Os zumbis e seu papel na cultura pop

Um bom tema para um debate sociológico: por que gostamos tanto de zumbis? Pode não parecer, mas essas adoráveis e horrendas criaturas se proliferam na cultura pop, de uma maneira que já deixam um verdadeiro legado que – com o perdão do trocadilho – não vai morrer tão cedo.

Alguns dizem que a onda começou com mães e videogames. Com a chegada dos jogos de tiro, muitas mães (e pais também) ficaram incomodadas de ver seus filhinhos atirando em pessoas através da tela. A solução foi transformar os inimigos em zumbis e, assim, apaziguar o coração consternado de mãe. Porém, a verdade é que os zumbis já existiam muito antes dos games – e em muitos outros lugares.

Em 1968, por exemplo, um hit atacou as telonas de todo o mundo: A Noite dos Mortos Vivos, de George Romero, era um adorável filme que colocou os zumbis em pleno meio-oeste americano, e é considerado o marco zero da cultura zumbi moderna. Outros filmes do gênero vieram, especialmente após a virada do século. Extermínio (2002), Guerra Mundial Z (2013), Army of the Dead (2021) e até comédias satirizando o próprio tema, como as divertidas Zumbilândia (2009) e Zumbilândia– Atire duas vezes (2019).

Esses são apenas exemplos de obras para o cinema. Mas nas séries de TV, nossos amigos claudicantes também estão presentes. Os zumbis são praticamente os protagonistas na série de Tv The Walking Dead, um sucesso de onze temporadas e multivencedor das premiações especializadas – de melhor maquiagem (e isso diz muito quando o assunto são mortos-vivos) até o cobiçado People´s Choice. Como não poderia deixar de ser, com o êxito vem os licenciamentos. Canecas e posters são o óbvio, mas você pode encontrar até mesmo um singelo taco de baseball enrolado com arame farpado, um objeto decorativo cheio de significado para os verdadeiros fãs da série.

Existem também títulos de videogames que incluem os famosos zumbis dessa série de TV. Em 2012 o estúdio Telltale lançou cinco episódios baseados nas primeiras temporadas, para todas as plataformas existentes (na época). Hoje, o jogo está disponível no Steam e permitem que os jogadores se coloquem no lugar dos protagonistas – humanos, bem entendido. Esse crossover de game e série foi adotado também por cassinos online como o Betano, onde The Walking Dead é uma das muitas raspadinhas disponíveis,e inclui alguns dos principais personagens da série. A Playtech, desenvolvedora do jogo, é uma das maiores empresas no segmento das raspadinhas online, e não titubeou em colocar os zumbis no seu catálogo.

No entanto, há outros títulos de videogames zumbis que merecem ser destacados. Em Dead Island, seu lindo resort tropical está infestado destes convidados indesejados e, em vez de uma piña colada, você precisa pegar armas para se defender; Na incensada franquia The Last of Us, os zumbis são produto de guerra biológica, mas não menos assustadores; Esse modelo de morto-vivo fabricado, e não revivido, surgiu com outra série clássica adorada pelos fãs: Resident Evil começou explorando as consequências nefastas de experiências químicas inescrupulosas realizadas pela sombria organização Umbrella e foi muito além.

Referir que, tanto Resident Evil quanto The Last of Us fizeram o caminho inverso de The Walking Dead, e de videogames estão se tornando filmes e seriados. O que prova que essas criaturas andam para qualquer direção que traga lucro.

Mas nem só de telas ou videogames vive um bom zumbi. Eles estão presentes até mesmo em jogos de tabuleiro. Um deles, por sinal, é um dos mais bem-sucedidos títulos dos últimos tempos. Em Zoombicide os jogadores precisam cooperar para conseguir sobreviver a uma invasão de mortos-vivos, usando as armas que conseguirem encontrar. Com tabuleiro mutável e diversas missões diferentes, o jogo é agradavelmente desafiador. E ainda conta com diversas expansões lançadas regularmente, para alegria e fidelização dos fãs.

Você pode nunca ter visto um zumbi ao vivo – isso seria um contrassenso – mas eles definitivamente estão por todos os lados. Como uma boa obra do gênero, vai ser difícil escapar deles.