos moldes clássicos vai se sentir em casa aqui. Temos as ações básicas de pular e de atacar, no caso de Alex as únicas formas de atacar são com seus socos ou com os poderes do anel (que pode ser comprado em lojas ou encontrado ao longo das fases) que permite o disparo de um soco de energia. Outra mecânica é encontrada ao se coletar o cajado mágico que permite o voo de Alex por alguns segundos, onde iremos guiar ele pela tela e poderemos alcançar áreas altas e impossíveis de serem acessadas normalmente sem a utilização deste item e dessa habilidade.
Uma dica: use o analógico na hora de fazer o movimento de se agachar, para acessar áreas bloqueadas com pedras inquebráveis, mas que podemos passar agachados por elas, isso vai exigir correr e apertar para baixo para entrar no espaço agachado. Parece bobo, mas é um detalhe que passa batido com uma facilidade tremenda.
Os veículos têm sua própria movimentação padrão, mas podemos acelerar eles pressionando a direcional da direita (moto e lancha), no helicóptero teremos que pedalar com apertando um botão e em todos os veículos há outro botão para atirar projéteis.
Bem, mas entender os controles não é um grande problema para o jogo, contudo assumir o controle do jogo com destreza já é uma outra história. Isso ocorre porque trata-se de uma remasterização de um clássico de uma era em que os videogames não eram tão benevolentes com os jogadores como muitos jogos são hoje em dia. Este é um jogo dos tempos em que encostar um pixel sequer em qualquer inimigo é morte instantânea do jogador, a qual você reaparece do ponto em que morreu, sob o custo de uma vida. Perdeu as três vidas que o jogo lhe dá? Game Over e o jogador deve reiniciar toda a fase novamente. Não importa se você chegou ao chefe final da fase com uma vida e morreu, vai ter que recomeçar lá do início. Na sua cara, sem dó! Assim era os jogos antigos.
E isso não é tudo. Logo o jogador descobre que cair em inimigos é tão mortal quanto encostar neles. Não venha tentar dar uma de Super Mario Bros aqui. Isso para não mencionar um tipo de inimigo que lhe persegue mortalmente pela fase, caso você quebre um bloco que o desperte. Isso porque é um bloco misterioso, que pode lhe conter esse inimigo ou um power-up ou uma tão desejada vida, caso esteja jogando no modo em que vidas são importantes. Além disso, o soco comum do Alex tem um alcance complicado, sendo muito normal você morrer na tentativa de se aproximar de um inimigo em movimento, confiante de que conseguirá socá-lo.
Trata-se de uma fórmula que pode frustrar muito facilmente jogadores não habituados com esse estilo agressivo de matar o jogador dos antigos clássicos. Não que o título não tenha inúmeros segredos para impedir isso e conseguir avançar dentro da aventura nos moldes antigos. O inimigo que lhe persegue, por exemplo, pode ser interrompido se Alex acertar uma caixa com a marca de uma caveira. O jogo não lhe diz isso, mas os veteranos do clássico vão se lembrar disso.
Mas se você não é o tipo de jogador masoquista, que não se importa em morrer 300 vezes e recomeçar tudo novamente, não se preocupe. Esta nova edição de Alex Kidd in Miracle World DX vem com uma linda e vantajosa opção de ligar as vidas infinitas, algo que no passado muitos jogos possuíam por meio de cheat codes, e os jogadores descobriam nas velhas revistas de games e detonados. Aqui você só precisa apertar Pause e ligar nas opções do jogo. Simples e acaba com a necessidade de recomeçar tudo novamente. Dá para passar o jogo inteiro tranquilamente assim. Isso não vai evitar que você morra pra diabos, mas vai impedir de recomeçar as fases.
Na boa? Já comece o jogo com as vidas infinitas ligadas. Nem tente o jeito clássico. Depois de se habituar com o game, conhecer seus macetes, suas pegadinhas… aí sim você pode optar por algo mais agressivo e difícil tentando virar a aventura da forma clássica.
Mudanças gráficas e musicais
Alex Kidd in Miracle World DX tem a pegada visual com gráficos desenhados delicadamente a mão elevada ao máximo. Então comparar o clássico com o novo chega a ser até injusto. O estúdio teve todo um cuidado ao adicionar um efeito bloom nos gráficos, efeito que faz a simulação de iluminação e de seus reflexos, dando nuances de cor decorrentes da aplicação de reflexos nas superfícies. Por isso podemos ver a alternância da mesma cor em uma mesma superfície de acordo com o reflexo da luz refletida nesta. É bem impressionante.
O bacana é que esta nova versão permite que o jogador troque, em tempo real, entre o novo visual para os antigos gráficos, estes sim na velha pixel art de 8 bits. Imagino que seja algo muito impactante para aqueles jogadores que não viveram os tempos antigos, quando tais gráficos simplórios era um mundo de possibilidades, especialmente para aqueles que viveram a era do console Atari.
Então é possível trocar o visual do novo para o clássico com um simples apertar de um botão, neste caso o bumper esquerdo do console. Fazer isso em tempo real é uma coisa mágica. Quem jogou o original na época do Master System sabe o que significa jogar com o visual de anos atrás, toda a nostalgia que vem ao coração. Tudo era mais simples tecnologicamente, mas o desafio para os desenvolvedores sempre foi o mesmo, ser criativo e ficar dentro dos padrões tecnológicos disponíveis na época, e antigamente era tudo limitado.
Poder alterar quando bem entender entre os 2 visuais nos dá a oportunidade de relembrar o passado e ver o presente (o futuro do que vivemos na época) simultaneamente. Uma curiosidade é que agora temos os habitantes de Radaxian transformados em pedra pelas fases e podemos conversar com eles. Isso não existia no clássico e, caso aplicarmos o padrão antigo ao jogo, eles vão estar lá, como uma adição ao enredo, mas com o visual que eles provavelmente teriam na época. Simples, mas bacana terem esse cuidado de acrescentar coisas, mas sem estragar a imersão delas no jogo antigo.
As paisagens por onde Alex passa ao longo de sua jornada são bem ricos, porém clássicos aos jogos dessa época. Há os cenários de vulcões, vilas, florestas, desertos, bases inimigas e também as fases aquáticas. Estas últimas normalmente surgem quando o jogador bate seu helicóptero em qualquer coisa, o que o faz explodir e o joga para um segmento aquático. No geral as fase são bem curtinhas, mas que não davam essa impressão no passado porque era comum o jogador perder muitas e muitas vidas até decorar todas as armadilhas e perigos de casa uma destas fases muito bem planejadas para lhe matar em inúmeros pontos.
Outra observação importante deste remake é que contamos com algumas fases extras que foram adicionadas e que não existiam no original. E todas possuem essa releitura do passado, mesmo que elas não tenham existido no original. Uma sacada bem feita e que nos permite ver novidades no clássico, reimaginados como se tivessem existidos no passado, quase como se fossem peças perdidas que nunca estiveram ali.
A parte musical conta com músicas novas (para as áreas novas criadas para essa versão) e versões remasterizadas das músicas clássicas, que em geral ficaram mais calmas e leves se comparada com as clássica (você pode ouvir as duas caso troque o visual durante sua jogatina) em geral elas estão mais convidativa e chamativa nas áreas novas e nas batalhas de chefe.
Detalhes que importam
Em se tratando de um jogo antigo, a qual raramente naquela época havia localização de games para nosso idioma, fico contente em dia que Alex Kidd in Miracle World DX possui diversas opções de idiomas, dentro elas o nosso português brasileiro. Poder jogar entendendo tudo dá uma nova perspectiva para o jogo, além de permitir a entrada de novos jogadores nesse mundo de Alex Kidd. As placas, o nome dos itens, a fala dos personagens, tudo foi localizado. Um jogo que facilmente pode ser apresentado a qualquer criança que já esteja lendo. Isso é sensacional!
Gosto também do mimo de poder alterar a comida que comemos para passar de fase. No original era um Oriniguiri (um bolinho de arroz japonês geralmente em forma de triângulo, envolto por uma folha de nori), mas agora temos outras opções para alterar conforme a escolha do freguês. Em tempos onde as opções alimentares são diversas, é algo interessante a se oferecer. As outras opções são Hambúrguer, Omelete Espanhol e Peixe com fritas. No jogo isso vai se refletir na alteração do item que pegamos para passar de fase, mas nada relevante ou que vá alterar a trama do jogo. Mas é legal mencionar que nas telas de loading entre cada fase, em que mostra aonde estamos no mapa do jogo, Alex vai aparecer consumindo a comida que o jogador escolher. Mas vem cá, dentre estas opções, poderia ter uma opção vegana, não? Tem uma turma aí que hoje em dia não come carne, peixe ou ovos… acho que nesse caso é melhor ficar com o clássico oniguiri.
Um último detalhe que faço questão de comentar é que após completar o jogo é liberado dois novos modos. O primeiro é o Classic Mode, que nos joga direto no passado, onde podemos jogar a versão original lá de 1986 de Alex Kidd in Miracle World, com nada de melhorias gráficas, nada de vidas infinitas ou saves por áreas concluídas. Neste modo você deve vencer o jogo todo em uma sentada no sofá, ficou sem vidas, é Game Over meu amigo. O jogo é inclusive exibido no centro da tela e no fundo temos o cartucho de Alex Kidd como era na época dos Master System. Uma boa opção já que o título original tinha as limitações do tamanho “quadrado” das televisões da época.
O segundo modo é o Boss Rush Mode, que nos coloca direto em batalhas contra os chefes nas clássicas Jan-Ken-Po, mas sem ajuda de itens mágicos, e com somente uma vida. Caso a derrota venha você terá que vencer todas as batalhas novamente. Lembrando que essas batalhas são realizadas em um teatro com uma plateia de animais assistindo. São modos recreativos, para expandir um pouco mais a experiência dessa fórmula, e que foi realizado todos os cuidados para dar um charme extra a forma como são entregues ao jogador.
Considerações finais
Jogar Alex Kidd in Miracle World DX sem sombra de dúvida vai ser uma experiência totalmente diferente para um jogador que nunca experimentou o clássico original e para um veterano que revirou o jogo no passado (certamente com alguma revista de detonado). Particularmente já joguei o original diversas vezes, seja no clássico na memória do meu Master System III, seja nas suas aparições em coletâneas da Sega lançadas na era “moderna” dos jogos. Para mim foi algo mágico poder voltar a este mundo tão conhecido de minha infância e ver que as combinações de Jan-Ken-Po (que na época eu chamava de 0-2 ou 5) descobertas com a ajuda de meu pai ainda estavam funcionando e sendo efetivas nos confrontos com os chefes.
Esse é o sentimento buscado ao revisitar esse mundo e ver que mesmo estando tudo igual ao passado, as diferenças nas lutas com chefes, a inclusão de novos inimigos e novas fases caiu muito bem para esta nova roupagem. Para quem não o conhecia, imagino que o visual clássico pode ser estranho e desnecessário, mas ele tem lá suas virtudes. E vou deixar uma dica: a janela de erro para os acertos em inimigos na versão antiga é mais precisa do que no novo, então se o visual novo está mais difícil, tente a mesma parte no modo antigo.
Pensando assim, acho fácil concluir que a transição entre gráficos em desenho para com a versão pixelada é um contraponto da jogabilidade. É o jogo lhe pedindo para transitar entre os estilos. Descobrir que muitas vezes um cenário mais simples, menos poluído, torna mais fácil enxergar aquilo que o estilo desenho animado muitas vezes não torna tão óbvio assim. É uma boa sacada.
Há também que se pensar que Alex Kidd in Miracle World DX emula uma experiência de um jogo antigo, com todas as nuances que estes games possuíam em seus tempos de glória. Pulos podem enganar um pouco as vezes, fracassar em acertar um inimigo fazem parte das tentativas e erros. Jogos clássicos frustravam, e muito. Aqui os desenvolvedores deram uma colher de chá aos novos jogadores, oferecendo as vidas infinitas, o que é uma boa solução para a extrema dificuldade a qual as coisas podem ser aos jogadores afobados que vão se esquecer que não tem corações ou barra de saúde aqui. Claro que assim, sem o vai e vem do Game Over, o título é mais curtinho do que vamos nos lembrar lá nos tempos de pirralho.
Ou seja, trata-se de uma obra em que se faz necessário esse olhar no passado. Não é uma obra que veio lá da década de oitenta para ser reinventada ou modernizada aqui. Ao menos não nessa remasterização. A proposta aqui é ser fiel ao original, incluindo controles, dificuldade, longevidade e, com certeza, certa frustração. Tempos gloriosos, mas nem sempre adocicados.
Galeria
Dando uma nota
Visualmente a remasterização é um deleite aos olhos, preenchendo em muito as lacunas da arte original - 9
Inclusão de novas fases e de novos inimigos dão um gostinho de novidade em relação ao clássico - 8.5
Novas músicas baseadas na trilha clássica ficaram ótimas - 8
Alterar em tempo real a nova versão com a original, a qual até as músicas mudam, é incrível - 8.5
Possui jogabilidade clássica, com aquela dificuldade de seu tempo, amanciado pela opção de ligar vidas infinitas - 7.5
Aos veteranos e fãs é nostalgia pura, aos novatos pode ser frustrante com as artimanhas da jogabilidade do passado - 7
Classic Mode e Boss Rush Mode são conteúdos adicionais simples, porém interessantes - 7
Um clássico agora totalmente localizado em português, torna-o mais acessível por aqui - 9
8.1
Ótimo
Alex Kidd in Miracle World DX reúne o melhor de dois mundos, do antigo e do novo. Poder alternar a qualquer momento para os gráficos antigos e os novos foi algo muito interessante e bem planejado, algo simples, mas que atinge como um soco do Alex aquele cantinho que temos para sentimentos nostálgicos no mundo dos games. A jogabilidade segue as artimanhas e dificuldade dos antigos jogos, a qual morrer constantemente era a forma de dar longevidade a um título, e isso pode frustrar jogadores mais novos, contudo o jogo amacia esse elemento oferecendo vidas infinitas dentro de suas opções. Trata-se de uma linda remasterização com a entrega da experiência clássica de jogabilidade.