Análise | Marvel’s Guardians of the Galaxy

Disponível para PlayStation 4 e 5, Xbox One e Series, Nintendo Switch & PC

Marvel’s Guardians of the Galaxy talvez seja a história mais divertida e empolgante que você irá encontrar, neste momento, baseado nestes personagens que ganharam uma fama descomunal, graças aos filmes do Universo Cinematográfico Marvel, enquanto justamente o terceiro filme dos Guardiões da Galáxia não estrear nos cinemas, algo que só está previsto para acontecer no distante maio de 2023, e se não houver novas mudanças da data.

Deixando o futuro filme de lado, o que temos hoje é uma nova abordagem a uma franquia que tem escalado certa atenção nos últimos anos. Um título desenvolvido pela Eidos-Montréal, mesmo estúdio responsável pelos últimos jogos da franquia Deus EX e por Shadow of the Tomb Raider, título final de uma trilogia que reinventou Lara Croft a uma nova geração de jogadores. Ou seja, é um estúdio peso pesado, subsidiária da Square-Enix, que também atua como publisher deste lançamento.

E me permita colocar os pingos nos is. Sim, este jogo vem do recente acordo da Square-Enix com a Marvel, que teve como primeiro fruto o não tão badalado, e um tanto contraditório, Marvel’s Avengers. Bastante criticado por ser um jogo com muitos tropeços, especialmente em não saber lidar com um multiplayer online quase obrigatório e usar o modelo de “game as a service”, termo atual designado para lidar com jogos possuem um modelo de negócio de receita contínua, sempre criando novos conteúdos, e usando dinheiro real para compra de créditos ou skins dentro do título. Pois bem, Marvel’s Guardians of the Galaxy não contém absolutamente nada desde modelo nada agradável utilizado pela Crystal Dynamic para Marvel’s Avengers. Pode comemorar.

O título é um jogo de ação e aventura, com uma forte direção narrativa, com incontáveis linhas de diálogos, a qual o jogador deve tomar algumas decisões de respostas que geram consequências na trama, além de usar elementos comuns de Action RPG na hora em que mecânicas e jogabilidade assumem o comando. Tudo isso na mais absoluta experiência single player. Dá para dizer facilmente que basicamente é o que muitos gostariam que Marvel’s Avengers fosse em sua essência.

Outro detalhe que ajuda muito a receptibilidade de Marvel’s Guardians of the Galaxy, especialmente em nosso mercado nacional, é que o título chega totalmente localizado em português, com inclusive direito a dublagem pelos próprios dubladores que também dão suas vozes aos personagens nos filmes por aqui. No idioma original (em inglês), as vozes originais dos personagens no game infelizmente não contam com o elenco hollywoodiano, o que torna ainda mais legal o fato daqui os responsáveis pela localização terem ido atrás dos dubladores nacionais dos personagens presentes tanto nos filmes, quanto nas animações.

E essa coisa de dublagem é muito importante aqui porque o jogo tem muitas linhas de diálogos, não apenas quanto está em cenas de história, mas ao longo de todo o gameplay, os personagens estão sempre falando, sempre discutindo a situação do jogo, fazendo piadas e gracinhas. É um jogo que tem um arquivo de áudio gigantesco, dado ao fato de você quase nunca irá se encontrar explorando pelo mundo em silêncio. Os personagens nunca param de falar. NUNCA. O trabalho dos dubladores com inúmeras linhas de diálogos deve ter sido exaustivo, e a entrega deles aos seus personagens se mantém com uma incrível qualidade. Estão todos de parabéns, pois a dublagem ficou fantástica.

Aventura nos confins do espaço

O universo do jogo Marvel’s Guardians of the Galaxy não é o mesmo universo das atuais adaptações hollywoodianas, ao menos em termos de roteiro, pois a representação dos personagens e suas personalidades parecem altamente inspiradas no que as pessoas conhecem pelos filmes, ainda que também puxem alguns elementos dos quadrinhos, de suas origens e histórias paralelas.

A própria história de origem de Peter Quill (Senhor das Estrelas) é diferente da criada para os filmes, a qual sua mãe tem câncer e vem a falecer, com Peter sendo abduzido logo em seguida. No jogo o lar em que o jovem Peter mora com sua mãe sofre uma invasão alienígena e a mesma vem a ser morta, com Peter sendo sequestrado e levado para os confins do espaço.

Essa mudança tem alguma importância? Em termos narrativos, para a construção da trama do jogo, vai importar em certo momento futuro, a qual inclusive permite um (curioso) final alternativo, entretanto não posso dar maiores detalhes afim de evitar spoilers importantes dentro da experiência de jogo para cada um.

O que temos aqui é mais uma aventura dos Guardiões da Galáxia, que tem início em uma caçada a um monstro dentro de uma zona não permitida, que culmina na prisão e multa de todos os membros, que precisam encontrar um meio de pagar essa multa afim de não permanecerem presos. O ponto importante destes eventos é o encontro de Peter com Ko-Rel, líder da Tropa Nova, e sua filha, Nikki Gold.

O jogador descobre que Peter teve um relacionamento com Ko-Rel alguns anos atrás, numa contagem que vai bater com a idade atual da Nikki. Pois é, some dois mais dois e o jogador ficará intrigado com esse quatro. Um dos pontos centrais da trama é saber se Nikki é realmente filha de Peter, algo que somente perto do fim do jogo será esclarecido.

Isso porque a Tropa Nova se encontrará em uma enrascada, sendo dominada por uma seita religiosa, a Igreja Universal da Verdade, e isso também colocará os Guardiões em meio a turbulentos eventos a qual se virão novamente envolvidos em uma missão para salvar… bem, a galáxia!

Como apresentado, boa parte do enredo e trama principal do jogo irá se focar em eventos diretos envolvendo Peter Quill, explorando estes pontos de seu passado e como isso afeta o relacionamento com a sua atual equipe. Quanto aos demais personagens, Rocky, Drax, Gamora e Groot, o jogador irá presenciar como os mesmos reagem aos eventos, mas a trama realmente não é sobre eles ou suas histórias e origens.

Claro que isso não impede que alguns contos com o resto da tribulação surjam em alguns momentos. Há diálogos com todos os membros da tribulação em que eles contam um pouco sobre si, enquanto a história vez ou outra ensaia momentos maiores com estes personagens. Por exemplo, Drax tem uma grande admiração por Lady Hellbender, o que gera uma engraçada cena em que ele negocia a venda de um membro da tribulação dos Guardiões.

Rocket é outro personagem que também tem seus momentos aqui, quando claramente o personagem apresenta problemas em confiar em seus amigos, dado os traumas de seu passado, sempre apresentando uma fachada de durão e inflexível, sempre com pedras e xingamentos com aqueles que opinam de forma diferente dele, sempre demonstrando como Groot é muito importante para ele.

Um elemento narrativo do jogo que está ligado ao gameplay são pequenas decisões de respostas que Peter Quill pode dar aos membros de sua tripulação e a outros personagens da trama, que podem ou não refletir em eventos dentro da trama. Estas linhas de diálogos não geram ramificações enormes que possam mudar plenamente o rumo da trama. A mudança é momentânea e pontual, criando uma situação muito específica ali, do momento da escolha.

Posso exemplificar. Há um momento, divulgado nas peças de divulgação antes do lançamento do jogo, em que Drax joga Rocket de um penhasco, afim dele ativar uma ponte. O jogador pode escolher que Drax não faça isso, e então há que seguir uma caminho diferente para sair do outro lado do penhasco. Pode envolver alguns batalhas adicionais contra inimigos, o que é legal. Rocket passa a ser mais legal com Peter por conta disso. A decisão contrária é deixar Drax jogar Rocket, Peter vai pedir desculpas, mas Rocket vai ter mais ressentimento por isso, enquanto o jogador pode evitar alguns batalhas, o que talvez não valha a pena querer. Percebe? São coisas pequenas, que não vão afetar a forma como o enredo principal será conduzido.

Em um momento mais avançado da trama, Peter precisa distrair um dos membros da Igreja da Verdade, enquanto Rocket tenta hackear um dispositivo afim de descobrir mais sobre o local em que todos estão. O jogador tem uma série de possíveis falas e se decidir direito, pode distrair esse oponente tempo o suficiente para Rocket pegar tudo que precisa do dispositivo. Se ficar isso, em um momento posterior, a rota de fuga será apresentada pelo Rocket, caso contrário, e você não conseguir criar a distração pelo tempo necessário, na hora da fuga precisará testar uma série de portas e rotas, até achar uma que leve todo mundo para fora da área.

Percebe então como funcionam estas decisões e escolhas de diálogos? Elas criam novos diálogos e reações dos personagens, enquanto mudam pontualmente certos momentos do gameplay, mas nunca a trama principal e sua condução, que permanece consolidada pelo roteiro e eventos que precisam acontecer.

Assuma o comando da equipe

No que diz respeito as mecânicas e jogabilidade, Marvel’s Guardians of the Galaxy, se divide entre explorar exóticos mundos, acompanhar longos diálogos e eventualmente realizar combates em zonas auto contidas. Dentro do elemento de exploração, que segue uma certa linearidade, o jogador irá encontrar vez ou outra elementos de puzzles, bem simples, que irá envolver pedir ajuda a um membro dos Guardiões para escalar certas plataformas, criar pontes ou mudar grandes blocos de um lugar para o outro.

No ambientes o jogador irá encontrar alguns itens que poderão ser usado para aprimorar habilidades do Senhor das Estrelas, desde melhorar o tempo de aquecimento de sua arma, melhorar a flutuação com suas botas a jato, uma melhor barra de saúde etc. Estas melhorias só podem ser realizadas em uma bancada de ferramentas do Rocky. Há também alguns colecionáveis que Peter pode encontrar explorando os mundos a qual ele guardará para si e depois o jogador poderá visualizar na nave, e isso irá desbloquear novas linhas de diálogos e histórias relacionados aos personagens a qual esse colecionável se relacionará.

Por fim, um último item, talvez dos mais cobiçados, são trajes extras para os personagens. Estas skins estão escondidas ao longo de toda a aventura. Não curtiu o visual da Gamora ou do Drax para este jogo? Então você ficará feliz em saber que os visuais dos personagens oriundos dos filmes para o cinema estão presentes no jogo. Mas há também trajes baseados nos quadrinhos e alguns originais criados para o jogo.

O mundo de Marvel’s Guardians of the Galaxy é bem fechadinho, no sentido de raramente soltar o jogador em ambientes muito abertos ou com caminhos alternativos. Inclusive não é possível viajar para áreas previamente visitadas. Uma vez terminado a história em uma área, o jogo te leva a próxima, tendo ou não encontrado todos os segredos ali. Para reprisar um ambiente, apenas selecionando o capítulo da história no menu principal do jogo, fora do save em que você estiver jogando a campanha. Contudo não fique aflito, pois o game traz um sistema de New Game Plus, a qual é possível jogar tudo de novo, fazendo novas decisões de diálogos e explorando os mundos novamente, mantendo parte de tudo que adquiriu na primeira vez em que jogou a campanha.

O jogo também tem muitos momentos de cutscenes e longos diálogos. A exposição da trama é realmente um ponto muito importante aqui, a qual o jogador vai sentar e ficar “assistindo o jogo” por longos períodos. Espere por exposições de trama entre 10 minutos ou até mais. E não digo isso como um demérito, não. Contudo entendo que vai ter jogador que vai esperar um super jogo de ação e irá ficar incomodado com tantas pausas entre o gameplay puro.

A parte da ação do jogo ocorre mesmo nos momentos de conflitos e das batalhas contra diferentes inimigos. Nesse ponto Marvel’s Guardians of the Galaxy se comporta de uma forma bem parecida com alguns Action-JRPGs no sentido do jogador controlar apenas um único personagem, enquanto sua equipe batalha de forma automática contra os demais inimigos dentro de uma área delimitada para o combate.

Aqui assumimos sempre o controle e a perspectiva de Peter Quill, o Senhor das Estrelas, que pode atacar tanto com socos e chutes, caso esteja muito próximo de um inimigo, quanto com suas pistolas duplas, permitindo usar a distância como uma vantagem para não tomar dano. O revés é que a arma de Peter esquenta e trava se usada de forma contínua, com um pequeno gatilho no meio do aquecimento que a faz resfriar repentinamente e desengatilha um rápido ataque em sequência. Também é possível, por meio de um aprimoramento, usar um tiro carregado com elas, e ao longo da trama, a arma irá adquirir características elementais, que irão permitir, por exemplo, congelar ou eletrocutar inimigos.

Contudo ficar apenas nos tiros contra inimigos não é muito eficiente. O melhor do sistema de combate que a Eidos criou para este título são os ataques coordenados com os demais membros dos Guardiões da Galáxia. O jogador tem acesso a um menu radial que permitirá ordenar que Drax, Gamora, Rocky e Groot ataquem certos oponentes e até mesmo escolher qual de quatro opções de golpes eles devem usar. Estes golpes são destravados ao longo do jogo, conforme se ganha pontos de experiência nos combates. E quando se abre o menu de ordens ao grupo, o jogo desacelera para que o jogador escolha com mais calma quem e qual golpe irá ordenar que ocorra.

Esse sistema é importante porque ao longo da aventura os jogadores irão encontrar inimigos mais fortes, que apresentarão um escudo de defesa que precisará ser derrubado afim de só aí começarem a tomar dano. Golpes especiais dos membro dos Guardiões são essenciais para quebrar estas defesas, ainda que Peter também tenha seus próprios golpes dentro desse menu. Ao se utilizar um destes golpes, existe um período de alguns segundos em que o personagem ficará desativado, até que a indicação de que ele pode ser usado novamente surja no menu.

Membros do grupo também podem cair em batalha, especialmente se houver muitos inimigos e o jogador não estiver sendo muito eficiente em derrotá-los. Quando isso acontecer, Peter tem que ir até o aliado caído e segurar um botão por alguns segundos até que esse companheiro se restabeleça em batalha. Há também um especial em grupo, quanto Peter chama todo mundo para uma roda, faz um discurso, que pode ou não ter um bônus de efetividade se o jogador escolher o discutir certo, e então uma música começa a tocar no meio da batalha, deixando temporariamente mais fortes e resistentes.

Os combates em grande parte do jogo vão seguir sempre essa mesma dinâmica, e em vários momentos vão repetir bastante alguns padrões de inimigos. As gelecas quadradas, por exemplo, são bem persistentes no começo, enquanto a trama não se desenrola para novos tipos de ameaças. Mesmo assim, como o combate não é frequente, e em alguns momentos, outros animais e criaturas alienígenas vão se apresentar, acaba que não é tão cansativo ou enjoativo quanto possa soar. Quando os inimigos mais humanoides surgem, o combate tende a ficar mais desafiador, pois melhores estratégias acabam sendo exigidas por parte do jogador.

Espere também por algumas lutas contra chefes, desde poderosos adversários, com diversos escudos e barras de vida, em meio a hordas de inimigos comuns, a gigantescas criaturas, a qual normalmente as batalhas são roteirizadas em gatilhos e pontos de dano que precisam ser realizados afim de que a batalha vá para um próximo estágio. São momentos bem intensos, nem sempre desafiadores, mas ainda assim bem divertido.

No geral, essa é a dinâmica do gameplay de Marvel’s Guardians of the Galaxy. Se soou um pouco limitadora, meio cadenciado, é porque realmente é. Não que seja ruim, que fique bem claro. Mas é uma aventura para se acompanhar por sua estrutura narrativa, muito mais do que pela ação de um gameplay.

Considerações finais

Marvel’s Guardians of the Galaxy é um fantástico jogo moldado nas forjas das mais clássicas estruturas de um jogo eletrônico, bem diferentes do que a Square Enix tentou com Marvel’s Avengers, lançado ano passado. Se lá a ideia foi tentar algo mais parecido com o modelo de jogo como serviço, aqui, com Guardiões, a estratégia é um modelo de experiência única, não maleável, que entrega exatamente aquilo que se espera: uma aventura single player com uma longa e duradoura campanha que explora muito seus elementos narrativos, em meio a momentos de ação e gameplay.

Nada de multiplayer online, nada de Passe de Temporada, nada de moedinhas virtuais para se comprar com dinheiro real, e nada atualizações que vão adicionar novos conteúdos ao lore do jogo. Você sabe exatamente o que está adquirindo, sem ter que esperar por mais a longo prazo. Isso pode dividir opiniões, mas admito que sou atraído mais por essa estrutura mais sólida e já pré-moldada.

O maior ponto deste título é que você precisa realmente gostar de Guardiões da Galáxia e a proposta de seu universo para apreciar este lançamento. Quem não gosta dos personagens e chega aqui esperando apenas o puro gameplay, vai se decepcionar por encontrar muita história e pontuais momentos de ação. Também não se pode esperar uma estrutura de jogo de mundo aberto, ainda que haja exploração, ela é muito auto contida, e não se dá a liberdade para explorar ambientes já concluídos. Linearidade é um elemento conciso na experiência desse título, e por mais que normalmente usamos essa nomenclatura para uma crítica negativa, aqui não acho correta ter tal intenção.

Acredito que o jogo entregue um ritmo bacana de momentos, tanto explorando incríveis e fantásticos ambientes, e o trabalho da Eidos Montreal aqui é fantásticos, com mundos, planetas e alguns cantos da galáxia que o jogador sente vontade de simplesmente parar e ficar admirando os cenários. E se a beleza gráfica encanta, a parte da sonora do título, desde uma empolgante seleção de trilhas sonoras dos anos 80, desde a constante falas dos personagens, que nunca param de conversar (a qual raramente repetem linhas de diálogos) entrega um jogo que é quase como um filme interativo. A imersão, graças também ao belo trabalho de dublagem em português, só adiciona ainda mais nessa parte mais técnica.

Não permitir que o jogador controle os demais membros dos Guardiões da Galáxia pode soar como uma crítica negativa? Entendo que isso possa frustrar algumas pessoas, assim como permitiria abrir um leque diferente de situações de gameplay, mas sendo bem honesto, Peter Quill é um personagem que cola muito com a empatia do jogador, afim de dar aquela sensação de que aquele cara ali poderia ser qualquer um de nós. Acho que o conceito do gameplay, de permitir interagir com os membros e dar ordens a eles para resolver puzzles, de no combate selecionar os golpes, é o suficiente para a proposta do game. Para uma sequência, aí sim, seria imperdoável não expandir esse gameplay e deixar o jogador assumir outros personagens. Para um primeiro título, é uma decisão acertada só controlar Peter.

O interessante é que Marvel’s Guardians of the Galaxy não está exatamente reinventando a roda ou o formato como desenvolver jogos baseados em franquias e séries de outros mídias de entretenimento, contudo está pegando um universo, sabendo respeitar suas premissas e legado, e ajustando-o a um jogo que legitimamente funciona, criando uma ponte entre cinema e jogo eletrônico. Com uma ótima boa, que sabe lhe prender e intrigar, o resultado é um jogo consistente, de um jeito que não se vê tanto assim no atual modelo de jogos eletrônicos. Quem é fã desse universo e seus personagens, vai realmente se sentir empolgado por mais uma aventura.

Galeria

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Dando uma nota

Visualmente o jogo é de tirar o fôlego, exatamente o que se espera de uma odisséia espacial - 9
Narrativa envolvente que apresenta uma empolgante versão dos Guardiões da Galáxia - 9
Fantástica localização em português, incluindo dublagem com os dubladores dos filmes - 10
Exploração linear, sem indas e vindas, sempre lhe empurrando para frente - 7.5
Sistema de combate é interessante e empolga, mas ao mesmo tempo pode soar repetitivo em alguns momentos - 7.5
Árvore de diálogos e suas remificações por meio de respostas do jogador é de impressionar - 8.5
Longa campanha, quase um filme interativo, se assiste até mais do que se joga em certos momentos - 8.5

8.6

Excelente

Marvel's Guardians of the Galaxy é um acerto incrível dessa parceria de jogos Marvel licenciados para a Square Enix. Um título que veio do nada, logo foi lançado e diante de baixas expectativas, se provou digno de nossa atenção. Deixa para lá essa fórmula de jogo como serviço e retorna ao modelo tradicional, focado em uma experiência single player, com uma longa campanha e uma envolvente história. Na jogabilidade, ainda que básica, cumpre o papel de divertir e empolgar, com boa exploração (ainda que linear) e combates de ação por meio de um único personagem, que toma decisões do que os demais membros da equipe devem fazer. O melhor de tudo é conferir essa longa e bem planejada narrativa com uma excelente dublagem em português, com os dubladores consagrados dos atuais filmes. Um título inesperado, com êxito em sua aposta. Os Guardiões em uma divertida e funcional versão. Vale a pena conferir.

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